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E-BOOK Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 2

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!
É com imensa satisfação que damos início a este projeto de E-books de Questões Comentadas da Cesgranrio para o CNU!
Como, ao longo de sua preparação, é fundamental que vocês resolvam diversas questões de concursos passados, sabemos que esta série
de e-books será de grande utilidade. Nosso objetivo é proporcionar mais uma valiosa ferramenta de estudo para deixá-los mais perto de sua
aprovação.
Aproveitem muito este material! Bons estudos!

Equipe Estratégia Concursos

Estratégia Concursos @estrategiaconcursos @profgessicaehle

@estrategia.concursos Estrategia Concursos


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CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/ADVOGADO/2022

1. A ação popular, conforme estabelecido na Constituição brasileira de 1988 e na legislação infraconstitucional, poderá ser movida por

A) qualquer pessoa, brasileira ou estrangeira, desde que maior de 18 anos, domiciliada no Brasil e residente no local do juízo competente para
julgar a causa, visando a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
B) qualquer cidadão, visando a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, sendo que, se houver abandono da ação, fica assegurado a outro cidadão interessado
ou ao Ministério Público assumir o polo ativo para dar continuidade à demanda.
C) qualquer cidadão na defesa de direitos difusos, devendo ser acompanhada pelo Ministério Público, que atuará na qualidade de fiscal da
ordem jurídica, cabendo- lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-
lhe facultado, por questões de ordem pública, assumir a defesa do ato impugnado.
D) qualquer cidadão e pelo Ministério Público contra as pessoas públicas ou privadas, contra as autoridades, funcionários ou administradores
que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão,
e contra os beneficiários diretos do mesmo, estando a pessoa jurídica de direito público, cujo ato seja objeto de impugnação, obrigada a
contestar o pedido.
E) qualquer cidadão, que estará isento das despesas processuais; porém, se a lide for julgada manifestamente temerária, a sentença condenará
o autor ao pagamento das custas em dobro.

Comentário Completo:

Opa!! Questão clássica sobre os Remédios Constitucionais, em especial a chamada Ação Popular. E, para resolução, precisamos conhecer
o art. 5°, LXXIII, da CRFB/88 combinado com o art. 9º da Lei da Ação Popular (Lei nº. 4.717/65). Confira a redação dos dispositivos:

Art. 5°, LXXIII, CRFB/88 - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou
de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Art. 9º da Lei da Ação Popular: Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e
condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro
do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.

Dessa forma, a Ação Popular poderá ser movida por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, sendo que, se houver abandono da
ação, fica assegurado a outro cidadão interessado ou ao Ministério Público assumir o polo ativo para dar continuidade à demanda.
Logo, o gabarito para a questão é a letra "B". No entanto, vamos examinar o erro das demais alternativas?
(...)
Letra A. INCORRETA. Não é qualquer pessoa que será legitimada ativa para a propositura de uma Ação Popular. É qualquer cidadão, segundo
art. 5°, LXXIII, da CRFB/88. São coisas diferentes! No caso da Lei nº. 4.717/65, em seu art. 1º, parágrafo 3º, ela diz que a prova da cidadania, para
ingresso em juízo, será feita com o título de eleitor.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 3


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Letra B. CORRETA. É o gabarito da nossa questão! A ação popular poderá ser movida por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Além disso,
se houver abandono da ação, fica assegurado a outro cidadão interessado ou ao Ministério Público assumir o polo ativo para dar continuidade à
demanda. O examinador misturou o texto do art. 5°, LXXIII, da CRFB/88 e art. 9º da Lei nº. 4.717/65. ;)
Letra C. INCORRETA. Pegadinha! É vedado ao Ministério Público, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores,
de acordo com art. 6º, §4º, da Lei nº 4.717/65. Veja:

§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal,
dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

Letra D. INCORRETA. A Ação Popular não poderá ser movida pelo Ministério Público, cabendo a este assumir o polo ativo para dar continuidade
à demanda caso haja abandono da ação, de acordo com art. 9º da Lei nº. 4.717/65.
Letra E. INCORRETA. O autor da Ação Popular somente pode ser condenado a arcar com as custas processuais e os ônus de sucumbência se restar
comprovada sua má-fé (art. 5º, LXXIII, da CRFB/88). Além disso, não há previsão de pagamento das “custas em dobro”. Cuidado!!!

Gabarito: Letra B.

CESGRANRIO - PER CONT (CFC)/CFC/2022

2. Um perito, inadimplente com relação às duas últimas anuidades cobradas pelo órgão de classe em que está inscrito, é notificado pelo
Conselho de Fiscalização Profissional que está impedido de exercer suas atividades laborais até que o débito seja quitado. O órgão
fundamenta a medida com base na previsão estatutária que dispõe sobre a suspensão do profissional que estiver inadimplente com a
entidade.
À luz da Constituição, a medida adotada pela instituição é

A) constitucional, pois observa o direito à livre associação.


B) constitucional, pois observa o princípio da razoabilidade.
C) constitucional, pois está amparada pelo princípio da legalidade.
D) inconstitucional, pois constitui sanção política de natureza tributária.
E) inconstitucional, pois o livre exercício profissional se sobrepõe às qualificações profissionais que a lei estabelecer.

Comentário Completo:

Olhe que maldade da Cesgranrio. Foi cobrar a posição da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de suspensão
do profissional que estiver inadimplente com a entidade.
O STF, no julgamento do RE 647885 (Informativo 978), entendeu que é inconstitucional a suspensão do exercício profissional em razão do
inadimplemento de anuidades devidas à entidade de classe. Vejamos:

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A jurisprudência desta Corte é no sentido de que as anuidades cobradas pelos conselhos profissionais caracterizam-se como tributos da
espécie contribuições de interesse das categorias profissionais, nos termos do art. 149 da Constituição da República. (Precedentes: MS
21.797, Rel. Min. Carlos Velloso, Tribunal Pleno, DJ 18.05.2001; e ADI 4.697, de minha relatoria, Tribunal Pleno, DJe 30.03.2017). 2. As
sanções políticas consistem em restrições estatais no exercício da atividade tributante que culminam por inviabilizar injustificadamente
o exercício pleno de atividade econômica ou profissional pelo sujeito passivo de obrigação tributária, logo representam afronta aos
princípios da proporcionalidade, da razoabilidade e do devido processo legal substantivo. Precedentes. Doutrina. 3. Não é dado a conselho
de fiscalização profissional perpetrar sanção de interdito profissional, por tempo indeterminado até a satisfação da obrigação pecuniária,
com a finalidade de fazer valer seus interesses de arrecadação frente a infração disciplinar consistente na inadimplência fiscal. Trata-se de
medida desproporcional e caracterizada como sanção política em matéria tributária. 4. Há diversos outros meios alternativos judiciais e
extrajudiciais para cobrança de dívida civil que não obstaculizam a percepção de verbas alimentares ou atentam contra a inviolabilidade
do mínimo existencial do devedor. Por isso, infere-se ofensa ao devido processo legal substantivo e aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, haja vista a ausência de necessidade do ato estatal. 5. Fixação de Tese de julgamento para efeitos de repercussão geral:
“É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência
de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária.” 6. Recurso extraordinário a que se dá provimento, com
declaração de inconstitucionalidade dos arts. 34, XXIII, e 37, §2º, da Lei 8.906/1994. (RE 647885, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno,
julgado em 27/04/2020, REPERCUSSÃO GERAL)

Dessa forma, podemos concluir que a medida adotada pela instituição é inconstitucional, pois constitui sanção política em natureza
tributária, violando o princípio da proporcionalidade, razoabilidade e devido processo legal.
Portanto, o gabarito é a Letra D. Agora, olhe o bizu! Essa questão foi anulada. “Mas, como assim professor? Qual é o erro dela?” Na
essência ela está certinha, o problema é que a banca examinadora “comeu mosca”. O tema extrapolou o conteúdo do edital!
(...)
Letra A. INCORRETA. Não é constitucional, pois constitui sanção política de natureza tributária! A medida é inconstitucional, pois constitui sanção
política em natureza tributária, violando o princípio da proporcionalidade, razoabilidade e devido processo legal.
Letra B. INCORRETA. A medida adotada não é constitucional, nos termos do informativo 978 do STF e razões apresentadas acima.
Letra C. INCORRETA. Não está amparada pelo Princípio da Legalidade.
Letra D. CORRETA. Seria o nosso gabarito com base no Info. 978 STF! Mas a questão foi ANULADA pela banca por extrapolar o conteúdo do edital!
Letra E. INCORRETA. A liberdade da atividade profissional prevista no art. 5º, inciso XIII, da CRFB/88 é uma norma constitucional de eficácia
contida, ou seja, como regra, é garantido a todos o livre exercício do trabalho, ofício ou profissão, mas a lei pode estabelecer restrições.
Gabarito: QUESTÃO ANULADA.

CESGRANRIO - ASS ADM (UNIRIO)/UNIRIO/2019

3. Um médico ortopedista, exercendo suas atividades em determinado município, com horário livre, resolveu realizar concurso para
ocupar cargo no Estado. Após aprovação no certame, ele passa a exercer atividades nos dois órgãos, o municipal e o estadual, ocupando
cargos de médico. Em determinado momento, o serviço de medicina do Estado passa por uma troca de chefia. Esse novo chefe exige
que o ortopedista modifique os seus dias de plantão para melhor atender ao interesse público. Ocorre que os dias indicados coincidem
com os realizados no município. O ortopedista, então, requer que seus dias de plantão sejam mantidos para poder exercer seu direito
de acumulação de cargos.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 5


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Nos termos da Constituição Federal, a cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de

A) conhecimentos
B) horários
C) gerentes
D) locais
E) órgãos

Comentário Completo:

Temos aqui uma questão clássica da Cesgranrio tratando do tema da Administração Pública, sobre a possibilidade de acumulação de
cargos. A questão é bem direta e, para respondê-la, precisamos do conhecimento do art. 37, inciso XVI, da CRFB/88. Olhe só:

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;         

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;         

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;  

Portanto, é correto afirmar que a cumulação é possível, desde que haja compatibilidade de horários, conforme o art. 37, XVII, da CRFB/88.
Assim, temos a letra B como gabarito!
(...)
Letra A. INCORRETA. A constituição não fala em compatibilidade de “conhecimentos”, mas, sim, em compatibilidade de horários, de acordo com
art. 37, XVII, da CRFB/88.
Letra B. CORRETA. Gabarito da questão! A cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de horários (art. 37, XVII, da
CRFB/88).
Letra C. INCORRETA. Não há que se falar em compatibilidade de gerentes, não existe previsão constitucional!
Letra D. INCORRETA. A cumulação, quando prevista, é possível, desde que haja compatibilidade de horários, e não compatibilidade de locais.
Letra E. INCORRETA. Não há previsão na Constituição sobre compatibilidade de órgãos. Quando prevista, a acumulação é possível desde que
haja compatibilidade de horários.

Gabarito: Letra B.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 6


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CESGRANRIO - TEC (UNIRIO)/UNIRIO/CONTABILIDADE/2019

4. CP é contador e exerce a função pública de auditor fiscal federal. No exercício regular das suas funções, atua na fiscalização de dados de
receitas e despesas dos contribuintes de tributos federais.
Nos termos da Constituição Federal, poderá ocorrer a fiscalização de tais dados, integrada com a atuação de outros auditores fiscais, na
forma da lei ou convênio, inclusive com o compartilhamento de

A) cadastros fiscais
B) fichas criminais
C) informações empresariais
D) segredos industriais
E) registros civis

Comentário Completo:

Questão sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais. E a resposta passa pelo conhecimento acerca do art. 37, XXII, da
CRFB/88, que possui a seguinte redação:

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do
Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.  

No exercício regular das suas funções, o Auditor-Fiscal atua na fiscalização e arrecadação dos tributos, bem como no combate aos ilícitos
tributários e aduaneiros.
Nesse contexto, poderá realizar auditorias de dados fiscais e patrimoniais, inclusive com atuação integrada com outros auditores fiscais (U,
E, DF e M), na forma da lei ou convênio, mediante o compartilhamento de cadastros fiscais, segundo o art. 37, XXII, da CRFB/88.
Logo, o gabarito da questão é a Letra A.
(...)
Letra A. CORRETA. É o nosso gabarito! O Auditor-Fiscal federal atua na fiscalização de dados de receitas e despesas dos contribuintes de tributos
federais, podendo realizar a fiscalização de tais dados de maneira integrada com a atuação de outros auditores fiscais, na forma da lei ou
convênio, inclusive com o compartilhamento de cadastros fiscais (art. 37, XXII, da CRFB/88).
Letra B. INCORRETA. Não há previsão Constitucional sobre o compartilhamento de fichas criminais, de acordo com o art. 37, XXII, da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. Não há que se falar em compartilhamento de “informações empresariais”. Do ponto de vista Constitucional, o correto é o
compartilhamento de cadastros fiscais.
Letra D. INCORRETA. A CRFB/88 nada fala em seu texto sobre segredos industriais. A previsão é sobre compartilhamento de cadastros fiscais.
Letra E. INCORRETA. Não há previsão de compartilhamento de registros civis. O que o texto Constitucional cita é sobre compartilhamento de
cadastros fiscais.

Gabarito: Letra A.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 7


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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

5. Nos termos da Constituição de 1988, o direito de propriedade é um direito

A) social, cabendo ao proprietário respeitar os limites da função social.


B) social, pois não possibilita ao proprietário dispor conforme o seu próprio e exclusivo interesse.
C) individual, que impede qualquer tipo de intervenção do Estado.
D) individual absoluto, que possibilita ao proprietário sempre dispor conforme o seu próprio e exclusivo interesse.
E) individual relativo, cabendo ao proprietário respeitar os limites da função social.

