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“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição”.
Voto
Iniciativa Popular
Ação Popular
Legitimidade Ativa
▪ Qualquer cidadão
✓ Pessoa física
✓ Desde que esteja em pleno gozo de seus direitos políticos
✓ Título de Eleitor
Súmula 365 do STF: Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
➢ MP – Não pode propor a AP, porém atua como fiscal da lei (custos legis) dando
opinião sobre a procedência ou improcedência do pedido, apressar a produção de provas,
promover a responsabilização civil e criminal dos responsáveis, e, quando o cidadão que
propôs a Ação Popular resolve desistir dela, pode assumir o lugar dele como autor.
Ação Popular – Art. 5º, LXXIII da CF/88
▪ Constituição de 1934 – nº 38) “Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de
nulidade ou anulação dos atos lesivos do patrimônio da União, dos Estados ou dos Municípios”.
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Constituição de 1824 - Art. 157) “Por suborno, peita, peculato, e concussão haverá contra eles (os juízes) acção popular,
que poderá ser intentada dentro de anno, e dia pelo proprio queixoso, ou por qualquer do Povo, guardada a ordem
do Processo estabelecida na Lei”.
Constituição de 1988 – Habeas Data, Mandado de Injunção, MS Coletivo e Ação Civil Pública
Legitimidade Passiva – Art. 1º e art. 6º da Lei 4717 de 1965
▪ Fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio
▪ Contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato
impugnado (omissão deles também)
“A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até
mesmo do Presidente da República, é, em regra, do juízo competente de primeiro
grau.” (AO 859-QO, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ de 1º.08.2003)
▪ Art 2º - São nulos os atos* lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
e) desvio de finalidade;
Ex: Admissão ao serviço público, operação bancária ou de crédito rural, empreitada/tarefa/concessão do serviço público, compra e venda bens
móveis e imóveis, concessão de licença de exportação e importação, empréstimo concedido pelo BC etc.
Para o cabimento da Ação Popular, basta a ilegalidade do ato administrativo por ofensa a normas específicas ou desvios dos princípios da Administração
Pública, dispensando-se a demonstração de prejuízo material. (AgInt no AREsp 949.377/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/03/2017, DJe 20/04/2017)
Aspectos da lei 4.717 de 1965
▪ Qualquer cidadão pode entrar como litisconsorte ou assistente do autor – Art. 6º, §5º
▪ Sentença = 15 dias do recebimento dos autos pelo juiz (após a audiência de instrução e julgamento) Artº 7º, VI
▪ Sentença fora dos 15 dias = Não inclusão do juiz na lista de merecimento para promoção por 2 anos – Art. 7º, §ú
▪ CPC Art. 496 – Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada
pelo tribunal, a sentença: (mesmo que não haja recurso)
I – Proferida contra a União, os Estados, o DF, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito
público.
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Art. 19 – A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da Ação Popular está sujeita ao duplo
grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação
procedente caberá apelação com efeito suspensivo.
➢ Sentença com pedido procedente do autor da AP = Cabe apelação da parte que perdeu (com efeito suspensivo)
➢ Sentença com pedido improcedente do autor da AP = Reexame Necessário pelo TJ = Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório em
favor do cidadão para ele ter uma 2ª chance mesmo que ele não deseje recorrer (notem que não é a favor das entidades
públicas do art. 496, I, do CPC – INVERSÃO aqui daquilo do que diz o art. 496, I, do CPC). Poder do povo!
Jurisprudência do STJ
▪ Ação de Improbidade Administrativa é o nome do processo que objetiva investigar e punir o agente público que DOLOSAMENTE:
1) obteve enriquecimento ilícito em suas funções; 2) causou prejuízo ao Erário ou 3) atentou contra os princípios da Adm. Púb.
▪ O STJ, visando a tornar as Ações de Improbidade Administrativa mais rigorosas, passou a entender que:
“A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está sujeita ao
reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira parte do art. 19 da
Lei nº 4.717 de 1965”.
STJ. 1ª Seção. EREsp 1.220.667-MG, Rel. Min Herman Benjamin, julgado em 24/5/2017 (Info 607)
Assim, é possível aplicar o art. 19 da Lei nº 4.717 de 1965 nas Ações de Improbidade Administrativa.
Lógica: Se a sentença da Ação de Improbidade Administrativa concluir pela improcedência do pedido do autor (que é o Ministério
Público), o agente público corrupto “sai ganhando”. Para dificultar a situação desse agente público, o STJ entende que cabe o
Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório (mesmo que o MP não recorra) para que essa sentença seja reexaminada pela 2ª
jurisdição/2ª instância/Tribunal. Isso é algo a favor da coletividade e em desfavor da corrupção! A inspiração do STJ veio
exatamente do artigo 19 da lei da Ação Popular. Em benefício da coletividade!
AÇÃO POPULAR, UM DIREITO QUE É DO POVO!!
Obrigado!