Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
25/08/2023
Número: 0801120-83.2022.8.10.0078
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: Vara Única de Buriti Bravo
Última distribuição : 16/06/2022
Valor da causa: R$ 17.047,00
Assuntos: Seguro
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
MARIA ALDEIDE DOS SANTOS FEITOSA (AUTOR) JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA (ADVOGADO)
JEANNY SANTOS SARAIVA (ADVOGADO)
EQUATORIAL MARANHÃO DISTRIBUIDORA DE ENERGIA LUCIMARY GALVAO LEONARDO GARCES (ADVOGADO)
S/A (REU) RAFAEL SILVA VIANA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
69390 16/06/2022 15:48 Ação de repetição de indébito com pedido de Petição
676 antecipação de tutela {maria aldeide vs equatorial}
EXCELENTÍSSIMA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE
BURITI BRAVO - MA.
MARIA ALDEIDE DOS SANTOS FEITOSA, idosa, brasileira, casada, lavradora, inscrita no
RG nº 0144.7491.2000-0 e no CPF nº 015.284.263-20, residente e domiciliada no Povoado Cana
Brava, s/n, CEP nº 65.685-000, em Buriti Bravo - MA, vem, respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, por suas advogadas abaixo assinado, ut instrumento de mandato anexo, endereço
eletrônico contato@jeannysaraiva.com, com fundamento no artigo 5º, XXXII, da Constituição
Federal c/c artigo 6º, inciso VI, do Código de Defesa do Consumidor, propor a presente:
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 1
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
I – DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
Art. 1º. Os poderes públicos federal e estadual, independente da colaboração que possam receber dos
municípios e da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, concederão assistência judiciária aos
necessitados nos termos da presente Lei.
Art. 9º. Os benefícios da assistência judiciária compreendem todos os atos do processo até decisão
final do litígio, em todas as instâncias.
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar
as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na
petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º. O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à
parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3º. Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 2
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
4. Ademais, a Constituição Federal assegura em seu artigo 5º, LXXIV:
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência
de recursos.
II - DOS FATOS:
2. Ocorre que neste ano, a Requerente descobriu que estava pagando mensalmente por dois
serviços não contratados e nem utilizados, sob a nomenclatura de “Super Proteção”, no valor
de R$ 5,60 e “Seguro de Vida Mais Premiada”, no valor de R$ 5,90, sendo que a cobrança
teve início em dezembro/2014, continuando nos anos de 2015, 2016 (em 10 meses), 2017, 2018,
2019, 2020, 2021 e 2022 até o presente mês.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 3
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
3. Desde o início da cobrança indevida, a quantia pelos dois seguros foi debitada em 89
faturas de consumo, totalizando o valor de R$ 1.023,50 (doc. 6 á 14).
4. Ressalta-se que a autora é lavradora, pessoa humilde, e de baixa instrução, por isso
não percebeu a imputação dos descontos assim que iniciaram, e somente ao requerer ajuda de
terceiro descobriu que vem pagando por um serviço não contratado, nem utilizado.
5. De tal modo, que não resta alternativa senão socorrer-se a este E. Poder Judiciário
para corrigir essa ilegalidade. São os motivos que ensejam a presente demanda!
III – DO MÉRITO:
1. Temos que a relação jurídica de direito material controvertida nestes autos é de consumo,
eis que a demanda versa sobre a falha na prestação dos serviços fornecidos pela Concessionária,
logo, a Empresa Ré enquadra-se no conceito de fornecedor de serviços (art. 3º do CDC), e a
Autora no de consumidor (art. 2º do CDC), caracterizando a relação consumerista! Vejamos:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final;
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
§ 1° - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive
as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 4
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
2. Assim, tratando-se de demanda que envolve a relação de consumo, torna-se
obrigatória a aplicação das normas do Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990.
2. Essa inversão deve acontecer sempre que o julgador entender como verossímil a alegação
da parte ou quando, pelas regras ordinárias de experiência, perceber que o consumidor é
hipossuficiente. Vejamos:
1. A responsabilidade civil e o dever jurídico de indenizar nada mais são que a reparação
de um prejuízo experimentado, e estão previstos em diversos dispositivos legais, que passaremos
a analisar agora. Começando pela Carta Magna, que prescreve:
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 5
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
2. De igual modo o Código Civil dispõe, em seus artigos 186 e 927, que:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 6
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º. O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3º. O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
6. Portanto, no caso sub judice, deve ser aplicada a responsabilidade civil objetiva, regra
do artigo 14 da lei consumerista, isso por que restou devidamente comprovado o defeito na
prestação de serviço e os danos (materiais e morais) dela decorrentes!
Art. 42. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito,
por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável.