Comentário Completo:

Questão tiro curto sobre os Direitos Individuais e Coletivos, pode ser limitado.
em especial, o Direito de Propriedade previsto no art. 5º, XXIII, da Uma das características dos direitos fundamentais é o critério
CRFB/88, vejamos: “a propriedade atenderá a sua função social”. da relatividade ou limitabilidade. No caso do direito à propriedade,
Primeiramente, vale esclarecer que o direito de propriedade é será limitado caso não atenda à chamada função social.
diferente do direito de moradia. “Como assim, professor?” Isso posto, podemos concluir que o direito de propriedade é
O direito de moradia é um direito social presente no art. 6º um direito individual relativo, cabendo ao proprietário respeitar os
da CRFB/88. Já Direito de propriedade é um valor fundamental no limites da função social, de acordo com art. 5º, XXIII, da Constituição
âmbito dos direitos individuais, presente no art. 5º da CRFB/88. No Federal.
entanto, não podemos pensar na propriedade como direito absoluto. O gabarito da nossa questão é a letra E.
É um direito relativo, já que, como todos os Direitos Fundamentais, (...)

Letra A. INCORRETA. O direito de propriedade não é um direito social. Trata-se de direito individual relativo, previsto no rol do art. 5º, inciso XXIII,
da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. Mais uma vez, o erro está em dizer que o direito de propriedade é um direito social. Cuidado!!!
Letra C. INCORRETA. O direito de propriedade não impede qualquer tipo de intervenção do Estado. É possível a atuação estatal, tanto que temos
hipóteses na própria CRFB/88 de procedimento de desapropriação por necessidade ou interesse público, reforma agrária etc.
Letra D. INCORRETA. Opa!! Pegadinha clássica. Não existe direito fundamental absoluto. O direito de propriedade não é “individual absoluto”. A
propriedade poderá sofrer limitações para atender à função social, por exemplo.
Letra E. CORRETA. É nosso gabarito! O direito de propriedade é um direito individual relativo, cabendo ao proprietário respeitar os limites da
função social, de acordo com art. 5º, XXIII, da CRFB/88.

Gabarito: Letra E.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 8


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CESGRANRIO - ASS (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRATIVO I/2018

6. Considere que, no processo de contratação de trabalho de um menor para a sua empresa, o assistente administrativo solicitou a
autorização de seus representantes legais, já que somente com esse documento é possível inserir o trabalho do menor em

A) horário noturno.
B) locais e serviços perigosos ou insalubres.
C) locais e serviços prejudiciais à sua moralidade.
D) atividade que exija força muscular acima de 20 kg para trabalho contínuo ou 25 kg para trabalho ocasional.
E) jornada normal de 8 horas diárias e 44 semanais, permitida a compensação de horas, mediante acordo ou convenção coletiva.

Comentário Completo:

A questão versa sobre os Direitos Sociais e requer do candidato o conhecimento acerca do art. 7º, incisos XIII e XXXIII, da CRFB/88.
Vejamos a redação dos dispositivos:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e
a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;  

XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos,
salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.

Percebam que a Constituição Federal estabeleceu que a duração do trabalho normal deve ser não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Portanto, a Letra E é a resposta correta.
(...)
Letra A. INCORRETA. É proibido trabalho noturno a menores de dezoito anos, de acordo com art. 7º, XXXIII, CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. É proibido trabalho perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos, de acordo com art. 7º, XXXIII, CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. Ao menor, é vedado trabalho em locais e serviços prejudiciais à sua moralidade, conforme previsto no art. 405, inciso II da
CLT.
Letra D. INCORRETA. Maldade da Cesgranrio! Esse limite da força é usado para mulheres, não para o menor. Isso está previsto no art. 390 da CLT.
Letra E. CORRETA. É o nosso gabarito! A duração do trabalho normal é não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho, conforme o art. 7º, XIII, da CRFB/88.

Gabarito: Letra E.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 9


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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2018

7. A criação de uma agência reguladora, nos termos da Constituição de 1988, dependerá de lei

A) ordinária, de iniciativa apenas do Chefe do Executivo.


B) ordinária, de competência privativa do Congresso Nacional.
C) ordinária, de iniciativa parlamentar ou do Chefe do Executivo.
D) complementar, de iniciativa privativa do Senado Federal.
E) complementar, de iniciativa parlamentar ou do Chefe do Executivo.

Comentário Completo:

A questão versa sobre o tema da Administração Pública. Inicialmente, é importante entender que uma agência reguladora é considerada
uma autarquia especial criada com a finalidade de controlar e regulamentar determinadas atividades, por esse motivo, respeita um processo
para sua criação, de acordo com o art. 37, XIX, da CRFB/88:

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Por outro lado, nos termos do art. 61, §1º, II, “e”, da CRFB/88, de lei ordinária, de iniciativa apenas do Chefe do Executivo, em
são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que conformidade com o art. 37, XIX, da CRFB/88.
disponham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da Logo, o gabarito correto é a letra A. No entanto, vamos
administração pública, observado o disposto no art. 84, VI. examinar as demais alternativas?
Assim, a criação de uma agência reguladora dependerá (...)

Letra A. CORRETA. A criação de uma agência reguladora, nos termos da Constituição de 1988, dependerá de lei ordinária, de iniciativa apenas do
Chefe do Executivo, em conformidade com o disposto no art. 37, XIX, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. É errado dizer que a competência da lei é privativa do Congresso Nacional, visto que é de iniciativa do Chefe do Executivo,
nos termos do art. 61, §1º, II, e, da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. Não se trata de competência para apresentar projeto de lei com iniciativa parlamentar. Na verdade, a iniciativa é apenas do
Chefe do Executivo.
Letra D. INCORRETA. Pegadinha!!!! A lei em questão é ordinária, e não complementar. Quando a nossa Constituição quis estabelecer que certos
temas passassem pelo processo legislativo de uma Lei Complementar, assim o fez expressamente. O que não é o caso do art. 37, XIX, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. A lei é ordinária, e não complementar, conforme razões apresentadas na alternativa anterior. No mais, a iniciativa não é de
parlamentar. Será do chefe do executivo.

Gabarito: Letra A.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 10


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CESGRANRIO - PTNS (TRANSPETRO)/TRANSPETRO/ADVOCACIA/2018

8. Nos termos da Constituição Federal, o Habeas Data contra ato do Tribunal de Contas da União deve ser julgado originariamente pelo

A) Supremo Tribunal Federal


B) Superior Tribunal de Justiça
C) Tribunal Regional Federal
D) Tribunal de Justiça do Distrito Federal
E) Juízo Federal de Primeiro Grau

Comentário Completo:

Uma ótima questão sobre Remédios Constitucionais, especialmente o Habeas Data e as regras de competência para julgamento da ação.
Nos termos do art. 5º, LXXII, da CRFB/88, o Habeas Data é um instrumento para:
• assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
• retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

No plano infraconstitucional, há uma 3º situação que pode implicar na impetração do habeas data. Ela está prevista na Lei no 9.507/97,
que disciplina o rito processual desse remédio. Vejamos:
• anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja
sob pendência judicial ou amigável.

Dito isso, a quem compete julgar o HD contra ato do Tribunal de Contas da União que venha violar uma dessas hipóteses de cabimento?
A resposta está no art. 102, I, “d”, da CRFB/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal.

Portanto, contra ato do TCU, o Habeas Data deve ser julgado originariamente pelo STF, de acordo com o art. 102, I, d, da CRFB/88. Logo,
o gabarito da questão é a letra A.
(...)
Letra A. CORRETA. É o gabarito! De fato, o Habeas Data contra ato do Tribunal de Contas da União deve ser julgado originariamente pelo
Supremo Tribunal Federal, de acordo com o art. 102, I, d, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. Não é o STJ. Quem julga o Habeas Data contra ato do Tribunal de Contas da União é o STF.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 11


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Letra C. INCORRETA. Não é o TRF que julga o HD contra ato do TCU.


Letra D. INCORRETA. É o STF que julga o Habeas Data contra ato do TCU, e não o Tribunal de Justiça do Distrito Federal – TJDFT.
Letra E. INCORRETA. Não é o Juízo Federal de 1º Grau que julga o Habeas Data contra ato do Tribunal de Contas da União. Trata-se de competência
do STF.

Gabarito: Letra A.

CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/SEGURANÇA/2017

9. Nos termos da Constituição Federal, é direito do trabalhador urbano e rural a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de:

A) saúde, higiene e segurança


B) saúde, higiene e alimentação
C) saúde, previdência e segurança
D) saúde, cultura e higiene
E) saúde, felicidade e segurança

Comentário Completo:

Temos aqui uma questão no tema dos Direitos Sociais. Caro aluno, é a pura letra do texto Constitucional! Vamos entender o que diz o art.
7º, XXII, da CRFB/88?
Confira a redação:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Sendo assim, podemos concluir que é direito do trabalhador, seja urbano ou rural, a redução dos riscos inerentes ao trabalho. Isso será
viabilizado por meio de normas relativas à saúde, higiene e segurança do trabalhador.
Logo, o gabarito da questão é a letra A.
(...)
Letra A. CORRETA. É o nosso gabarito! Nos termos da Constituição Federal, é direito do trabalhador urbano e rural a redução dos riscos inerentes
ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança, de acordo com o art. 7º, XXII, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. A constituição não fala em alimentação, e sim em normas de saúde, higiene e segurança. Cuidado!
Letra C. INCORRETA. O art. 7º, XXII, da CRFB/88 não fala em previdência, ele traz a previsão de normas de saúde, higiene e segurança.
Letra D. INCORRETA. A Constituição não fala em cultura, e sim em normas de saúde, higiene e segurança.
Letra E. INCORRETA. Whatttt? Felicidade? Está de brincadeira com a gente, Cesgranrio, rs.

Gabarito: Letra A.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 12


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CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016

10. Um servidor público efetivo é convidado para ocupar função de gerência no órgão onde exerce suas atividades. Nos termos da
Constituição Federal de 1988, as(os)

A) funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
B) funções de confiança podem ser exercidas por qualquer pessoa que tenha capacidade técnica reconhecida.
C) cargos em comissão são exercidos por servidores efetivos de forma exclusiva, mas podendo ser originários de órgãos diversos.
D) cargos em comissão dependem de provimento mediante concurso público de títulos.
E) cargos em comissão podem ser escolhidos pelos servidores, livremente, de acordo com sua conveniência e oportunidade.

Comentário Completo:

Meus amigos, uma questão interessante sobre o tema da Administração Pública e suas Disposições Gerais, especialmente sobre as
funções de confiança. Nesse contexto, vale a compreensão do art. 37, II e V, da CRFB/88:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento.

Perceba que tanto os cargos em comissão como as funções comissionadas. Entretanto, a norma constitucional estabelece que a
de confiança visam apenas às atribuições de chefia, direção e de lei trará condições e percentuais mínimos de cargos que devem ser
assessoramento. Mas será que estamos diante do mesmo instituto? preenchidos somente por servidores de carreira.
Muito cuidado!!! É importante destacar que a CRFB/88 determina, no inciso
Temos uma diferença entre ambos. As funções de confiança II do art. 37, que os cargos em comissão são de livre nomeação e
devem ser exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de exoneração.
cargo efetivo. Já no caso do cargo em comissão, poderemos ter Logo, o gabarito da questão é a letra A.
pessoas que não ocupam cargos efetivos desempenhando funções (...)

Letra A. CORRETA. É o nosso gabarito! As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, de
acordo com art. 37, inciso V, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. As funções de confiança não podem ser exercidas por qualquer pessoa que tenha capacidade técnica reconhecida, pois são
exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
Letra C. INCORRETA. Os cargos em comissão não são exercidos por servidores efetivos de forma exclusiva; são de livre nomeação e exoneração
(art. 37, II, da CRFB/88).

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Letra D. INCORRETA. Os cargos em comissão não dependem necessariamente de provimento mediante concurso público de títulos, pois são de
livre nomeação e exoneração.
Letra E. INCORRETA. Opa, pegadinha! Os cargos em comissão não podem ser escolhidos pelos servidores, livremente, de acordo com sua
conveniência e oportunidade. Não há essa previsão no texto constitucional.

Gabarito: Letra A.

CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

11. Um servidor público efetivo da União Federal, tendo assumido o cargo após aprovação em concurso público, em determinado momento,
autorizado por lei, passou a ocupar cargo de Deputado Federal após ser eleito.
Nos termos da Constituição Federal, o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do

A) salário mensal
B) vencimento anual
C) abono bimensal
D) subsídio fixado em parcela única
E) adicional de representação semestral

Comentário Completo:

Meu amigo, temos aqui uma questão interessante sobre o tema da Administração Pública e Disposições Gerais. E a resolução passa pelo
conhecimento do art. 39, § 4º, da CRFB/88:

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.  

Ou seja, perceba que o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do subsídio fixado em parcela única, de acordo com art.
39, § 4º, da CRFB/88. O que faz com que a alternativa correta seja a letra D.
(...)
Letra A. INCORRETA. O detentor de mandato eletivo não é remunerado pelo regime do salário mensal, mas, sim, pelo regime do subsídio fixado
em parcela única, nos termos do art. 39, § 4º, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. A Constituição não cita o vencimento anual, mas, sim, o regime do subsídio fixado em parcela única.
Letra C. INCORRETA. O detentor de mandato eletivo não é remunerado pelo regime do “abono bimensal” como afirma a alternativa. Nem existe
isso na prática, rs.

