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ALUNO: Lierbeth Santos Pereira Penha Matrícula:202202765058

AO JUÍZO DA VARA XXXXXXXXXXXXXX DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXX/UF

TUTELA DE URGÊNCIA

ANTÔNIO XXXXXXXX,brasileiro, estado civil, profissão XXXXXXXXXX, inscrito


no CPF XXXXXXXX, no RG sob nº XXXXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX/UF,CEP:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
endereçoeletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, por meio de seu
representante legal infra-assinado como consta em procuração em anexo (doc.XX),
residente e domiciliado(a) na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, com endereço
eletrônico: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, onde recebe notificações e intimações,
nos termos do art. 77, inciso V, CPC/2015, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,
com esplendido acato propor AÇÃO DE OBRIGAÇÃ DE FAZER COM PEDIDO
DETUTELA DE URGÊNCIA com fundamento nos artigos 1º, inciso III da CF/88, art. 294,
300 e 319 do CPC/2015, art. 51do Código de Defesa do Consumidor, arts. 186 e 927 do
CC/17, art. 35-C e 35-E da lei nº 9.656/98, em face de:

PLANO DE SAÚDE XXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita


no CNPJ XXXXXXXXXXXXXXXX, com sede no endereço XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX,
CEP: XXXXXXXXXXXXXX/UF, com endereço eletrônico:XXXXXXXXXXXXXXXXXX,
telefone (XX): XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pelos fatos e fundamentos a seguir:

DA GRATUIDADE DA JUTIÇA

Requer a Autora, a Vossa Excelência, os benefícios da gratuidade da Justiça, por


não dispor de condições para arcar com as custas do processo sem prejudicar o orçamento
doméstico, conforme declaração de pobreza que segue junto a esta (doc. 03).

Ressalte-se que o benefício da gratuidade da justiça é direito conferido a quem


não tem recursos financeiros de obter a prestação jurisdicional do Estado, sem arcar com
os ônus processuais correspondentes. Trata-se de mais uma manifestação do princípio da
isonomia ou igualdade jurídica ( CF, Art. 5°, caput), pelo qual todos devem receber o
mesmo tratamento perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Tal princípio é
complementado por vários itens do artigo supra: XXXIV, LXXIV, LXXVI e LXXVII,bem
como dos arts. 98 e ss. do NCPC.

Destarte, requer a Autora que Vossa Excelência defira o presente pedido de


gratuidade com base e fundamento nas normas legais acima elencadas, e ainda, na
jurisprudência colacionada, por ser questão de direito e de justiça, sendo de sua escolha o
causídico signatário da presente exordial.

.
DOS FATOS

O Requerente possui vínculo contratual com a empresa prestadora de serviços


hospitalares e ambulatoriais conhecida por XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, pelo período
já de 2 (dois) anos, o que já supre o prazo máximo de carência em situações de urgência e
emergência.

Por conseguinte, o requerente ao realizar alguns exames de rotina, obteve a


descoberta que precisa com urgência, ao risco de sofrer um enfarte a qualquer momento,
realizar um procedimento cirúrgico para colocação de STENT (um pequeno e expansível
tubo tipo malha, feito de metal com aço inoxidável ou liga de cobalto, estes servem para
restauração do fluxo sanguíneo na artéria coronária e trazem um ritmo semelhante à ação
normal do músculo).

Ao contatar o plano de saúde, ele se depara com a negativa de autorização para


este procedimento, com argumentação da empresa de que por ser doença pré-existente, o
plano de saúde não cobre para tais fins, informando que o requerente deve arcar com as
despesas da colocação desse aparelho, valorado em R$ 15.000,00 (quinze mil reais),
mesmo já havendo 2 (dois) meses de comunicação, ainda sim o plano de saúde está
irredutível.

Vale ressaltar que, o procedimento é de urgência, e a carência pra tal ocorrência


é de apenas 24 horas após assinatura do contrato entre as partes, partindo do pressuposto
que a parte autora corre risco de vida a qualquer momento que se passa, inclusive no
agora, a negativa torna-se inconstitucional.
Ato contínuo, a recusa tácita do REQUERIDO em autorizar que sejam feitos os
procedimentos prescritos pelo médico que acompanha o REQUERENTE, além de ser
desumano, implica em um ato ilícito civil, consistente na recusa abusiva ao cumprimento do
contrato firmado junto ao REQUERENTE, com base em interpretação igualmente abusiva
de cláusulas que o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor e legislação ordinária
específica (lei nº 9.656/98) consideram nulas, vez que estabelecidas em detrimento do
consumidor final em instrumentos padronizados de contratos de adesão.

