Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. NORMA TRIBUTÁRIA
2. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Ex: A emissão de nota fiscal é uma obrigação acessória, tal qual a declaração de
imposto de renda e escrituração de livros fiscais.
Não incidência: situações que não vão ser alcançadas pelas normas tributárias. Em
regra não precisa estar expressa!
OBS: havendo qualquer forma de isenção, esta deve estar devidamente expressa e
será interpretada literalmente (art.111)
Alguns doutrinadores criticam que o código tributário nomeie apenas um nome para
duas situações distintas. São eles:
Classificação
Norma Antielisão/Antievasão
a) Elisão (ocorre antes do fato gerador): práticas lícitas do contribuinte para reduzir
sua carga de tributos. Ex: Advogar como pessoa jurídica em detrimento de pessoa
física.
OBS: O parágrafo único do art. 116 pode ser considerado uma norma anti elisão!
Comentários: Quem tem competência tem capacidade, mas quem tem capacidade
não necessariamente tem competência!
O responsável é aquele que não é o contribuinte. Não disse muito, apenas que ela
decorre da lei. Não depende apenas da vontade da Fazenda Pública para definir
quem é esse terceiro. O responsável, na verdade, é um terceiro que, embora não
tenha materializado a hipótese de incidência, ele pode ser compelido/a lei pode
chamá-lo para pagar o tributo. Normalmente são pessoas que possuem uma relação
indireta com a hipótese de incidência do tributo. Ex: quem adquire um imóvel passa
a ser responsável tributário do IPTU desse imóvel que ele adquiriu. Regra, se
comprar um imóvel e ele possuir dívidas, quem pagará será a pessoa que cobrou,
mesmo que a responsabilidade tributária tenha sido adquirida pelo antigo dono.
Ex: alguém vai locar imóvel de outrem, e esse locador acerta com o locatário que ele
será obrigado a pagar o IPTU. Esse contrato é válido para questão comercial, mas o
fato de ter sido acordado que o locatário vai assumir a obrigação de pagar o IPTU
não significa que se ele não pagar o Fisco irá exigir o dinheiro do locatário. Nesse
caso, o Fisco irá cobrar do locador. Ou seja, o contrato é válido para fins de locação,
mas não para mudança do polo passivo.
Súmula 614: O locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação
jurídico-tributária de IPTU e de taxas referentes ao imóvel alugado nem para repetir
indébito desses tributos.
OBS: É permitido o direito de regresso!
5. SOLIDARIEDADE DE PAGAMENTO
Declaração conjunta de imposto de renda não torna o cônjuge, que não participou do
fato gerador do tributo, corresponsável pela dívida tributária dos rendimentos
percebidos pelo outro!
Solidariedade legal: hipóteses em que a própria lei define um terceiro que será
incluído para arcar também com a dívida.
OBS: toda pessoa que tem poder de gestão/administração vai responder pelas
dívidas da sociedade nas hipóteses previstas no código.
Efeitos da Solidariedade
Comentários: O depósito não é pagamento! Você efetiva o depósito para evitar a
ocorrência de juros e correção monetária. O depósito pode se converter para
pagamento quando a Fazenda levantar esse valor. Logo, o depósito não extingue a
obrigação, e é listado apenas como forma de suspensão.
Havendo isenção geral, ela beneficia todos os obrigados, ao passo que a isenção
específica não atinge os demais.
OBS²: no caso de isenção específica, que abarque um dos sócios, não comunica os
demais, porém a parte isenta é retirada do valor do crédito, devendo o valor restante
ser repartido igualmente entre os devedores restantes.
6. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
OBS: O Fisco poderá tributar a pessoa que exerce irregularmente a profissão! O fato
de receber valor independente da formação não impede o Fisco de exigir o
pagamento do ISS e imposto de renda. Ex: falso médico
O Fisco poderá cobrar tributos de Pessoa Jurídica que não está devidamente
registrada na Junta Comercial.
OBS: caso este domicílio esteja desatualizado, e tendo nada feito o contribuinte para
informar o novo endereço, as intimações realizadas no domicílio antigo serão
consideradas válidas.