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Letra D. CORRETA. Gabarito da questão! De fato, o detentor de mandato eletivo é remunerado pelo regime do subsídio fixado em parcela única,
conforme art. 39, § 4º, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. Não se trata de “adicional de representação semestral”, mas, sim, de regime de subsídio fixado em parcela única.

Gabarito: Letra D.

CESGRANRIO - TRPDACGN (ANP)/ANP/GERAL/2016

12. A Constituição Federal estabelece, em diversas normas, proteção à propriedade individual. Há normas, no entanto, que incluem
limitações diversas e a possibilidade de perda da propriedade, com ou sem indenização, a depender das circunstâncias.
Como regra geral, estabelece-se a necessidade de que a propriedade tenha função

A) pessoal
B) regional
C) social
D) própria
E) concorrencial

Comentário Completo:

Questão tiro curto. Essa é moleza, fácil demais, rs. Estamos no tema dos Direitos Individuais e Coletivos, especialmente o Direito de
Propriedade. E, aqui, precisamos basicamente do art. 5º, XXIII, da CRFB/88:

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social.

Portanto, como regra geral, é preciso que a propriedade atenda a sua função social, de acordo com o art. 5º, XXIII, da CRFB/88.
Logo, a alternativa correta é a Letra C.
(...)
Letra A. INCORRETA. A CRFB/88 estabelece a necessidade de que a propriedade tenha função social, não seria função “pessoal” como diz a
alternativa, o que a torna errada.
Letra B. INCORRETA. Não se trata de função “regional”. É função social.
Letra C. CORRETA. Gabarito da questão! A Constituição, como regra geral, estabelece a necessidade de que a propriedade tenha função social,
nos termos do art. 5º, XXIII, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Não é função própria como diz a alternativa.
Letra E. INCORRETA. Função “não concorrencial”? Está de brincadeira, né, Cesgranrio, rs.

Gabarito: Letra C.

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CESGRANRIO - PROF JUN (BR)/BR/DIREITO/2015

13. É considerado um direito social previsto na Constituição Federal o pertinente à licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de

A) cem dias D) cento e oitenta dias


B) cento e vinte dias E) cento e noventa dias
C) cento e cinquenta dias

Comentário Completo:

Questão bem simples sobre Direitos Sociais. A licença gestante é direito fundamental e está prevista no art. 7º, XVIII, da CRFB/88:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias.

Diante do exposto, podemos concluir que é considerado um direito social previsto na Constituição Federal a licença à gestante, sem prejuízo
do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias, de acordo com o art. 7º, XVIII, da CRFB/88.

A letra B está correta!


(...)
Letra A. INCORRETA. A licença à gestante não tem duração de cem dias!
Letra B. CORRETA. Nosso gabarito! A licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, tem a duração de cento e vinte dias, de acordo
com o art. 7º, XVIII, da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. A licença à gestante não tem duração de cento e cinquenta dias!
Letra D. INCORRETA. Não se trata de prazo de cento e oitenta dias!
Letra E. INCORRETA. Nada a ver. Não tem duração de cento e noventa dias!

Gabarito: Letra B.

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRAÇÃO/2014

14. Na medida em que não se permite o uso de algemas de forma indiscriminada, somente admitindo-se a sua utilização em casos
excepcionais, está sendo efetivada a proteção contra o(a)

A) direito de crença D) tratamento desumano


B) livre locomoção E) inviolabilidade do domicílio
C) liberdade de manifestação

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Comentário Completo:

Meu amigo, temos aqui uma excelente questão sobre o tema dos Direitos fundamentais e a posição do Supremo Tribunal Federal sobre
o uso de algemas.
Nesse contexto, é fundamental termos o conhecimento da Súmula Vinculante nº. 11 STF:

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e
penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil
do Estado.

O uso de algema de forma indiscriminada viola o artigo 5º, em casos excepcionais, está sendo efetivada a proteção contra o
inciso III, da CRFB/88, visto que o referido dispositivo indica que tratamento desumano.
ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante. Assim, a letra D é a resposta correta!
Assim, na medida em que não se permite o uso de algemas (...)
de forma indiscriminada, somente se admitindo a sua utilização

Letra A. INCORRETA. Não há relação com o direito de crença que está garantido no art. 5º, VIII, da CRFB/88, que afirma que: “ninguém será
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”.
Letra B. INCORRETA. Não possui relação com a livre locomoção (direito de ir e vir).
Letra C. INCORRETA. Ao não permitir o uso de algemas de forma indiscriminada, está sendo efetivada a proteção contra o tratamento desumano,
não a liberdade de manifestação.
Letra D. CORRETA. Nosso gabarito! Na medida em que não se permite o uso de algemas de forma indiscriminada, somente admitindo-se a sua
utilização em casos excepcionais, está sendo efetivada a proteção contra o tratamento desumano. (SV nº. 11 do STF)
Letra E. INCORRETA. Não há relação com a inviolabilidade do domicílio prevista no art. 5º, XI, da CRFB/88. Esse direito ampara a proteção
constitucional do lar.

Gabarito: Letra D.

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CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/ADMINISTRAÇÃO/2014

15. A possibilidade da quebra do sigilo das comunicações pessoais é possível, segundo a Constituição, por força de autorização judicial.
No campo desse tema, a regra geral de proibição de acesso às comunicações, está-se protegendo o direito à

A) liberdade
B) culpabilidade
C) competência
D) igualdade
E) intimidade

Comentário Completo:

A questão versa sobre Direitos Individuais, especialmente o Direito à Privacidade, que está consagrado no art. 5º, XII, da CRFB/88. Confira
a redação do dispositivo constitucional:

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

Sendo assim, podemos concluir que a regra geral de proibição de acesso às comunicações está protegendo o direito à intimidade e
privacidade, consagrado no art. 5º, XII, da CRFB/88.
Logo, o gabarito da questão é a letra E.
(...)
Letra A. INCORRETA. Não possui relação com o direito à liberdade!
Letra B. INCORRETA. Nada tem a ver com proteção à culpabilidade!
Letra C. INCORRETA. Não existe qualquer relação com a “competência”. Cesgranrio viajou aqui, hein? Rs.
Letra D. INCORRETA. O direito à igualdade não possui relação com o apresentado no enunciado.
Letra E. CORRETA. Gabarito da questão! A regra geral de proibição de acesso às comunicações está protegendo o direito à intimidade consagrado
no art. 5º, XII, da CRFB/88.

Gabarito: Letra E.

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CESGRANRIO - ADV (EPE)/EPE/2014

16. Sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, qualquer pessoa física ou jurídica poderá impetrar o seguinte remédio constitucional:

A) Habeas Data
B) Habeas Corpus
C) Mandado de Segurança
D) Mandado de Injunção
E) Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Comentário Completo:

A questão versa sobre os Remédios Constitucionais. Exige do candidato conhecimento acerca do Mandado de Injunção, previsto no art.
5º, LXXI, da CRFB/88 e na Lei 13.300/2016, vejamos:

Art. 5º, LXXI, da CRFB/88: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Art. 2º da Lei 13.300/2016: Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos
direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para
editar a norma regulamentadora.

Dessa forma, podemos concluir que, sempre que a falta de norma regulamentadora tornar inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, qualquer pessoa física ou jurídica poderá impetrar
mandado de injunção, de acordo com o art. 5º, LXXI, da CRFB/88 e arts. 2º e 3º da Lei 13.300/16.
Logo, o gabarito da questão é a letra D.
(...)
Letra A. INCORRETA. O Habeas Data (art. 5º LXXII, “a” e “b”, da CRFB/88) é concedido para:
• assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;
• retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

No plano infraconstitucional, há uma terceira situação que está prevista na Lei no 9.507/97, que disciplina o rito processual desse remédio,
vejamos:
• anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja
sob pendência judicial ou amigável.

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Letra B. INCORRETA. Não cabe habeas corpus, pois esse será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, de acordo com art. 5º, LXVIII, da CRFB/88. Não é o caso da questão!
Letra C. INCORRETA. Não é o caso de Mandado de Segurança, pois é concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas
corpus" ou "habeas data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público, segundo o art. 5º, LXIX, da CRFB/88.
Letra D. CORRETA. Nosso gabarito! Sempre que a falta de norma regulamentadora tornar inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, qualquer pessoa física ou jurídica poderá impetrar
mandado de injunção, de acordo com art. 5º, LXXI, da CRFB/88 e arts. 2º e 3º da Lei 13.300/16.
Letra E. INCORRETA. Não há requisitos para propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, deverá se impetrar mandado de
injunção, de acordo com art. 5º, LXXI, da CRFB/88. Inclusive, vale ressaltar que não é qualquer pessoa física ou jurídica que possui legitimidade
para propor uma ADO, nos termos do art. 103 da CRFB/88.

Gabarito: Letra D.

CESGRANRIO - ADV (EPE)/EPE/2014

17. Os Direitos Individuais e Garantias Fundamentais no sistema jurídico brasileiro

A) são intransmissíveis, irrenunciáveis, absolutos, e suas normas definidoras têm aplicação imediata.
B) são inalteráveis, uma vez que, para o Supremo Tribunal Federal, o poder reformador jamais pode modificar um direito fundamental.
C) incluem outros do regime e princípios adotados na Constituição, além dos constantes de Tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
D) estão limitados ao rol, que o constituinte estabeleceu, dos arts. 5º ao 17º da Constituição da República Federativa Brasileira.
E) obedecem ao modelo de constituição rígida ortodoxa, adotado pelo constituinte originário.

Comentário Completo:

A questão versa sobre os Direitos e Garantias Fundamentais. O examinador cobrou a pura letra da lei! A resposta está no art. 5º, § 2º, da
CRFB/88, confira a redação:

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Logo, podemos concluir que os Direitos Individuais e as Garantias Fundamentais no sistema jurídico brasileiro incluem outros do regime
e princípios adotados na Constituição, além dos constantes de Tratados internacionais de que o Brasil seja parte, nos termos do art. 5º, § 2º, da
CRFB/88.
Portanto, o gabarito da questão é a letra C.
(...)
Letra A. INCORRETA. Não existe direito fundamental absoluto. O preceito constitucional deve ser interpretado com outro direito fundamental.

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Letra B. INCORRETA. É errado afirmar que os Direitos Individuais e as Garantias Fundamentais são inalteráveis! É possível uma ampliação do rol!
O STF entende que as cláusulas pétreas não são imutáveis. Elas apenas não podem ser abolidas.
Letra C. CORRETA. Gabarito da questão! Os Direitos Individuais e as Garantias Fundamentais no sistema jurídico brasileiro incluem outros do
regime e princípios adotados na Constituição, além dos constantes de Tratados internacionais de que o Brasil seja parte, nos termos do art. 5º,
§ 2º, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Os Direitos Individuais e as Garantias Fundamentais não estão limitados ao rol que o constituinte estabeleceu, de acordo
com o art. 5º, § 2º, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. É errado afirmar que os Direitos Individuais e as Garantias Fundamentais obedecem ao modelo de constituição rígida
ortodoxa.

Gabarito: Letra D.

CESGRANRIO - AGC (EPE)/EPE/ADMINISTRAÇÃO GERAL/2014

18. Estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei poderá estipular regras aos
competidores, concernentes à sua qualificação

A) fiscal
B) estatutária
C) técnica
D) jurídica
E) gerencial

Comentário Completo:

A questão versa sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais.


Exige do candidato conhecimento a respeito de Licitação. A resposta está no art. 37, XXI, da CRFB/88, vejamos:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Dessa forma, podemos concluir que, estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei
poderá estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica, de acordo com 37, XXI, da CRFB/88.
Portanto, o gabarito é a letra C.
(...)
Letra A. INCORRETA. Não se fala em qualificação fiscal, não há essa previsão legal.
Letra B. INCORRETA. A Lei poderá estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica, não estatutária, de acordo com
37, XXI, da CRFB/88.

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Letra C. CORRETA. Nosso gabarito! Estabelecido o primado da licitação para aquisição de bens, nos termos da Constituição Federal, a Lei poderá
estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica, de acordo com 37, XXI, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. A Lei poderá estipular regras aos competidores, concernentes à sua qualificação técnica, não jurídica, de acordo com 37,
XXI, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. Nada se fala em relação à qualificação gerencial, não há essa previsão legal.

Gabarito: Letra C.

CESGRANRIO - AUX (CEFET RJ)/CEFET RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014

19. O prefeito de um município apresenta projeto de lei para autorizar, no âmbito de sua competência, a contratação de parentes dos
membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que atuam no local.
Nos termos da Constituição Federal, tal norma violaria o princípio da

A) democracia
B) moralidade
C) segurança
D) necessidade
E) compatibilidade

Comentário Completo:

Meu amigo, temos uma questão interessante sobre formal, pois é uma prática inconstitucional que ofende aos princípios
Administração Pública, especialmente no assunto do chamado da moralidade e da impessoalidade. Trata-se de ato vedado por
Nepotismo. todos os Poderes da República e entes da Federação.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou entendimento Nesse sentido, tem-se a Súmula Vinculante nº 13 do STF,
de que a vedação ao nepotismo independe de uma previsão em lei vejamos:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola
a Constituição Federal.”

Logo, a norma indicada no enunciado fere o princípio da moralidade, o que faz com que a alternativa correta seja a letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. Não fere a democracia, fere a moralidade!

