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PRELIMINARES
Da gratuidade da justiça
DOS FATOS
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policiais a paisana com mandado de prisão em seu desfavor, tendo sido dado a voz
de prisão.
Após ciência desse fato, foi sugerido que se tratava de erro judiciário, uma
vez que o requerente já havia sido preso anteriormente, uma única vez, por
mandado expedido pela Comarca de Tacaimbó/PE, no processo de nº 0000389-
56.2016.8.17.1430, e já se encontrava em conclusão de sua pena no regime
prisional aberto, conforme se demonstra no Relatório de Execução, que segue em
anexo, embora também na ocasião, ter se tratado de uma prisão injusta, o que
causou grande comoção social na época, mas, infelizmente o autor não conseguiu
provar sua inocência, visto que o mesmo relata sempre ter sofrido perseguição
policial, por um Agente de Polícia em específico, que atuou como testemunha de
acusação na época do ocorrido.
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câmara do estabelecimento comercial flagrou a ação criminosa de 02 (dois)
delinquentes ao invadir e assaltar um mercadinho de bairro na Zona Rural de
Tapiraim, neste município e vincularam o vídeo a foto do autor retirada na
Delegacia de Polícia, espalhando como se o mesmo fosse o autor das condutas
delituosas e por este motivo havia sido preso. (vídeo e fotos em anexo)
Pois bem, ao deparar-se com a cópia dos autos enviados pela Comarca que
deu origem ao Mandado de Prisão, já foi constatado através da Certidão do Analista
Judiciário, que se tratava de um grande equivoco, vejamos:
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que assim o sistema permitisse a expedição a Guia de Execução Definitiva. Certifico,
por fim, que o mandado de prisão foi expedido com a finalidade de cumprir os
comandados finais da Sentença, mas que não foi informado imediatamente no
sistema o seu cumprimento. Tacaimbó, 25/02/2022. Wanderlei Amaral de Souza
Menezes. Analista Judiciário.”
DO DIREITO
Do Fundamento Constitucional
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que
ficar preso além do tempo fixado na sentença;
Sendo assim, diante do grotesco erro ocasionado por agende público, fica
este ente público responsável pelos danos causados ao autor, que sofreu severa
humilhação pessoal, social, familiar, ofensas diretas a sua honra e dignidade, além
de ver-se em situação de risco à sua integridade corporal vez que ficou no “corro”,
sofrendo variadas ameaças dos demais presos, enfim uma situação grave ofensa
aos mais comezinhos direitos do cidadão.
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direito à indenização daquele que sofrer privação em sua liberdade por erro
ou negligência judicial. 2. Reconhecida a falha estatal no uso do monopólio da
força, o ressarcimento é corolário da responsabilidade civil do Estado. 3. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que deve
ser aplicado o art. 37, §6º nas hipóteses de prisão indevida. 4. Para a fixação do
valor indenizatório a título de ofensa moral, deve ser levado em consideração os
valores íntimos e anímicos da pessoa humana inerentes aos direitos de
personalidade, cuja mensuração escapa a um raciocínio meramente aritmético.
(TJMG - Relator(a): Des.(a)Rogério Coutinho – Apelação Criminal nº:
1.0699.12.004495-2/001 - Data de Julgamento: 16/07/0015 - Data da
publicação da súmula: 27/07/2015)(NEGRITEI)
Ato ilícito é atitude contraria a legislação civil, que viola direito de outrem,
causando-lhe dano.
O texto supra é uma simples explanação do que trata o art. 186 do CC, senão
vejamos:
É dever do estado, zelar pela segurança dos dados emitidos pela justiça, sob
pena de causar injustiça aos indivíduos.
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"A injustiça que se faz a um é uma ameaça que se faz a todos."
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fixado em primeira instância. 10. Reexame necessário provido parcialmente para o
fim de fixar em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) o valor da indenização, prejudicado o
apelo voluntário” (fl.239). No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da
Constituição, alegou-se violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta. O agravo não
merece acolhida. O acórdão recorrido, ao concluir pela existência de nexo de
causalidade a ensejar a responsabilidade objetiva do Estado, baseou-se no conjunto
fático-probatório dos autos, para se chegar à conclusão contrária à adotada,
necessárioseria o reexame da matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279
do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 434.636/RJ,
Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 346.116/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 340.046-
AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 346.978/CE, Rel. Min. Ilmar Galvão. Isso posto,
nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009. Ministro
RICARDO LEWANDOWSKI - Relator (STF - AI: 768432 PE, Relator: Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 29/09/2009, Data de Publicação: DJe-190
DIVULG 07/10/2009 PUBLIC 08/10/2009).
