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PROJUDI - Processo: 0816128-84.2021.8.23.0010 - Ref. mov. 9.

1 - Assinado digitalmente por Daniel Damasceno Amorim


Douglas:01013507320 20/06/2021: CONCEDIDA A LIBERDADE PROVISÓRIA DE PARTE. Arq: Decisão de Liberdade Provisória

Fls.
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COMARCA DE BOA VISTA - FÓRUM CRIMINAL MINISTRO EVANDRO LINS E SILVA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NUPAC/CUSTÓDIA

ATA DE AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Validação deste em https://projudi.tjrr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ572 8YMDC 4BG7U


Processo: 0816128-84.2021.8.23.0010
Classe – Assunto: Art. 180, §2° do CPB

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006


Documento de Origem: APF 1308/2021 Plantão Central
Pessoa presa: JAVIER JOSE GONZALEZ MAZA

Aos 20 de junho de 2021, às 09h30min, na sala de Audiências de Custódia do Fórum


Criminal Ministro Evandro Lins e Silva, sob a presidência da MMª. Juíza de Direito, Dr.
DANIEL DAMASCENO AMORIM DOUGLAS, foi aberta a Audiência de Custódia, estando
presente o O Promotor de Justiça Dr. JOSÉ ROCHA NETO, o(a) Advogado(a) Dr. FAVIO
GOMEZ GUTIERREZ, a Tradutora Pública RAQUEL DE LOS ANGELES PEREIRA
RIBEIRO, e a pessoa presa.
Garantida a entrevista prévia da defesa com o flagranteado em sala reservada cedida
por este Tribunal.
Trata-se de auto de prisão em flagrante de JAVIER JOSE GONZALEZ MAZA,
lavrado em 04 de Dezembro de 2020, por suposta prática do crime previsto no Art. 180, § 1°
do CP.
Após ouvido o flagranteado, os presentes manifestaram-se no seguinte sentido:
O Ministério Público manifestou-se pela homologação do APF e concessão de
liberdade provisória com as cautelares de estilo e pagamento de fiança.
A Defesa requereu a homologação do APF e concessão de liberdade provisória com
as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, sem fiança.
DECIDO.
De início, após análise do auto de prisão em flagrante, entendo que o mesmo
encontra-se regular e formalmente em ordem, não existindo ilegalidade evidente na constrição
ordenada, sendo, a priori, cumpridas as formalidades legais e respeitados os direitos
individuais constitucionais do flagranteado.
Em relação à integridade física do(a) detido(a), entendo que a mesma restou
preservada. A uma, pelo depoimento do(a) próprio(a) flagranteado(a) em Juízo, o(a) qual
afirmou que não foi submetido(a) a qualquer forma de violência ou agressão desde a sua
prisão. A duas, pela constatação visual deste Julgador onde pude observar a ausência de
ferimentos ou lesões visíveis em seu corpo, além do bom estado físico geral.
Lado outro, em juízo de cognição sumária, próprio nesta fase investigatória, da
análise dos elementos informativos reunidos nos autos, verifica-se que há prova da
materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria, em especial pelo fato de ter sido
reconhecido com certo juízo de certeza pela vítima.
Por fim, quanto à constrição da liberdade do acusado, acatando as bem alinhavadas
manifestação dos Representantes do Ministério Público e da Defesa, convenço-me que a
mesma deva ser cessada.
O delito em discussão, apesar das penas previstas em abstrato na lei (reclusão, de três
a oito anos), aliados às peculiaridades do caso in concreto não possibilitam a conversão da
prisão em flagrante em preventiva, eis que ausentes os requisitos de cautelaridade processual
PROJUDI - Processo: 0816128-84.2021.8.23.0010 - Ref. mov. 9.1 - Assinado digitalmente por Daniel Damasceno Amorim
Douglas:01013507320 20/06/2021: CONCEDIDA A LIBERDADE PROVISÓRIA DE PARTE. Arq: Decisão de Liberdade Provisória

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COMARCA DE BOA VISTA - FÓRUM CRIMINAL MINISTRO EVANDRO LINS E SILVA
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NUPAC/CUSTÓDIA
ou social, máxime pelo suposto autor dos fatos deter residência e trabalho em endereço fixo;
não ostentar registros criminais pretéritos e o crime ter sido cometido sem violência ou grave
ameaça.

Validação deste em https://projudi.tjrr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ572 8YMDC 4BG7U


Mais a mais, não há qualquer outro indício ou elemento informativo idôneo a

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006


fundamentar um decreto judicial de constrição da liberdade do eventual autor dos fatos.
ANTE O EXPOSTO, observadas as formalidades legais, HOMOLOGO a prisão em
flagrante e, embasado na fundamentação supra, considerando que a liberdade provisória é um
direito subjetivo processual do flagranteado, e à míngua de motivação para decretação de sua
prisão preventiva (última medida), CONCEDO a JAVIER JOSE GONZALEZ MAZA o
benefício da LIBERDADE PROVISÓRIA, com pagamento de fiança no valor de R$ 1.100,00
(um salário mínimo), nos termos do art. 310, III do CPP, todavia, cumulado com as seguintes
medidas cautelares do art. 319 do mesmo diploma legal:
(i)Comunicar qualquer mudança de endereço e telefone
e, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
atualizar/informar a localidade onde vive e respectivo
telefone para contato;
(ii)Proibição de ausentar-se da Comarca por mais de 08
(oito) dias sem autorização do Juízo;
(iii)Comparecer todas as vezes que for intimado pela
autoridade policial ou judicial;
(iv)Comparecimento bimestral em Juízo, a fim de
justificar suas atividades; e
(v)pagamento de fiança no valor de R$ 1.100,00 (mil e
cem reais), a ser recolhida no prazo de até 3 (três) dias.
Em tempo, autorizo o pagamento da fiança dentro de 72h (setenta e duas horas), uma
vez que o site da SEFAZ/RR está fora do ar.

Expeça-se o alvará de soltura, devendo o flagranteado JAVIER JOSE


GONZALEZ MAZA ser posto, IMEDIATAMENTE, em liberdade, salvo se por outro
motivo não deva permanecer preso.

O flagranteado sai intimado da decisão, bem como das cautelares impostas, COM
ADVERTÊNCIA PARA O INTEGRAL CUMPRIMENTO DA PRESENTE DECISÃO
(INCLUSIVE SOBRE O PRAZO CONCEDIDO PARA O PAGAMENTO DA FIANÇA),
SOB PENA DE SER DECRETADA SUA PRISÃO PREVENTIVA, SEM PREJUÍZO DA
APLICAÇÃO DE OUTRAS SANÇÕES CABÍVEIS.

Ciente o MPE e a DPE.


Cumpra-se, COM URGÊNCIA.
O presente termo de audiência foi assinado pelo MM. Juiz mediante certificado digital, nos
termos do art. 1º, § 1º e § 2º, inciso III, alínea “a”, da Lei nº 11.419/2016 e art. 111 do
Provimento nº 002/2017 da Corregedoria do TJRR com a redação dada pelo art. 1º do
Provimento nº 06, de 19 de julho de 2019.

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