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 22


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Letra B. CORRETA. Nosso gabarito! O prefeito, ao apresentar projeto de lei para autorizar, no âmbito de sua competência, a contratação de
parentes dos membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que atuam no local, está ferindo o princípio da moralidade, pois fere a Súmula
Vinculante nº. 13 do STF.
Letra C. INCORRETA. Está ferindo o princípio da moralidade, não o "princípio da segurança".
Letra D. INCORRETA. É errado afirmar que o prefeito está ferindo o princípio da necessidade.
Letra E. INCORRETA. Está ferindo o princípio da moralidade, não da compatibilidade.

Gabarito: Letra B.

CESGRANRIO - ASST (CEFET RJ)/CEFET RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014

20. Um dos grandes temas tratados na Constituição Federal é o do acesso facilitado aos cargos públicos.
Dentre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de a lei estabelecer percentual dos cargos
e empregos públicos para as pessoas

A) menores de dezoito anos


B) estrangeiras em situação de risco
C) consideradas de menor rendimento econômico
D) portadoras de deficiência
E) moradoras em locais considerados perigosos

Comentário Completo:

A questão versa sobre a Administração Pública e Disposições Gerais. Pura letra da lei!
A resposta está no art. 37, VIII, da CRFB/88, vejamos:

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão.

Diante do exposto, podemos concluir que, entre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de
a lei estabelecer percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência, de acordo com o art. 37, VIII, da CRFB/88.
Logo, a letra D é o nosso gabarito!
Letra A. INCORRETA. Não há previsão legal de reserva de cargos e empregos para menores de dezoito anos.
Letra B. INCORRETA. A lei não estabelece percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas estrangeiras em situação de risco.
Letra C. INCORRETA. A lei não estabelece percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas consideradas de menor rendimento econômico.
Letra D. CORRETA. Gabarito da questão! Entre as inovações constantes da Constituição Federal em vigor, encontra-se a possibilidade de a lei
estabelecer percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência, nos termos do art. 37, VIII, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. Não há previsão legal de reserva de cargos e empregos para moradoras em locais considerados perigosos.

Gabarito: Letra D.

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CESGRANRIO - ADM (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014

21. Um dos grandes avanços das sucessivas reformas constitucionais foi o estabelecimento de um teto constitucional para pagamento dos
servidores dos três poderes da República.
Nos termos da Constituição Federal, os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo

A) Presidente da República
B) Governador do Estado
C) Ministro do Supremo Tribunal Federal
D) Desembargador do Tribunal de Justiça
E) Defensor Público Geral

Comentário Completo:

O examinador testou os conhecimentos do candidato sobre a Administração Pública e suas Disposições Gerais. Para responder, o candidato
precisa saber a redação do art. 37, XI, da CRFB/88, vejamos:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo
e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos.

Sendo assim, Poder Judiciário, MP, Procuradores e Defensores Públicos são limitados ao subsídio dos Desembargadores do TJ.
Podemos concluir que, nos termos da Constituição Federal, os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo
Desembargador do Tribunal de Justiça, de acordo com o art. 37, XI, da CRFB/88.
Logo, o gabarito da questão é a letra D.
Letra A. INCORRETA. Não são limitados ao percebido pelo Presidente da República!
Letra B. INCORRETA. É errado afirmar que os Defensores Públicos são limitados ao percebido pelo Governador do Estado!
Letra C. INCORRETA. Defensores Públicos não são limitados ao percebido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal!
Letra D. CORRETA. Nosso gabarito! Os Defensores Públicos Estaduais estão limitados ao percebido pelo Desembargador do Tribunal de Justiça,
de acordo com o art. 37, XI, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. É errado dizer que os Defensores Públicos estão limitados ao percebido pelo Defensor Público Geral.

Gabarito: Letra D.

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CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/SEGURANÇA/2014

22. Nos termos da Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede e constituem um sistema único, organizado
de acordo com a seguinte diretriz

A) centralismo democrático
B) financiamento privado
C) separação das atividades educacionais
D) prioridade para atendimentos especiais
E) participação da comunidade

Comentário Completo:

A questão cobra conhecimento do candidato sobre Ordem Social, em especial, a Saúde. Sua resposta está no art. 198, III, da CRFB/88,
vejamos:

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado
de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Sendo assim, podemos concluir que, nos termos da Constituição Federal, as ações e os serviços públicos de saúde integram uma rede e
constituem um sistema único, organizado de acordo com a diretriz de participação da comunidade, de acordo com o art. 198, III, da CRFB/88.
Portanto, o gabarito é a letra E.
Letra A. INCORRETA. A Constituição não fala de centralismo democrático como diretriz das ações e dos serviços públicos de saúde, nos termos
do art. 198, I, II e III, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. A Constituição não cita financiamento privado, conforme o art. 198, I, II e III, da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. A Constituição não menciona a separação das atividades educacionais como diretriz das ações e dos serviços públicos de
saúde, segundo o art. 198, I, II e III, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. A Constituição não fala de prioridade para atendimentos especiais como diretriz das ações e dos serviços públicos de saúde,
de acordo com o art. 198, I, II e III, da CRFB/88.
Letra E. CORRETA. Gabarito da questão! Nos termos da Constituição Federal, as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede e
constituem um sistema único, organizado de acordo com a diretriz de participação da comunidade, de acordo com o art. 198, III, da CRFB/88

Gabarito: Letra E.

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CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/ADMINISTRATIVA/2012

23. Creso, servidor do órgão W, vinculado a determinado estado federado, foi surpreendido com recomendação verbal de que deveria
atender, em horário especial fora do expediente, a pessoas vinculadas a determinada associação e que os problemas dessa associação
deveriam ter preferência sobre os demais que estivessem sob sua responsabilidade.
Sob a ótica dos princípios constitucionais da Administração Pública, tal prática fere, predominantemente, o princípio da

A) publicidade
B) impessoalidade
C) eficiência
D) indisponibilidade
E) continuidade

Comentários:

Questão bem bacana para treinar os Princípios da isonomia. Destaco que a Administração deve tratar os administrados
Administração Pública! segundo os mesmos critérios, salvo se a lei estabelecer critério
Lembra o famoso LIMPE previsto no art. 37 da CRFB/88? diferenciado.
A questão trata do princípio da impessoalidade. Quando se Vejamos o que diz o art. 5º, caput, da CRFB/88:
fala em impessoalidade, é possível relacionar o tema ao princípio da

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Logo, podemos afirmar que, ao tratar determinada associação de maneira diferenciada e com preferência entre as demais pessoas (sem
nenhum respaldo legal), há violação, predominantemente, ao princípio da impessoalidade.
Portanto, o gabarito da questão é a letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. Segundo o princípio da publicidade, a Administração Pública tem a obrigação de tornar público os atos que forem
praticados. O que nada tem a ver com o comando da questão.
Letra B. CORRETA. Opa! Veja ai nosso gabarito! Essa prática, de fato, fere, predominantemente, o princípio da impessoalidade, conforme o art.
37º combinado com art. 5º da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. O objetivo principal do princípio da eficiência é fazer com que o agente público se empenhe em obter o melhor resultado
com o mínimo de recursos.
Letra D. INCORRETA. O princípio da indisponibilidade do interesse público determina que os agentes públicos devem aplicar aquilo que a lei
prescreve. Logo, os agentes públicos não devem atuar conforme seus interesses.
Letra E. INCORRETA. O princípio da continuidade defende que os serviços públicos devem ser prestados de maneira contínua, ou seja, sem parar.
O que também não tem relação com o caso da questão.

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/DIREITO/2012

24. A ação popular é uma das garantias fundamentais asseguradas pela Constituição.
A esse respeito, considere as afirmativas abaixo.
I - A ação popular pode ter por objeto lei federal dotada de generalidade e abstração.
II - A ação popular pode ser ajuizada por deputado federal, no exercício do mandato.
III - A ação popular pode ser ajuizada contra pessoas públicas ou privadas

Está correto APENAS o que se afirma em

A) I
B) II
C) III
D) I, II
E) II e III

Comentários:

Questão muito boa sobre os Remédios Constitucionais, em especial, acerca da Ação Popular!
Vamos analisar cada alternativa?

I - A ação popular pode ter por objeto lei federal dotada de generalidade e abstração.
A afirmativa está errada. A ação popular não pode ter por objeto lei federal dotada de generalidade e abstração.
Cabe ação popular para anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, de acordo com o art. 5º, LXXIII da CRFB/88, vejamos:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

II - A ação popular pode ser ajuizada por deputado federal, no exercício do mandato.
A questão considerou que, na qualidade de cidadão, o deputado poderá exercer seus direitos e garantias constitucionais. Logo, pode
ajuizar ação popular. E, de fato, está correta. É que o exercício do mandato parlamentar pressupõe o pleno gozo dos direitos políticos (capacidade
de votar e ser votado).
Portanto, presume-se que o indivíduo está com seu título de eleitor regularmente válido para fins de prova da cidadania, observando
assim o art. 1º, § 3º, da Lei nº. 4.717/65.
A afirmativa está correta.

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III - A ação popular pode ser ajuizada contra pessoas públicas ou privadas.
Perfeito. A alternativa também está certa. É a previsão do art. 6º da Lei 4.717/65, olhe só:

Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários
ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

Logo, podemos afirmar que as alternativas II e III estão corretas. O nosso gabarito é a letra E.
Letra A. INCORRETA. A afirmativa I está errada, visto que a ação popular não pode ter por objeto lei federal dotada de generalidade e abstração.
Letra B. INCORRETA. Não é apenas a afirmativa II que está correta. O item III também está correto!
Letra C. INCORRETA. Não é apenas a afirmativa III que está correta. O item II também está correto!
Letra D INCORRETA. Na verdade, a afirmativa I está errada!
Letra E. CORRETA. Realmente os itens II e III estão corretos! Nosso gabarito!

Gabarito: E

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2012

25. O mandado de segurança coletivo NÃO pode ser impetrado por

A) partido político
B) entidade de classe de âmbito regional
C) sindicato
D) ministério público
E) associação

Comentários:

Questão simples e direta sobre os legitimados para a combater certos comportamentos ilegais e abusivos da administração
impetração de um Mandado de Segurança Coletivo. Você já pública ou de agentes que atuam no exercício das atribuições
percebeu que precisa estar com os Remédios Constitucionais na públicas.
ponta da caneta, certo? A previsão está no art. 5º, LXIX, LXX e Lei 12.016/09,
O Mandado de Segurança é um remédio constitucional para vejamos:

LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas corpus” ou habeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público.

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No caso do Mandado de Segurança Coletivo, temos uma reserva dos legitimados definida pelo próprio texto Constitucional. Olhe só:

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a. partido político com representação no Congresso Nacional;

b. organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados.

Para responder à questão, precisamos ter atenção ao art. 5º, LXX, da CRFB/88! Diante das opções apresentadas, podemos concluir que o
Ministério Público não possui legitimidade para impetrar o MS Coletivo.
Atenção! A banca quer saber quem não pode ser legitimado!!!
Portanto, a Letra D é o nosso gabarito!
(...)
Letra A. INCORRETA. O partido político pode ser legitimado, conforme o art. 5º, LXX, “a”, da CRFB/88! A alternativa está incompleta, visto que,
para ser legitimado, precisa ter representação no Congresso Nacional. Mas, isso não a invalida.
Letra B. INCORRETA. Segundo o art. 5º, LXX, “b”, da CRFB/88, entidade de classe de âmbito regional possui legitimidade para impetrar o MS
Coletivo! A Constituição não faz ressalvas se a entidade seria de âmbito nacional ou regional.
Letra C. INCORRETA. O sindicato pode ser legitimado, conforme o art. 5º, LXX, “b”, da CRFB/88! Trata-se de organização sindical.
Letra D. CORRETA. É o nosso gabarito! O MP não está no rol do art. 5º, LXX, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. A associação possui legitimidade, conforme o art. 5º, LXX, “b”, da CRFB/88.

Gabarito: D

CESGRANRIO - PROF JR (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/DIREITO/2012

26. O procurador da XYZP, associação civil constituída em 2005, nos termos da legislação em vigor, dirigiu-se a uma repartição pública a fim
de obter uma certidão de débito negativa, necessária para que a associação pudesse participar de uma licitação promovida por uma
empresa pública federal.
Tendo sido negada, sem motivação, a certidão requerida pelo procurador da XYZP, cabe à associação ajuizar

A) habeas data
B) ação popular
C) ação civil pública
D) mandado de segurança coletivo
E) mandado de segurança individual

Comentários:

Questão sobre os Remédios Constitucionais! Em resumo, com base no enunciado, temos que:

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O procurador da XYZP, associação civil, dirigiu-se a uma dólares) é: O MS é individual ou coletivo?


repartição pública a fim de obter uma certidão de débito negativa, Meu amigo, o MS é individual!
necessária para que a associação pudesse participar de uma licitação Já estou imaginando você perguntando: “Como assim, Prof.?
promovida por uma empresa pública federal. Estamos falando de uma associação!”
Até aqui tudo bem? Vamos seguir! Foi negada, sem motivação, Eu sei que estamos falando de uma associação e, nos termos
a certidão requerida pelo procurador da XYZP. do art. 5º, LXX, “b”, da CRFB/88, ela é legitimada para impetrar o MS
O primeiro grande questionamento é: diante da negativa, qual Coletivo. No entanto, o direito violado é individual. Temos um ato
seria a medida judicial cabível? específico que consequentemente impede a associação de participar
Já adianto que o direito de certidão é protegido pela via do de uma licitação. Ou seja, a própria entidade está com direito
Mandado de Segurança, previsto no art. 5º, LXIX e LXX, da CRFB/88, subjetivo fundamental sendo violado.
bem como na Lei 12.016/09. O nosso gabarito é a Letra E!
Quando se requer uma certidão, o que se pretende é que o Bacana a questão, não é? Se você errou, fique tranquilo! Treino
Estado disponibilize um documento formal com título de fé pública, difícil, jogo fácil. Vai acertar na hora prova.
comprovando a veracidade da informação (que você já obteve). (...)
O segundo questionamento (a pergunta de 1 milhão de

Letra A. INCORRETA. Não cabe HD! Esse remédio constitucional serve para obter a informação, acesso à informação pessoal do impetrante ou
para retificá-la.
Letra B. INCORRETA. A Ação Popular serve para anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Não é o caso da questão!
Letra C. INCORRETA. Na verdade, cabe MS para proteger o direito de certidão!
Letra D. INCORRETA. Estamos falando de um ato específico que consequentemente impede a associação de participar de uma licitação. Logo,
não cabe o MS coletivo, mas sim o MS individual (tutela de direito subjetivo fundamental).
Letra E. CORRETA. O direito de certidão é protegido pela via do Mandado de Segurança! No referido caso, temos um ato específico que
consequentemente impede a associação de participar de uma licitação. Logo, cabe o MS individual.