Requer, Excelência, pelo exame da matéria de forma urgente, uma vez que o
estado da REQUERENTE é delicado e necessita de atenção, pois corre risco de vida, tendo
em vista que, decisão em contrário, acarretará graves prejuízos à sua saúde, podendo o
levar ao óbito, estando inclusive já com os exames de comprovação da sua necessidade,
aguardando avalia do Poder Judiciário (docs. X e XX), por acreditar que seja medida da
mais lídima JUSTIÇA.

Ato contínuo, a melhor doutrina como a unânime jurisprudência de nossos


Tribunais Superiores estabelece a responsabilidade das empresas prestadoras de seguro
saúde pelo custeio de procedimentos que necessitem os seus pacientes, que são
consumidores, como a seguir restará devidamente comprovad

Por tais direitos fundamentados e estabelecidos a seguir.

DOS FUNDAMENTOS

O requerente está assegurado por orientações médicas de que possui com


urgência realizar o procedimento cirúrgico, pois corre risco de vida, o Plano de Saúde ao
qual mantém vínculo contratual de assistência de saúde em caráter de urgência, aqui
anexados demonstram o cuidado que o REQUERENTE vem tendo em busca de uma saúde
de qualidade, a indicação médica da cirurgia para colocação do STENT tiveram como
objetivo aplicar, em prol do REQUERENTE, o melhor progresso científico em benefício da
paciente. O REQUERENTE, enquanto segurado, tem direito ao melhor e mais avançado
tratamento médico disponível no momento.

Sobre a ótica jurisprudencial temos como base:


PROCESSO CIVIL. CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL OBRIGAÇÃO DE FAZER. DANO
MORAL. PLANO DE SAÚDE. DOENÇA PREEXISTENTE DECLARADA. SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/URGÊNCIA. PRAZO DE CARÊNCIA. AFASTAMENTO. 1. É obrigatória a
cobertura do atendimento de urgência e emergência que implique risco imediato à vida ou à
higidez física do paciente, independentemente do prazo de carência estabelecido no
contrato, nos termos do art. 35-C da Lei n. 9.656 198, ainda que o paciente haja declarado
a existência de doença preexistente. 2. A recusa imotivada da empresa de plano de saúde
em cobrir despesas de tratamento médico enseja a compensação por danos morais, tendo
em vista o abalo psíquico profundo originado do agravamento da aflição já vivenciada pelo
portador da moléstia. O dano moral, neste caso, se configura in re ipsa, isto é, prescinde de
prova. 3.Recurso de apelação conhecido e não provido. (Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e Territórios TJ-DF: XXXXX-96.2018.8.07.0003 DF XXXXX-96.2018.8.07.0003)

A respeito da abusividade do REQUERIDO, também é lapidar a sua lição:

"APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE


SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA PARA REALIZAÇÃO
DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. ATO ABUSIVO QUE
ENSEJA DEVER DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. -
A negativa injustificada de realização de procedimento
médico devidamente coberto contratualmente acarreta
dever de indenizar moralmente a vítima, vez que viola sua
esfera pessoal. O valor estabelecido – R$ 10.000,00 (dez
mil reais) se mostra razoável e proporcional ao dano
experimentado. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

(TJ-AM 06105887020168040001 AM 0610588-


70.2016.8.04.0001, Relator: Domingos Jorge Chalub
Pereira, Data de Julgamento: 18/02/2018, Segunda Câmara
Cível)

No mesmo sentido, entende a jurisprudência pátria pela obrigação da realização


do procedimento médico que vise à preservação da saúde, e mesmo da vida, dos
segurados de planos de saúde, sobretudo quando se trata de casos de urgência e
emergência.

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER -PLANO DE SAÚDE - CONTRATAÇÃO ANTERIOR À
LEI 9.656/98 -CIRURGIA DE CIFOPLASTIA - EXCLUSÃO DA
COBERTURA - CLÁUSULA ABUSIVA. Mostra-se ilegal a
negativa de fornecimento do procedimento de cifoplastia,
mesmo nos contratos celebrados antes da Lei nº 9.656/98,
mormente quando há prescrição médica e se mostra
indispensável à manutenção da integridade física do
contratante. (TJ-MG - APL: 1.0024.10.101451-2/001,
Relator: Evandro Lopes da Costa Teixeira, Data de
Julgamento: 29/05/2014, 17ª Câmara Cível, Data de
Publicação: 10/06/2014).

