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BRASILINO SALES & JORGE PINHEIRO - ADVOGADOS

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DE DEFESA
DO CONSUMIDOR / DA COMARCA DE SALVADOR/BAHIA.

Não se excluirá da apreciação

Jurisdicional ameaça ou lesão a direito

BRASILINO GOMES DE SALES, brasileiro, casado, advogado, regularmente escrito na


OAB seccional Bahia, sob o nº 41174, portador da carteira de identidade de n° 1583633-96
SSP/BA, inscrito no CPF sob o nº 175.291.585-20, residente e domiciliado na rua Sergio Cardoso
casa 141 E Bairro Sussuarana-Velha, CEP: 41.213.630, Salvador-Bahia, com endereço
profissional na Rua Chile Edifício Sul América, nº 02, 6º andar, salas 609 – centro CEP 40.020-
030 Salvador - Bahia, E- mail brazil_ ssa@yahoo.com.br, com supedâneo no CPC artigo 103,
paragrafo único, e artigo 106, combinado com a Lei 8.078/90, vem com devido respeito à
presença de Vossa Excelência, propor a presente.

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Nos termos do Art. 6, 14, 18, 35, e 32 do Código de Defesa do Consumidor, em face de
APPMAX PLATAFORMA DE VENDAS LTDA (NOME DE FANTASIA APPMAX, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 27000511/0001-60, com sede na Rua TV SAO JOSE, nº
455, Sala 74 Bairro NAVEGANTES Município de Porto Alegre CEP 90.240-200 R. S. email
ATENDIMENTO.CLIENTE@APPMAXBRASIL.COM.BR tel. (11) 3777-0672/ (11) 1111-1111, e

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ARION COMPANY SERVICOS DE INTERMEDIACAO LTDA, Pessoa jurídica de Direito privado,
CNPJ nº 40.756.391/0001-93 com sede na RUA JOAQUIM PIRES FERREIRA nº 210 Sala 103
CXPST 23, Tel. (83) 9601-1529, Bairro ESTADOS CEP 58.030-224, JOAO PESSOA/PB, e BANCO
DO BRASIL S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ/MF sob o nº
00.000.000/0001-91, com endereço na SBS Qd.01 Bloco G, 24º andar; CEP: 70.070-110, Bairro
Asa Sul, Brasília/DF, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I – DA ASSISTENCIA JUDICIÁRIA

Com fundamento no artigo 98 do CPC, requer o autor à gratuidade da Justiça, a parte


gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de
que não está em condições de pagar as custa do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Nestes termos, necessita e faz jus aos benefícios da Assistência Judiciária gratuita, consubstanciando
ainda este requerimento no preceito constitucional da Inafastabilidade do Acesso a Justiça.

Assim como a regra no âmbito dos Juizados Especiais é a não condenação em custas no primeiro
grau (art. 55 da Lei 9.099/95).

Portanto, requer a este conceituado Juízo o deferimento do beneficio da Assistência Judiciária


Gratuita, nos termos da lei mencionada, pelo ilustre motivo de não poder, a parte autora, arcar com as
despesas do processo, sem que ocorra prejuízo ao seu sustento e da sua família.

Art. 18. Do CPC

Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado
pelo ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir


como assistente litisconsorcial.

II - DOS FATOS

1) O requerente no dia 23/08/23, comprou pela internet um cortador de


frutas e legumes, valor R$ 105,97 (cento e cinco reais, e noventa e sete
centavos), pagando o produto com Boleto emitido pelo Terceiro
requerido conforme Doc. anexo.

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2) Ocorre que, as informações na plataforma era que após a confirmação do
pagamento, o produto, seria entregue em até 15 (dias), apesar de o
requerente ter ligado algumas vezes cobrando, o produto nunca chegou,

Se sentindo lesado o autor entrou em contato com a requerida algumas vezes, mas nunca
obteve resposta.

Ocorre que, o reclamante tentou por mais de três vezes resolver o problema da entrega do
produto, mas não foi possível, pois, a conversa não se desenvolveu a contento. O autor não tendo
alternativa se não a justiça, para garantir o seu direito. Doc. Anexo.

Inegavelmente a relação havida entre os ora litigantes é de consumo, ensejando, portanto, a


aplicação das normas consumeristas ao caso em tela.

Assim, não restou ao autor, alternativa senão propor a presente ação, uma vez que o produto
não chegou, mas administrativamente as demandadas não solucionaram o problema.

