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AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM

 BASE LEGAL

É uma PETIÇÃO INICIAL SIMPLES, regida pelo Código de Processo Civil e que ADMITE A DILAÇÃO PROBATÓRIA, ou
seja, não há necessidade de existência de prova pré-constituída para apresentação da ação. É utilizada quando não
se trata de medida submetida a ritos próprios, como exemplo, mandado de segurança, habeas datas, ação popular
etc.

Na qualificação inicial é suficiente escrever “AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM” e nos pedidos ela pode ser: de
indenização, de anulação de ato administrativo, de cobrança, de obrigação de fazer...

A AÇÃO NÃO É CONSIDERADA CONSTITUCIONAL, pois o seu fundamento está no CPC. A sua fundamentação
jurídica processual se encontra nos arts. 319 e 320 do CPC e a sua base material na própria Constituição.

Ex: ação na área da saúde (arts. 6º e 196), da educação (art. 205), concursos públicos (art. 37, II), licitação (37,
XXI) ...

Na elaboração da peça, além dos requisitos dos arts. 319 e 320, do CPC, não se deve esquecer:

1. O PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM CUSTAS E HONORÁRIOS


2. E O DE CITAÇÃO DO (S) RÉU (S) PARA INTEGRAR A LIDE E APRESENTAR A CONTESTAÇÃO (ART. 238, DO CPC).

 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE MANDADO DE SEGURANÇA E AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM


(ANTIGA AÇÃO ORDINÁRIA)

Existem similaridades entre a ação comum e o mandado de segurança, mas em hipótese alguma confunda as duas
petições iniciais.

A ação não enfrenta prazo específico para o seu ajuizamento, permite a dilação probatória, não depende de
autoridade coatora indicada e admite a cobrança (pedido de indenização por danos materiais e morais).

 TUTELA DE URGÊNCIA

Em caso de urgência, é possível usar o art. 300 e 303, do CPC – antecipação de tutela!

 ÓRGÃO COMPETENTE

Nessa ação não há prerrogativa de foro funcional, então a ação é proposta perante juiz singular, estadual ou federal
conforme o caso.

GERALMENTE CASOS ENVOLVENDO: mal tratamento em hospital, negativa de ingresso em programa de bolsas
financiado pelo Governo,

 PEDIDOS:

c) a procedência dos pedidos PARA _____________________ (especificar o caso - se é anulação/ condenação...);


e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios;

f) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas;


f) a juntada dos documentos em anexo, especialmente _______.
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC, o autor opta pela realização da audiência de conciliação ou de mediação.

QUESTÃO

Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, domiciliado na capital do Estado W, requereu o seu
ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo Federal, estando matriculado em Universidade
particular. Após apresentar a documentação exigida, é surpreendido com a negativa do órgão federal
competente, que aduz o não preenchimento de requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a
determinada etnia, uma vez que o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico
descrito no edital, podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso
ocorra saldo no orçamento do programa. Informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, por isso, o seu
requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo não consta na lei
que instituiu o programa, e o referido ato normativo também não especificou a limitação do financiamento
para grupos étnicos. Com base na negativa da Administração Federal, a matrícula na Universidade
particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do curso superior. O valor da mensalidade por ano
corresponde a R$ 20.000,00, sendo o curso de quatro anos de duração. O estudante pretende produzir
provas de toda a espécie, receoso de que somente a prova documental não seja suficiente para o deslinde
da causa. Isso foi feito em atendimento à consulta respondida pelo seu advogado Tício, especialista em
Direito Público, que indicou a possibilidade de prova pericial complexa, bem como depoimentos de pessoas
para comprovar a sua necessidade financeira e outros depoimentos para indicar possíveis beneficiários não
incluídos no grupo étnico referido pela Administração. Aduz ainda que o pleito deve restringir-se no
reconhecimento do seu direito constitucional e que eventuais perdas e danos deveriam ser buscadas em
outro momento. Há urgência, diante da proximidade do início do semestre letivo.
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a peça cabível ao tema, observando: a)
competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais
vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. (Valor: 5,0)
Ação Popular
 Depois de aprender a fazer uma ação comum, agora é a hora de você aprender a fazer o passo a passo da ação
popular. Prevista no Art. 5º, LXXIII da CRFB e regulamentada pela lei 4.717/65 a ação popular tem por objetivo
evitar ou reparar atos lesivos AO PATRIMÔNIO PÚBLICO, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL, À
MORALIDADE, E AO MEIO AMBIENTE. PAPA MOMA
 VISA ANULAR/INVALIDAR ATO OU CONTRATO ADMINISTRATIVO QUE AMEACE ESSAS COISAS
 Art. 5º LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
da sucumbência
 Destaca-se que é uma ação em que O CIDADÃO não formula o pedido em seu próprio favor, visto que a tutela
de interesse é da coletividade, ou seja, busca-se a defesa do interesse público.
 SOMENTE o cidadão (brasileiro nato ou naturalizado em gozo dos seus direitos político) tem legitimidade para a
propositura de tal ação. Dessa forma, não podem propor a ação popular: os estrangeiros, as pessoas jurídicas,
os brasileiros que estejam com seus direitos políticos suspensos ou perdidos, o Ministério Público.