Das disposições legais acerca da matéria, a questão, ora sob análise, encerra
simples solução em planos legais. Diz respeito à validade de cláusulas restritivas impostas
em desfavor de um contratante - consumidor em contrato de adesão - e a sua análise em
sede judicial.

DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE LIMINAR

A respeito de tal matéria, nosso Código Civil estabelece em seu artigo 424:

Art. 424 – Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas


que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito
resultante da natureza do negócio. (Grifamos).

Entendimento que já restava disposto no artigo 51 do Código de Defesa do


Consumidor, visa respaldar justamente os atos abusivos praticados pelas empresas em
geral em detrimento de seus consumidores. E, claramente, a relação entre a parte autora e
o requerido é de natureza consumerista, o supra referido artigo possui a seguinte redação:

Art. 51 – São nulas de pleno direito, entre outras, as


cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que: I – Impossibilitem,exonerem ou
atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos ou serviços ou impliquem
renúncia ou disposição de direitos (...). IV – Estabeleçam
obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem
o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa – fé ou a equidade. (Grifamos).

Mais especificamente, a lei 9.656 de 03 de junho de 1998, com a redação dada


pela Medida Provisória número 2.177-44 de 24 de agosto de 2001, em seus artigos 35-C e
35-E expressamente determina:

Art. 35 – C – É obrigatória a cobertura do atendimento nos


casos :I – de emergência, como tal definidos os que
implicarem risco imediato de vida ou de lesões
irreparáveis para o paciente, caracterizada em declaração
do médico assistente;(...)

Art. 35 – E – A partir de 5 de junho de 1998, fica


estabelecido para os contratos celebrados anteriormente à
data de vigência desta Lei que:(...) (Grifamos).

A aplicabilidade da supra referida lei aos contratos firmados antes de sua vigência também
já é matéria sopesada em nossa jurisprudência, sendo igualmente unânime o entendimento
segundo o qual, por tratar-se de contratos de trato sucessivo e periódico, eles restam
regulados pela lei, independentemente de quando tenham sido pactuados, já que
mensalmente se renovam.

Como restou demonstrado a veracidade, sob qualquer prisma porque se analise a presente
questão, é inteiramente abusiva e, como tal, ilícita a negativa do REQUERIDO em autorizar
o procedimento cirúrgico de que necessita o requerente, consumidor e fiel pagador do plano
de saúde.

Isso leva à verificação de todos os elementos necessários à concessão liminar, sem oitiva
do REQUERIDO, da concessão da tutela satisfatória de urgência antecedente,
determinando ao REQUERIDO a obrigação de fazer consistente em custear ou garantir o
atendimento do REQUERENTE, para uma ampla assistência médica e que haja
preservação de sua vida.

DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA EM ANTECEDENTES

Diante de todos os fatos narrados, bem caracterizada a urgência da realização do


procedimento cirúrgico atestado em exame médico do REQUERENTE, credenciado junto
ao Plano de Saúde a qual mantém vínculo contratual de assistência de saúde (plano de
saúde), principalmente em se tratando de paciente com risco em face da cirurgia para
colocação do STENT negada. Por esse meio, não resta outra alternativa senão requerer à
antecipação provisória da tutela preconizada em lei.

No que concerne à tutela, especialmente para que o REQUERIDO seja compelido a


autorizar a realização do procedimento e exames buscados e arcar com as suas despesas,
justifica-se a pretensão pelo princípio da necessidade.

O Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de urgência quando


“probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”:
Precipuamente, deve-se observar que, por tratar-se de
situação em que o perigo na demora para a concessão da
tutela definitiva satisfativa pode ocasionar danos
irreparáveis à parte autora, e ainda, demonstrada a
robustez das provas a esta exordial anexadas, resta
caracterizada a possibilidade do pleito da tutela de
urgência satisfativa em caráter antecedente, conforme o
nosso novo Código de processo Civil brasileiro nos
oportuna em seu art. 294, § único, in verbis:

Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em


urgência ou evidência.Parágrafo único. A tutela provisória
de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida
em caráter antecedente ou incidental. (grifou-se)

Desta forma, observa-se que o novo Código Processual Civil estabeleceu


alguns requisitos para que a tutela provisória de urgência satisfatória seja concedida,
notadamente, a demonstração da probabilidade do direito e do perigo de dano ou ilícito.

