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AO JUÍZO DA VARA XXXXXXXXXXXXXX DA COMARCA DE

XXXXXXXXXXXXX/UF

URGÊNCIA

ANTÔNIO XXXXXXXX,brasileiro, estado civil, profissão XXXXXXXXXX,


inscrito no CPF XXXXXXXX, no RG sob nº XXXXXXXXXXXXXX, residente e
domiciliado na
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX/UF,CEP:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXX,endereçoeletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, por meio de
seu representante legal infra-assinado como consta em procuração em anexo
(doc.XX), residente e domiciliado(a) na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, com
endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, onde recebe
notificações e intimações, nos termos do art. 77, inciso V, CPC/2015, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com esplendido acato propor AÇÃO DE
OBRIGAÇÃ DE FAZER COM PEDIDO DETUTELA DE URGÊNCIA com
fundamento nos artigos 1º, inciso III da CF/88, art. 294, 300 e 319 do CPC/2015, art.
51do Código de Defesa do Consumidor, arts. 186 e 927 do CC/17, art. 35-C e 35-E
da lei nº 9.656/98, em face de:

PLANO DE SAÚDE XXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ XXXXXXXXXXXXXXXX, com sede no endereço
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, CEP: XXXXXXXXXXXXXX/UF, com endereço
eletrônico:XXXXXXXXXXXXXXXXXX, telefone (XX): XXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
pelos fatos e fundamentos a seguir:
I- DA GRATUIDADE DA JUTIÇA

In casu, a REQUERENTE não possui condições de pagar as custas e


despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme consta as
declarações de hipossuficiência, anexo (doc.X). Portanto, com a previsão no artigo
5º, LXXIV e LXXVII da CFRB/88 e art. 98 e 99, CPC/2015, que estabelece normas
para a concessão da assistência judiciária aos legalmente necessitados, a lei
autoriza concessão do benefício da gratuidade judiciária frente à mera alegação de
necessidade, que enquadra a presunção (júris tantum de veracidade, milita em seu
favor a presunção de veracidade das declarações de baixa renda por elas firmado).

Desse modo, a REQUERENTE entende fazer jus à concessão da


gratuidade de Justiça. Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os
mais humildes de ter acesso à Justiça, garantia maior dos cidadãos no Estado
Democrático de Direito.

Pelo exposto, com base na garantia jurídica que a lei oferece, postula as
REQUERENTE a concessão do benefício da justiça gratuita, em todos os seus
termos, a fim que sejam isentas de quaisquer ônus decorrentes do presente feito.

DOS FATOS

O Requerente possui vínculo contratual com a empresa prestadora de


serviços hospitalares e ambulatoriais conhecida por
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pelo período já de 2 (dois) anos, o que já supre
o prazo máximo de carência em situações de urgência e emergência.

Por conseguinte, o requerente ao realizar alguns exames de rotina,


obteve a descoberta que precisa com urgência, ao risco de sofrer um enfarte a
qualquer momento, realizar um procedimento cirúrgico para colocação de STENT
(um pequeno e expansível tubo tipo malha, feito de metal com aço inoxidável ou liga
de cobalto, estes servem para restauração do fluxo sanguíneo na artéria coronária e
trazem um ritmo semelhante à ação normal do músculo).

Ao contatar o plano de saúde, ele se depara com a negativa de


autorização para este procedimento, com argumentação da empresa de que por ser
doença pré-existente, o plano de saúde não cobre para tais fins, informando que o
requerente deve arcar com as despesas da colocação desse aparelho, valorado em
R$ 15.000,00 (quinze mil reais), mesmo já havendo 2 (dois) meses de comunicação,
ainda sim o plano de saúde está irredutível.

Vale ressaltar que, o procedimento é de urgência, e a carência pra tal


ocorrência é de apenas 24 horas após assinatura do contrato entre as partes,
partindo do pressuposto que a parte autora corre risco de vida a qualquer momento
que se passa, inclusive no agora, a negativa torna-se inconstitucional.

