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Direito Tributário
Conceito de Tributo e Tipologia Tributária
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Conceito Implícito de Tributo
•Formular conceitos aos institutos do Direito
Tarefa da doutrina
•Normajurídica deve apenas prescrever regras de
comportamento
Mandar
Proibir
Facultar
•Constituição de 1988 segue esta vertente e não
conceitua tributo
Mas traz um conceito implícito do que é tributo
Interpretação lógico-sistemática
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• Dentroda própria Constituição há um subsistema
de normas tributárias
É desse subsistema que deve ser sacado o conceito
de tributo
• “OBrasil é o único país do mundo a contar com
um Sistema Constitucional Tributário” (James
Marins)
As normas tributárias buscam sua validade dentro
da própria Carta Fundamental
Portanto, um conceito válido de tributo deve ser extraído do corpo constitucional
Leitura à luz da Constituição
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• “Toda vez que se depare o jurista com uma situação
em que alguém esteja colocado na contingência de ter
o comportamento específico de dar dinheiro ao
Estado (ou a entidade dele delegada por lei), deverá
inicialmente verificar se se trata de: a) multa;
b) obrigação convencional; c) indenização por dano;
d) tributo” (Geraldo Ataliba)
Sabendo-se que tributo não se confunde com multa,
obrigação convencional e/ou indenização por dano, a
partir dos elementos dessas figuras se chega à identidade
do tributo
Interpretação negativa ou a contrario sensu
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• Base da discriminação para o reconhecimento da definição
de tributo
modo de nascimento da obrigação
caráter do dever jurídico de se entregar dinheiro aos cofres
públicos.
• Modo de nascimento:
• vontade bilateral? Acordo entre Administração e
administrado? Obrigação convencional?
• obligatio ex voluntate Receitas originárias
• índole compulsória? Independe da vontade das partes?
• obligatio ex lege Tributo
• Caráter do dever jurídico:
• emerge de prática ato ilícito? Multa ou indenização
• não-emerge de prática de ato ilícito? Tributo
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• Utilizando o critério científico da identificação por
exclusão - sem fundamento em definição retirada de
norma infraconstitucional - pode-se dizer que:
“tributo é um dever jurídico do sujeito passivo
correspondente a uma prestação pecuniária,
compulsória, instituída em lei e não decorrente de sanção
de ato ilícito”
• Curiosidade
As normas que instituem os tributos foram chamadas na
Idade Média de “leis odiosas”, sendo atualmente chamadas
de “normas incomodativas” ou “normas de rejeição
social”, pois, embora o tributo não seja uma sanção, o
dever de pagar os tributos apenas é cumprido por existirem
sanções gravosas obrigando ao seu cumprimento.
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Conceito Explícito de Tributo
•CTN – Lei 5.172/66
•“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada. “
•Conceito jurídico-positivo
Ou seja, não consubstancia um conceito lógico-
jurídico
•Oconceito do CTN é um preceito didático, pois a
identidade verdadeira do tributo está na CRFB/88.
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• Elementos que compõem o conceito infraconstitucional
...toda prestação pecuniária...
Tributo se satisfaz com a entrega de dinheiro aos cofres
públicos - pois, o objeto da obrigação tributária principal
é patrimonial
É obrigação de dar dinheiro ao Estado, onde o verbo dar
é empregado não no sentido de singela doação, mas
como adimplemento de um dever jurídico.
• CTN - ”Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário,
quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em
moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato
gerador da obrigação”.
Assim, a obrigação tributária corresponde a uma obrigação
de pagamento em moeda nacional.
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• ...compulsória...
Marca maior do tributo - dever jurídico de entregar (dar)
dinheiro aos cofres públicos - não por vontade
própria/convencional (obligatio ex voluntate), mas da
vontade da lei (obligatio ex lege).
Sintetizando: “ser compulsório”, para fins do disposto do
art. 3º do CTN, não quer dizer simplesmente “ser
obrigatório”, até mesmo porque, em princípio, toda
prestação jurídica é obrigatória.
A compulsoriedade há de ser vista no momento do
nascimento da obrigação, e não na etapa subsequente,
voltada ao cumprimento desse dever jurídico.
receitas públicas originárias X derivadas
Coercibilidade das derivadas
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• ...em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir...
Não foi feliz o legislador, primeiro, ao repetir o caráter
pecuniário da prestação (pleonasmo), segundo, ao
agregar a cláusula ‘ou cujo valor nela se possa
exprimir’, pois com isso ampliou o âmbito das
prestações tributárias
Acaba viabilizando a construção de equivocados
entendimentos de que o tributo poderia ser pago das
mais variadas formas, vez que quase todos os bens são
suscetíveis de avaliação pecuniária, principalmente o
trabalho humano
• Todavia, o nosso Direito não admite o pagamento in
natura ou in labore de tributo
In natura – IPI
In labore – ISS
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• Dação em pagamento
CTN “Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
[...]
