Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JURISPRUDÊNCIA
SEÇÃO DE DIREITO CRIMINAL
Julgados selecionados
pelos magistrados nas
sessões de julgamento
AGOSTO/2022
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
MEMBROS Cadicrim
BIÊNIO 2022-2023
EQUIPE Cadicrim
Jessie Char
Cynthia Tejo0
Sílvia Secco
Telma Kratz
Jessica Machado
Ronaldo Barberis
SUMÁRIO
SUMÁRIO
2ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL ................................................................................................. 5
REVOGAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA.................................................................................................. 5
ESTUPRO ............................................................................................................................................................................ 5
ESTUPRO
Trechos do voto (não há ementa): Apelação criminal. Estupro. “(...) réu recorre em busca de
absolvição, pois negou a acusação, explicou que encontrou a vítima na via pública e a
convidou para ir ao drive-in, lá chegando notou que ela aparentava embriaguez total, e
atendeu o celular dela, informando ao marido onde estavam para que ele pudesse buscá -la;
não manteve relação sexual com a vítima; são controversas as declarações da vítima, assim
como os depoimentos das testemunhas J., do policial militar L. e de J. R.; o médico legista
explicou que conjunção carnal recente significa até 72 horas antes do exame, ou seja, a
relação pode ter ocorrido com o próprio marido da vítima; não há exame de sangue para
comprovar a embriaguez da vítima; não foi encontrado o preservativo que teria sido usado;
e o laudo constatou a presença de espermatozoides” “A defesa alega que as declarações da
vítima são contraditórias, impróprias para justificar a condenação. A prova, no entanto, não
se resume ao relato da ofendida, até porque ela não tinha mínimas condições de entender
o que se passava. Bem mais contundentes se revelaram os depoimentos prestados pelo
gerente e pela cunhada da ofendida, ambos orientados desfavoravelmente às pretensões
defensivas.” “A vítima foi violentada quando não tinha mínima possibilidade de oferecer
resistência.” Negaram provimento ao recurso. V.U. (Apelação Criminal nº 0065213-
87.2009.8.26.0114, Campinas, rel. Francisco Orlando, j. 1º/08/2022).
LATROCÍNIO
RESTITUIÇÃO DE FIANÇA
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL - FIANÇA - Decisão de primeiro grau que indeferiu o pedido
principal de restituição de fiança e o subsidiário de equiparação ao 'quantum' recolhido pelo
corréu - Irresignação da defesa - Alegação de que, uma vez extinta a ação penal a fiança,
cuja natureza é meramente cautelar, deve ser restituída - Descabimento - A natureza
acautelatória da fiança extrapola a vinculação do agente aos atos processuais, espargindo
sobre seus deveres de arcar com as eventuais custas, sobre a reparação do dano e até mesmo
sobre possível prestação pecuniária e multa - A restituição do valor recolhido a título de
fiança somente tem lugar, à luz da conjugação entre os arts. 336 e 337, ambos do CPP, no
caso de absolvição ou extinção da punibilidade, hipóteses não verificadas 'in casu' -
Precedentes - Alegação de ausência de determinação na sentença e no acórdão de
indenização mínima para reparação de danos - Irrelevância - A despeito de inexistir no
âmbito do presente processo criminal a fixação de valor mínimo para a reparação dos danos
causados ao ofendido, na dicção do art. 387, IV, do Código de Processo Penal, o fato é que
a sentença penal condenatória transitada em julgado constitui, por si só, título executivo
judicial, tornando certa a obrigação de reparar os danos, conforme art. 63, do codex - Tese
de que o trânsito em julgado da sentença penal condenatória que elide qualquer
possibilidade de medida assecuratória - Sem razão - Ausente qualquer das hipóteses de
levantamento da fiança, consoante acima se viu, o trânsito em julgado da sente nça
condenatória em nada impede a instauração do incidente de medida assecuratória, mesmo
porque, repise-se, a própria legislação processual penal autoriza tais medidas de ofício e em
qualquer fase do processo (art. 127, do CPP) - Pleito subsidiário de equiparação porque não
justificada a discrepância - Inadmissibilidade - Em primeiro lugar, porque, em função da
quebra da fiança, já determinada a perda de metade (R$50.000,00) do valor recolhido pelo
recorrente (R$100.000,00) (fls. 97/98, do apenso nº 00002474-70.2018.8.26.0629), o que
impossibilita a pretendida restituição em R$90.000,00, já que fixada a fiança para o
coacusado em R$10.000,00 - Estipulação do valor da fiança se encontra dentro de certo
poder de discricionariedade do julgador, conforme lhe autoriza o art. 326, do CPP - Em
arremate, não se tem notícias de impugnação do valor fixado quando da concessão de
liberdade provisória, ao revés, não tardou o acusado em recolher o numerário imposto pelo
juízo a título de cautelar - Decisão incensurável. Recurso desprovido. (Apelação Criminal
nº 0000911-68.2017.8.26.0599, Tietê, rel. Camilo Léllis, j. 02/08/2022).