Ato contínuo, a recusa tácita do REQUERIDO em autorizar que sejam


feitos os procedimentos prescritos pelo médico que acompanha o REQUERENTE,
além de ser desumano, implica em um ato ilícito civil, consistente na recusa abusiva
ao cumprimento do contrato firmado junto ao REQUERENTE, com base em
interpretação igualmente abusiva de cláusulas que o Código Civil, o Código de
Defesa do Consumidor e legislação ordinária específica (lei nº 9.656/98) consideram
nulas, vez que estabelecidas em detrimento do consumidor final em instrumentos
padronizados de contratos de adesão.

Requer, Excelência, pelo exame da matéria de forma urgente, uma vez


que o estado da REQUERENTE é delicado e necessita de atenção, pois corre risco
de vida, tendo em vista que, decisão em contrário, acarretará graves prejuízos à sua
saúde, podendo o levar ao óbito, estando inclusive já com os exames de
comprovação da sua necessidade, aguardando avalia do Poder Judiciário (docs. X e
XX), por acreditar que seja medida da mais lídima JUSTIÇA.

Ato contínuo, a melhor doutrina como a unânime jurisprudência de


nossos Tribunais Superiores estabelece a responsabilidade das empresas
prestadoras de seguro saúde pelo custeio de procedimentos que necessitem os
seus pacientes, que são consumidores, como a seguir restará devidamente
comprovado.
Por tais direitos fundamentados e estabelecidos a seguir.

DOS FUNDAMENTOS

O requerente está assegurado por orientações médicas de que possui com


urgência realizar o procedimento cirúrgico, pois corre risco de vida, o Plano de
Saúde ao qual mantém vínculo contratual de assistência de saúde em caráter de
urgência, aqui anexados demonstram o cuidado que o REQUERENTE vem tendo
em busca de uma saúde de qualidade, a indicação médica da cirurgia para
colocação do STENT tiveram como objetivo aplicar, em prol do REQUERENTE, o
melhor progresso científico em benefício da paciente. O REQUERENTE, enquanto
segurado, tem direito ao melhor e mais avançado tratamento médico disponível no
momento.

A respeito da abusividade do REQUERIDO, também é lapidar a sua lição:

"APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE


SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA PARA REALIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. ATO ABUSIVO QUE ENSEJA
DEVER DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. - A negativa
injustificada de realização de procedimento médico devidamente
coberto contratualmente acarreta dever de indenizar moralmente
a vítima, vez que viola sua esfera pessoal. O valor estabelecido –
R$ 10.000,00 (dez mil reais) se mostra razoável e proporcional ao
dano experimentado. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

(TJ-AM 06105887020168040001 AM 0610588-70.2016.8.04.0001,


Relator: Domingos Jorge Chalub Pereira, Data de Julgamento:
18/02/2018, Segunda Câmara Cível)

No mesmo sentido, entende a jurisprudência pátria pela obrigação da


realização do procedimento médico que vise à preservação da saúde, e mesmo da
vida, dos segurados de planos de saúde, sobretudo quando se trata de casos de
urgência e emergência.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


-PLANO DE SAÚDE - CONTRATAÇÃO ANTERIOR À LEI 9.656/98
-CIRURGIA DE CIFOPLASTIA - EXCLUSÃO DA COBERTURA -
CLÁUSULA ABUSIVA. Mostra-se ilegal a negativa de
fornecimento do procedimento de cifoplastia, mesmo nos
contratos celebrados antes da Lei nº 9.656/98, mormente quando
há prescrição médica e se mostra indispensável à manutenção
da integridade física do contratante. (TJ-MG - APL:
1.0024.10.101451-2/001, Relator: Evandro Lopes da Costa
Teixeira, Data de Julgamento: 29/05/2014, 17ª Câmara Cível, Data
de Publicação: 10/06/2014).
Das disposições legais acerca da matéria, a questão, ora sob análise,
encerra simples solução em planos legais. Diz respeito à validade de cláusulas
restritivas impostas em desfavor de um contratante - consumidor em contrato de
adesão - e a sua análise em sede judicial.

DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE LIMINAR

A respeito de tal matéria, nosso Código Civil estabelece em seu artigo


424:

Art. 424 – Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que


estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante
da natureza do negócio. (Grifamos).