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104,
de 10.1.2001)“
Direito de natureza excepcional
confirma a regra geral de pagamento de tributo em dinheiro
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• ...que não constitua sanção de ato ilícito...
Tributo não é penalidade, sanção e/ou um castigo aplicado
ao contribuinte pela prática de um ato ilícito.
Portanto, multa e tributo são elementos teleologicamente
distintos e inconfundíveis
Todavia, o fato gerador in concreto pode ser fruto de uma
circunstância ilícita, sem com isso impor
comprometimento à subsistência digna do tributo no
ordenamento jurídico.
Ex.: IPTU
Fato gerador in abstracto – art. 32, do CTN – é a
propriedade, o domínio útil ou a posse predial e
territorial urbana
se um traficante ou uma dona de prostíbulo adquirem
imóvel com dinheiro de atividade ilícita, encontram-se
obrigados ao pagamento do IPTU
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• ...instituída em lei...
Somente a lei pode instituir tributos – princípio
constitucional da estrita legalidade tributária
Pedra basilar do Estado Democrático de Direito
CF “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem
lei que o estabeleça”
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• Para instituir um tributo é imprescindível que a norma
jurídico-tributária disponha em termos exaustivos:
aspecto material: sobre sua hipótese de incidência
aspecto temporal: sobre o momento em que se
considera consumado o fato gerador
aspecto espacial: sobre o âmbito territorial de sua
aplicação
aspecto pessoal: sobre os sujeitos ativo e passivo
aspecto quantitativo: e sobre a base de cálculo e
alíquota aplicáveis
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• Quando a norma for omissa ou incompleta, não
descrevendo o tipo tributário em sua integralidade,
estaremos diante do fenômeno da insuficiência da
norma jurídico-tributária
Não haverá nascimento válido do tributo, descabendo ao
administrador e ao juiz suprir a lacuna legal na pretensão
de complementar a obra inacabada do legislador.
Afinal, a obrigação tributária é ex lege
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• “Se,por acaso, o legislador desenhar um tributo e
deixar de mencionar explicitamente qualquer de
seus dados essenciais, não criou tributo; só
mostrou vontade de criar tributo, mas não criou
tributo: aquela norma não tem eficácia e não pode
ser posta em aplicação” (Geraldo Ataliba)
• “Se a lei, por exemplo, ao instituir um tributo,
deixar de fixar a alíquota, não terá criado imposto
algum, e esta falha não poderá ser suprida pelo
Executivo através de decreto regulamentar dessa
lei; terá o Legislativo de completar, com uma
outra lei” (Vittorio Cassore)
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• No que se refere à majoração de alíquota, há aplicação
atenuada do princípio da legalidade:
CF “Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros; (II)
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados; (IE)
[...]
IV - produtos industrializados; (IPI)
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários; (IOF)
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
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• ...cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada...
Atos administrativos vinculados ou regrados, conforme
Hely Lopes Meirelles, “são aqueles para os quais a lei
estabelece os requisitos e condições de sua realização”
Valoração objetiva
Passíveis de anulação
Atos administrativos discricionários
critérios da oportunidade, conveniência, razoabilidade,
proporcionalidade, boa-fé e lealdade
Valoração subjetiva
Passíveis de revogação
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• Apuração do tributo
Subsunção do conceito do fato ao conceito da norma
fato gerador in concreto
Apuração do tributo pela autoridade administrativa
Dever funcional
Constitui-se o crédito tributário
Através do ato administrativo do lançamento
Exige-se o cumprimento da obrigação pelo sujeito
passivo
• Não há juízo de oportunidade e conveniência - ausência
de discricionariedade.
Vinculação total aos comandos legais incidentes
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• Lançamento
CTN “Art. 142. Compete privativamente à autoridade
administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade
funcional.”
CTN “Art. 108. Omissis. § 1º O emprego da analogia não
poderá resultar na exigência de tributo não previsto em
lei.”
Impossibilidade da autoridade administrativa suprir o
campo de indeterminação normativa
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Discricionariedade e “termos legais indeterminados”
• Discricionariedade
escolha de atuação do agente administrativo, diante de
opções legalmente predeterminadas, por oportunidade e
conveniência, que não implique em desvio de poder
(interesse público).
• “Termos legais indeterminados”
não há opção ou liberdade entre vários campos possíveis
de atuação do administrador; deve haver interpretação
lógico-sistemática do conceito indeterminado contido
no preceito legal.
Ex.:“relevância e urgência” – MP – Art. 62 da CF.
“calamidade pública” – Empréstimos Compulsórios – Art. 148,
inc. I, da CF.
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Tipologia Tributária
1. Binômio Identificador:
• CTN “Art. 4º A natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação [...]”