Gabarito: E

CESGRANRIO - ADV (EPE)/EPE/2012

27. João, cidadão brasileiro em pleno gozo dos direitos políticos, dirigiu-se a determinada autarquia federal a fim de ter acesso a informações
sobre contratos por ela celebrados recentemente, supostamente sem a observância da lei de licitações.
Tendo-lhe sido negado o acesso a tais informações, cabe a João ajuizar um(a)

A) habeas data
B) mandado de segurança
C) mandado de injunção
D) ação popular
E) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF)

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Comentários:

A Cesgranrio gosta bastante de cobrar os Remédios por “habeas corpus” ou habeas data, quando o responsável pela
Constitucionais, viu? Rs... ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
Temos aqui uma questão que passa pelo conhecimento pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
do Mandado de Segurança. O cidadão João teve o seu direito de “Mas, professor. Não seria o caso do Habeas Data?”
informação negado. Com base nisso, qual seria a medida judicial Não, meu amigo! O HD é uma ação personalíssima! As
cabível? informações devem ser próprias do impetrante! No caso apresentado,
Cabe o Mandado de Segurança, com base no art. 5º, LXIX, da estamos diante de informações de interesse público, inclusive devem
CRFB/88! Estamos diante de uma ação judicial que possui natureza ser fornecidas, nos termos do art. 8º da Lei de Acesso à Informação
residual. Ou seja, somente é possível o uso desse remédio se não 12.527/11.
houver a possibilidade do Habeas Corpus ou do Habeas Data. Portanto, o gabarito é a Letra B!
Segundo o art. 5º, LXIX, da CRFB/88, conceder-se-á mandado (...)
de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado

Letra A. INCORRETA. O HD é uma ação personalíssima! As informações devem ser próprias do impetrante! No caso, temos informações de
interesse público (envolve erário público).
Letra B. CORRETA. Para proteger o direito líquido e certo de João à informação, é cabível o Mandado de Segurança! É o nosso gabarito, nos
termos do art. 5º, LXIX, da CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. Cabe MI sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, conforme o art. 5º, LXXI, da CRFB/88. Não é o caso da questão!
Letra D. INCORRETA. A finalidade da Ação Popular é anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, conforme o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. A ADPF é uma ação de controle abstrato. Não cabe diante de proteção de direito subjetivo fundamental!

Gabarito: B

CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/INSPETOR DE SEGURANÇA


INTERNA/2012

28. De acordo com o estabelecido no Art. 5º da Constituição Federal, analise as afirmações a seguir.
I - A lei penal não retroagirá, mesmo que seja para beneficiar o réu.
II - Ninguém poderá penetrar em uma casa sem o consentimento do morador, mesmo com determinação judicial.
III - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
IV - O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado.

Estão corretas APENAS as afirmações

A) I e II D) I, II e III
B) I e IV E) II, III e IV
C) III e IV

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Comentários:

Concurseiro, não podemos negligenciar o estudo sobre os Direitos e Garantias Fundamentais! A Cesgranrio adora esse assunto! O art. 5º
tem de estar na ponta da caneta! rs
Vamos analisar cada item?

I - A lei penal não retroagirá, mesmo que seja para beneficiar o réu.
Pegadinha! A resposta para o item está no art. 5º, XL, da CRFB/88, confira o texto:

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Percebeu a diferença? Pois é! A lei pode sim retroagir se for para benefício do réu!
Portanto, o item I está errado!

II - Ninguém poderá penetrar em uma casa sem o consentimento do morador, mesmo com determinação judicial.
Opa, muito cuidado! Estamos diante aqui do chamado princípio da inviolabilidade domiciliar.
Vamos conferir novamente o art. 5º, dessa vez o inciso XI, da CRFB/88:

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

De fato, a casa é inviolável. Mas há situações em que é permitido adentrar sem consentimento do morador, vejamos as hipóteses: i) em
caso de flagrante delito ou desastre, ou ii) para prestar socorro, ou, iii) durante o dia, por determinação judicial.
Portanto, mais um item errado!

III - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.


É justamente isso que afirma nossa CRFB/88 em seu art. 5º, inciso I, olhe só:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.

Logo, podemos afirmar que o item III está certo!

IV - O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado.


Essa é fácil! Segundo o art. 5º, inciso LXIII, da CRFB/88, temos que:

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado.

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Ou seja, realmente é um dos direitos do preso o de permanecer calado.


Logo, o item IV também está CORRETO!
(...)
Diante do exposto, podemos concluir que apenas as afirmações III e IV estão certas. O nosso gabarito é a letra C.
Letra A. INCORRETA. Cuidado! Na verdade, os itens I e II estão errados, conforme vimos do teor do art. 5º, incisos XI e XL, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. O item I não está certo, tendo em vista que a lei pode sim retroagir se for para benefício do réu!
Letra C. CORRETA. É o nosso gabarito! Os itens III e IV estão corretos, com base no art. 5º, I e LXIII, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Os itens I e II estão errados.
Letra E. INCORRETA. O item II não está correto! Existem situações em que é permitido adentrar sem consentimento do morador. Como, por
exemplo, durante o dia por determinação judicial.

Gabarito: C

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/COMUNICAÇÃO SOCIAL/


JORNALISMO/2011

29. Nas eleições de 2010, o direito constitucional de votar foi estendido efetivamente, incorporando mais um segmento de cidadãos
brasileiros que já tinham esse direito previsto na Lei.
O segmento do eleitorado brasileiro incorporado de fato nessas eleições corresponde ao grupo de

A) presos provisórios.
B) idosos acima de 70 anos.
C) jovens entre 16 e 18 anos.
D) adultos analfabetos.
E) comunidades indígenas.

Comentários:

Meu amigo, olhe que questão interessante sobre o direito de políticos.


voto! Inclusive, a Resolução TSE nº 23.219/10 dispõe sobre a
O voto tem estatura Constitucional. Está previsto na CRFB/88 instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos
em seu art. 14. Segundo o TSE, a Constituição Brasileira qualifica o penais e em unidades de internação de adolescentes e dá outras
voto como direito fundamental para aqueles que preservam seus providências.
direitos políticos. Esse é o caso dos presos provisórios. Eles não Portanto, a Letra A é o nosso gabarito!
têm condenação definitiva. Logo, ficam preservados seus direitos (...)

Letra A. CORRETA. A partir das eleições de 2010, foi garantido aos presos provisórios o direito ao voto! Trata-se de valor fundamental (Resolução
TSE nº. 23.219/10).

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Letra B. INCORRETA. É uma faculdade o voto para os maiores de 70 anos, conforme o art. 14, §1º, II, “b”, da CRFB/88. A garantia foi estabelecida
na nossa atual Constituição de 1988.
Letra C. INCORRETA. Também é facultativo o voto para maiores de 16 e menores de 18 anos, nos termos do art. 14, §1º, II, “c”, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Os analfabetos podem votar desde 1988, só não podem ser votados. Trata-se de uma condição de inelegibilidade, conforme
previsto no art. 14, §1º, II, “a”, e no §4º, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. O TSE editou uma Resolução para regulamentar a questão dos índios. Na Resolução nº. 20.806/2001, determinou a exclusão
dos índios isolados ou em via de integração dessa obrigatoriedade. Então, apenas os índios integrados possuem a obrigação da comprovação de
quitação do serviço militar para o alistamento.

Gabarito: A

CESGRANRIO - ANA (FINEP)/FINEP/JURÍDICA/2011

30. Ação popular ajuizada por um Senador da República, visando a anular ato praticado pelo Presidente de uma empresa pública federal, a
qual será processada e julgada pelo

A) STF
B) STJ
C) TRF
D) TJ
E) Juiz Federal de 1ª instância

Comentários:

Vamos testar os conhecimentos sobre os Remédios Constitucionais, especialmente a Ação Popular! De pronto, já adianto que temos
maldade aqui da Cesgranrio.
Muitos podem ter sido induzidos ao erro de que pelo ato ter sido praticado pelo Presidente da República, teremos uma Ação Popular
sendo ajuizada no STF. Cuidado, como regra, não existe prerrogativa de foro em função do ato coator praticado. Isso ocorre lá no Mandado de
Segurança.
A referida Ação Popular está prevista no art. 5º, LXXIII, combinado com art. 1º e seguintes da Lei nº. 4.717/65.
Com relação à competência material, o art. 5º, caput e §2º, da Lei nº. 4.717/65 estabelece quando caberá ao juiz federal e quando será de
competência do juiz estadual. Olhe só:

Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a
organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.

§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a quaisquer outras pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da
União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.

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Assim, se houver interesse da União, a ação popular é de competência do juiz federal, ou seja, caso a lesão ocorrida atinja um bem
jurídico que integra o patrimônio da União ou de um ente federal. Por outro lado, se não houver interesse da União, a ação popular será de
competência do juiz estadual.
Como o objetivo é anular ato praticado pelo Presidente de uma empresa pública federal, há interesse da União. Portanto, a referida ação
será processada e julgada pelo Juiz Federal de 1ª instância (1º grau de jurisdição).
Logo, nosso gabarito é a Letra E!
(...)
Letra A. INCORRETA. Não compete ao STF o julgamento. Em razão de ato praticado pelo Presidente de uma empresa pública federal, há interesse
da União. Portanto, a referida ação será processada e julgada pelo Juiz Federal de 1ª instância. Vale destacar que o ingresso da Ação Popular no
STF é a exceção, uma medida muito peculiar! Será possível quando for o caso previsto no art. 102, I, f e n, da CRFB/88 (conflito entre entes da
federação ou impedimento de membros da magistratura, por exemplo).
Letra B. INCORRETA. A competência não é do STJ!
Letra C. INCORRETA. Não compete ao TRF! Na verdade, é do Juiz Federal de 1ª instância.
Letra D. INCORRETA. Não é competência do TJ!
Letra E. CORRETA. Como há interesse da União (ato praticado pelo Presidente de uma empresa pública federal), a Ação Popular é de competência
do juiz federal, nos termos do art. 5º, §2º, da Lei 4.717/65.

Gabarito: E

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2011

31. A ação popular, prevista no art. 5º, LXXIII, da Constituição da República, pode ser ajuizada por(pelo)

A) apátrida para anular ato praticado pelo Presidente da República.


B) estrangeiro, residente no país há, pelo menos, dez anos, contra ato praticado por autarquia federal.
C) ex-deputado federal, no gozo dos direitos políticos, para anular ato praticado por sociedade de economia mista.
D) associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano, em defesa de seus associados.
E) Ministério Público para tutelar direitos difusos.

Comentários:

Temos a cobrança da Ação Popular! A banca adora os Remédios Constitucionais, dê atenção especial a eles!
Nos termos do art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88, temos que:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

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Trata-se de um instrumento de processo subjetivo que tem por fim anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
Quem irá propor a ação popular é o cidadão. Apenas o cidadão é parte legítima para a propositura da referida ação! O autor da ação deve
comprovar sua cidadania juntando o título eleitoral ou algum outro documento correspondente, nos moldes do §3° do art. 1° da Lei n° 4717/65.

§3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.

Vale destacar que o cidadão é qualidade intrínseca aos detentores de mandato eletivo. Logo, o ex-deputado federal, presumindo-se que
está no gozo dos direitos políticos, será legitimado para ajuizar Ação Popular visando anular ato praticado por sociedade de economia mista.
Logo, a Letra C é a nossa resposta!
(...)
Letra A. INCORRETA. Apátrida? Espero que você não tenha marcado essa. Apenas o cidadão pode ajuizar a Ação Popular (art. 5º, inciso LXXIII da
CRFB/88)!
Letra B. INCORRETA. Em verdade, o cidadão é o único legitimado!
Letra C. CORRETA. Apenas o cidadão é parte legítima para a propositura da referida ação! Cidadão é qualidade intrínseca aos detentores de
mandato eletivo, conforme o art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e art. 1º, §3º, da Lei 4.717/65.
Letra D. INCORRETA. A Associação não possui legitimidade para uma Ação Popular. A entidade poderia ajuizar, por exemplo, uma Ação Civil
Pública, nos termos do art. 5º da Lei 7.347/85.
Letra E. INCORRETA. Pegadinha. Conforme o art. 6º, §4º da Lei nº. 4.717/65, o Ministério Público acompanhará a ação, “cabendo-lhe apressar a
produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a
defesa do ato impugnado ou dos seus autores”. Ou seja, não poderá ajuizar a ação. Apenas temos o cidadão como legitimado próprio para uma
Ação Popular.