OBS²: a certidão negativa de débito deverá ser fornecida para filial, ainda que
alguma destas esteja possuindo débito ativo. A jurisprudência entende pela
autonomia do estabelecimento, e portanto pelo posicionamento favorável pelo
fornecimento da certidão.
OBS³: As certidões podem ser negativas, positivas e positivas com efeito de negativa
(débitos com exigibilidade suspensa)
8. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Comentários: diz que a lei pode atribuir a terceiro o pagamento de tributo, desde
que ele tenha alguma vinculação ao fato gerador. Essa vinculação tem que ser
expressa para que possa obter o direito de regresso.
A certidão positiva com efeito de negativa não vale para quitação de débitos!
OBS²: caso o Estado adquira um imóvel com dívidas tributárias de outros entes,
estas dívidas ficarão para o ex proprietário, constituído portando exceção ao art. 130,
embasando-se no princípio da não tributação recíproca (um ente federativo não pode
cobrar tributos de outro)
Os sucessores respondem tão somente pelos bens por eles incorporados, ou seja,
quanto mais bens incorporarem, mais tributos pagarão.
OBS: O novo Código de Trânsito, em seu art. 134 define que no caso de venda de
veículo, se o antigo proprietário não comunicar a venda para as autoridades de
trânsito, dentro do prazo assinalado, ele passa a ser responsável solidário junto ao
adquirente das obrigações pretéritas daquele veículo vendido.
O pai não é responsável tributário por ser pai, mas só aqueles casos em que ele
deveria praticar determinado ato mas não praticou (atos comissivos e omissivos). Ex:
doação do avô para o neto de 3 anos: o pai deveria pagar os impostos referente a
transmissão (I); tabelião que não exige o comprovante de pagamento do itbi na
hipótese de um terceiro vir a cartório para registrar imóvel (II)
Comentários: a conduta praticada no art. 135, quando comparada com o art. 134, é
considerada mais grave. Diz respeito às hipóteses de excesso de poder ou violação
de lei (contrato/estatuto), na qual a cobrança será redirecionada para um indivíduo
em caráter pessoal. Quem não tem poder de administração ou gerência, não pode
ser demandado! (em regra! → Tema Repetitivo 981)
OBS: A substituição existe por três motivos: possibilitar que a administração possa
fiscalizar um número menor de contribuintes (I); diminuir a possibilidade de haver
evasão fiscal (II); o Estado vai receber os recursos mais rápidos (III);
“Não existe crédito tributário sem obrigação tributária, contudo existe obrigação
tributária sem crédito!” → isenção
Modalidades de Lançamento
É aquele lançamento que a autoridade fiscal realiza seu ofício com base em
informações prestadas pelo contribuinte, sendo que tais informações são
prestadas em face de obrigações acessórias. E também com fundamento no
princípio que diz que o contribuinte deve colaborar com as informações necessárias
para realização da fiscalização e arrecadação tributárias. Assim sendo, a declaração
do IR que entregamos para o Fisco é um exemplo de informações que prestamos,
para que a autoridade fiscal realize o seu trabalho
O § 1º do art. 150 diz que o pagamento que o contribuinte faz, essa antecipação,
funciona sob uma condição resolutória, i.e., extingue a obrigação sob uma condição
resolutória, pois se a autoridade fiscal examinar a contabilidade do contribuinte e
verificar que aquele pagamento não foi suficiente para liquidar a obrigação, ela
procede ao lançamento. Se dentro do prazo decadencial, o Fisco fiscalizar o
contribuinte e verificar que o pagamento foi suficiente, ele somente homologará o
lançamento que o contribuinte realizou.
OBS²: Não existe nenhum tributo que se dê apenas sobre uma forma de lançamento!
As regras de arbitramento são: o por quê de estar arbitrando (I) e justificar o valor
arbitrado (II)
OBS: Parâmetros externos como os bens do local de fiscalização podem servir como
parâmetro para o arbitramento, da mesma forma como também podem ser utilizados
valores médios praticados e análise de empresas similares.
OBS²: é dever do contribuinte, havendo a perda dos seus livros fiscais, restituí-los
antes que o Fisco realize o arbitramento!