TRÁFICO DE DROGAS
Ementa: Tráfico de drogas - Recursos defensivos - Preliminares - Denúncia que não preenche
os requisitos exigidos em lei; concessão do direito de aguardar o julgamento do recurso em
liberdade; realização do exame de dependência toxicológica no acusado J . - Preliminares
que não merecem acolhimento - Denúncia que atende todos os requisitos exigidos no artigo
41 do CPP - Acusados que devem permanecer presos para aguardarem julgamento do
recurso uma vez que ostentam reincidências específicas e permaneceram presos duran te
toda a instrução - Indeferido pedido de instauração de incidente de dependência
toxicológica pelo juízo a quo - Decisão bem fundamentada que deve ser mantida - Mérito -
Absolvição ou desclassificação da conduta para aquela prevista no artigo 28 da Lei de Drogas
- Impossibilidade - Autoria e materialidade bem comprovadas para o delito de tráfico de
drogas praticado entre diferentes Estados da Federação - Palavras seguras das testemunhas
policiais corroboradas pelas provas documentais e periciais existente s nos autos -
Desclassificação para a conduta prevista no artigo 28 da Lei de Drogas que não se aplica -
Quantidade expressiva de entorpecente apreendido que não deixa dúvidas quanto ao intuito
mercantil - Penas bem dosadas mantidas - Primeira fase - Aumento justificado pelos maus
antecedentes e pela quantidade de droga apreendida - Segunda fase - Acusados que não
confessaram de forma integral a prática delitiva, sendo incabível a compensação com a
reincidência - Afastado redutor do tráfico privilegiado - Réus que não preenchem os
requisitos exigidos em lei para concessão do benefício - Mantido regime inicial fechado
proporcional e justo ao presente caso concreto - Inaplicável a detração penal - Incabíveis a
substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos e o sursis penal -
Eventual impossibilidade de pagamento da pena de multa imposta deve ser arguida em sede
do Juízo das Execuções - ABSOLVIÇÃO dos réus com relação ao crime de associação para o
tráfico - Não demonstrada relação estável para a prática do tráfico de entorpecentes -
Preliminares afastadas e Recursos Parcialmente Providos. (Apelação Criminal nº 1500330-
53.2020.8.26.0605, Andradina, rel. Fátima Vilas Boas Cruz, j. 16/08/2022).
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Ementa: Tráfico de drogas, associação para o tráfico e peculato - Art. 33, caput da Lei nº
11.343/06 em cúmulo material com o art. 35, da Lei nº 11.343/06 e art. 312, caput do CP,
sendo que apenas o réu M. restou condenado pelo último - Falecimento do corréu A., sendo
declarada a extinção da punibilidade - Preliminares - Nulidade do processo em razão de
violação à cadeia de custódia das provas no tocante aos celulares apreendidos - Não
verificada - Todas as informações foram preservadas, como se observa do laudo provisório
de constatação (fls. 67/69), que atesta que o material apreendido foi devidamente listado e
individualizado - Não há indícios de ilegalidade, tais como manipulação artificiosa,
adulteração ou contaminação da evidência e sim, simples conjecturas, que não são
suficientes para anular as provas extraídas dos referidos parelhos celulares - Princípio pas de
nullité sans grif, eis que condenação não se deu unicamente com base nos dados extraídos
dos celulares, mas sim, diante da farta prova oral - Absolvição - Inatendível - Impossibilidade
Robusto conjunto probatório - Autoria e materialidade devidamente comprovadas para os
delitos de tráfico, associação para o tráfico e peculato - Restou demonstrado que T. conduziu
o veículo Ônix, contendo aproximadamente 67kg de cocaína e cerca de R$ 68.000,00 até o
Hospital Geral de Guarulhos, onde efetuaria o “transbordo” para a Kombi branca conduzida
por A.; policial civil M. e policial militar J. P. tinham a função de dar segurança, garantindo o
sucesso da operação - Versões exculpatórias restaram inverossímeis – M. (policial civil)
comunicou colegas de trabalho que no dia seguinte precisaria de viatura descaracterizada a
fim de proceder uma investigação preliminar, eis que, tinha a expectativa de que no dia
06/06/2020 teria acesso a informações, no referido dia, solicita veículo de carga à J . P.