Gabarito: C

CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/ARQUIVOLOGIA/2010

32. A Constituição garante, no seu art. 5o, Inciso X, que a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas são invioláveis. No
entanto, se um livro for publicado contendo informações sobre a vida íntima de alguém ou fotografias forem publicadas em jornais ou
revistas, invadindo a privacidade de alguma pessoa, essa violação é séria e garante ao atingido o direito a

A) desculpas públicas.
B) recebimento de todos os originais publicados.
C) retratação em jornal local.
D) comissão pela veiculação de sua vida.
E) indenização por dano material ou moral.

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Comentários:

Meu amigo, não dá para errar essa, combinado? Questão clássica sobre o tema Direitos Individuais e Coletivos.
Vamos lembrar o que diz nossa Constituição Federal em seu art. 5º, inciso V:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.

Perceba que o legislador Constituinte previu, enquanto valor fundamental, o chamado direito de resposta, cabendo ainda a possibilidade
de indenização por dano material, moral ou à imagem.
Assim, caso um livro seja publicado contendo informações sobre a vida íntima de alguém ou fotografias sejam publicadas em jornais ou
revistas, invadindo a privacidade do indivíduo, haverá a possibilidade de indenização por danos morais, materiais ou de imagem.
Portanto, o gabarito é a Letra E.
(...)
Letra A. INCORRETA. Desculpas públicas? Negativo. É garantido mais do que isso.
Letra B. INCORRETA. É errado falar em recebimento de todos os originais publicados.
Letra C. INCORRETA. Não há que se falar em retratação em jornal local. Será assegurado o direito de resposta, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem.
Letra D. INCORRETA. Comissão pela veiculação de sua vida? Não é isso que a CRFB/88 assegura! Cesgranrio “pirou” aqui, rs.
Letra E. CORRETA. Temos aqui nosso gabarito! É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem, conforme o art. 5º, inciso V, da CRFB/88.

Gabarito: E

CESGRANRIO - TEC (BACEN)/BACEN/ÁREA 2 (SEGURANÇA INSTITUCIONAL) / 2010

33. A Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5o, estabelece os direitos e deveres individuais do cidadão: "Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade."
Tendo como base este artigo da Constituição, pode-se afirmar que

I - qualquer pessoa, detida pela segurança, deverá ser imediatamente entregue aos órgãos policiais, não podendo ser submetida a
nenhum tipo de maltrato ou humilhação;
II - a prática de racismo constitui crime inafiançável e somente será tolerada em comunidades de imigrantes, em cuja cultura essa
prática seja permitida;
III - um suspeito, ao ser detido, poderá solicitar a identificação de seus detentores; contudo, os vigilantes não são obrigados a fazê-la;

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IV - um meliante, ao ser detido pela segurança de uma instituição, deverá ser informado de seus direitos, inclusive o de permanecer
calado, se assim o desejar;
V - a prática de tortura contra presos, com o fim de obtenção de informações ou confissão, será considerada crime inafiançável, por
ela respondendo não só os executantes, mas também os mandantes e os que, tendo conhecimento e podendo evitá-la, se omitiram.

Estão corretas APENAS as afirmações

A) I e III.
B) I, IV e V.
C) II, III e IV.
D) II, III e V.
E) II, IV e V.

Comentários:

Preparado para mais uma questão acerca do art. 5º da CRFB/88?


Essa questão é um pouco mais específica, pois aborda o tema do Direito Penal Constitucional.
Vamos analisar cada item separadamente:

I - qualquer pessoa, detida pela segurança, deverá ser imediatamente entregue aos órgãos policiais, não podendo ser submetida a nenhum
tipo de maltrato ou humilhação;
Esse item está certo, pois é assegurado aos presos respeito à integridade física e moral, vejamos o art. 5º, XLIX, da CRFB/88:

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.

II - a prática de racismo constitui crime inafiançável e somente será tolerada em comunidades de imigrantes, em cuja cultura essa prática seja
permitida;
O referido item está errado, pois a CRFB/88 não tolera nenhuma forma de racismo! Veja em seu art. 5º, XLII:

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei."

III - um suspeito, ao ser detido, poderá solicitar a identificação de seus detentores; contudo, os vigilantes não são obrigados a fazê-la;
O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, conforme art. 5º, LXIV, da CRFB/88:

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial.

Logo, o item está errado!

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IV - um meliante, ao ser detido pela segurança de uma instituição, deverá ser informado de seus direitos, inclusive o de permanecer calado,
se assim o desejar;
Item correto! O preso tem o direito de permanecer calado, observe o art. 5º, LXIII, da CRFB/88:

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado.

V - a prática de tortura contra presos, com o fim de obtenção de informações ou confissão, será considerada crime inafiançável, por ela
respondendo não só os executantes, mas também os mandantes e os que, tendo conhecimento e podendo evitá-la, se omitiram.
O item está correto e traz o que a CRFB/88 afirma no seu art. 5º, XLIII:

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los,
se omitirem;"

Portanto, podemos concluir que os itens I, IV e V estão corretos.


Nosso gabarito é a letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. O item III está errado! O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão!
Letra B. CORRETA. Gabarito da questão! De fato, apenas os itens I, IV e V estão corretos e todos de acordo com o art. 5º, LXIII, XLIII, XLIX da
CRFB/88.
Letra C. INCORRETA. Os itens II e III estão errados. A CRFB/88 não tolera nenhuma forma de racismo (art. 5º, XLII). Além disso, o preso tem direito
à identificação dos responsáveis por sua prisão (art. 5º, LXIV da CRFB/88).
Letra D. INCORRETA. Mais uma vez, os itens II e III estão errados.
Letra E. INCORRETA. Reitero que o item II está errado!

Gabarito: B

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CESGRANRIO - ANA (BACEN)/BACEN/ORGANIZAÇÕES E DIREITO/2010

34. Carlos foi surpreendido, em sua empresa, por agentes fiscais da União, que exigiram a apresentação dos livros comerciais obrigatórios
e demais registros legais, dando início a procedimento administrativo fiscal. Insatisfeitos com os resultados apresentados, notificaram
Carlos para que apresentasse os extratos bancários da empresa, bem como os extratos pessoais para exame da fiscalização. Por meio
do exame dos documentos, inúmeras irregularidades foram descobertas e tornadas públicas por meio de processo criminal, no qual
o Ministério Público requereu, ainda, quebra de sigilo bancário do réu, que restou indeferido. Inconformado, o Ministério Público
requisitou diretamente ao Banco Central a quebra do sigilo bancário, o que foi negado pelos funcionários do Banco.
Diante desse relato, conclui-se que

A) a quebra do sigilo bancário é possível por autoridade fiscal mediante o devido processo legal.
B) a apresentação espontânea dos dados bancários configura quebra indevida.
C) os agentes do Banco Central não agiram corretamente ao negar a quebra do sigilo por requisição direta do Ministério Público.
D) os agentes fiscais, no caso em tela, extrapolaram a autorização legal.
E) os dados bancários podem sofrer quebra somente mediante autorização judicial, segundo a legislação especial.

Comentários:

Nosso Constituinte de 1988 buscou salvaguardar o espaço íntimo do indivíduo, contemplando expressamente a proteção à intimidade, à
vida privada, à honra e à imagem das pessoas. Caso venha a ocorrer violação a esses bens jurídicos, o preceito constitucional ainda determina
que a indenização deve ser tanto moral quanto material. Olhe só o art. 5º, incisos X e XII, da CRFB/88:

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

No campo do sigilo bancário e fiscal, estamos diante de proteções fundamentais que visam garantir a preservação do direito à privacidade
e intimidade. Todavia, a doutrina do direito constitucional nos diz que não existe direito fundamental absoluto, rs.
É possível que se tenha a quebra desse sigilo e a obtenção desses dados para fins específicos. Nesse contexto, a jurisprudência do STF e do
STJ possui entendimento mais consolidado de que podemos ter as seguintes autoridades atuando nesse processo:

Poder Judiciário!

• A quebra do sigilo bancário e fiscal também podem ser realizadas pelas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) federais, estaduais
e distritais.

• As autoridades fiscais possuem permissão para requisitar informações bancárias das instituições financeiras, com base na Lei
Complementar nº. 105/2001. Essa norma, inclusive, foi julgada constitucional pelo STF (RE nº 601.314/SP-RG, Tribunal Pleno, Relator -
Ministro Edson Fachin, julgado em 24/2/16)

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Mas, para que ocorra de maneira lícita a transferência dessas informações, é preciso que:

✓ Exista um processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso; e

✓ Os exames de tais informações solicitadas sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.

• O Ministério Público pode determinar a quebra do sigilo bancário em situação excepcional: na defesa do interesse e do patrimônio
público.

Por tudo que foi exposto, podemos ter a quebra de sigilo bancário pelo Auditor-Fiscal. Tal medida encontra amparo na jurisprudência do
STF, que declarou constitucional a LC nº. 105/2001, sendo possível a requisição de informações bancárias.
O nosso gabarito é a letra A.
(...)
Letra A. CORRETA. Temos aqui nosso gabarito da questão! De fato, a quebra do sigilo bancário é possível por autoridade fiscal mediante o devido
processo legal. O STF entende que a LC nº. 105/2001 é Constitucional, sendo possível a requisição de informações bancárias (RE nº 601.314/SP-
RG e ADIs nºs. 2859, 2390, 2386 e 2397).
Letra B. INCORRETA. A apresentação espontânea dos dados bancários NÃO configura quebra indevida de sigilo. Se o sujeito passivo dispõe
dos documentos espontaneamente, não há ilegalidade na análise e utilização dos documentos. É ato de livre manifestação de boa vontade do
contribuinte submeter as informações ao exame das autoridades tributárias.
Letra C. INCORRETA. Nesse caso, os agentes agiram corretamente. O Ministério Público só pode determinar a quebra do sigilo bancário em situação
excepcional: na defesa do interesse e do patrimônio público. No caso da alternativa, estamos diante de interesse particular do contribuinte; caso
específico. Salvo melhor juízo, não há violação ao patrimônio público ou recursos públicos envolvidos da Adm. Direta ou Indireta da União.
Letra D. INCORRETA. Não extrapolaram a autorização legal. Conforme vimos na Letra B, os agentes fiscais agiram em conformidade com a LC nº.
105/2001, o que inclusive o STF entendeu ser Constitucional, sendo possível a requisição de informações.
Letra E. INCORRETA. Pegadinha! Não podem ser requisitados apenas por autorização judicial. As autoridades fiscais possuem permissão para
requisitar informações bancárias, com base na Lei Complementar nº. 105/2001.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JUN (BR)/BR/DIREITO/2010

35. Em 2002, entrou em vigor uma lei federal que regulava a cobrança de determinado tributo, de acordo com a Constituição de 1988. Em
2009, no entanto, foi aprovada uma emenda constitucional que tornou a lei incompatível com a Constituição.
Para que uma empresa não recolhesse mais o tributo, com base na tese da incompatibilidade entre a lei federal e a emenda constitucional
de 2009, qual ação o seu advogado deve ajuizar?

A) Mandado de segurança. D) Arguição de descumprimento de preceito fundamental.


B) Mandado de segurança coletivo. E) Ação direta de inconstitucionalidade.
C) Mandado de injunção.

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Comentários:

Afiados em Controle de Constitucionalidade e Remédios Constitucionais? Isso é bastante necessário! Esses dois assuntos despencam em
provas da Cesgranrio. Já perdi a conta de quantas questões comentei sobre esses assuntos, rs.
Em resumo, conforme o enunciado, temos que:
• Em 2002, entrou em vigor uma lei federal que regulava a cobrança de determinado tributo, de acordo com a Constituição de 1988.
• Em 2009, foi aprovada uma emenda constitucional que tornou a lei incompatível com a Constituição.

Questionamento: Qual é a ação que seu advogado deve ajuizar para que uma empresa não recolha mais o tributo com base na tese da
incompatibilidade entre a lei federal e a emenda constitucional de 2009?
Observe o que diz o art. 5º, LXIX, da CRFB/88:

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data",
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições
do Poder Público.

No caso apresentado, para que a empresa não recolhesse mais o tributo, a ação cabível seria o Mandado de Segurança. Estamos diante de
proteção de direito subjetivo fundamental do autor. Nesse caso, o chamado direito líquido e certo.
Portanto, o gabarito é a letra A.

“Mas, professor. Não seria cabível uma medida de controle de constitucionalidade?”.

NÃOOOO˜...

Primeiro, a razão de ser do processo será a proteção de direito fundamental da empresa. Trata-se de caso concreto, com a existência de
direito subjetivo do contribuinte de não se submeter a uma tributação abusiva, ilegal ou incompatível com a Constituição.
Segundo, no caso das ações de controle abstrato (ADI, ADO, ADC ou ADPF), o art. 103 da CRFB/88 estabelece quem são os legitimados da ação.
Uma empresa, por exemplo, não possui legitimidade para deflagrar o controle concentrado/abstrato de constitucionalidade.
(...)
Letra A. CORRETA. Opa! Temos aqui a nossa resposta! Caso haja a cobrança do tributo, o certo será impetrar o Mandado de Segurança para
proteção de direito subjetivo fundamental, nos termos do art. 5º, LXIX ,da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. A empresa não é legitimada ativa para a impetrar Mandado de Segurança Coletivo, de acordo com o art. 5º, LXX, da
CRFB/88, olhe só:

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a. partido político com representação no Congresso Nacional;

b. organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa
dos interesses de seus membros ou associados.