Comentários: Lançamento de ofício, Próprio ou Supletivo: É aquele realizado
direta e exclusivamente pelo Fisco quando a lei assim o determine ou quando o
tributo seja submetido por lei a uma das modalidades anteriores (mediante
declaração ou por homologação), mas o contribuinte não tenha realizado os atos que
lhe cabiam, ou seja, não tenha prestado as informações ou apurado e pago o tributo
devido. Neste caso, o lançamento de ofício terá caráter supletivo. Será a única forma
de o Fisco obter a formalização do seu crédito tributário.
Moratória x Parcelamento
Para que seja suspensa a exigibilidade total da dívida faz-se necessário que o
contribuinte deposite o valor total determinado pela Fazenda. Caso o depósito
seja parcial, o benefício somente se aplica com relação ao montante
depositado, não incidindo sobre o restante do crédito, que poderá continuar sendo
cobrado.
SÚMULA 473 STF: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
OBS: O professor entende que o termo correto seria anulação, e não revogação,
haja vista que revogação é um ato válido que por conveniência da Administração é
descaracterizado, o que claramente não é o caso em hipótese.
Comentários: Esse dispositivo consagra que uma vez não pago o tributo no
vencimento ocorrerá acréscimo no crédito tributário. Não havendo lei
disciplinando, os juros serão de 1% ao mês. Não havendo previsão de multa
em uma legislação, não será aplicado multa.
OBS: quando o contribuinte formula uma consulta ele não pode sofrer uma
fiscalização sobre o tema da consulta, ademais ele não está colocado na posição
de devedor, conforme prevê o § 2º do art. 161, e tem direito à certidão.
Comentários: Trata da imputação de pagamento, ou seja, as formas aceitas pelo
ordenamento jurídico para findar o crédito.
O § 2º do art. 162 dispõe que o “crédito pago por cheque somente se considera
extinto com o resgate deste pelo sacado.
O inciso III, refere-se a hipótese de quando o contribuinte não sabe para quem
deve, quando existem cobranças idênticas. O contribuinte, para evitar futura
cobrança, pode realizar a consignação de pagamento, para que que o Judiciário
decida se o valor realmente é devido e quem terá direito de receber o crédito.
Súmula 503 STF - A dúvida, suscitada por particular, sobre o direito de tributar,
manifestado por dois Estados, não configura litígio da competência originária
do Supremo Tribunal Federal.
1) Que ele está autorizado a pedir a devolução por aquele que suportou o
pagamento do tributo (o que é impossível acontecer, pois imaginemos um
comerciante que vende para n pessoas... Nesse caso, ele teria que pegar a
autorização de todas elas para pleitear a devolução);
2) Que ele não embutiu no preço da mercadoria o imposto que ele está pleiteando
a devolução.
Súmula 461 STJ - O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório
ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória
transitada em julgado
OBS: Para realização de pagamento, o pedido deverá ser realizado até 2 de abril
para a pauta entrar no orçamento do ano solicitado e somente ser pago no
próximo ano até dia 31 de dez.
Para fixação:
OBS: Em regra, no âmbito federal, não se compensa crédito de terceiros (há muito
tempo isso já não existe mais. Pressupõe que os tributos são da mesma espécie.
OBS: A compensação tributária só pode ser feita pelo contribuinte, e não por
terceiro.
Comentários: outra figura de extinção do crédito tributário é a transação. Consiste
em concessões mútuas autorizadas em lei, visando a extinção do crédito. Está
inserida no panorama de se encontrar formas alternativas de se extinguir o
crédito tributário, haja vista o custo, muitas vezes dispendioso, da execução.
Comentários: essa remissão é o perdão. Perdão esse que é concedido por lei
específica, ou seja, não é a autoridade administrativa que o concede. Com a
remissão, perdoa-se o crédito tributário nas hipóteses narradas no art. 172.
Não quer dizer que o Fisco “abra mão” dos contribuintes menores.
Remissão X Anistia
A anistia é uma forma de exclusão de multas, enquanto que a remissão tem caráter
geral.
OBS: Ocorre que quando o vício é formal o inciso II assim dispõe: o direito de a
Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos,
contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício
formal, o lançamento anteriormente efetuado.
