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Garantias, Privilégios do
Crédito tributário e
Administração Tributária
Profª. Msc Anna Dolores Sá Malta
Introdução
Art. 185, do CTN: “(...) por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.”
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo,
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente
inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados,
pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
ATENÇÃO: Se o contribuinte está em débito com a Fazenda Pública e este débito estiver
regularmente inscrito, não se poderá mais alienar bens ou dissipar o patrimônio. Qualquer ato
de alienação em face da Fazenda, uma vez inscrito o débito, será ineficaz, salvo o que prevê o
parágrafo único.
Indisponibilidade de bens e direitos
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à
penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de
seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades
que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às
autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas
atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz
determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
§ 2º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão
imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem
promovido.
• Súmula n. 560 do STJ: A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN,
pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando
infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do
domicílio do executado, ao Denatran ou Detran.
É o ônus da Fazenda encontrar o seu devedor e fazer com que a execução seja efetiva pelos meios ordinários.
Se isso não for feito, adotar-se-á medidas mais gravosas de invasão não apenas da propriedade, mas da
própria privacidade do contribuinte.
Privilégio
Deve ser entendido como regalia que a lei concede a determinado crédito de ser
pago com preferência dos outros.
RESPONSABILIZAÇÃO
LC 105/01: o sigilo das operações das instituições financeiras é inoponível ao fisco. O fisco pode ter
acesso aos dados bancários, identificando patrimônio, rendimentos e atividades econômicas do
contribuinte.
STF: não há quebra de sigilo, mas tão somente uma transferência de informações sigilosas no âmbito
da administração pública, sendo essa uma previsão constitucional.
Há que se rememorar, ainda, o art. 198, do CTN. O fato da autoridade fiscal ter acesso a essas
informações, por si só, não significa que haja uma quebra do sigilo e, consequentemente, uma invasão
de privacidade do indivíduo, porque o fiscal tem o dever de manter o sigilo. Ele tem a
responsabilidade de não divulgar os dados sigilosos aos quais ele tem acesso por meio de sua
fiscalização.
REQUISIÇÃO DE FORÇA POLICIAL NA FISCALIZAÇÃO
A autoridade fiscal pode solicitar diretamente força policial para poder cumprir suas funções.
Art. 200, do CTN:
Estende-se a autoridades estaduais, distritais e municipais.
Se o indivíduo não dá acesso à autoridade fazendária, esta não poderá invadir por si só, terá que
solicitar ordem judicial para tanto, conforme prevê a CF/88.