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Letra C. INCORRETA. Não é caso de Mandado de Injunção, pois essa ação nasce quando há falta de norma regulamentadora em que é inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, nos termos do art.
5º, LXXI da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Nos termos do art. 103 da CRFB/88, uma empresa não possui legitimidade para ajuizar a ADPF!
Letra E. INCORRETA. Uma empresa, por exemplo, não possui legitimidade para deflagrar o controle concentrado/abstrato de
constitucionalidade (ADI, ADO, ADC ou ADPF).

Gabarito: A

CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2010

36. O direito de petição assegurado na Constituição Federal

A) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado.


B) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros.
C) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para tomada de providências.
D) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a atividade necessária ao seu atendimento.
E) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as suas instâncias e esferas federativas.

Classificação
Constituição Federal (CF/88) / Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais/ Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
/ Art. 5°, XXXIV, a, b / / Direito de Petição

Comentários:

Questão boa para aprendermos um pouco sobre o Direito de Petição, que está previsto no rol dos direitos individuais e coletivos.
A resposta está no nosso querido e famoso artigo 5º da CRFB/88, especificamente no inciso XXXIV, olhe só:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

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O grande questionamento é: podemos afirmar que o direito de petição é garantido aos nacionais e aos estrangeiros?
SIM! Inclusive, muito embora o caput do art. 5º faça referência apenas aos “brasileiros e estrangeiros residentes no país”, a doutrina e a
jurisprudência do STF entendem que basta estar no território nacional para que a pessoa seja possuidora de direito fundamental.
Portanto, o gabarito é a letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. O direito de petição não exige a edição de lei ordinária para ser aplicado. Perceba que o art. 5º, inciso XXXIV, não contempla
alguma restrição para aplicação do direito fundamental “nos termos” ou “de acordo com o previsto em lei”.
Letra B. CORRETA. Opa! Está aqui nossa resposta! De fato, o direito de petição assegurado na Constituição Federal é garantido aos nacionais e,
também, aos estrangeiros, conforme o art. 5º, XXXIV, “a”, da CRFB/88
Letra C. INCORRETA. Não há necessidade de endereçamento da petição ao órgão competente para tomada de providências!
Letra D. INCORRETA. JAMAIS! O direito de petição NÃO pode estar vinculado ao pagamento de taxas para custear a atividade necessária ao seu
atendimento: “são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas” (Art. 5º XXXIV, “a”, da CRFB/88).
Letra E. INCORRETA. Não tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo.

Gabarito: B

CESGRANRIO - TEC (BACEN)/BACEN/ÁREA 1 (SUPORTE TÉCNICO-


ADMINISTRATIVO) / 2010

37. Juan, cidadão argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de encaminhar uma petição dirigida a determinada
autoridade, reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, a Constituição

A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa correspondente ao serviço.


B) permite a Juan exercer tal direito.
C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou naturalizados).
D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos políticos.
E) não assegura tal direito.

Comentários:

Já deu para notar que o art. 5º é o queridinho da Cesgranrio, não é mesmo?


Vamos compreender o que estabelece nossa Constituição Federal sobre o chamado Direito de Petição, previsto no art. 5º, inciso XXXIV.
Olhe só:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

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Portanto, Juan sendo cidadão argentino residente no Brasil terá sim seu direito de petição assegurado! Ele poderá peticionar junto ao
BACEN para reclamar sobre a conduta abusiva de um funcionário
Logo, o nosso gabarito é a letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. Pegadinha clássica, rs. A CRFB/88 NÃO condiciona o exercício desse direito ao pagamento de taxa!
Letra B. CORRETA. Temos aqui o nosso gabarito! É a exata previsão da nossa CRFB/88 em seu art. 5º, inciso XXXIV. Trata-se do chamado Direito
de Petição.
Letra C. INCORRETA. É errado afirmar que a Constituição assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou naturalizados). A doutrina e a
jurisprudência do STF entendem que basta estar no território nacional para que a pessoa seja possuidora de direito fundamental.
Letra D. INCORRETA. Não é correto dizer que a CRFB/88 assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos políticos.
Letra E. INCORRETA. É errado afirmar que a CRFB/88 não assegura tal direito, visto que é garantido em seu art. 5º, XXXIV.

Gabarito: B

CESGRANRIO - TEC (BACEN)/BACEN/ÁREA 1 (SUPORTE TÉCNICO-


ADMINISTRATIVO) / 2010

38. Bruno, servidor público federal, ocupou por exatos 5 anos um cargo na administração pública, até que foi aprovada uma lei federal
extinguindo o referido cargo. Nesse caso, Bruno

A) será demitido.
B) será obrigado a exercer outro cargo.
C) será aposentado compulsoriamente.
D) ficará em disponibilidade com remuneração integral.
E) ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Comentários:

Vamos resolver esta questão sobre o tema da Administração Pública e seus Servidores!
Conforme o art. 41 da CRFB/88, são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público.
Vale esclarecer que o §1º do mesmo artigo estabelece ainda que o servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

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No caso da questão, perceba que Bruno estava há 5 anos no cargo (o que demonstra que ele já tinha estabilidade, que foi adquirida após
3 anos)!

“Mas, professor! Foi aprovada uma lei federal estabelecendo a extinção do cargo. O que acontece com o servidor?”

Vejamos o que diz o art. 41, § 3º, da CRFB/88:

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.  

Diante de todo o exposto, Bruno ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Portanto, o gabarito é a letra E.
(...)
Letra A. INCORRETA. Demitido? Negativo! Bruno tem estabilidade (art. 41 da CRFB/88).
Letra B. INCORRETA. Bruno não será obrigado a exercer outro cargo!
Letra C. INCORRETA. Bruno não será aposentado compulsoriamente.
Letra D. INCORRETA. Ficará em disponibilidade com remuneração integral? Pegadinha!!! Ele ficará em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
Letra E. CORRETA. Opa! Esta é a nossa resposta! De fato, Bruno ficará em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço,
conforme o art. 41, § 3º, da CRFB/88.

Gabarito: E

CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/DIREITO/2010

39. O princípio da proporcionalidade, acolhido pelo direito constitucional brasileiro, compreende os seguintes subprincípios:

A) legalidade, moralidade e necessidade.


B) legalidade, moralidade e impessoalidade.
C) legalidade, impessoalidade e proporcionalidade em sentido estrito.
D) adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
E) adequação, necessidade e moralidade.

Comentários:

Questão bacana sobre Princípios! Em especial, o Princípio da Proporcionalidade!


Esse Princípio tem 3 subprincípios, vamos estudá-los?

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✓ Princípio da adequação: afirma que a atividade do poder público deve ser apropriada para o alcance dos objetivos pretendidos pela
CRFB/88.

✓ Princípio da exigibilidade ou da necessidade: seu objetivo é o de garantir que a medida adotada pelo Estado seja indispensável para
a atender ao fim visado, ou seja, determina que o Estado deve sempre escolher o meio igualmente eficaz e menos oneroso para o
cidadão.

✓ Princípio da proporcionalidade em sentido estrito: observa se os benefícios materiais advindos pela existência da norma ou da
decisão são relevantes em relação aos danos causados aos direitos aplicados. É importante destacar que tal princípio é analisado após
a observância dos dois outros anteriores.

Podemos concluir que o princípio da proporcionalidade compreende os seguintes subprincípios: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito.
O nosso gabarito é a letra D.
(...)
Letra A. INCORRETA. O princípio da proporcionalidade não compreende os princípios da legalidade e moralidade.
Letra B. INCORRETA. Também não compreende o princípio da moralidade!
Letra C. INCORRETA. Nessa alternativa, o princípio da proporcionalidade só irá compreender o subprincípio da proporcionalidade em sentido
estrito. Maldade da Cesgranrio, rs.
Letra D. CORRETA. Opa! Achamos a resposta! Realmente, o princípio da proporcionalidade compreende os subprincípios da adequação,
necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
Letra E. INCORRETA. Cuidado, o princípio da proporcionalidade só compreende os subprincípios da adequação e necessidade. O princípio da
moralidade está fora dessa relação.

Gabarito: D

CESGRANRIO - ANA (BACEN)/BACEN/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/"SEM


ESPECIALIDADE"/2010

40. Na hipótese de o Banco Central vir a praticar ato manifestamente ilegal e lesivo ao patrimônio público, um cidadão brasileiro, indignado
com o ocorrido e com o propósito de anular o referido ato, pode ajuizar

A) ação popular.
B) ação civil pública.
C) mandado de segurança coletivo.
D) mandado de injunção coletivo.
E) habeas data.

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Comentários:

O enunciado quer saber que medida judicial um cidadão poderia ajuizar na hipótese de o Banco Central vir a praticar ato manifestamente
ilegal e lesivo ao patrimônio público. Nesse contexto, temos o cabimento de um remédio constitucional que está previsto no art. 5º, LXXIII, da
CRFB/88:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Ou seja, caso o Banco Central pratique ato manifestamente ilegal e lesivo ao patrimônio público, um cidadão brasileiro pode ajuizar uma
ação popular.
Logo, o gabarito é a letra A.
(...)
Letra A. CORRETA. De cara, nosso gabarito! Realmente, caso o Banco Central pratique ato manifestamente ilegal e lesivo ao patrimônio público,
um cidadão brasileiro pode ajuizar uma ação popular, nos termos do art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88.
Letra B. INCORRETA. Um cidadão não possui legitimidade para ajuizar Ação Civil Pública, conforme o art. 5º da Lei 7.347/85.
Letra C. INCORRETA. O cidadão não possui legitimidade para impetrar o MS Coletivo, nos termos do art. 5º, LXX, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Não cabe Mandado de Injunção para anular ato lesivo ao patrimônio público. Ele cabe sempre que a falta de norma
regulamentadora tornar inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e
à cidadania, segundo o art. 5º, LXXI, da CRFB/88. Além disso, o cidadão não possui legitimidade para o MI Coletivo.
Letra E. INCORRETA. Não está entre as hipóteses de cabimento do HD!

Gabarito: A

CESGRANRIO - TEC (BACEN)/BACEN/ÁREA 1 (SUPORTE TÉCNICO-


ADMINISTRATIVO) / 2010

41. Francisco, cidadão brasileiro, leu no jornal uma notícia sobre determinado ato praticado por uma autarquia federal e, considerando-o
ilegal e lesivo ao patrimônio público, decidiu mover uma ação popular visando à anulação deste ato, conforme o art. 5o, LXXIII da
Constituição de 1988. Por qual órgão do Poder Judiciário brasileiro será julgada esta ação judicial, movida contra essa autarquia?

A) Tribunal de Contas da União.


B) Supremo Tribunal Federal.
C) Juiz Federal.
D) Senado Federal.
E) Conselho Nacional de Justiça.

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Comentários:

Essa questão é bem específica sobre a Competência para julgamento da chamada Ação Popular. O art. 5º, caput e §2º, da Lei nº 4.717/65
trata justamente da competência do ponto de vista material da ação popular, estabelecendo quando caberá ao juiz federal e quando será de
competência do juiz estadual.
Olha só o que diz o dispositivo legal:

Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a
organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.

§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a quaisquer outras pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da
União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver.

Assim, se houver interesse da União, ou seja, caso a lesão ocorrida atinja um bem jurídico que integra o patrimônio da União ou de um
ente federal, a ação popular é de competência do juiz federal. Já se não houver interesse da União, a ação popular será de competência do juiz
estadual.
De acordo com o enunciado, temos um ato praticado por uma autarquia federal, havendo assim interesse da União no bem jurídico
tutelado. Logo, compete ao juiz federal.
Diante do exposto, podemos concluir que o nosso gabarito é a letra C!
(...)
Letra A. INCORRETA. Não compete ao TCU examinar a ação popular. Cesgranrio viajou aqui.
Letra B. INCORRETA. O órgão responsável não é o STF. Estamos diante de competência de Juiz Federal.
Letra C. CORRETA. Nosso gabarito! O Poder Judiciário brasileiro que julgará a ação da questão, movida contra essa autarquia, será o Juiz Federal,
conforme o art. 5º, caput e §2º, da Lei nº. 4.717/65.
Letra D. INCORRETA. O Senado Federal não é o órgão responsável para julgar a ação popular.
Letra E. INCORRETA. O órgão do Poder Judiciário responsável não é o CNJ!

Gabarito: C

CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/ARQUIVOLOGIA/2010

42. Numa empresa pública, um cidadão se dirige ao Departamento de Gestão de Pessoas e solicita informações a respeito de si próprio.
Fora funcionário daquela empresa e, por motivos pessoais, havia sido exonerado, e precisava dos dados que lá estavam arquivados. Um
funcionário desse departamento disse que a documentação daquele setor era sigilosa e, assim, nenhum documento ou informação
poderia ser acessado antes do prazo de 5 anos do ato de arquivamento.
O cidadão, indignado com a recusa do funcionário, poderá impetrar, de acordo com a Constituição, um(a)

A) ação de degenere. D) habeas lex.


B) ação de injúria. E) habeas data.
C) habeas corpus.

Estratégia Concursos | Direito Constitucional - Cesgranrio 49


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Comentários:

O examinador cobrou o tema dos Remédios Constitucionais, especialmente a figura do Habeas Data! Trata-se de instrumento importante
em nosso ordenamento jurídico, para a proteção do direito à informação pessoal.
Vejamos o que diz o art. 5º, LXXII, da CRFB/88:

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

No plano infraconstitucional, é importante esclarecer que há uma terceira situação que pode implicar o cabimento do Habeas Data. Esse
tema está previsto especificamente no art. 7º da Lei nº. 9.507/97. Olhe só:

✓ para anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja
sob pendência judicial ou amigável.