Entendimento que já restava disposto no artigo 51 do Código de Defesa


do Consumidor, visa respaldar justamente os atos abusivos praticados pelas
empresas em geral em detrimento de seus consumidores. E, claramente, a relação
entre a parte autora e o requerido é de natureza consumerista, o supra referido
artigo possui a seguinte redação:

Art. 51 – São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas


contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
que: I – Impossibilitem,exonerem ou atenuem a
responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza
dos produtos ou serviços ou impliquem renúncia ou disposição
de direitos (...). IV – Estabeleçam obrigações consideradas
iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa – fé ou a
equidade. (Grifamos).

Mais especificamente, a lei 9.656 de 03 de junho de 1998, com a redação


dada pela Medida Provisória número 2.177-44 de 24 de agosto de 2001, em seus
artigos 35-C e 35-E expressamente determina:

Art. 35 – C – É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos


:I – de emergência, como tal definidos os que implicarem risco
imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente,
caracterizada em declaração do médico assistente;(...)

Art. 35 – E – A partir de 5 de junho de 1998, fica estabelecido


para os contratos celebrados anteriormente à data de vigência
desta Lei que:(...) (Grifamos).
A aplicabilidade da supra referida lei aos contratos firmados antes de sua vigência
também já é matéria sopesada em nossa jurisprudência, sendo igualmente unânime
o entendimento segundo o qual, por tratar-se de contratos de trato sucessivo e
periódico, eles restam regulados pela lei, independentemente de quando tenham
sido pactuados, já que mensalmente se renovam.

Como restou demonstrado a veracidade, sob qualquer prisma porque se analise a


presente questão, é inteiramente abusiva e, como tal, ilícita a negativa do
REQUERIDO em autorizar o procedimento cirúrgico de que necessita o requerente,
consumidor e fiel pagador do plano de saúde.

Isso leva à verificação de todos os elementos necessários à concessão liminar, sem


oitiva do REQUERIDO, da concessão da tutela satisfatória de urgência antecedente,
determinando ao REQUERIDO a obrigação de fazer consistente em custear ou
garantir o atendimento do REQUERENTE, para uma ampla assistência médica e
que haja preservação de sua vida.

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM ANTECEDENTES

Diante de todos os fatos narrados, bem caracterizada a urgência da realização do


procedimento cirúrgico atestado em exame médico do REQUERENTE, credenciado
junto ao Plano de Saúde a qual mantém vínculo contratual de assistência de saúde
(plano de saúde), principalmente em se tratando de paciente com risco em face da
cirurgia para colocação do STENT negada. Por esse meio, não resta outra
alternativa senão requerer à antecipação provisória da tutela preconizada em lei.

No que concerne à tutela, especialmente para que o REQUERIDO seja compelido a


autorizar a realização do procedimento e exames buscados e arcar com as suas
despesas, justifica-se a pretensão pelo princípio da necessidade.

O Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de urgência quando


“probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”:
Precipuamente, deve-se observar que, por tratar-se de situação
em que o perigo na demora para a concessão da tutela definitiva
satisfativa pode ocasionar danos irreparáveis à parte autora, e
ainda, demonstrada a robustez das provas a esta exordial
anexadas, resta caracterizada a possibilidade do pleito da tutela
de urgência satisfativa em caráter antecedente, conforme o
nosso novo Código de processo Civil brasileiro nos oportuna
em seu art. 294, § único, in verbis:

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência


ou evidência.Parágrafo único. A tutela provisória de urgência,
cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental. (grifou-se)

Desta forma, observa-se que o novo Código Processual Civil estabeleceu


alguns requisitos para que a tutela provisória de urgência satisfatória seja
concedida, notadamente, a demonstração da probabilidade do direito e do perigo
de dano ou ilícito.

Desta forma, mediante os fatos narrados, os exames anexados


respaldados pelos profissionais de saúde do requerente, a regulamentação e
inclusão no rol da (ANS) do procedimento requerido, bem como o documento com
as alegações do requerente ao negar TACITAMENTE a solicitação de cobertura do
procedimento cirúrgico, resta cristalina a probabilidade do direito, ou a “fumaça do
bem direito” do requerente de ter a sua cirurgia coberta pelo plano de saúde
requerido.

