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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE RECIFE - PE

A Associação de Defesa de Beneficiários de Planos


de Saúde de Pernambuco (ADBPP), inscrita no CNPJ xxxxxx, com sede no
endereço xxxxxxx, representado por seu advogado José xxxxx, inscrito na
OAB/PE n° 54321, consoante procuração em anexo, endereço eletrônico
xxxxxx, com escritório profissional no endereço xxxxxxx, Recife/PE, local
indicado para receber intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, propor a presente

AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE LIMINAR

Em desfavor da EMPRESA ACEM HEALTH, pessoa jurídica de


direito privado, inscrito no CNPJ xxxx, com sede no endereço xxxxx, com
endereço eletrônico xxxxx, EMPRESA SEMPHELP, pessoa jurídica de direito
privado, inscrito no CNPJ xxxxx, com sede no endereço xxxx, endereço
eletrônico xxxxxxx, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

DOS FATOS

A Associação de Defesa de Beneficiários de Planos de Saúde de


Pernambuco (ADBPP) foi procurada por diversas pessoas em janeiro de 2022,
e todas elas informaram que seus planos de saúde passaram por uma
mudança grande, sendo que a maior parte dos beneficiários mais idosos acima
de 55 anos, assumida por outra empresa na condição de que deveriam ser
submetidas a novas clausulas contratuais para permanecerem sendo
atendidas, caso não fosse aceita seria cessado todos os benefícios.
Todos os beneficiários da empresa ACEM HEALTH passaram de
forma automática a fazer parte do plano da empresa SEMHELP que pertence
ao mesmo grupo econômico, mas que a rede de atendimento é muito inferior
ao plano que eles tinham incialmente sem hospitais importantes, com menor
número de médicos que se encontravam em hospitais exclusivos do plano, que
ficavam localizados na capital do estado mesmo tendo prometido que o plano
seria da abrangência nacional.
As mesmas pessoas que aderiram ao novo plano
automaticamente, foram obrigados a aderir um novo contrato onde deviam
aderir um novo contrato que há cláusula de permanência máxima de 15 dias de
internação em UTI e carência para utilização dos serviços de assistência
médica nas situações de emergência por 90 dias a contar da migração para a
empresa Sem Help.

ABUSO NA MUDANÇA DE PLANO FORÇADA PARA O SEMHELP

Ao que se pode observar a mudança de plano de forma forcada


dos beneficiários de plano é abusiva pois não tiveram a possibilidade de
negociar sobre o plano de saúde e os benefícios e prejuízos que teriam caso
aderissem.
Sendo que todos tiveram uma redução significativa na rede de
atendimento uma vez que a abrangência antes era nacional e a cobertura do
atual plano tem sua rede apenas nos hospitais e clinicas na cidade de recife.

DO PREJUIZO NA ALTERAÇÃO DO CONTRATO

Os beneficiários aderiram obrigatoriamente o novo contrato com


cláusulas abusivas sendo que a permanência máxima caso precisassem de
internação seria dias em UTI, além das carências para utilizar os serviços em
caso de emergência por 90 dias contando da data de migração ou seja essas
cláusulas devem ser declaradas nulas de direito pois refletem ineficácia para o
consumidor.

O FORO COMPETENTE

De acordo com os danos causados referentes ao plano de saúde


por parte dos beneficiários, a vara competente é a do estado de Pernambuco
conforme determina a lei 7347/85.
Art. 2º. As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro
do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para
processar e julgar a causa.

DO CABIMENTO E DA LEGITIMIDADE ATIVA

Verifica se o pleno cabimento da presente ação civil publica uma


vez que o objeto constitui assegurar a saúde e o atendimento a todos os
beneficiários que são consumidores, conforme traz em seu Art 1 da lei 7347/85.
Art. 1º. Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo
da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e
patrimoniais causados:
ll - ao consumidor
Além disso a parte autora tem legitimidade para propositura da
ação uma vez que encontra – se dentre suas finalidades a defesa da
constituição.
A legitimidade esta prevista na Lei 7347/85 Art. 5 que traz no seu
texto o seguinte.
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação
principal e a ação cautelar:
I. Ministério Público; II. Defensoria Pública; III. A União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV. Autarquias, empresas
públicas e sociedades de economia mista;
II. V. Associação, que concomitantemente: a) esteja
constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil; b) inclua entre
as suas finalidades institucionais a proteção dos seguintes direitos
difusos e coletivos: o patrimônio público e social, meio ambiente,
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de
grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico.

TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência na ação civil publica esta prevista no art. 12
da lei 7347/85 e possui natureza de medida cautelar.
A probabilidade do direito reside nos argumentos de fato e de
direito apresentados na presente, o dano ou risco ao resultado útil do processo
se encontra demonstrado uma vez que os idosos a partir de 55 anos estão
sujeitos a complicações de saúde caso na recebam o atendimento adequado.

DO DIREITO

É cabível a ação civil pública para proteger os bens que


sejam: Danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos
de valor artísticos, qualquer interesse difuso ou coletivo, por infração
econômica, á ordem, urbanística, a honra e a dignidade de grupos sociais.
Para punir ou reprimir os danos materiais e morais.
O código de defesa do consumidor prevê e reconhece a
abusividade de clausula contratuais que ofendem princípios fundamentais e
das relações de consumo.
O art. 51 diz:
. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I –
impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor
por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem
renúncia ou disposição de direitos.
Ou seja, a conduta de migrar os associados de forma automática
um plano forçado sem previa comunicação, sem possiblidade de negociar é
pratica abusiva mesmo não concordando poderiam ter seu benefício cortado.
Além de ter a cobertura muito inferior do plano que eles tinham
contratado, seriam afetados na rede de atendimento uma vez que a
abrangência não era nacional.

DOS PEDIDOS
A) Seja determinada a citação dos Réus, na pessoa
representante legal, para que apresente resposta no prazo de 15 dias.
B) A concessão da tutela de urgência para compelir o
município a regularizar o sistema de saúde e prestar o atendimento adequado
na localidade em que residem os autores.
C) A produção de todos os meios de prova em direito a serem
admitidas.
D) A juntada de documentos consoantes
E) A condenação dos réus em honorários advocatícios e custas
processuais, na forma do art. 85 do CPC.
F) A procedência dos pedidos para confirmar a tutela de
urgência.

Nestes termos,

Pede deferimento

RECIFE, XX de XXXXX de XXXX.

José xxxxx
54321
OAB/PE.

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