(policial militar) para servir de “isca”, pois criminosos tinham interesse em usa r automóvel,
assim, conseguiria tirar fotografias e anotar as placas dos investigados; veículo Kombi é
adesivado com o logotipo “GRU Airport” e conduzido por A., irmão do policial J. P., se
encontrando com T., que conduzia o veículo Ônix e estava na posse do dinheiro e
entorpecentes; J. P. e M. permaneceram à certa distância dos veículos, se aproximando
apenas quando da chegada dos policiais da Deatur - Alegação de que se tratava de
investigação prévia restou isolada, pois a despeito das colocações do chefe dos
investigadores Bruno, seus colegas de trabalho e superiores apontam que a retirada de
viatura sem preenchimento de talão e a realização de operação sem apoio da equipe e com
envolvimento de policial militar não são práticas adotadas pela corporação, a lém disso, foi
constatada a ausência de qualquer investigação prévia junto a DISE de Guarulhos de tráfico
de drogas, que demandasse tamanho 'esforço' do policial civil M ., que, sozinho, sem sua
equipe, se encarregou de levar um veículo até supostos traficantes, não sabendo ao menos
quem seriam eles ou em que veículo estariam - Por fim, dados no aparelho celular de M.,
notadamente conversas com o contato “Mlk Loko” demonstram que referida operação levou
meses e denotou uma estrutura hierárquica e bem organizada, até pela demonstração de
que obtiveram um crachá e alteraram os dados deles para terem acesso ao aeroporto de
Guarulhos; acusado J. P. e A. também mantém conversas com o mesmo número de celular -
Acusado T. aponta que não tinha conhecimento de que transportava entorpecentes no
veículo ônix, o que não é crível, pois além dos entorpecentes, estava na posse de cerca de
68 mil reais, o que demonstra que ele detinha confia nça da organização - Não restou
demonstrado que o acusado T. estava sendo ameaçado para fazer o transporte, nem que ele
acreditava estar transportando outra mercadoria - Penas - Fixação da pena-base no dobro
do patamar mínimo legal para os delitos de tráfico de drogas e associação para o tráfico
revela-se demasiado ante a primariedade dos acusados e ausência de demais circunstâncias
desabonadoras - Elevação de 1/5 para T. e de 1/2 para J. P. e M. (ambos policiais) mostra-se
proporcional ao caso - Premeditação e planejamento prévio foram utilizados para embasar
condenação por associação, de modo que não justifica elevação da pena -base - Correto o
afastamento da atenuante da confissão espontânea, pois T. buscou apenas eximir-se de
responsabilidade - Impossibilidade de aplicação do redutor do art. 33, §4º, da Lei de Drogas,
pois há evidências de que os acusados estavam envolvidos com a criminalidade organizada,
sendo, inclusive, condenados por associação ao tráfico nos presentes autos - Manutenção
da causa de aumento em razão do uso de arma de fogo, pois o armamento estava a
disposição do grupo para garantir o sucesso da empreitada - Elevação da pena-base por ser
policial e majoração pelo uso da arma não configura bis in idem, pois os acusados estavam
de folga, de modo que o uso da arma se revelava facultativo - Manutenção do regime
fechado ante o quantum de pena e as circunstâncias negativas - Impossibilidade de
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos - Extinta a punibilidade
de A., com base no art. 107, inc. I, do CP - Parcial provimento aos apelos defensivos para
reduzir as penas de T. para 11 anos, 02 meses e 12 dias de reclusão, em regime inicial
fechado, e pagamento de 1.680 dias-multa, no valor unitário mínimo legal; as penas de J. P.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Ementa: ESTUPRO DE VULNERÁVEL ARTIGO 217- A, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL E ART. 243,
DO ECA, AMBO C.C O ART. 61, INCISO II, “F”, NA FORMA DO ART.71, TODOS DO CÓDIGO
PENAL RECURSO DA DEFESA. PRELIMINAR - INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL.
INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE DÚVIDA RAZOÁVEL. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO
CONFIGURADO. MÉRITO - MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS
PALAVRA DA OFENDIDA QUE DEVE SER CONSIDERADA COM PRIMAZIA, ESPECIALMENTE
PORQUE CRIMES COMO ESTE SÃO PRATICADOS ÀS ESCURAS RÉU PADRASTO DA OFENDIDA
- CRIME PRATICADO NA RESIDÊNCIA- ÂMBITO DOMÉSTICO - TESTEMUNHAS QUE
ATESTARAM A OCORRÊNCIA DO CRIME. RECONHECIMENTO DA EMBRIAGUEZ COMO
CAUSA EXCLUDENTE DA CULPABILIDADE INVIABILIDADE EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA NÃO
CARACTERIZA PRESSUPOSTO PARA RECONHECIMENTO DE EXCLUDENTE DE
CULPABILIDADE APENAS QUANDO EVIDENCIADA DÚVIDA RAZOÁVEL ACERCA DA
SANIDADE MENTAL DO ACUSADO, SE TORNA IMPERIOSA A INSTAURAÇÃO DO RESPECTIVO
INCIDENTE, O QUE NÃO É O CASO. NÃO HÁ NENHUM INDÍCIO DE QUE O RÉU SEJA INCAPAZ
DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO POR ELE PRATICADO E DE SE
AUTODETERMINAR PENA BEM DOSADA ATENDENDO OS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. (Apelação Criminal nº 1501190-37.2021.8.26.0567, Mairinque, rel. Ivana
David, j. 17/08/2022).
Ementa: Habeas corpus com pedido de liminar - Homicídio qualificado tentado - Pretensão
de revogação da prisão preventiva - Alegação de falta de fundamentação adequada da
decisão, de violação do princípio da presunção de inocência, de condições pessoais
favoráveis do paciente, de possibilidade de substituição da prisão preventiva por outra
medida cautelar, de desproporcionalidade da prisão preventiva, de existência de dúvida
sobre a classificação típica dos fatos imputados ao paciente e de necessidade de conversão
da prisão preventiva em domiciliar, em razão do art. 7, inciso V, da Lei 8.906/94 e da unidade
prisional em que o paciente se encontra não estar apta a satisfazer as suas necessidades
médicas - Decisão que manteve a prisão cautelar do paciente bem fundamentada,
entendendo estarem presentes os pressupostos da prisão preventiva, não se mostrando
suficientes as medidas cautelares diversas da prisão - Crime de natureza grave que
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Ementa: HABEAS CORPUS - uso como sucedâneo recursal - Tema 1003 do STF - tipo misto
que apresenta condutas com diverso grau de ataque ao bem jurídico - possibilidade de
desproporcionalidade para apenas parte das condutas do tipo objetivo - inexistência de
decisão teratológica - interposição do recurso adequado - impossibilidade de apreciação em
sede de habeas corpus. HABEAS CORPUS - detração de período de prisão domiciliar -
impossibilidade - inteligência do art. 42 do CP - Precedentes do STF - decisão não
teratológica visto que lastreada pela mais alta Corte de país. HABEAS CORPUS - uso para
deferimento de progressão - impossibilidade - análise de mérito, matéria estranha ao
presente remédio processual - supressão de instância visto que pedido não apreciado em
primeiro grau. HABEAS CORPUS - uso para acelerar a apreciação em face à impugnação -
prazo do magistrado que é impróprio - writ que não tem esta finalidade - agravo que foi
distribuído a este Relator após o presente - pedido dentro do prazo. HABEAS CORPUS -
ainda que o feito estivesse com excesso de prazo nesta Corte, o que não é o caso dos autos,
esta Corte é incompetente para julgar habeas corpus contra atos por ela proferidos. (Habeas
Corpus nº 2181659-39.2022.8.26.0000, Presidente Prudente, rel. Mens de Mello,
j. 31/08/2022).