Nesta testilha, o dano que a REQUERENTE está na iminência de sofrer,


está relacionado à sua saúde e mesmo à sua vida, visto que a probabilidade desta
de perecer, ou seja, vir a óbito, caso não realize a cirurgia, é de caráter de
URGÊNCIA, conforme já alertado pela equipe médica que assistiu o
REQUERENTE.

Cabe ressaltar ainda, que o novo Código impõe também, como uma das
condições de deferimento do pleito de tutela provisória de urgência, a devida
constatação do perigo de irreversibilidade da decisão, instituto chamado de “perigo
na demora in reverso”, art. 300, § 3º, in verbis:

Art. 294. § 3º. A tutela de urgência de natureza antecipada não


será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos
efeitos da decisão.

Haja vista o pedido de tutela de urgência de caráter antecedente se


fundamentar na cobertura financeira por parte do requerido ao custeio do
procedimento cirúrgico e tendo em vista ainda, ser o requerido uma grande
empresa, especializada neste ramo, não há, pois, que se falar em irreversibilidade
dos efeitos da concessão do pedido em face do requerido.

Portanto, está nítido o direito que a parte autora possui em ter seu pleito
de tutela satisfativa de urgência antecedente concedido, para que, sob a cobertura
do plano de saúde requerido, realize o procedimento de “CIRURGICO NO
MÚSCULO CORAÇÂO”, como solicitado por exames médicos em anexo, para que
possa ser resguardada a integridade de sua saúde física e mental, além preservar a
sua vida da melhor forma possível.
DAS PERROGATIVAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 51 – São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas


contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que
(...)IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;( . . . ) 1º – Presume-
se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:( . . . ) II –
restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
natureza e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras
circunstâncias peculiares ao caso. Sobressai-se da norma acima
mencionada que são nulas de pleno direito as obrigações
consideradas “incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. “
(inciso IV).

O contrato de seguro-saúde, por ser atípico, por conseguinte,


consubstancia função supletiva do dever de atuação do Estado. Assim, impõe a
proteção da saúde do segurado e de seus familiares contra qualquer enfermidade e
em especiais circunstâncias como aquela que aqui se vê onde o PEDIDO DE
CIRUGIA em caráter de urgência proposta pelo médico auxiliador da requerente,
mediante a enfermidade constatada em laudo de exames.

Não bastasse isso, os planos de saúde devem atender a todas as


necessidades de saúde dos beneficiários, salvo as exclusões expressamente
permitidas por lei, como as do artigo 10 da Lei nº. 9.656/98,o que não ocorre com o
REQUERENTE. Desse modo, A CIRURGIA em caráter de urgência não se encontra
entre as hipóteses excetuadas pela referida lei.

O entendimento jurisprudencial solidificado é uníssono em acomodar-se à


pretensão ora trazida pelo REQUERENTE, senão vejamos:

A “recusa indevida, pela operadora de plano de saúde, da


cobertura financeira do tratamento médico do beneficiário.
Ainda que admitida a possibilidade de previsão de cláusulas
limitativas dos direitos do consumidor (desde que escritas com
destaque, permitindo imediata e fácil compreensão), revela-se
abusivo o preceito do contrato de plano de saúde excludente do
custeio dos meios e materiais necessários ao melhor
desempenho do tratamento clinico ou do procedimento
cirúrgico coberto ou de internação hospitalar” (stj. Agravo
regimental no Recurso Especial AGRG no RESP 1450673 PB
2014/0093555-3 (stj) ) 2. A associação que firmou o contrato de
prestação de serviços médicos em favor dos associados não é
parte legítima para figurar no polo passivo em ação de
obrigação de fazer consubstanciada em autorização de
realização de exame negado pela operadora do plano de saúde.
3. A operadora do plano de saúde que mediante intercâmbio se
nega a realizar exames médicos, tendo em vista a negativa de
autorização da operadora a que está vinculado o segurado, não
é parte legítima para figurar no polo passivo de ação que visa
obrigar a operadora prestadora do serviço médico a autorizar o
exame. (TJPB; AI 0002166-89.2015.815.0000; Quarta Câmara
Especializada Cível; Rel. Des. Romero Marcelo da Fonseca
Oliveira; DJPB 01/03/2016; Pág. 12)

Portanto, o caso em tela se amolda perfeitamente aos anseios e


necessidade da própria sobrevivência do REQUERENTE.