2. Aqui deve ser aplicado o art. 42, parágrafo único, do CDC, ante a existência de má-fé
por parte da Demandada, e por consequência, o valor cobrado indevidamente e pago em
excesso deve ser restituído em dobro a autora, como se vê a seguir:
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 7
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
Lançamentos "Seguro de Vida Mais Premiada"
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
jan R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
fev R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
marc R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
abr R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
mai R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
jun R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
jul R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
ago R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
set R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
out R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
nov R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
dez R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90 R$ 5,90
TOTAL = R$ 525,10 - em dobro R$ 1.050,20
Lançamentos "Super Super Proteção"
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
jan R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
fev R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
marc R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
abr R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
mai R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
jun R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
jul R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
ago R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
set R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
out R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
nov R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
dez R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60 R$ 5,60
TOTAL = R$ 498,40 - em dobro R$ 996,80
TOTAL EM DOBRO = R$ 1.050,20 + 996,80 = R$ 2.047,00
3. Dessa forma, ante a cobrança arbitrária e atitude ilícita que configura o enriquecimento
sem causa da Concessionária, é que se REQUER a devolução em dobro da quantia paga
indevidamente, a qual perfaz a quantia de R$ 2.047,00 (dois mil e quarenta e sete reais),
atualizada com juros e correção monetária.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 8
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
3.5. DA CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL:
“O dano moral consiste na lesão de direitos, cujo conteúdo não é pecuniário, nem
comercialmente redutível a dinheiro. Em outras palavras, podemos afirmar que o
dano moral é aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos
da personalidade), violando, por exemplo, sua intimidade, vida privada, honra e
imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente”
(STOLZE, Pablo; PAMPLONA FILHO, Rodolfo / 2020, p. 1401).
2. Assim, o dano moral é toda agressão injusta aqueles bens imateriais, tanto de pessoa
física quanto de pessoa jurídica, insuscetível de quantificação pecuniária, ou seja, aqueles bens que
atingem o ofendido como pessoa, lesando o bem que integra os direitos da personalidade, como
a honra, a dignidade, a intimidade, a imagem, o bom nome e etc., e que acarretam ao lesado dor,
sofrimento, tristeza, vexame, angústia e humilhação.
3. Nesse sentir, a parte Autora relata que a Ré inseriu em sua fatura de energia elétrica
serviços nunca solicitados, muito menos utilizados, e que tais descontos, comprometem o seu
sustento. Veja que o direito à indenização por danos morais é direito fundamental expressamente
consagrado na Constituição Federal.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 9
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM ATENÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. RECURSO EXCLUSIVO DA RÉ. SENTENÇA MANTIDA POR
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. Dispensado o relatório
nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.099/95. Circunscrevendo a lide e a discussão recursal para efeito de
registro, saliento que a Recorrente BV FINANCEIRA CREDITO FINANCIMENTO E INVESTIMENTO pretende
a reforma da sentença lançada nos autos que JULGOU PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos
formulados para CONDENAR o réu a: a- DEVOLVER ao autor o valor pago pelo seguro, qual seja, o total
de R$ 979,00(-), com correção monetária e juros legais de 1% ao mês, desde a citação; b- PAGAR ao autor, à
título de danos morais, o valor de R$3.000,00 (três mil reais) com correção monetária desde esta data. e juros
legais de 1% a contar da citação. [...] Assim, ante a ausência do instrumento contratual entendo
que a ré imputou cobrança de serviço não solicitado pelo autor, comportamento considerado
abusivo, pois atenta ao disposto no artigo 6º, inciso IV c/c art.39, incs. III e V, do Código de
Defesa do Consumidor. Perlustrando os autos, verifico que não há registro de que a parte autora teria
efetivamente contratado o aludido seguro. Desse modo, entendo que o acionante faz jus à restituição do valor
cobrado, eis que se está diante de cobrança indevida acompanhada do respectivo pagamento[...]. Com isso,
uma vez constatada a conduta lesiva e definida objetivamente pelo julgador, pela experiência comum, a
repercussão negativa na esfera do lesado, surge a obrigação de reparar o dano moral. [...] Assim sendo, ante
ao exposto, voto no sentido de CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela Recorrente,
confirmando, consequentemente, todos os termos da sentença hostilizada, condenando-a ao pagamento das
custas e honorários advocatícios que arbitro em 20% (vinte por cento) do valor da condenação pecuniária
envolvida, atentando, especialmente, para a natureza e a importância econômica atribuída à ação, o zelo e o
bom trabalho do profissional que defendeu os interesses da parte recorrida. (TJ-BA, Classe: Recurso Inominado,
Número do Processo: 0011093-67.2018.8.05.0113, Órgão julgador: QUINTA TURMA RECURSAL, Relator(a):
ELIENE SIMONE SILVA OLIVEIRA, Publicado em: 09/07/2019)
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 10
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
IV - DA TUTELA ANTECIPADA DE URGÊNCIA:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 11
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
V - DOS PEDIDOS:
c) a concessão da tutela de urgência (art. 300, CPC), para que seja determinado a
CONCESSIONÁRIA RÉ, que suspenda a cobrança do seguro na fatura da autora, até que
se julgue a presente demanda, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00;
i) Requer, por fim, que todas as intimações sejam realizadas apenas em nome da
advogada Jeanny Santos Saraiva, inscrita na OAB/MA 10.691, sob pena de nulidade
(art. 272, § 2º, CPC).
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 12
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864
Dá-se à causa o valor de R$ 17.047,00 (dezessete mil e quarenta e sete reais).
Nestes termos.
Pede deferimento.
Em anexo:
Assinado eletronicamente por: JULIANA RODRIGUES DE LIMA MAIA - 16/06/2022 15:46:16 Num. 69390676 - Pág. 13
https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061615461626600000064891864
Número do documento: 22061615461626600000064891864