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Da justiça gratuita
Do Direito
A parti do momento que se tem um contrato de plano de saúde firmado, o
atendimento em casos de emergência saúde firmado, o atendimento em casos
de emergência passa a ter cobertura, independente de prazo de carência.
Trata-se de responsabilidade da empresa de ré que não poderia deixar o autor
desamparado no momento que mais precisava, conforme matéria: súmula
pela Superior Tribunal de Justiça:
Súmula 597: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou
de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24
horas contado da data da contratação.
A lei 9.656/98, em seu artigo 13, prevê a suspensão ou a rescisão unilateral do
contrato do contrato apenas nas hipóteses de fraude ou inadimplência por
período superior a 60 dias, na qual a autora teve atraso de boleto somente no
período de 8 dias em julho e 4 dias em agosto. Nesse caso, o consumidor
deverá ser comprovadamente notificado até o quinquagésimo dia de
inadimplência, é só então poderá ter o benefício suspenso após 60 dias.
JURISPRUDENCIA
Este entendimento traduz o posicionamento jurisprudencial sobre o
tema:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PLANO DE SAÚDE. COBERTURA DE FORNECIMENTO DE
ALIMENTAÇÃO ENTERAL PARA TRATAMENTO DOMICILIAR.
CASO DE EMERGÊNCIA, QUE IMPLICA EM RISCO DE VIDA PARA
A PACIENTE.
1. E obrigatória a cobertura do atendimento nos casos de emergência,
como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou de
lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do
médico assistente (Art. 35-C, inciso I da Lei n° 9.656/98).
2. Nesse contexto, as cláusulas limitativas ou restritivas são, nulas de
pleno direito, por alijarem o segurado do objeto do contrato de plano
de saúde. Precedentes.
3. Dos autos consta que a Agravada é uma pessoa idosa com mais de
87 (oitenta e sete) anos de idade, beneficiária do plano de saúde
fornecido pela Agravante, e encontra-se diagnosticada com demência
(CID 10: Fo3), acamada, com sonda de gastrostomia, necessitando de
alimentação enteral, totalmente dependente dos cuidados de terceiros
para todas as atividades da vida diária 4. Portanto, negar o
fornecimento do tratamento à recorrida encontra-se em descompasso
com a legislação do consumidor, além de ofender o princípio da
dignidade humana, consagrado a nível constitucional, e observado
pela Lei n° 9.656/98, que trata dos Planos de Saúde. 5. Agravo
regimental conhecido e improvido. ACORDAO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, ACORDAM os
Desembargadores integrantes do Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, reunidos na 7a Câmara Cível, à unanimidade, em conhecer o
presente recurso para, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO,
mantendo inalterada a decisão requestada, tudo nos termos do voto
do Relator. (AGV 06259786320158060000
CE 0625978-63.2015.8.06.0000 Rel. FRANCISCO BEZERRA
CAVALCANTE 7a Câmara Cível01/09/2015)
. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
1. A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98
do
Código de Processo Civil;
2. A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para,
querendo responder a presente demanda;
3. Seja o requerido condenado a pagar ao requerente a título de título
de danos morais, em valor não inferior a R$20 salários mínimos
considerando as condições das partes, principalmente o potencial
econômico-social da lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e
as circunstâncias fáticas;
4. A condenação do requerido em custas judiciais e honorários
advocatícios
5. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidas e cabíveis à espécie, especialmente pelos documentos
acostados;
6. Manifesta o interesse na realização de audiência conciliatória;
7. Dá-se à causa o valor de R$ 27,000,00. ( vinte e sete mil reais)
Termos em que, pede deferimento.
JOSIANA FERREIRA
OAB\ RJ- 112.074