SÚMULA 360 STJ - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos
sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a
destempo.
SÚMULA N. 446 Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a
recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa
Tema 980 - O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e
Territorial Urbano - IPTU inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da
exação; (ii) o parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva da
contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu. →
Crédito definitivamente constituído: aquele que não pode mais ser modificado no
âmbito administrativo, seja porque o contribuinte permaneceu inerte no que tange ao
exercício de defesa, ou porque ele utilizou de todos os meios disponíveis de defesa,
mas o Fisco determinou que o crédito era definitivo.
OBS: o ato de inscrição em dívida ativa está inserido dentro do prazo de 5 anos, cuja
fruição se deu a partir do momento em que o crédito estava definitivamente
constituído.
b) Protesto Judicial: A Fazenda não utiliza mais em razão de sua preferência pelo
protesto extrajudicial. Ocorre que, no uso da via extrajudicial, não se aplica o
benefício da interrupção da prescrição. O protesto pode ser realizado independente
do valor.
c) Ato judicial que constitui em mora o devedor: não se utiliza mais na prática.
A competência para instituição da isenção está ligada à competência para instituir. Só quem
tem o poder de isentar é quem tem o poder de instituir, conforme art. 151, III da CF/88
OBS: A isenção só pode ser alcançada por meio de lei específica, sendo o instrumento
jurídico para sua instituição. Sendo assim, surge a questão: que tipo de lei é essa?
Depende, pois a lei será de acordo com o tributo que se quer isentar. Se o tributo for
instituído por lei complementar, somente por lei complementar ele poderá ser isento; no
entanto, se for instituído por lei ordinária, poderá ser instituído por lei ordinária, mas nada
impede que seja feito por lei complementar (ou seja, não há óbice para se utilizar um
instrumento que exija um quórum mais qualificado; já o contrário não é permitido, se o
tributo for instituído por lei complementar não se poderá usar uma lei ordinária para se
conceder uma isenção).
Imunidade x Isenção
A imunidade está relacionada à competência constitucional, enquanto a sua isenção por sua
vez está no plano infraconstitucional.
OBS: A alíquota zero não é forma de isenção! A obrigação está constituída, porém a
autoridade Fazendária exclui momentaneamente o ônus da tributação de acordo com o seu
interesse.
Isenção x Remissão
A isenção pode ser geral (abrange todo o território do ente tributante, sem necessidade de
comprovação de requisitos pelo contribuinte) ou específica (abrange apenas uma parte do
território do ente tributante, e necessita da demonstração de requisitos de aplicação, além
do despacho da autoridade administrativa).
Comentários: apenas confirma que a isenção está ligada aos impostos, contudo, também
pode abranger taxas, contribuições de melhoria, a depender de previsão legal. A isenções
podem ser:
OBS: a isenção não gera direito adquirido, portanto uma vez concedida uma isenção o ente
pode cancelá-la, pois essa é a regra, salvo quando essa isenção for concedida por prazo
certo e sob determinada condição
Comentários: a anistia está vinculada à questão das sanções ou penalidades. A anistia
também necessita de lei, ocorre que o art. 150, § 6º manda excepcionar o ICMS, só que a
lei desse imposto fala de isenção, mas não de anistia. Portanto a anistia para o ICMS deve
ser por lei. A competência para instituir a anistia é de quem tem a competência para
instituição do tributo. A anistia também pode ser geral e individual
Não pode ser isentado o indivíduo de má-fé, haja vista a preocupação do fisco de reprimir
atos com dolo, culpa, simulação etc.
OBS: A anistia tácita é quando a lei apenas deixa de considerar um ato como infração ou
estabelece uma penalidade mais branda.
OBS: Da leitura do art. 183, notamos que o rol é exemplificativo. O que significa dizer que
podem existir outras garantias para se obter essa proteção, ou seja, as leis específicas
podem atribuir outras garantias além das estipuladas no CTN.
Comentários: O art. 184 deixa claro que é o patrimônio do sujeito passivo que responde
pelo cumprimento do crédito tributário, pouco importa se esse patrimônio está gravado de
alguma forma, pois isso não é fator impeditivo, a fim de que ele possa ser utilizado para
pagamento do crédito tributário. São excepcionados do cumprimento da obrigação os bens e
rendas absolutamente impenhoráveis (art. 649 CPC).