CUIDADO! O Ministério Público, embora não possa propor uma ação popular, pode assumi-la se o autor desistir ou
abandonar a causa.

Art. 9º da Lei 4.717/65: Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais
nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao
representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o
prosseguimento da ação.

 ESPECIFICIDADES DA AÇÃO POPULAR


1) Na qualificação mencione o TÍTULO DE ELEITOR
Art. 1º § 3º da Lei 4.717/65: A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com
documento que a ele corresponda.

2) Coloque no Polo passivo todas as pessoas que praticaram o ato lesivo, inclusive aquelas que se beneficiaram de
tal ato. Além disso, mencione a pessoa jurídica que sofreu a lesão, para que, caso ela queira, possa atuar ao lado do
autor

Art. 6º da Lei 4.717/65: A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art.
1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários
diretos do mesmo. § 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de
impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil
ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente

3) Mencione “no direito” as violações ao artigo 2º que foram identificadas.

Art. 2º SÃO NULOS os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a
incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atrhibuições legais do agente que o praticou; b)
o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à
existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou
de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto,
explícita ou implicitamente, na regra de competência.

4) Súmula do STF:
Súmula 365-STF: Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular
Súmula 101 – STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular
5) Não há foro por prerrogativa, a ação popular será proposta no 1º grau, seguindo o mesmo endereçamento
apresentado na ação comum.

6) Pedidos da ação popular você encontra a maioria na lei 4.717/65


Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes
normas modificativas: I – Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: a) além da citação dos réus, a intimação do
representante do Ministério Público;
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao
pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva
contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas,
judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de
advogado
DO CABIMENTO
É cabível a ação popular, pois visa a proteção do patrimônio público e da moralidade, na forma da Lei 4.717/65 e do
art. 5º, LXXIII, da CRFB, vejamos: Art. 5º... LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;

DA LEGITIMIDADE ATIVA
Qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos é parte legitima para propor Ação Popular, logo (nome do
cidadão) satisfaz plenamente o requisito da cidadania nos termos do Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e Art. 1º da Lei
Federal n. 4717/65.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA
O... é legítimo, pois foi o responsável.... Além do mais, o ... também é legítimo pois são atribuídos os atos praticados
por seus agentes na forma do Art. 6º da Lei Federal n. 4.717/65.

PEDIDOS:

b) A intimação do Ministério Público;


c) A procedência dos pedidos, para declarar a invalidade (ou nulidade) do ato impugnado
________________________________ (no caso concreto dizer qual foi o ato), condenando ao pagamento de
perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele; (percebeu que é só copiar o artigo 11?
Então para quê decorar?)
d) A condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais,
diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. (só copiar o art
12!!!!! Oba, que maravilha)
e) A confirmação da liminar, para.... (Aqui você pede para Assegurar/suspender/sustar, pois o pedido de anulação
é no pedido “C”).
ALGUMAS HIPÓTESES DE CABIMENTO DE AÇÃO POPULAR
1) Declaração de nulidade do ato de nomeação de pessoa indicada sem concurso público. Art. 37, caput e inciso II.
2) Declaração de nulidade de ato publicitário que promoveu autoridade. Art. 37, § 1º Declaração de nulidade de
ato que determinou a demolição de parques culturais/históricos. Art. 5°, LXXIII
3) Declaração de nulidade de ato que determina a construção de empreendimento em área situada em reserva
ambiental. Art. 225.
4) Declaração de nulidade de contrato administrativo firmado sem procedimento licitatório. Art. 37, XXI.
QUESTÃO
Como parte das iniciativas de modernização que vêm sendo adotadas no plano urbanístico do Município Beta, bem
sintetizadas no slogan “Beta rumo ao século XXII”, o prefeito municipal João determinou que sua assessoria realizasse
estudos para a promoção de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas as repartições públicas
municipais. Esses prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e importante conjunto
arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da humanidade reconhecida por diversas
organizações nacionais e internacionais, tanto que tombados.