O requerente está amparado em seus direitos conforme ensina o artigo 26 do CDC, tendo em
vista que o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em noventa dias,
tratando-se de produtos duráveis. e tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no
momento em que ficar evidenciado o defeito, sendo suspenso a contagem do prazo decadencial a partir
da entrega efetiva do produto até o término da execução.

O artigo 18 do CDC é claro ao expressar que os fornecedores de produtos de consumo duráveis


ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor respeitadas às variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas, podendo o
consumidor, não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, exigir, alternativamente e á
sua escolha, a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso, ou
ainda a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos.

No caso sub examine, têm as Acionadas o dever de proceder à reparação dos danos causados ao
Requerente na forma da lei.

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Em virtude dos fatos expostos, não lhe restou alternativa, senão recorrer ao judiciário para obter
a devida reparação.

III - DO DIREITO

A lide versa acerca de vício na entrega do produto, pois, o autor comprou o produto pela
internet através de Boleto emitido pelo terceiro Reclamado, pagou e o produto nunca chegou.

No caso em tela, a acionada violou os Princípios que regem as relações de consumo,


constantes do art. 4º, I, III e IV do CDC, quais sejam a Boa-fé, Equidade, o Equilíbrio Contratual e
o da Informação.

Evidencia-se, in casu, o nexo de causalidade entre o fato e o resultado, sendo responsabilidade


exclusiva da empresa acionada, ressarcir os prejuízos da parte requerente que se encontra privada de
usar o produto, pois, o mesmo, pois, o mesmo não chegou.

A Lei n° 8.078/90, que dispõe sobre a proteção e defesa do consumidor e resguarda os direitos
do autor, quando estabelece:

Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.

Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que


indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

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Art. 6° São direitos básicos do consumidor: IV - a proteção contra a publicidade enganosa
e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

VI- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos


e difusos”;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou


reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados.

As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou


delitos praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou
recebimento de empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos porquanto
tal responsabilidade decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito
interno. Recurso Especial nº 1.199.782-PR, Ministro Relator Luis Felipe Salomão, 2ª Seção,
julgado em 24 de agosto de 2011.

Em sendo a atividade bancária naturalmente arriscada, a responsabilidade do RÉU, nos


termos do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, revela-se objetiva.

Com base neste entendimento foi editada a Súmula 479/STJ, in verbis: "As instituições
financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."

O banco ao emitir um boleto, ele cobra uma taxa por aquele serviço, desta forma faz ele
parte da cadeia de consumo, sendo solidário e possui responsabilidade objetiva, este é o
entendimento jurisprudencial.

CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA. AUSÊNCIA DE


INTERESSE RECURSAL. INOVAÇÃO EM SEDE DE APELAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE
CONHECIDO. LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO. TEORIA DA APARÊNCIA. CADEIA DE
CONSUMO. PAGAMENTO DEVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Não se conhece de parte da
apelação interposta pelo Banco, por ausência de interesse recursal, se a sentença lhe foi

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favorável quanto ao tema indenização por danos morais. 2. Matéria não suscitada ou discutida
no processo não pode ser apreciada e julgada pelo Tribunal, conforme art. 515, § 1º, do CPC,
sob pena de se praticar supressão de instância e violar o princípio do duplo grau de jurisdição. 3.
Rejeita-se a juntada de documentos novos em sede de apelação, pois, terminada a fase
instrutória, a juntada de documentos depende da satisfação dos critérios previstos no art. 397
do CPC, o que deixou de ser comprovado na espécie. 4. Diante da inexistência de provas em
sentido contrário, seja pela aplicação da Teoria da Aparência, seja por se tratar de relação de
consumo, na qual respondem de forma solidária todos os que participaram da cadeia de
consumo, reconhece-se a legitimidade do Banco para figurar no pólo passivo da ação na qual
se pleiteia o pagamento de indenização securitária. 5. Recurso não provido.(TJ-DF - APC:
20140310123628, Relator: CRUZ MACEDO, Data de Julgamento: 29/07/2015, 4ª Turma Cível,
Data de Publicação: Publicado no DJE : 11/09/2015 . Pág.: 180), CIVIL. CONSUMIDOR. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS. CADEIA DE CONSUMO. SOLIDARIEDADE DOS FORNECEDORES. FALHA
NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR. DANO MORAL
CONFIGURADO. QUANTUM. FIXAÇÃO. RAZOABILIDADE. 1. Os fornecedores integrantes da cadeia de
consumo respondem solidariamente pela reparação dos danos gerados ao consumidor. Inteligência
dos artigos 7º, parágrafo único, e 25, § 1º, ambos do CDC. 2. Tratando-se de solidariedade legal, à
autora cabe a escolha de quem acionar, podendo demandar contra todos os fornecedores da cadeia de
consumo ou apenas contra um deles; reparado o dano, caberá ao responsável solidário acionado voltar-
se contra os demais corresponsáveis solidários a fim de se ressarcir ou repartir os gastos. 3. Configura
falha na prestação do serviço, nos termos do art. 14, § 1º, da Lei nº 8.078/90, o não cumprimento do
serviço nos termos ofertados, consubstanciado em traslado e estadia (pernoite), em razão de alteração
no itinerário da viagem. 4. Na fixação de indenização por danos morais o Juiz deve considerar a
proporcionalidade e razoabilidade da condenação em face do dano sofrido pela parte ofendida e o seu
caráter compensatório e inibidor, mediante o exame das circunstâncias do caso concreto. 5. Recurso não
provido.(TJ-DF - APC: 20140210036017, Relator: CRUZ MACEDO, Data de Julgamento: 09/09/2015, 4ª
Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 25/09/2015 . Pág.: 158).