DISPENSA DE LICITAÇÃO
Ementa: Recurso em Sentido Estrito - Corrupção passiva - Artigo 317, caput, do Código Penal
- r. decisão que rejeitou a denúncia. Recurso Ministerial buscando a reforma da r. decisão e
o recebimento da denúncia - Denunciado que foi apontado pela vítima como sendo o autor
dos fatos narrados na exordial acusatória - elementos dos autos que são suficientes para
ESTELIONATO
Trechos do voto (não há ementa): Habeas Corpus. Tráfico de drogas. (...) a paciente foi presa
aos 15/06/2022 em cumprimento de mandado de prisão relativo à Operação “Acauã”, que
investigou alguns supostos traficantes, dentre os quais alguns que se reuniriam no bar da
paciente.” “Assevera que a paciente é primária, mãe de três filhos melhores, trabalha em dois
lugares, tem uma mãe com Alzheimer e pai idoso. Além disso, possui residência fixa e recebe
salário de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) na empresa em que trabalha, além de
possuir um bar.” “(...) concessão da ordem, a fim de que seja determinada a suspensão da r.
decisão que decretou a prisão preventiva da paciente” “(...) a paciente é imputada a prática
de delito grave, considerado hediondo, que traz consequências sociais irreparáveis, sendo
fonte geradora de crimes violentos, daí porque, sua custódia cautelar não ofende nem
mesmo o princípio da presunção de inocência, uma vez que a própria Constituição Federal
a admite, ao permitir a possibilidade de prisão em flagrante ou por ordem devidamente
fundamentada, como no presente caso.” “"DENEGARAM A ORDEM. V.U.” (Habeas Corpus
nº 2141637-36.2022.8.26.0000, Capivari, rel. Sérgio Ribas, j. 18/08/2022).
Ementa: RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - Decisão que denegou a apelação ante seu não
cabimento contra decisão de pronúncia. Decisão que não comporta reparo. Erro grosseiro.
Inadequação do recurso. Ausência de pressuposto objetivo - DESPROVIMENTO AO
RECURSO. (Recurso em Sentido Estrito nº 0001202-21.2021.8.26.0246, Ilha Solteira,
rel. Rachid Vaz de Almeida, j. 11/08/2022).
FURTO QUALIFICADO
Ementa: Estupro - Absolvição na origem com fundamento no artigo 386, inciso VII, do
Código de Processo Penal - Pedido de absolvição com base no artigo 386, inciso IV, do
Código de Processo Penal - Pertinência do pedido - Comprovação de que o apelante não
concorreu para a infração penal - Recurso da defesa PROVIDO. (Apelação Criminal
nº 1519809-82.2019.8.26.0050, São Paulo, rel. Heitor Donizete de Oliveira,
j. 16/08/2022).
Ementa: Embargos Infringentes em Apelação: condenação pelo art. 316, cc art. 327, § 2º, cc
arts 71 e 69, do Cód. Penal, com as penas marcadas e afastada a declaração, ex officio, da
prescrição, por maioria de votos. Embargos de Declaração rejeitados: julgamento que não
integra o da Apelação. Penas-base: fixadas no dobro do mínimo. Adequação ante a
reprovabilidade da conduta dos Embargantes. Art. 327, § 2º, Cód. Penal: norma que alcança
também agentes detentores de mandato eletivo (STF). Continuidade delitiva: adequação,
crimes unidos no tempo, em relação aos cometidos em cada mandato. Concurso materi al:
tipicidade, delitos cometidos no primeiro mandato e reiterados no segundo. Embargos
conhecidos em parte e nesta parcialmente providos, para readequação das penas .
(Embargos Infringentes e de Nulidade nº 0005644-14.2005.8.26.0659/500004,
Vinhedo, rel. Bueno de Camargo, j. 11/08/2022).
ESTELIONATO
Ementa: JÚRI - Homicídio qualificado tentado (motivo fútil e recurso que dificultou a defesa
da vítima) - Absolvição. Decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
Elementos probatórios convergentes e concludentes da autoria e ausência do privilégio da
violenta emoção - Princípio constitucional relativo da soberania dos veredictos. Vigência do
artigo 593, III, “d”, do CPP. Apelo provido para anular o julgamento e determinar a realização
de outro. (Apelação Criminal nº 0003800-90.2016.8.26.0126, Caraguatatuba,
rel. Gilberto Ferreira da Cruz, j. 25/08/2022).
Ementa: Revisão Criminal. Tráfico de drogas. Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Pedido de
desconstituição do julgado com base em prova nova. Inviabilidade. Não apresentação da
prova alegada. Revisão criminal não conhecida. (Revisão Criminal nº 2230124-
16.2021.8.26.0000, Franca, rel. Reinaldo Cintra, j. 16/08/2022).
SOBRE O CADICRIM
O Cadicrim também produz materiais de apoio nos quais divulga notícias, julgados e alterações
legislativas rel.evantes ao Direito Criminal.
Contato
cadicrim.diretoria@tjsp.jus.br
cadicrim.pesquisa@tjsp.jus.br