A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um renomado arquiteto modernista, que substituiria
as fachadas originais de todos os prédios, as quais passariam a ser compostas por estruturas mesclando vidro e
alumínio. Concluída a licitação, o Município Beta, representado pelo prefeito municipal, celebrou contrato
administrativo com a sociedade empresária WW, que seria responsável pela realização das obras de reforma, o que
foi divulgado em concorrida cerimônia.

No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante líder comunitária e com seus direitos políticos
em dia, formulou requerimento administrativo solicitando a anulação do contrato, o qual foi indeferido pelo prefeito
municipal João, no mesmo dia em que apresentado, sob o argumento de que a modernização dos prédios indicados
fora expressamente prevista na Lei municipal n. XX/2019, que determinara o rompimento com uma tradição que, ao
ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo atraso civilizatório do Município Beta. Muito preocupada com o
início das obras, já que a primeira fase consistiria na demolição parcial das fachadas, de modo que pudessem receber
os novos revestimentos, Joana procurou você, como advogado(a), para que elabore a petição inicial da medida
judicial cabível, com o objetivo de preservar o patrimônio histórico e cultural descrito acima, evitando-se lesão a este
importante conjunto arquitetônico. (Valor: 5,00)
Ação Civil Pública
ESPECIFICIDADES:
1) A Ação Civil Pública, é uma ação coletiva, de procedimento comum, que visa a tutela de interesses
metaindividuais, é similar a ação popular, veja no art.1º da lei 7.347/85.

Possui natureza condenatória (art. 3°, da Lei 7.347/85), mas, à semelhança da ação popular, também pode pleitear a
invalidação de ato ou contrato administrativo, ilegal, ilegítimo ou ilícito e lesivo ao patrimônio público, cultural,
histórico ou ambiental. O ato impugnado também pode ser comissivo ou omissivo.

Legitimidade Ativa Art. 5°, V, “a” e “b” da Lei 7.347/85.

Legitimidade Passiva Arts. 1° e 6° da Lei 4717/65, por analogia.

Art. 1º - Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por
danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV – a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
V – por infração da ordem econômica;
VI – à ordem urbanística.
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.
VIII – ao patrimônio público e social.

Entretanto, os legitimados da Ação Civil Pública (Art.5º da Lei 7.347/85) não podem ser confundidos com o da ação
popular (somente cidadão). Essa é a principal diferença entre as mencionadas ações.

Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:


I – o Ministério Público;
II – a Defensoria Pública;
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V – a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei n. 11.448, de 2007).
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei n. 11.448, de 2007).
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou religiosos ou ao
patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

O PULO DO GATO Em prova, possivelmente você será advogado(a) de uma Associação. Logo, não se
esqueça de mencionar que ela está constituída há pelo menos 1 ano e a sua finalidade institucional.
2) Não há foro por prerrogativa de função na Ação Civil Pública. Será proposta no foro do local onde ocorreu ou
provavelmente ocorrerá o dano. Obs.: Segue o mesmo padrão de endereçamento da ação comum.

Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência
funcional para processar e julgar a causa.

3) Os legitimados passivos são aqueles responsáveis pela lesão ou ameaça aos interesses metaindividuais, podendo
ser o particular, agente ou ente público.

4) Os pedidos seguem o mesmo padrão das demais ações já estudadas, tendo como especificidades a condenação
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer; a intimação do Ministério Público; a possibilidade
de concessão de liminar, e havendo condenação em dinheiro a condenação do réu ao pagamento de indenização por
danos morais difusos, a ser recolhido ao fundo a que se refere o art. 13 da Lei n. 7.347/85.

Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não
fazer.

Art. 5º § 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da
lei.

Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo.

Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo gerido por um
Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o Ministério Público e
representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados
QUESTÃO
A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do
direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município
Beta, de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das
autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo suficiente.
Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu
peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço
público de Saúde. O Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa
ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista no
orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já aventadas, a negativa de
atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado
o Posto de Saúde Gama, nos quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser
realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, elabore a
medida judicial cabível para o enfrentamento do problema, inclusive com providências imediatas, de modo que seja
oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda
exigirá dilação probatória. (Valor: 5,00)

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