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Dessa sorte não restam dúvidas que a situação em tela gera transtornos ao Autor que
ultrapassam o mero aborrecimento, quando não há boa fé por parte da empresa Ré (art. 4º da
lei 8.078/90) devendo ser aplicado o disposto no art. 6º, VI, do CDC, que prevê como direito
básico do consumidor, a prevenção e a efetiva reparação pelos danos morais sofridos, sendo a
responsabilidade civil nas relações de consumo OBJETIVA, desse modo, basta apenas a
existência do dano e do nexo causal.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,


coletivos e difusos;

O código de Defesa do Consumidor no seu art. 20, protege a integridade dos


consumidores.

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os


tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles
decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

§ 2º São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que


razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas
regulamentares de prestabilidade.

IV - DA RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA

Conforme leciona o Art. 35 do CDC, diante do descumprimento contratual do


fornecedor, o consumidor passa a ter direito a rescindi-lo, e, igualmente ao direito à restituição
da quantia paga, monetariamente atualizada, além de perdas e danos.
Diante da demonstração inequívoca do descumprimento do pacto firmado através da
compra, deve a empresa Ré restituir os valores pagos, conforme precedentes sobre o tema:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. PRODUTO
ADQUIRIDO E NÃO ENTREGUE. RESTITUIÇÃO DO PREÇO PAGO. DANO MORAL
AFASTADO. PESSOA JURÍDICA. - A parte autora comprovou que adquiriu um
notebook da ré. Esta, por sua vez, não provou a entrega do produto, não se
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desincumbindo do ônus imposto pelo art. 333 , II , do CPC . Dever de restituir
o preço cobrado, devidamente corrigido. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.
POR MAIORIA. (Apelação Cível Nº 70061040432, Décima Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em
28/08/2014)
Portanto, demonstrado que findo o prazo de entrega sem que o fornecedor tenha
entregue o produto, dever que foi negado, cabe ao consumidor a restituição dos valores pagos.
Desta forma, diante do desgaste ocasionado na relação de consumo com os réus, o
reclamante não tem qualquer interesse na manutenção do contrato, pleiteando a restituição
imediata da quantia despendida, corrigida e atualizada monetariamente, com fulcro no disposto
no inciso II do § 1º do artigo 18, do diploma consumerista.

V - DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Discorrendo sobre a evolução da responsabilidade civil, MARIA HELENA DINIZ, in


Responsabilidade do fornecedor pelos produtos fabricados e pelos serviços prestados, ensina:

“A responsabilidade do fornecedor por vicio de quantidade e de qualidade


por insegurança, relativo à tutela de incolumidade física do consumidor
(art. 6º, I), nos produtos e serviços será objetiva (arts. 2º e 4º), mas a
responsabilidade por vícios de quantidade e de qualidade por inadequação,
relacionada com o desempenho ou durabilidade dos serviços (art. 4º, II, d),
será subjetiva, porém, com presunção júris et de jure, ou seja, absoluta de
culpa do fornecedor”.

A Carta Política da República, no seu art. 37, § 6º, levante o Princípio da


Responsabilidade Objetiva, pelo qual o dever de indenizar encontra amparo no risco que o
exercício da atividade do agente causa a terceiros, em função do proveito econômico daí
resultante, senão vejamos:

Art. 37, § 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direitos privado


prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa. (grifei).