• Porém, não basta conhecer o fato gerador in
abstracto para conhecer um tributo.
É preciso examinar a base de cálculo.
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• Trata-se de entendimento hierárquico, uma vez que a CF
prevê:
Art. 145. [...]
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
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• Por interpretação constitucional, a natureza tributária de
um tributo é definida pelo binômio:
Hipótese de incidência + Base de cálculo
(fato gerador in abstrato) (fundamento para o cálculo)
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2. Irrelevância do “Nomen Juris”
CTN
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
I - a denominação e demais características formais
adotadas pela lei;”
• O tributo deve seguir a natureza jurídica determinada
pela associação lógica entre a hipótese de incidência
+ base de cálculo.
Para buscar o regime jurídico a que está submetido o
tributo, deve-se buscar a sua real natureza jurídica,
ignorando-se o nome atribuído a ele pelo legislador.
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3. Irrelevância da Destinação Legal do Produto da
Arrecadação
CTN
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação,
sendo irrelevantes para qualificá-la:
[...]
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
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CF
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, [...]”
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais: [...]
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social
poderá ser criado, majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total”.
Denota a vinculação das contribuições sociais ao
pagamento dos benefícios ou serviços da seguridade social
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• Quanto às espécies tributárias contribuições especiais
e empréstimos compulsórios não é irrelevante a
destinação do produto da arrecadação.
• Caso não seja revertido para a despesa para a qual
fora criado (vinculação):
a) O contribuinte pode opor-se à cobrança do tributo que
não esteja afetado aos fins constitucionalmente
estabelecidos
b) O contribuinte poderá reclamar a repetição do tributo
pago, se houver desvio quanto à aplicação dos recursos
arrecadados
• Logo, não é totalmente verdadeiro a afirmação
disposta no art. 4º., inc. II, do CTN.
A destinação legal do produto arrecadado interessa à
identificação da espécie tributária
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Espécies tributárias
Contribuição de melhoria
CRFB/88, Art. 145. A União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
os seguintes tributos: [...] III - contribuição de
melhoria, decorrente de obras públicas.
◦ Regra-matriz constitucional
A “melhoria” denota a necessária valorização imobiliária
◦ Bitributação
Ex.: realização de uma obra pública na zona urbana
de um município e respectiva cobrança de
contribuição de melhoria por parte da União
Hipóteses de mais-valia
Decreto-Lei nº. 195/67, Art 2º. Será devida a Contribuição de
Melhoria, no caso de valorização de imóveis de propriedade
privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas:
I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização,
esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas;
II - construção e ampliação de parques, campos de desportos,
pontes, túneis e viadutos;
III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido
inclusive tôdas as obras e edificações necessárias ao
funcionamento do sistema;
IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos,
instalações de redes elétricas, telefônicas, transportes e
comunicações em geral ou de suprimento de gás, funiculares,
ascensores e instalações de comodidade pública;
V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de
saneamento de drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de
barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos
d’água e irrigação;
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
• Se um imóvel valia R$100.000,00 e, após a realização da obra
pública, passou a valer R$110.000,00, a base de cálculo da
contribuição de melhoria em hipótese alguma poderá exceder a
R$10.000,00
Valor limite
Limite individual
Princípio da capacidade contributiva
• O custo total da obra pública foi de R$300.000,00, da qual 100 imóveis
convizinhos obtiveram uma valorização imobiliária
• Desgaste político
Diferenças: Taxas, Impostos e
Contribuições de Melhoria
• Taxas e contribuição de melhoria
fato gerador
centrado numa atividade estatal que afeta o contribuinte
De forma direta e imediata – taxas
De forma reflexa (indireta) e mediata – contribuição de melhoria
• Imposto
fato gerador
ausência de qualquer atividade estatal que beneficie ou afete o sujeito
passivo - tributo não-vinculado a uma contraprestação estatal específica.
• Taxa e contribuição de melhoria
base de cálculo
adota como referência o custo do serviço ou da obra pública, limitada ao valor
da valorização imobiliária
• Imposto
base de cálculo
adota como referência qualquer fato signo presuntivo de riqueza,
independentemente de qualquer benefício a ser ofertado ao contribuinte
Empréstimo compulsório
• Art. 148, da CRFB/88
A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
• Pressupostos
De ordem formal
Lei complementar
De ordem material
Somente para os casos dos incs. I e II, do art. 148, da CRFB/88
Causas determinantes para o surgimento deste tributo
• Autor 23/03/2020
Wellington Roberto - PL/PB
• Art. 1º Esta lei complementar institui empréstimo compulsório
para atender às despesas urgentes decorrentes da situação de
calamidade pública relacionada ao coronavírus (COVID-19).
• Art. 2º Ficam sujeitas ao empréstimo compulsório as pessoas
jurídicas domiciliadas no país com patrimônio líquido igual ou
superior a R$1.000.000.000 (um bilhão de reais) na data de
publicação desta lei, conforme publicado em seu último
demonstrativo contábil.