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS

Diante de todos os fatos e fundamentos narrados, fica devidamente


comprovado o direito do requerente, vêm à presença de Vossa Excelência requer
urgentemente a que, após recebimento e autuação do presente, digne-se em:

I-A concessão ao pedido da Justiça Gratuita, conforme declaração em


anexo, bem como lançada na própria petição inicial, a REQUERENTE, declara-se
necessitada na forma da lei, não podendo prover os custos do processo; nos termos
do art. 5º, LXXIV da CFRB/88 e art. 98 e 99, CPC/2015;

II- A concessão do pedido de TUTELA PROVISÓRIA SATISFATIVA DE


URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECEDENTE, da obrigação de fazer consistente na
imposição do REQUERIDO plano de saúde na obrigação de autorizar, custear e
garantir o procedimento cirúrgico (cirurgia de “STENT”, colocação de uma
válvula para ajudar no funcionamento do coração), de que necessita a parte
autora imediatamente realizar.

III- A citação do plano de saúde REQUERIDO, ou de seus representantes


legais, nos endereços antes mencionados, conforme o art. 335 do CPC/2015, para
que, querendo, responda aos termos da presente ação.

IV- A manutenção da tutela provisória satisfativa de urgência até o final


da presente demanda, quando espera a REQUERENTE seja julgado inteiramente
procedente o seu pedido - consistente na determinação da obrigação do plano de
saúde REQUERIDO de autorizar, custear e garantir a cirurgia para colocação do
aprelho no músculo do coração, da qual necessita o REQUERENTE.
V- Requer, expressamente, que lhe seja concedida a inversão do ônus da
prova na forma do disposto no Código de Defesa do Consumidor, para todos os
atos eventualmente realizados no presente feito;

VI- A parte, ora, REQUERENTE e opta pela realização de audiência


conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII), razão qual requer a citação da Promovida, por
carta (CPC, art. 247, caput) para comparecer à audiência designada para essa
finalidade (CPC, art. 334, caput c/c § 5º), antes, porém, avaliando-se o pleito de
tutela de urgência almejada;
VII- Requer que sejam JULGADOS PROCEDENTES todos os pedidos
formulados nesta demanda, declarando nulas todas as cláusulas contratuais que
prevejam a exclusão de cirurgia no aparelho digestivo/abdômen, tornando definitiva
a tutela provisória antes concedida;
VIIL- Requer que seja solicitado o REQUERIDO seja condenado, por
definitivo, a custear e/ou autorizar a realização da cirurgia no aparelho no músculo
do coração, na quantidade que o médico indicar como necessária;
IX- Solicita que o REQUERIDO seja condenado, por definitivo, a custear
e/ou autorizar a realização) por fim, seja o REQUERIDO condenado em custas e
honorários advocatícios, esses arbitrados em 20%(vinte por cento) sobre o valor da
condenação (CPC, art. 82, § 2º, art. 85 c/c art. 322, § 1º), além de outras eventuais
despesas no processo (CPC, art. 84).

Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXXXXXXXXXX, com observância ao


que prevê o artigo 291 do CPC, para efeitos legais.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Local, data.

Nome Completo

OAB/UFXX.XXX
ROL DE TESTEMUNHAS

1- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado (a) na


XXXXXXXXXXX, CEP: XXXXXXXXXXXXXXX, telefone: XXXXXXXXXXXXXXX,
endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXX;
2- XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado (a) na
XXXXXXXXXXX, CEP: XXXXXXXXXXXXXXX, telefone: XXXXXXXXXXXXXXX,
endereço eletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXX

ANEXOS
- Documentos de identificação do requerente
- Comprovante de residência
- Declaração de Hipossuficiência
- Procuração com os documentos do representante legal
- Provas materiais e testemunhais

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