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Neste sentido, estabelece o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor que:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de


culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos
à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos.

Assim, é insofismável que a demandada feriu os direitos do autor, ao agir com total
descaso, desrespeito e negligência, configurando má prestação de serviços, o que causou danos
de ordem material e moral.

Deste modo, amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, o autor, deverá ser
indenizado pelos danos que lhe forem causados.

Isto, posto, não há duvidas de que o consumidor não poderá ficar desamparado, sendo
indiscutível, portanto, a responsabilidade das requeridas em substituir o produto viciado por outro
similar ou idêntico, ou valor do bem corrigido.

VI – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A questão do ônus da prova é de relevante importância, visto que a sua inobservância pode vir a
acarretar prejuízos aos que dela se sujeitam mormente à aplicação do Código de Defesa do Consumidor.

Levando-se a efeito o disposto no art. 373 do Código de Processo Civil, provas são os elementos
através dos quais as partes tentam convencer o Magistrado da veracidade de suas alegações, seja o (a)
AUTOR (A) quanto ao fato constitutivo de seu direito, seja o RÉU, quanto ao fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do (da) AUTOR (A). Lembrando que estas deverão ser indicadas na
primeira oportunidade de se falar aos autos, ou seja, petição inicial e contestação.

Tecidas tais considerações reportemo-nos ao Código do Consumidor, que traz uma inovação
inserida no inciso VIII, artigo 6º do CDC, onde visa facilitar a defesa do consumidor lesado, com a
inversão do ônus da prova, a favor do mesmo; no processo civil só ocorre a inversão, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação, ou quando for ele hipossuficiente, constatando-se a inversão do “ônus
probandi”.

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A verossimilhança é mais que um indício de prova, tem uma aparência de verdade, o que no caso
em tela, se constata através dos documentos em anexo. Por outro lado, a hipossuficiência é a diminuição
de capacidade do consumidor, diante da situação de vantagem econômica da empresa fornecedora.

Portanto, haja vista, verossimilhança das alegações do requerente e da hipossuficiência do


mesma, este faz jus, nos termos do art. 6º, VIII do CDC, da inversão do ônus da prova ao seu favor.

VII - DOS DANOS MORAIS

O dano simplesmente moral, sem repercussão patrimonial, não há como ser provado, nem se
exige perquirir a respeito do animus do ofensor. Consistindo em lesão de bem personalíssimo, de caráter
eminentemente subjetivo, satisfaz-se a ordem jurídica com a demonstração do fato que o ensejou. Ele
existe tão somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo o suficiente para autorizar a reparação.

O art. 1º, III, da Constituição Federal/88, garante como princípio fundamental, a dignidade da
pessoa humana, o que está sendo violado por parte das REQUERIDAS, bem como os incisos V e X do art.
5º da Carta Magna, prevalecendo os seus interesses ao capital lucrativo, razão pela qual resta
configurado o direito do REQUERENTE ao indenizatório por dano moral.

Este é o entendimento das Turmas Recursais deste Tribunal:

Não obstante a isto, as reiteradas tentativas de resolver a necessidade do Autor


ultrapassa a esfera dos aborrecimentos aceitáveis do cotidiano, demonstrando o completo
descaso da empresa Ré.
Assim, diante de tais evidências, resta configurado o dano moral que os Autores foram
acometidos, restando inequívoco o direito à indenização, conforme entendimento dos
Tribunais:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE VALORES C/C INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS. COMPRAS REALIZADAS PELA INTERNET. PEDIDO DE
COLETA DO PRODUTO E CRÉDITO PARA NOVA COMPRA. COLETA REALIZADA
SOMENTE APÓS SEIS MESES. AUSÊNCIA DEDEVOLUÇÃO DA QUANTIA
PAGA.DEVER DE RESTITUIR. DANO MORAL CONFIGURADO, servindo a
imposição de indenização também com a finalidade punitiva ao
comportamento de descaso da ré, seja em não observar o prazo de COLETA,
seja por não propiciar necessários esclarecimentos AO autor sobre o motivo
da demora. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. Sentença merece ser
confirmada pelos seus próprios fundamentos, o que se há de fazer na forma
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do disposto no art. 46, da Lei nº. 9.099/95. 2. (...) 3. No presente caso, entendo
que restou evidenciado o defeito na prestação do serviço, uma vez que a
mesma não comprovou a devida coleta do produto em prazo legal razoável e
crédito para novas compras, como demonstrado através da documentação
colacionada à petição inicial, ônus que lhe competia, por força do art. 14, §3º,
inciso I, do CDC. 4. No que se refere aos danos morais, entendo que a
conduta do recorrente, foi ofensiva a direito da personalidade, não se
resumindo a simples aborrecimento inerente ao inadimplemento contratual,
suficiente a merecer uma compensação pecuniária. 5. Quantum indenizatório
razoavelmente arbitrado em R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais). 6.
Recurso conhecido e improvido. (Relator (a): Juiz João Paulo Martins da Costa;
Comarca: 11º Juizado Cível e Criminal de Maceió; Órgão julgador: 11º Juizado
Especial Cível e Criminal; Data do julgamento: 06/11/2017)
APELAÇÃO CÍVEL - PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DECLARATÓRIA - INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS - COMPRA DE PRODUTO VIA INTERNET - RESCISÃO DO
CONTRATO PELA NÃO ENTREGA DO PRODUTO - DESRESPEITO PERANTE O
CONSUMIDOR - DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO - PREQUESTIONAMENTO
DA MATÉRIA- RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1- O descumprimento
contratual praticado na entrega de produtos adquiridos pela internet,
configura desrespeito perante o consumidor e é suficiente para ensejar a sua
responsabilidade da empresa pela má-prestação dos serviços e pelos danos
sofridos pelos seus clientes, passível assim de indenização por danos morais
(Ap 31413/2017, DES. SEBASTIÃO DE MORAES FILHO, SEGUNDA CÂMARA
CÍVEL, Julgado em 03/05/2017, Publicado no DJE 09/05/2017)
APELAÇÃO CÍVEL - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO -
IMPOSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE PROVA DE INEXISTÊNCIA OU DO
DESAPARECIMENTO DOS REQUISITOS ESSENCIAIS E DE MANIFESTAÇÃO DA
PARTE INTERESSADA - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - NÃO ENTREGA DE PRODUTO
ADQUIRIDO PELA 'INTERNET' - AUSÊNCIA DE RESTITUIÇÃO DE VALORES
PAGOS - DANO MORAL CONFIGURADO. O STJ já firmou entendimento no
sentido de ser possível a revogação dos benefícios da justiça gratuita de ofício
pelo juiz, desde que ouvida a parte interessada e comprovada nos autos a
inexistência ou o desaparecimento dos requisitos essenciais para a concessão
da justiça gratuita. A ausência de entrega do produto regularmente
adquirido, bem como a ausência de restituição do valor pago pelo
consumidor, não pode ser considerado como fato corriqueiro ou mero
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aborrecimento. A indenização por dano moral deve ser arbitrada segundo o
prudente arbítrio do julgador, sempre com moderação, observando-se as
peculiaridades do caso concreto e os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, de modo que o quantum arbitrado se preste a atender ao
caráter punitivo da medida e de recomposição dos prejuízos, sem importar,
contudo, enriquecimento sem causa da vítima. (TJ-MG - AC:
10686130023373001 MG, Relator: José de Carvalho Barbosa, Data de
Julgamento: 01/12/2016, Câmaras Cíveis / 13ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 07/12/2016)
James Marins, ao disciplinar sobre o tema salienta que:
"A par de restar cediçamente consagrado, quer na doutrina quer na
jurisprudência a indenizabilidade do dano moral e da expressa menção
constitucional a sua reparabilidade, o art. 6º, do Código de Proteção e Defesa
do Consumidor, assegura como direito básico do consumidor 'a efetiva
prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais'. Segundo observa
com propriedade Nélson Nery Júnior, neste dispositivo quer o legislador
assegurar não só o critério genérico - que, segundo pensamos, poderá
comportar mitigações - de observância da responsabilidade objetiva, ao
utilizar-se da expressão 'efetiva prevenção e reparação', como também deixar
imbúbite a possibilidade de cumulação entre o dano moral e patrimonial (ao
utilizar-se justamente da partícula conjuntiva 'e'), matéria outrora objeto de
sérias controvérsias." (Responsabilidade da empresa pelo fato do produto: os
acidentes de consumo no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, ed. RT,
1993, p. 143)
O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte que o
postula a recomposição do dano em face da lesão experimentada, e, de igual modo, servir de
reprimenda àquele que efetuou a conduta reprovável, de tal forma que o impacto se mostre
hábil - em face da suficiência - a dissuadi-lo da repetição de procedimento análogo.
Portanto, cabível a indenização por danos morais, e nesse sentido, a indenização por
dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma
o abalo sofrido e de infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma
vez que fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.
Os danos dessa natureza presumem-se pelos próprios fatos descritos, não havendo
como negar que, em razão deles, o Requerente se desgastou emocionalmente, sofrendo

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angústia e aborrecimento, tendo a esfera íntima agredida ante a conduta imputada pela
demandada.