Desta forma, mediante os fatos narrados, os exames anexados respaldados


pelos profissionais de saúde do requerente, a regulamentação e inclusão no rol da (ANS) do
procedimento requerido, bem como o documento com as alegações do requerente ao negar
TACITAMENTE a solicitação de cobertura do procedimento cirúrgico, resta cristalina a
probabilidade do direito, ou a “fumaça do bem direito” do requerente de ter a sua cirurgia
coberta pelo plano de saúde requerido.

Nesta testilha, o dano que a REQUERENTE está na iminência de sofrer, está


relacionado à sua saúde e mesmo à sua vida, visto que a probabilidade desta de perecer,
ou seja, vir a óbito, caso não realize a cirurgia, é de caráter de URGÊNCIA, conforme já
alertado pela equipe médica que assistiu o REQUERENTE.

Cabe ressaltar ainda, que o novo Código impõe também, como uma das
condições de deferimento do pleito de tutela provisória de urgência, a devida constatação
do perigo de irreversibilidade da decisão, instituto chamado de “perigo na demora in
reverso”, art. 300, § 3º, in verbis:

Art. 294. § 3º. A tutela de urgência de natureza antecipada


não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Haja vista o pedido de tutela de urgência de caráter antecedente se


fundamentar na cobertura financeira por parte do requerido ao custeio do procedimento
cirúrgico e tendo em vista ainda, ser o requerido uma grande empresa, especializada neste
ramo, não há, pois, que se falar em irreversibilidade dos efeitos da concessão do pedido em
face do requerido.

Portanto, está nítido o direito que a parte autora possui em ter seu pleito de
tutela satisfativa de urgência antecedente concedido, para que, sob a cobertura do plano de
saúde requerido, realize o procedimento de “CIRURGICO NO MÚSCULO CORAÇÂO”,
como solicitado por exames médicos em anexo, para que possa ser resguardada a
integridade de sua saúde física e mental, além preservar a sua vida da melhor forma
possível.

DAS PERROGATIVAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 51 – São nulas de pleno direito, entre outras, as


cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e
serviços que (...)IV – estabeleçam obrigações consideradas
iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a
boa-fé ou a eqüidade;( . . . ) 1º – Presume-se exagerada,
entre outros casos, a vantagem que:( . . . ) II – restringe
direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza
e conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras
circunstâncias peculiares ao caso. Sobressai-se da norma
acima mencionada que são nulas de pleno direito as
obrigações consideradas “incompatíveis com a boa-fé ou
a equidade. “ (inciso IV).

O contrato de seguro-saúde, por ser atípico, por conseguinte, consubstancia


função supletiva do dever de atuação do Estado. Assim, impõe a proteção da saúde do
segurado e de seus familiares contra qualquer enfermidade e em especiais circunstâncias
como aquela que aqui se vê onde o PEDIDO DE CIRUGIA em caráter de urgência proposta
pelo médico auxiliador da requerente, mediante a enfermidade constatada em laudo de
exames.

Não bastasse isso, os planos de saúde devem atender a todas as necessidades


de saúde dos beneficiários, salvo as exclusões expressamente permitidas por lei, como as
do artigo 10 da Lei nº. 9.656/98,o que não ocorre com o REQUERENTE. Desse modo, A
CIRURGIA em caráter de urgência não se encontra entre as hipóteses excetuadas pela
referida lei.

O entendimento jurisprudencial solidificado é uníssono em acomodar-se à


pretensão ora trazida pelo REQUERENTE, senão vejamos:

A “recusa indevida, pela operadora de plano de saúde, da


cobertura financeira do tratamento médico do beneficiário.
Ainda que admitida a possibilidade de previsão de
cláusulas limitativas dos direitos do consumidor (desde
que escritas com destaque, permitindo imediata e fácil
compreensão), revela-se abusivo o preceito do contrato de
plano de saúde excludente do custeio dos meios e
materiais necessários ao melhor desempenho do
tratamento clinico ou do procedimento cirúrgico coberto
ou de internação hospitalar” (stj. Agravo regimental no
Recurso Especial AGRG no RESP 1450673 PB
2014/0093555-3 (stj) ) 2. A associação que firmou o
contrato de prestação de serviços médicos em favor dos
associados não é parte legítima para figurar no polo
passivo em ação de obrigação de fazer consubstanciada
em autorização de realização de exame negado pela
operadora do plano de saúde. 3. A operadora do plano de
saúde que mediante intercâmbio se nega a realizar exames
médicos, tendo em vista a negativa de autorização da
operadora a que está vinculado o segurado, não é parte
legítima para figurar no polo passivo de ação que visa
obrigar a operadora prestadora do serviço médico a
autorizar o exame. (TJPB; AI 0002166-89.2015.815.0000;
Quarta Câmara Especializada Cível; Rel. Des. Romero
Marcelo da Fonseca Oliveira; DJPB 01/03/2016; Pág. 12)

Portanto, o caso em tela se amolda perfeitamente aos anseios e necessidade da


própria sobrevivência do REQUERENTE.