Comentários: . A partir do momento que o crédito estiver inscrito em dívida ativa, toda e
qualquer conduta voltada à venda desses bens gera a presunção de que há uma fraude. O §
único desse artigo dispõe informando que não configura fraude se o sujeito passivo possuir
outros bens que possam garantir o crédito tributário; do contrário, caracteriza-se fraude.
OBS: se o contribuinte tiver uma restrição de um lançamento na RFB, mas não inscrito em
dívida ativa, não se caracteriza fraude, pois o art. 185 dispõe que há necessidade da
inscrição em dívida ativa.
SÚMULA 375 STJ - O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da
penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Esta súmula preserva o terceiro de boa fé. O exequente deveria ter tido o cuidado de
realizar o registro que ele fez em determinado processo. O entendimento atual é que a
presente súmula não se aplica a créditos tributários.
OBS: Na falência o crédito tributário perde sua posição privilegiada, ficando atrás dos
créditos extraconcursais e dos de garantia real.
Comentários: assevera que o crédito tributário não está sujeito à habilitação em falência, a
concurso de credores. O único concurso de preferência a que o crédito se submete é o que
está disposto no § único desse artigo, qual seja, em relação ao concurso entre as Fazendas,
pois esse parágrafo determina quem será pago em primeiro lugar na seguinte ordem: União;
Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; por fim, Municípios,
conjuntamente e pró rata.
Súmula 497 - Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda
estadual desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem.
Súmula 563 STF - O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art. 187
do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da
Constituição Federal.
Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos.
Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem
prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.
Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da
administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua
autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o
contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda
Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.
Comentários: toda pessoa física e jurídica está sujeita aos procedimentos de apuração do
crédito tributário. Assim, nenhuma pessoa está a salvo de se sujeitar ao exercício dessa
atividade administrativa fiscal, mesmo as pessoas imunes e isentas submetem-se a esse
procedimento fiscal (§ único).
OBS: uma entidade educacional sem fins lucrativos é imune a impostos, mas pode sofrer
fiscalização sobre outras espécies tributárias. O mesmo vale para os entes.
Comentários: Qualquer situação excludente, ainda que prevista em lei, não pode ser
oposta ao Fisco no que tange à autoridade fiscal ter acesso aos livros, registros e
escriturações do contribuinte. Assim, não há possibilidade de existir legislação que iniba ou
proíba a existência de fiscalização.
OBS: O Fisco pode acessar, mas não pode obrigar o contribuinte a dar as informações. A
legislação oferece mecanismos para a autoridade fiscal chegar à movimentação econômica
do contribuinte, podendo alcançar isso por meio do arbitramento.
Comentários: este artigo deixa claro que todo procedimento fiscal tem que ser noticiado ao
contribuinte, tendo uma data de início e de finalização. Lembremo-nos do art. 138, quando
tratamos da denúncia espontânea, a qual não tem lugar se já houver sido iniciado o
procedimento fiscal.
Todo procedimento fiscal é formal. A autoridade chega com um documento e informa que
naquela data está iniciando a fiscalização do “tributo x”, no “período y”, e que precisa dos
“documentos z”
OBS: Somente a União pode realizar convênios ou parcerias para haver a troca de
informações com Estados estrangeiros.
Comentários: trata da possibilidade de requisição de auxílio da força pública federal,
estadual ou municipal quando houver embaraço no exercício das funções fiscais.
Súmula 392 STJ - A Fazenda Publica pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a
prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal,
vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
OBS: Dificilmente, ocorrerá de uma CDA ser cancelada pela ausência de um requisito, salvo
se o Procurador “dormir muito no ponto”.
OBS: O prazo para emissão da CDA é de até 10 dias da data da entrada do requerimento
na repartição, nos termos do § único do art. 205. O contribuinte pensa que já terá a certidão
no mesmo momento que ele dá entrada, mas o prazo é de até 10 dias. Assim sendo, ele só
pode pleitear uma violação ao seu direito, se a Fazenda não fornecer dentro desse prazo
PENDENTE!