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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DE DEFESA
DO CONSUMIDOR / DA COMARCA DE SALVADOR/BAHIA.
Nos termos do Art. 6, 14, 18, 35, e 32 do Código de Defesa do Consumidor, em face de
APPMAX PLATAFORMA DE VENDAS LTDA (NOME DE FANTASIA APPMAX, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 27000511/0001-60, com sede na Rua TV SAO JOSE, nº
455, Sala 74 Bairro NAVEGANTES Município de Porto Alegre CEP 90.240-200 R. S. email
ATENDIMENTO.CLIENTE@APPMAXBRASIL.COM.BR tel. (11) 3777-0672/ (11) 1111-1111, e
I – DA ASSISTENCIA JUDICIÁRIA
Assim como a regra no âmbito dos Juizados Especiais é a não condenação em custas no primeiro
grau (art. 55 da Lei 9.099/95).
Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado
pelo ordenamento jurídico.
II - DOS FATOS
Se sentindo lesado o autor entrou em contato com a requerida algumas vezes, mas nunca
obteve resposta.
Ocorre que, o reclamante tentou por mais de três vezes resolver o problema da entrega do
produto, mas não foi possível, pois, a conversa não se desenvolveu a contento. O autor não tendo
alternativa se não a justiça, para garantir o seu direito. Doc. Anexo.
Assim, não restou ao autor, alternativa senão propor a presente ação, uma vez que o produto
não chegou, mas administrativamente as demandadas não solucionaram o problema.
O requerente está amparado em seus direitos conforme ensina o artigo 26 do CDC, tendo em
vista que o direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em noventa dias,
tratando-se de produtos duráveis. e tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no
momento em que ficar evidenciado o defeito, sendo suspenso a contagem do prazo decadencial a partir
da entrega efetiva do produto até o término da execução.
No caso sub examine, têm as Acionadas o dever de proceder à reparação dos danos causados ao
Requerente na forma da lei.
III - DO DIREITO
A lide versa acerca de vício na entrega do produto, pois, o autor comprou o produto pela
internet através de Boleto emitido pelo terceiro Reclamado, pagou e o produto nunca chegou.
A Lei n° 8.078/90, que dispõe sobre a proteção e defesa do consumidor e resguarda os direitos
do autor, quando estabelece:
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Com base neste entendimento foi editada a Súmula 479/STJ, in verbis: "As instituições
financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias."
O banco ao emitir um boleto, ele cobra uma taxa por aquele serviço, desta forma faz ele
parte da cadeia de consumo, sendo solidário e possui responsabilidade objetiva, este é o
entendimento jurisprudencial.
V - DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Assim, é insofismável que a demandada feriu os direitos do autor, ao agir com total
descaso, desrespeito e negligência, configurando má prestação de serviços, o que causou danos
de ordem material e moral.
Deste modo, amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, o autor, deverá ser
indenizado pelos danos que lhe forem causados.
Isto, posto, não há duvidas de que o consumidor não poderá ficar desamparado, sendo
indiscutível, portanto, a responsabilidade das requeridas em substituir o produto viciado por outro
similar ou idêntico, ou valor do bem corrigido.
A questão do ônus da prova é de relevante importância, visto que a sua inobservância pode vir a
acarretar prejuízos aos que dela se sujeitam mormente à aplicação do Código de Defesa do Consumidor.
Levando-se a efeito o disposto no art. 373 do Código de Processo Civil, provas são os elementos
através dos quais as partes tentam convencer o Magistrado da veracidade de suas alegações, seja o (a)
AUTOR (A) quanto ao fato constitutivo de seu direito, seja o RÉU, quanto ao fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do (da) AUTOR (A). Lembrando que estas deverão ser indicadas na
primeira oportunidade de se falar aos autos, ou seja, petição inicial e contestação.
Tecidas tais considerações reportemo-nos ao Código do Consumidor, que traz uma inovação
inserida no inciso VIII, artigo 6º do CDC, onde visa facilitar a defesa do consumidor lesado, com a
inversão do ônus da prova, a favor do mesmo; no processo civil só ocorre a inversão, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação, ou quando for ele hipossuficiente, constatando-se a inversão do “ônus
probandi”.
O dano simplesmente moral, sem repercussão patrimonial, não há como ser provado, nem se
exige perquirir a respeito do animus do ofensor. Consistindo em lesão de bem personalíssimo, de caráter
eminentemente subjetivo, satisfaz-se a ordem jurídica com a demonstração do fato que o ensejou. Ele
existe tão somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo o suficiente para autorizar a reparação.
O art. 1º, III, da Constituição Federal/88, garante como princípio fundamental, a dignidade da
pessoa humana, o que está sendo violado por parte das REQUERIDAS, bem como os incisos V e X do art.
5º da Carta Magna, prevalecendo os seus interesses ao capital lucrativo, razão pela qual resta
configurado o direito do REQUERENTE ao indenizatório por dano moral.
VIII – CONCLUSÃO
Diante de toda a verossimilhança assertivas das alegações probatórias, colacionada aos autos, a
pretensão do REQUERENTE tem fundamento nos artigos 6º, 14, 18º, 35, e 32º do CDC, bem como
amparo legal no art. 1º, III, c/c art. 5º, V e X da Constituição Federal/88, pois vem sendo tratada sem o
mínimo de respeito que merece e que lhe é garantido.
O MM. Juízo, ao apreciar o caso, fará a entrega da prestação jurisdicional de forma livre e
consciente, à luz das provas que foram produzidas. Verificará a condição das partes, o prejuízo material
e moral sofrido e que vem sofrendo o AUTOR, a intensidade da culpa e os demais fatores concorrentes
para fixação do dano, haja vista que as regras de direito podem se revestir de flexibilidade, para dar a
cada um, o que é seu.
IX DOS PEDIDOS
Ex positis, e considerando os fatos ocorridos e presente nos autos requer:
2 - A citação das acionadas no endereço inicialmente indicado para, querendo, apresentarem defesas,
dentro do prazo legal, bem como comparecer à audiência designada por esse juízo, sob pena de
confissão;
4 - Ao final, seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente AÇÃO e acolher os pedidos para
condenar as demandadas a devolver os valores pagos corrigidas monetariamente e acrescido de juros
legais desde o seu desembolso, e o cancelamento da compra;
5 - CONDENAR A ACIONADA, nos termos dos arts. 5º V da CF/88 c/c art. 186 e art.927 do
CC/2002 e art. 6º, 18 21, 26 e 32 da Lei 8.078/90, a pagar o autor pelos danos sofridos em face
má prestação de serviços e conduta ilegal a quantia justa e razoável, no importe de R$
8.000,00 (oito mil reais), a título de indenização por danos morais;
6 - Que oportunamente, havendo recurso, sejam as rés condenadas ao pagamento de todas as verbas
sucumbências devido, a destacar à custa processual e honorária advocatícios, nos termos dos artigos 82
e 85 do NCPC;
Protesta o autor por provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas,
especialmente pelas provas testemunhal, pericial e documental, bem assim por todos os demais meios
que se apresentarem úteis à demonstração dos fatos aqui articulados, observado ainda o disposto no
art. 6°, inc. VIII, do Código de Defesa do Consumidor, no que toca à inversão do ônus da prova.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Salvador/BAHIA, 11 de novembro de 2023.