VIII – CONCLUSÃO

Diante de toda a verossimilhança assertivas das alegações probatórias, colacionada aos autos, a
pretensão do REQUERENTE tem fundamento nos artigos 6º, 14, 18º, 35, e 32º do CDC, bem como
amparo legal no art. 1º, III, c/c art. 5º, V e X da Constituição Federal/88, pois vem sendo tratada sem o
mínimo de respeito que merece e que lhe é garantido.

Pelas disposições do Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade da requerida, está


bem definida, está evidenciado, nos autos, que o vicio apresentado foi na entrega do produto.

É cediço, “que a proteção do consumidor não está adstrita à boa ou má fé do fornecedor


respalda-se no princípio da garantia, no da equidade, com o escopo de reequilibrar a relação de
consumo” (Odete Novais Carneiro Queiroz, in Da Responsabilidade por Vicio do Produto e do Serviço,
Editora revista dos Tribunais, pág. 116).

In casu, aplica-se, ainda, a inversão do ônus da prova, em razão da hipossuficiência da


requerente, em razão da dificuldade ou impossibilidade de fazer a prova em relação ao defeito (vicio) na
entrega do produto.

Isto porque, a indiscutível vulnerabilidade do consumidor está a reclamar uma proteção


adequada, o que se alcançou com a entrada em vigor do Código de Defesa do Consumidor, que buscou
na equidade, na transparência e na harmonia firmar seus alicerces para um definitivo escopo de justiça.

O MM. Juízo, ao apreciar o caso, fará a entrega da prestação jurisdicional de forma livre e
consciente, à luz das provas que foram produzidas. Verificará a condição das partes, o prejuízo material
e moral sofrido e que vem sofrendo o AUTOR, a intensidade da culpa e os demais fatores concorrentes
para fixação do dano, haja vista que as regras de direito podem se revestir de flexibilidade, para dar a
cada um, o que é seu.

IX DOS PEDIDOS
Ex positis, e considerando os fatos ocorridos e presente nos autos requer:

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1 - A concessão dos benefícios da gratuidade judiciária com supedâneo no artigo 98 do NCPC, em razão
de o autor tratar-se de pessoa hipossuficiente, não tendo meios de custear as despesas processuais e de
arcar com um preparo de um eventual Recurso sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família;

2 - A citação das acionadas no endereço inicialmente indicado para, querendo, apresentarem defesas,
dentro do prazo legal, bem como comparecer à audiência designada por esse juízo, sob pena de
confissão;

3- A inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII do CDC);

4 - Ao final, seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente AÇÃO e acolher os pedidos para
condenar as demandadas a devolver os valores pagos corrigidas monetariamente e acrescido de juros
legais desde o seu desembolso, e o cancelamento da compra;

5 - CONDENAR A ACIONADA, nos termos dos arts. 5º V da CF/88 c/c art. 186 e art.927 do
CC/2002 e art. 6º, 18 21, 26 e 32 da Lei 8.078/90, a pagar o autor pelos danos sofridos em face
má prestação de serviços e conduta ilegal a quantia justa e razoável, no importe de R$
8.000,00 (oito mil reais), a título de indenização por danos morais;

6 - Que oportunamente, havendo recurso, sejam as rés condenadas ao pagamento de todas as verbas
sucumbências devido, a destacar à custa processual e honorária advocatícios, nos termos dos artigos 82
e 85 do NCPC;

Protesta o autor por provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente pelas provas testemunhal, pericial e documental, bem assim por todos os demais meios
que se apresentarem úteis à demonstração dos fatos aqui articulados, observado ainda o disposto no
art. 6°, inc. VIII, do Código de Defesa do Consumidor, no que toca à inversão do ônus da prova.

Dá-se à causa o valor de R$ 8.200,00 (oito mil, e duzentos reais)

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Salvador/BAHIA, 11 de novembro de 2023.

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OAB/BA 41.174

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