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ALUNO: __________________________________ MATRÍCULA: ________________

TURMA: __________________________________ CAMPUS: ___________________

1 - Bernardo, em 31 de dezembro de 2022, com a intenção de causar dano à loja de Bruno, seu inimigo,
arremessou uma pedra na direção de uma janela com mosaico, que tinha valor significativo de
mercado. Ocorre que, no momento da execução do crime, Bernardo errou o arremesso e a pedra
acabou por atingir Joana, funcionária que passava em frente à loja e que não tinha sido percebida,
causando-lhe lesões corporais que a impossibilitaram de trabalhar por 50 dias. A janela restou intacta.
No momento do crime, não foi identificada a autoria, mas, após investigação, em 04 de março de 2023,
foi descoberto que Bernardo seria o autor do arremesso.
O Ministério Público iniciou procedimento em face de Bernardo imputando-lhe o crime de lesão
corporal de natureza culposa, figurando como vítima Joana, que apresentou representação quando da
descoberta do autor.
Bruno, revoltado com o ocorrido, contratou um advogado, conferindo-lhe procuração com poderes
gerais, constando o nome do ofendido e do ofensor. O procurador apresenta queixa-crime, em 02 de
julho de 2023, imputando a prática do crime de tentativa de dano a Bernardo.
Ao tomar conhecimento da queixa-crime, Bernardo o procura, como advogado. Considerando apenas
as informações narradas, na condição de advogado(a) de Bernardo, responda aos questionamentos a
seguir.
a) Qual argumento de direito material a ser apresentado para questionar o delito
imputado na queixa-crime? Justifique.

2 - Caio e Bruno são irmãos e estão em dificuldades financeiras. Caio, que estava sozinho em seu quarto,
verifica que a janela da casa dos vizinhos está aberta; então, ingressa no local e subtrai um telefone
celular avaliado em R$ 500,00. Ao mesmo tempo, apesar de não saber da conduta de seu irmão, Bruno
percebe que a porta da residência dos vizinhos também ficou aberta. Tendo conhecimento que os
proprietários eram um casal de empresários muito rico, ingressa no local e subtrai uma bolsa, avaliada
em R$ 450,00. Os fatos são descobertos dois dias depois, e Bruno e Caio são denunciados pelo crime
de furto qualificado (Art. 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal), sendo acostadas as Folhas de
Antecedentes Criminais (FAC), contendo, cada uma delas, outra anotação pela suposta prática de crime
de estelionato, sem, contudo, haver condenação com trânsito em julgado em ambas. Após instrução, a
pretensão punitiva do Estado é julgada procedente, sendo aplicada pena mínima de 02 anos de reclusão
e 10 dias-multa, em regime inicial aberto, devidamente substituída por restritiva de direitos.
a) Existe argumento de direito material a ser apresentado para questionar a capitulação
jurídica apresentada pelo Ministério Público e acolhida na sentença?

b) Mantida a capitulação acolhida na sentença (Art. 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal),
existe argumento em busca da redução da pena aplicada?

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