Ora Excelência, a falta do zelo por parte dos agentes públicos causou ao
autor enorme abalo moral e psíquico, uma situação de pavor e medo, primeiro
porque ficará encarcerado e exposto à companhia de indivíduos de alta
periculosidade, segundo porque o autor após obter a liberdade, ficou com medo de
sair de sua residência por receio de ser novamente encarcerado
consequentemente, tendo de vivenciar todo o horror e temor outrora enfrentado.
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PROFERIDA EM CONSONÂNCIA COM O ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 22 DA
SDPTJPE - APELAÇÃO CÍVEL PARCIALMENTE PROVIDA. I - Na hipótese dos autos,
restou comprovado que o nome do autor e o do acusado em ação penal são
homônimos, tendo havido equívoco na confecção do mandado de prisão, constando
o nome dos genitores da parte autora, ao invés da indicação dos genitores do
verdadeiro acusado. II - O mandado de prisão foi efetivamente cumprido, tendo o
autor sido privado de sua liberdade por 3 (três) dias no Comando do Exército, por
tratar-se de militar, sendo posto em liberdade após a prolação de decisão judicial
que expressamente reconheceu o equívoco. III - A jurisprudência deste e. Tribunal
de Justiça firmou-se no sentido de que o Estado responde objetivamente por prisão
efetivada de forma equivocada, em decorrência de mandado expedido contra
pessoa homônima. Precedentes: Apelação 160714-90008339-24.2005.8.17.0001,
Rel. Francisco José dos Anjos Bandeira de Mello, 2ª Câmara de Direito Público,
julgado em 20/11/2008, DJe 27/01/2009; e TJPE - Embargos de Declaração
434320-0 0024037-55.2014.8.17.0001, Rel. Ricardo de Oliveira Paes Barreto, 2ª
Câmara de Direito Público, julgado em 23/11/2017, DJe 12/12/2017. IV - In casu,
restaram configurados o fato administrativo (prisão indevida, em razão de
homonímia), o dano (constrangimento decorrente da prisão ilegal) e o nexo de
causalidade entre eles, não havendo como elidir a responsabilização estatal. V -
Segundo o c. STJ: "o valor fixado para fins de indenização deve observar o princípio
da razoabilidade, de forma que a soma não seja tão grande que se converta em
fonte de enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva, além de levar
em conta a intensidade da ofensa". (STJ - AgInt no AREsp 999.054/BA, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 18/05/2017, DJe
23/05/2017) VI - Nessas condições, considerando as circunstâncias fáticas do caso
em apreço, notadamente o fato de que o autor foi recolhido por 3 (três) dias no
Comando do Exército Brasileiro, mostra-se razoável que a condenação por danos
morais seja reduzida para R$ 10.000,00.VII - Em decorrência do efeito translativo
(ou efeito devolutivo em seu aspecto vertical ou profundidade do efeito devolutivo)
franqueado ao recurso de apelação, resta assentado que os juros de mora incidirão
a partir do evento danoso, nos termos do Enunciado Administrativo nº 06 da
SDPTJPE1.VIII - Conquanto o e. Ministro Luiz Fux tenha conferido, em 24.09.2018,
efeito suspensivo aos Embargos de Declaração em Recurso Extraordinário nº
870947/SE, a sentença recorrida se acha assentada em conformidade com o
entendimento do c. STJ e do Enunciado Administrativo nº 22 da Seção de Direito
Público do TJPE, os quais são dotados de força persuasiva própria, não havendo,
ademais, qualquer decisão das Cortes Superiores determinando o sobrestamento
dos feitos que versem sobre a matéria em debate. IX - À unanimidade de votos, a
Apelação Cível foi parcialmente provida. (TJ-PE - APL: 5274237 PE, Relator: Jorge
Américo Pereira de Lira, Data de Julgamento: 04/06/2019, 1ª Câmara de Direito
Público, Data de Publicação: 19/06/2019)
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segregação do requerente, porém, o dano sofrido pelo autor é também de ordem
material.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos,
mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
No caso dos autos, o autor, para se livrar da prisão, teve que contratar
advogados, cujos gastos se evidenciam como dano, eis que, para ver seu direito
amplamente tutelado, teve diminuição em seu patrimônio, ora, se o dano é a
efetiva diminuição do patrimônio, obviamente aquele que se vê obrigado a
contratar advogado para se libertar de uma situação injusta e a que não deu casa,
evidentemente sofre dano em seu patrimônio.
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devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02.
(REsp 1.134.725/MG, Relatora Ministra NANCYANDRIGHI, Terceira Turma, DJe
24/06/2011) 2 – Agravo Regimental improvido. (STJ, 3ªTurma, AgRg nos EDcl no
REsp 1412965/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, julgado em17/12/2013, DJe
05/02/2014)
DOS PEDIDOS
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3 - Que Condene a ré ao pagamento das custas processuais e Honorários
Advocatícios;
Dá-se à causa para todos os fins, o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais),
para efeitos meramente fiscais.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Jaqueline da S. Lima
OAB/PE Nº 40.592
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