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS

Diante de todos os fatos e fundamentos narrados, fica devidamente comprovado


o direito do requerente, vêm à presença de Vossa Excelência requer urgentemente a que,
após recebimento e autuação do presente, digne-se em:

I-A concessão ao pedido da Justiça Gratuita, conforme declaração em anexo,


bem como lançada na própria petição inicial, a REQUERENTE, declara-se necessitada na
forma da lei, não podendo prover os custos do processo; nos termos do art. 5º, LXXIV da
CFRB/88 e art. 98 e 99, CPC/2015;

II- A concessão do pedido de TUTELA PROVISÓRIA SATISFATIVA DE


URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECEDENTE, da obrigação de fazer consistente na
imposição do REQUERIDO plano de saúde na obrigação de autorizar, custear e garantir o
procedimento cirúrgico (cirurgia de “STENT”, colocação de uma válvula para ajudar no
funcionamento do coração), de que necessita a parte autora imediatamente realizar.

III- A citação do plano de saúde REQUERIDO, ou de seus representantes


legais, nos endereços antes mencionados, conforme o art. 335 do CPC/2015, para que,
querendo, responda aos termos da presente ação.

IV- A manutenção da tutela provisória satisfativa de urgência até o final da


presente demanda, quando espera a REQUERENTE seja julgado inteiramente procedente
o seu pedido - consistente na determinação da obrigação do plano de saúde REQUERIDO
de autorizar, custear e garantir a cirurgia para colocação do aprelho no músculo do coração,
da qual necessita o REQUERENTE.

V- Requer, expressamente, que lhe seja concedida a inversão do ônus da prova


na forma do disposto no Código de Defesa do Consumidor, para todos os atos
eventualmente realizados no presente feito;

VI- A parte, ora, REQUERENTE e opta pela realização de audiência conciliatória


(CPC, art. 319, inc. VII), razão qual requer a citação da Promovida, por carta (CPC, art. 247,
caput) para comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput
c/c § 5º), antes, porém, avaliando-se o pleito de tutela de urgência almejada;

VII- Requer que sejam JULGADOS PROCEDENTES todos os pedidos


formulados nesta demanda, declarando nulas todas as cláusulas contratuais que prevejam
a exclusão de cirurgia no aparelho digestivo/abdômen, tornando definitiva a tutela provisória
antes concedida;
VIII- Requer que seja solicitado o REQUERIDO seja condenado, por definitivo, a
custear e/ou autorizar a realização da cirurgia no aparelho no músculo do coração, na
quantidade que o médico indicar como necessária;
IX- Solicita que o REQUERIDO seja condenado, por definitivo, a custear e/ou
autorizar a realização) por fim, seja o REQUERIDO condenado em custas e honorários
advocatícios, esses arbitrados em 20%(vinte por cento) sobre o valor da condenação (CPC,
art. 82, § 2º, art. 85 c/c art. 322, § 1º), além de outras eventuais despesas no processo
(CPC, art. 84).

X- A fixação de multa diária, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), a fim de


garantir a execução da tutela;

XI- Seja determinada a citação da Ré por correio, com aviso de recebimento


para, que possa, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia;

XII- Seja a demanda julgada totalmente proce-dente, com a confirmação da tutela


concedida, bem como, seja a Ré condenada ao pagamento de indenização por danos
morais no montante de R$ 10.000,00 (dez mil) reais, acrescido de juros e correção
monetária, corrigidos até a data do efetivo pagamento;

Dá-se à causa o valor de R$ XXXXXXXXXXXXXX, com observância ao que


prevê o artigo 291 do CPC, para efeitos legais.

Nesses termos,

Pede deferimento.
Local, data.

Nome Completo

OAB/UFXX.XXX

ROL DE TESTEMUNHAS

1-
2-

ANEXOS

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