Segundo o enunciado, temos que em determinada empresa pública um cidadão que fora funcionário da empresa se dirige ao
Departamento de Gestão de Pessoas e solicita informações a respeito de si próprio.
Diante do exposto, cabe Habeas Data para garantir o acesso a informações próprias (que digam respeito à pessoa), presentes em registros
de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público (art. 5º, LXXII, “a” da CRFB/88 e Lei nº. 9.507/97).
Logo, nosso gabarito é a Letra E!
(...)
Letra A. INCORRETA. Ação de degenere? Espero que não tenha sido a sua escolha, rs.
Letra B. INCORRETA. Não é cabível a ação de injúria! Nada a ver, Cesgranrio, rs.
Letra C. INCORRETA. Segundo o art. 5º, LXVIII, da CRFB/88, cabe o Habeas Corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Letra D. INCORRETA. Habeas Lex? Negativo. A banca foi bem criativa, rs.
Letra E. CORRETA. É a previsão do art. 5º, LXXII, “a”, da CRFB/88. Cabe o Habeas Data para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

Gabarito: E

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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/ENFERMAGEM DO


TRABALHO/2010

43. De acordo com a Constituição Federal do Brasil, no Capítulo II dos Direitos Sociais, a jornada de trabalho deverá ser de

A) três horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos.
B) seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e repouso semanal não remunerado, preferencialmente aos
domingos.
C) seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos.
D) oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e repouso semanal não remunerado, preferencialmente aos
domingos.
E) oito horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos.

Comentários:

Questão muito tranquila sobre os Direitos Sociais, que abordou o tema da Jornada de Trabalho. É a pura letra da Constituição. Olhe só o
que dizem os arts. 7º, XIV e XV, da CRFB/88:

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.

Podemos concluir que a jornada de trabalho deverá ser de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento e
repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
Nosso gabarito é Letra C!
(...)
Letra A. INCORRETA. Três horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento? Não! Em regra, são 06 (seis) horas.
Letra B. INCORRETA. O repouso semanal é remunerado.
Letra C. CORRETA. É a exata previsão do art. 7º, incisos XIV e XV, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. Oito horas? Não. Em regra, são seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. Além disso,
o repouso semanal é remunerado.
Letra E. INCORRETA. São seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. É a regra!

Gabarito: C

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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2010

44. A Constituição Federal reconhece a condição de brasileiro naturalizado aos originários de países de língua portuguesa que, na forma da
lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigindo, nesse caso, apenas

A) residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.


B) residência há mais de quinze anos ininterruptos e ausência de condenação penal.
C) residência permanente no País e reciprocidade de tratamento em favor de brasileiros no país de origem.
D) residência na República Federativa do Brasil e opção expressa, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
E) prestação de serviço à República Federativa do Brasil e maioridade legal.

Comentários:

Questão versando sobre o tema dos Direitos de Nacionalidade no âmbito de estudo dos direitos fundamentais. Aqui, é importante
conhecer a redação do art. 12, II, “c”, da CRFB/88, confira a redação:

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência
por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

Perceba que o Constituinte estabeleceu uma condição facilitada para os originários de língua portuguesa (não apenas portugueses, ok?).
No caso, basta APENAS residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
Portanto, a Letra A é o nosso gabarito.
(...)
Letra A. CORRETA. É a exata previsão do art. 12, II, “c”, da CRFB/88. São dois requisitos facilitados para que os originários de língua portuguesa
possam adquirir a nacionalidade brasileira: residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
Letra B. INCORRETA. Não há necessidade de atender aos referidos requisitos. Essa condição contempla uma naturalização extraordinária, que
está prevista na alínea “b” do inciso II, art. 12 da CRFB/88: “os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira”.  
Letra C. INCORRETA. Essa é chamada “quase nacionalidade” prevista no art. 12, §1º, da CRFB/88, olhe só:

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.

Enquadram-se nesse dispositivo aqueles que, mesmo possuindo residência permanente no Brasil, não desejam se naturalizar. Trata-
se apenas de concessão de status jurídico.

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Letra D. INCORRETA. Os referidos requisitos não são exigidos.


Letra E. INCORRETA. Em verdade, os requisitos são APENAS os seguintes: residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

Gabarito: A

CESGRANRIO - ADV (EPE)/EPE/2010

45. Sobre as ações constitucionais, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) NÃO pode figurar no polo

A) ativo de um mandado de segurança.


B) ativo de uma ação popular.
C) passivo de uma ação popular.
D) passivo de um mandado de segurança.
E) passivo de um mandado de segurança coletivo.

Comentários:

O comando da questão pergunta qual seria a ação constitucional que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) NÃO pode figurar.
Diante das alternativas apresentadas, podemos concluir que a empresa não pode estar no polo ativo de uma Ação Popular, visto que o
único legitimado possível é o CIDADÃO, conforme o art. 5º, LXXIII, e a Lei 4.717/65!
Vejamos o referido dispositivo:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Com base em todo o exposto, nosso gabarito é a Letra B!


(...)
Letra A. INCORRETA. O MS pode ser impetrado por pessoa jurídica, conforme o art. 1º da Lei 12.016/09!
Letra B. CORRETA. O único legitimado para propor uma Ação Popular é o cidadão, em pleno gozo de seus direitos políticos, nos termos do art.
5º, LXXIII, combinado com a Lei nº. 4.717/65!
Letra C. INCORRETA. A Empresa de Pesquisa Energética pode figurar no polo passivo da Ação Popular, só não pode no ativo! É a exata previsão
do art. 6º da Lei nº. 4.717/65.
Letra D. INCORRETA. A empresa pode figurar no polo passivo do Mandado de Segurança, nos termos do art. 1º, §1º, da Lei 12.016/09!!
Letra E. INCORRETA. Segundo o art. 1º, §1º, da Lei 12.016/09, a empresa pode figurar no polo passivo do Mandado de Segurança Coletivo!

Gabarito: B

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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/DIREITO/2010

46. De acordo com a jurisprudência sedimentada dos Tribunais Superiores, o habeas data é uma ação constitucional

A) de caráter criminal.
B) de conteúdo e rito ordinário, com ampla dilação probatória.
C) cujo manejo é vedado à mera retificação de dados pessoais.
D) que exige prova do prévio requerimento administrativo das informações pretendidas, evidenciando a negativa ou a omissão da Administração
em atendê-lo.
E) que pode ser manejada para postular informações pessoais de terceiros, ainda vivos, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades públicas.

Comentários:

A banca foi mais a fundo e resolveu cobrar a jurisprudência sedimentada dos Tribunais Superiores sobre o tema do Habeas Data. Vamos
examinar com mais calma essa questão.
O Habeas Data é um remédio constitucional previsto no art. 5º, LXXI, da CRFB/88 e na Lei nº. 9.507/97. É uma ação de natureza cível, rito
mais célere e que tem como objetivo o ato de obter, acrescentar ou retificar uma informação pessoal do impetrante.
Vale ressaltar que a nossa resposta está disposta na Súmula nº 2 do STJ, vejamos:

Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.

Inclusive, o art. 8º da Lei nº. 9.507/97 determina que petição inicial deverá ser instruída com prova:

I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;

II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou

III - da recusa em fazer-se a anotação no cadastro do interessado quando este apresentar explicação ou contestação sobre o dado, ainda
que não seja constatada a sua inexatidão, ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.

Logo, a Letra D é o gabarito.


Letra A. INCORRETA. Caráter criminal? Negativo. Longe disso, rs. É uma ação de natureza civil!
Letra B. INCORRETA. Na verdade, o Habeas Data possui rito mais célere.
Letra C. INCORRETA. Cabe o manejo do Habeas Data para retificação de dados pessoais, conforme o art. 5º, LXXI, “b”, da CRFB/88.
Letra D. CORRETA. Nos termos da Súmula nº. 2 do STJ combinado com o art. 8º da Lei nº. 9.507/97, não cabe habeas data se não houver recusa
de informações por parte da autoridade administrativa.
Letra E. INCORRETA. Informações de terceiros? Não mesmo. É ação personalíssima!

Gabarito: D

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CESGRANRIO - ANA (IBGE)/IBGE/GESTÃO E INFRAESTRUTURA/2010

47. Por afrontar a regra do concurso público, a forma de provimento de cargo público INCOMPATÍVEL com a Constituição da República de
1988 é a(o)

A) ascensão.
B) reintegração.
C) promoção.
D) readaptação.
E) aproveitamento.

Comentários:

A questão versa sobre o tema da Administração Pública. O enunciado pede a forma de provimento de cargo público incompatível com a
Constituição da República de 1988 por afrontar a regra do concurso público.
O art. 37, inciso II, da CRFB/88 traz um importante conceito no âmbito da Administração Pública: o Princípio do Concurso Público. Olhe
só:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

O legislador Constituinte previu como regra geral o concurso para a investidura de cargos e empregos públicos.
A ascensão é a passagem de uma carreira para outra. Tal medida não é possível em nosso ordenamento jurídico. O próprio Supremo
Tribunal Federal entende que é inconstitucional. Nesse sentido, temos a Súmula Vinculante nº. 43. Confira o texto:

“é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”.

Logo, a ascensão é INCOMPATÍVEL com a Constituição da República de 1988 por afrontar a regra do concurso público.
O nosso gabarito é a Letra A! Entretanto, vamos examinar cada alternativa?
(...)
Letra A. CORRETA. A CRFB/88 prevê como regra geral o concurso para a investidura de cargos e empregos públicos. A ascensão é a passagem de
uma carreira para outra. Logo, afronta a regra do concurso público estabelecida no art. 37, inciso II, da CRFB/88. Nesse sentido, o STF já editou a
Súmula Vinculante nº. 43.
Letra B. INCORRETA. Não afronta o Princípio do Concurso Público. Nos termos do art. 41, §2º, da CRFB/88, temos que:

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

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Letra C. INCORRETA. A promoção permite a progressão na carreira. Também não afronta a regra do concurso público.
Letra D. INCORRETA. A readaptação não afronta o Princípio do Concurso Público. Está prevista no art. 37, §13, da CRFB/88, veja:

§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que
possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.

Letra E. INCORRETA. Também não afronta a regra do concurso público. Tem previsão no art. 41, §3º, da CRFB/88, que diz que:

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Gabarito: A

CESGRANRIO - PROF JUN (BR)/BR/ENGENHARIA/SEGURANÇA DO


TRABALHO/2010

48. A Constituição Federal estabelece como direito social do trabalhador, relacionado à segurança e saúde no trabalho, a(o)

A) redução dos riscos com e sem relação com o trabalho.


B) contratação de seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego (MET).
C) aplicação de normas de higiene, saúde e segurança nos ambientes de trabalho.
D) realização de trabalho em turnos ininterruptos de revezamento com 4 horas de duração.
E) recebimento de indenização por parte da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em caso de dolo em acidente de
trabalho.

Comentários:

Aqui, o examinador resolveu cobrar o tema dos Direitos Sociais, em especial os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. E a resposta
passa pela compreensão do art. 7º, XXII, da CRFB/88, olhe só:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Podemos concluir que a Constituição Federal estabelece como direito social do trabalhador, relacionado à segurança e saúde no trabalho
a aplicação de normas de higiene, saúde e segurança nos ambientes de trabalho.

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Logo, o gabarito é a letra C.


(...)
Letra A. INCORRETA. Sem relação com o trabalho? Errado.
Letra B. INCORRETA. Contratação de seguro contra acidentes do trabalho a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego (MET)? Negativo. É a
cargo do empregador, nos termos do art. 7º, XXVIII, da CRFB/88.
Letra C. CORRETA. De fato, a Constituição Federal estabelece como direito social do trabalhador, relacionado à segurança e saúde no trabalho, a
aplicação de normas de higiene, saúde e segurança nos ambientes de trabalho, de acordo com o art. 7º, XXII, da CRFB/88.
Letra D. INCORRETA. A realização de trabalho em turnos ininterruptos de revezamento não é de 4 horas de duração. O correto são 6 (seis) horas,
salvo negociação coletiva!!! É a previsão do art. 7º, XIV, da CRFB/88.
Letra E. INCORRETA. Não há que se falar em recebimento de indenização por parte da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE)!

Gabarito: C

CESGRANRIO - PROF JUN (BR)/BR/ARQUIVOLOGIA/2010

49. Um direito garantido na Constituição de 1988 é que a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando exigido pela
defesa da

A) segurança ou pelo interesse social.


B) propriedade ou pelo interesse social.
C) honra ou da imagem.
D) intimidade ou pelo interesse social.
E) intimidade ou pela vida privada.

Comentários:

Acredito que você já tenha percebido que a banca adora cobrar os Direitos Individuais e Coletivos. Vamos para mais uma!
A resposta é bem simples e está contemplada no art. 5º, LX, da CRFB/88:

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

Diante do exposto, podemos concluir que a lei pode restringir a publicidade dos atos processuais quando exigido pela defesa da intimidade
ou pelo interesse social.
O nosso gabarito é a letra D.
(...)
Letra A. INCORRETA. Defesa da segurança? Negativo!
Letra B. INCORRETA. É errado afirmar que a lei pode restringir a publicidade dos atos processuais pela defesa da propriedade!
Letra C. INCORRETA. Não é pela defesa da honra ou da imagem.

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Letra D. CORRETA. Opa! Achamos nosso gabarito! É a previsão do art. 5º, LX, da CRFB/88. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
Letra E. INCORRETA. A lei pode restringir a publicidade dos atos processuais, mas não é quando exigido pela defesa da vida privada. Pegadinha
da Cesgranrio!

Gabarito: D

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