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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Turma: CPIII C 12023


Disciplina/Matéria: DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CPC 2015
Sessão: 06 - Dia 28/04/2023 - 18:00 às 19:50
Professor: FELIPE BARRETO MARÇAL

06 Tema: Inventário e partilha. Noções gerais. Legitimidade para requerer. Petição inicial. O
inventariante: nomeação e deveres. A fase de inventário: primeiras declarações, citações e
impugnações, avaliação, últimas declarações e cálculo do imposto.

1ª QUESTÃO:
No processo de inventário de Rui, os herdeiros Arlindo e Edgar ingressaram com incidente de
remoção da inventariante Elvira, companheira de Rui. Alegam que esta vem praticando atos
incompatíveis com o encargo, deixando de administrar corretamente os bens do espólio com o não
pagamento de tributos incidentes sobre os bens, além de não ter apresentado as primeiras declarações
no prazo de vinte dias previsto em Lei, e de ter sonegado bens. Requerem, deste modo, que Arlindo
seja nomeado inventariante.
Em defesa, Elvira comprovou que não incorreu em nenhuma das hipóteses previstas em Lei para ser
removida, e demonstrou que requereu a dilação do prazo de 20 dias, o que foi deferido pelo juízo e
que não poderia incorrer em sonegação, pois ainda não houve a descrição dos bens.
Decida a questão abordando os dispositivos pertinentes para fundamentar a decisão.

RESPOSTA:
O aluno deverá mencionar os artigos 619 a 622, NCPC.
Embasado no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0053741-28.2015.8.19.0000 Direito Processual
Civil e Direito das Sucessões. Remoção de Inventariante. Decisão que julgou improcedente
requerimento de remoção da inventariante. Falta de pagamento de impostos dos bens arrolados no
inventário incapaz de caracterizar desídia da inventariante, ao menos neste momento, a justificar a sua
remoção. Saldos das contas bancárias que ainda não foram depositadas à disposição do juízo a fim de
viabilizar o pagamento das despesas para conservação dos bens. Não há que se falar em sonegação de
bens antes das últimas declarações, conforme previsto no art. 994, do CPC. (art. 621, NCPC)
Ausência de demonstração de desídia da inventariante, ou descumprimento das funções previstas nos
arts. 991 e 992 do CPC.(art. 618 e 619, NCPC). Condutas que não se enquadram nas hipóteses
previstas no art. 995 do CPC ( art. 622 NCPC). Recurso desprovido

2ª QUESTÃO:
Juan, argentino, faleceu em Buenos Aires, deixando bens imóveis, para seu único filho, naquele pais,
que residia, e no Brasil.
O filho de Juan abriu o inventário do pai na Argentina. Posteriormente, requereu a homologação da
sentença estrangeira no Brasil, para tornar-se proprietário dos bens que eram do seu genitor.
Pergunta-se: Está correto o pedido de homologação de sentença estrangeira no caso concreto?
Resposta fundamentada.

RESPOSTA:
“ A justiça brasileira é a única competente para julgar as ações de inventário e partilha de bens
situados em territorio nacional (art. 23, II, CPC), significando dizer que as senteças estrangeiras que
tenham como objeto tais bens não serão homologadas pelo STJ. Internamente a competencia do foro é
determinada pelo art. 48, CPC.” Daniel Amorim Assumpção - Direito processual civil, 8ª ed. P. 876

DIREITO PROCESSUAL CIVIL - CP07 - 16 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 28/04/2023 - Página 1 de 1

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