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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA

CÍVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA – GO

PROCESSO Nº

Condominio Bosque das Araras, localizado na Rua 11, Qd.13, Lt.55, Buritis, neste
ato representada pelo Sindico Sr. Marcelo Rodrigues, casado, brasileiro, inscrito no
CPF sob nº 000.678.564-20, através de seu advogado adiante assinado, com
procuração em anexo, com escritório profissional na Rua São Marcelo nº 104, Qd.45,
Lt.32, Jardim Nova Esperança, Goiânia - Goiás, CEP: 74908-890, com endereço
eletrônico: lucasgabriel@gmail.com, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência com fulcro no Art. 300 do Código de Processo Civil, pelos motivos de fato
e de direito a seguir aduzidos apresentar;

CONTESTAÇÃO À AÇÃO INDENIZATÓRIA

DOS FATOS

João andava pela calçada da rua onde morava, em Goiânia, alegou o autor,
que foi atingido por um pote de vidro lançada pela janela do apartamento 601 do
condomínio Bosque das Araras. Com tamanho impacto, João desmaiou, sendo
socorrido por pessoas que passavam pela rua, acionando o corpo de bombeiro que o
levou para o Hospital Municipal de Goiás.

João então foi atendido e passou por uma cirurgia. Após alguns dias, João
após sentir um desconforto, retorna ao Hospital do Município de Goiás, sendo então
descoberto que houve um erro médico, onde havia sido esquecido uma gaze dentro
de do seu corpo, que lhe causou uma infecção, tendo então que ser submetido
novamente por uma outra cirurgia. Tendo vista do fato narrado, devido aos danos
sofridos pelo autor, requere pagamento de lucro cessante, devido ao tempo que ficou
sem trabalhar em consequência da primeira cirurgia e também pela segunda, porém
não sendo-lhe admissível de direito, requerendo-o também danos morais.

( 62 ) 99745-5577 lucasgabriel@gmail.com São Marcelo nº 104, Qd.45,


Lt.32, Jardim Nova Esperança, Goiânia - Goiás
DAS PRELIMINARES

Planeja o autor obter indenização, contudo o condomínio não é parte legitima


para se encontrar no polo passivo desta demanda, uma vez que, tem-se o
conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 601, logo é parte
individualizada, tratando-se, portanto, de unidade autônoma como assim dispõe o
artigo 938 do código civil.

Visto isso, não resta duvidas que a parte legitima para estar no polo passivo
da demanda é o dono do apartamento 601, unidade autônoma, seja ele proprietário
ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade
passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi
lançado.

DOS MÉRITOS

Vencida a preliminar anteriormente suscitada, imperioso o conhecimento da


improcedência da obrigação de indenizarão autor em relação aos danos sofridos em
decorrência da segunda cirurgia a qual João foi submetido, ao passo que, os danos
foram produzidos por essa cirurgia é consequência de erro medico, cometido por um
ato falho da equipe cirúrgica do Hospital do Município de Goiás, devendo este ser
demandado, e não propriamente dito em relação da queda do pote de vidro, uma
vez que, o próprio na inicial afirma que estava melhor ate mesmo trabalhando, e que
somente algum dia, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi
devido ao erro medico. Nestes termos, vejamos o que dispõe a legislação civil
acerca desse tipo de situação:

“Art. 403. CC. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e
danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e
imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”

( 62 ) 99745-5577 lucasgabriel@gmail.com São Marcelo nº 104, Qd.45,


Lt.32, Jardim Nova Esperança, Goiânia - Goiás
Embora eu sob o ponto de vista material o evento esteja relacionado, a queda
do pote de vidro que foi lançado do apartamento 601, unidade individualizada do
condomínio bosque das araras, apenas deve ser atribuído os resultados sofridos do
primeiro evento, isto é, os lucros cessantes no valor de R$ 20 mil. Porem, como
esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento correto seria nomear um
perito em juízo, cabendo a este analisar se o valor foi corretamente calculado.

DOS PEDIDOS

Em face do exposto, na tentativa de ter elucidado todos os fatos à Vossa


Excelência, passamos a requerer:

1. Conhecimento e provimento da presente peça defensiva, extinguindo,


sem resolução de mérito, a presente ação, nos termos do art.485, VI, do CPC;

2. Seja Condenado o autor nas custas processuais e honorárias


advocaticios a serem arbitrados definidos no art.20, §3º, do Código de Processo
Civil;
3. Ante todo o exposto, requer que aceite a ilegitimidade da parte e que,
por conseguinte se extinga o processo sem resolução do mérito, com base no
art.267 do Código de Processo Civil.

4. Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na


amplitude do art.332 do Código Processo Civil, em especial a prova, documental,
testemunhal, pericia e laudo médico.

Nestes termos,

Pede deferimento

Goiânia, 20 de junho de 2022.


( 62 ) 99745-5577 lucasgabriel@gmail.com São Marcelo nº 104, Qd.45,
Lt.32, Jardim Nova Esperança, Goiânia - Goiás
LUCAS GABRIEL OLIVEIRA NEVES

OAB/GO nº 13.890

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