• […]
• Art. 3º Os valores recebidos a título de empréstimo compulsório
e efetivamente gastos nas finalidades a que se destinam deverão
ser restituídos aos respectivos contribuintes no prazo até 4
(quatro) anos a contar do fim da situação de calamidade pública
relacionada ao coronavírus, de acordo com a disponibilidade
orçamentária vigente.
§1º A restituição se dará em moeda corrente e poderá ser paga em até
doze parcelas mensais e sucessivas.
§ 2º O montante a ser restituído será corrigido mensalmente pela taxa
de juros equivalente à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.
Contribuições especiais
• Atualmente não há mais discussão sobre a natureza jurídica
tributária dessas contribuições
Pode-se dizer que são impostos com afetação à atuação social
• Exemplos
Lei 10.168/2000
instituiu o Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o
Apoio à Inovação, “cujo objetivo principal é estimular o desenvolvimento
tecnológico brasileiro, mediante programas de pesquisa científica e
tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor
produtivo”
Como forma de financiar o Programa, a Lei 10.168/2000 instituiu a CIDE-
royalties
Art. 2º - Para fins de atendimento ao Programa de que trata o artigo
anterior, fica instituída contribuição de intervenção no domínio
econômico, devida pela pessoa jurídica detentora de licença de uso ou
adquirente de conhecimentos tecnológicos, bem como aquela signatária
de contratos que impliquem transferência de tecnologia, firmados com
residentes ou domiciliados no exterior
CIDE-combustíveis
a única com fatos geradores delineados na própria Constituição Federal.
Nela, a intervenção também se concretiza pela destinação do produto da
arrecadação a determinadas atividades, conforme o §4º do art. 177 da
CRFB/88.
II - os recursos arrecadados serão destinados:
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool
combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a
indústria do petróleo e do gás;
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes
• Outros exemplos
Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM)
Contribuição para a Diretoria de Portos e Costas (DPC)
Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica
Nacional (CONDECINE)
Contribuição para o Fundo Aeroviário (FAER)
Contribuição para o Fundo de Universalização de Serviços de
Telecomunicações (FUST)
Contribuição para o Fundo de Desenvolvimento Tecnológico das
Telecomunicações (FUNTTEL)
Contribuição para o SEBRAE
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O SEBRAE.
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTE. SEST/SENAT. MICRO E PEQUENA EMPRESA.
Esta colenda Corte, no julgamento do RE 396.266, Rel. Min. Carlos
Velloso, consignou o entendimento de que a contribuição para o
SEBRAE configura contribuição de intervenção no domínio
econômico. Logo, são insubsistentes as alegações da agravante no
sentido de que empresa fora do âmbito de atuação do SEBRAE, por
estar vinculada a outro serviço social (SEST/SENAT) ou mesmo por
não estar enquadrada como pequena ou microempresa, não pode ser
sujeito passivo da referida contribuição. Precedente: RE 396.266, Rel.
Min. Carlos Velloso. Agravo regimental a que se nega provimento.
(RE 401823 AgR, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma,
julgado em 28/09/2004, DJ 11-02-2005 PP-00009 EMENT VOL-02179-03
PP-00444 RTJ VOL-00195-02 PP-00696)
Contribuições de interesse das categorias
profissionais ou econômicas
• Também denominadas contribuições corporativas ou
profissionais
• Visam gerar receitas para as chamadas autarquias corporativas
Criadas pela União com objetivo parafiscal
obter recursos destinados a financiar atividades de interesses de instituições
representativas
Contribuição sindical
Arts. 578 e 579, da CLT
Com o advento da Lei nº. 13.467/17, deixou de ser tributo, porquanto
se tornar facultativo
fiscalizatórias de categorias profissionais ou econômicas
Contribuição destinada ao custeio das entidades de fiscalização do
exercício de profissões regulamentadas
Ex.: CREA, CRECI, CRM etc.
Contribuição sindical
• Art. 8º, IV, da CRFB/88 prevê a criação de duas contribuições
sindicais
a contribuição fixada pela assembléia-geral para o custeio do sistema
confederativo do respectivo sindicato
Voluntária e, portanto, não é tributo
Súmula nº. 666, do STF
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é
exigível dos filiados ao sindicato respectivo
contribuição fixada em lei, cobrada de todos os trabalhadores
Compulsória. Portanto, detém caráter tributário
Foi instituída por lei (CLT, arts. 579 e 591) e é compulsória para todos aqueles
que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou
de uma profissão liberal.
• Destinação
sindicato representativo da categoria ou profissão, ou, inexistindo este, à
Federação correspondente
Deixou de ser tributo
Contribuição de Iluminação
Pública
• Competência
Municípios e Distrito Federal