NOME DA PARTE AUTORA, [nacionalidade], [estado civil], [profissão],
portador do RG sob o nº [número], inscrito no CPF sob o nº [número], residente e domiciliado na [endereço completo], com endereço eletrônico registrado como [e-mail], neste ato representado por seu(sua) procurador(a) que junta instrumento de procuração com endereço profissional completo para intimações e notificações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro na Resolução 400/2016 da ANAC, art. 12, na Resolução 141/2010 da ANAC, art. 8º, alínea “a”, na Resolução 141/2010 da ANAC, art. 8º, §3º, na Resolução 138/2010 da ANAC, art. 8º, no Art. 373, II do CPC, nos art. Art. 6º, VIII, art. 14 e art. 22, todos do CDC, nos Art. 186 e Art. 927, ambos do CC, propor
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS em face de
NOME DA COMPANHIA AÉREA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob o nº ___________________________________, com sede na ___________________________, na pessoa do seu representante legal, com endereço eletrônico registrado como [e-mail], pelas razões de fatos e de direito à seguir expostas:
1. DOS FATOS
A parte autora adquiriu com antecedência a passagem aérea da
requerida para o dia __/__/_____, embarque às (hora), devendo realizar o chekck-in __(hora) mais cedo. A passagem foi adquirida para que a parte autora (motivo da viagem).
Qual não foi a surpresa da parte autora, senão o fato de que, ao
chegar no aeroporto para realizar seu check-in, foi surpreendida com a informação de que seu voo tinha sido cancelado por readequação da malha aérea, e que fora realocada para um voo 12 horas após o contratado, fazendo com que a autora perdesse (os prejuízos).
Com a alteração da viagem RIGOROSAMENTE planejada pela
parte autora, a mesma entrou em desespero quando recebeu esta notícia de última hora, entrando em contato com a Requerida, para que a mesma a realocasse para um voo com mesmo tempo de duração, destino, e data para o local, lhe sendo negado pedido.
Dessa feita, os tormentos experimentados pela parte autora
ultrapassaram os meros dissabores cotidianos, e a requerida merece ser condenada a indenizar pelo ocorrido, não restando alternativa senão ajuizar a presente ação, visando a reparação do dano moral suportado, para que não pratique com terceiros, novamente os atos ilícitos praticados contra a parte autora.
2. DOS FUNDAMENTOS DE MÉRITO
a) DA INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
E DA INVERSÃO DO ÔNUS DE PROVA
Inicialmente, impende ressaltar que há, na espécie, inequívoca
relação consumerista entre as partes litigantes, de tal sorte que, além da legislação atinente ao mercado financeiro, se impõe a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90).
As partes se amoldam com perfeição aos conceitos legais de
consumidor e fornecedor, nos termos dos arts. 2º e 3º, do CDC. Ademais, a relação estabelecida se enquadra na conceituação de relação de consumo, apresentando todos os aspectos necessários para a aplicabilidade do codex consumerista, vez que esta legislação visa coibir infrações inequivocamente cometidas no caso em exame.
Esse contexto conduz a uma inexorável desigualdade material que
clama pela incidência do CDC.
O CDC no seu artigo 6º é muito claro, pois preceitua que são
direitos básicos do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como os riscos que apresentem.
Corolário lógico da aplicabilidade do CDC ao caso objeto desta
demanda é a inversão do ônus probatório, conforme dispõe o art. 6º, VIII, do CDC, verbis:
Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
A inversão do ônus da prova, em favor do consumidor, está
alicerçada na aplicação do princípio constitucional da isonomia, “pois o consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável na relação de consumo (CDC 4º I), tem de ser tratado de forma diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os partícipes da relação de consumo. O inciso comentado amolda-se perfeitamente ao princípio constitucional da isonomia, na medida em que trata desigualmente os desiguais, desigualdade essa reconhecida pela própria lei.”
Trata-se da materialização exata do Princípio da Isonomia, segundo
o qual, todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, observados os limites de sua desigualdade, como já deliberado pelo STJ:
"(...) aos atos técnicos praticados de forma defeituosa pelos
profissionais da saúde vinculados de alguma forma ao hospital, respondem solidariamente a instituição hospitalar e o profissional responsável, apurada a sua culpa profissional. Nesse caso, o hospital é responsabilizado indiretamente por ato de terceiro, cuja culpa deve ser comprovada pela vítima de modo a fazer emergir o dever de indenizar da instituição, de natureza absoluta (arts. 932 e 933 do CC), sendo cabível ao juiz, demonstrada a hipossuficiência do paciente, determinar a inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII, do CDC)" (REsp 1.145.728/MG, Relator o Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe de 28.6.2011).
Desta feita, requer-se, desde já, o deferimento da inversão do ônus
da prova, com fulcro no art. 6º, VIII do CDC.
a) DA FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS – ART. 14 DO
CDC / DO DEVER DE INDENIZAR
Em se tratando de aplicação do CDC, deve ser levado em
consideração todo o narrado, porquanto a situação em comento é clara no sentido de que, como fornecedora de produtos e serviços, a empresa requerida deverá responder de objetivamente pelos atos praticados indevidamente contra a pessoa da requerente:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e risco. Assim, são aplicáveis as normas da lei consumerista, mormente as inerentes à proteção contratual, à oferta e publicidade, às práticas comerciais e às cláusulas abusivas.
Caracterizada a relação jurídica de consumo, inafastáveis as normas
do Código de Defesa do Consumidor para a disciplina da relação acima descrita.
Ainda cabe mencionar o que está previsto no inciso VIII do artigo 6 o
do Código de Defesa do Consumidor: “A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências” (grifo nosso).
A mais nova e moderna doutrina aponta o dever de qualidade nas
relações de consumo como um dos grandes nortes instituídos pelo Código de Defesa do Consumidor. Tal dever de qualidade encontra-se visceralmente ligado à necessidade de se conferir segurança e eficiência aos serviços prestados aos consumidores, notadamente em práticas relacionadas à prestação de serviços essenciais, como é o caso dos autos.
Sobre o tema, vale transcrever o magistério constante na obra
conjunta dos doutrinadores Antônio Herman V. Benjamin e Cláudia Lima Marques:
“Realmente, a responsabilidade do fornecedor em seus aspectos
contratuais e extracontratuais, presentes nas normas do CDC (art. 12 a 27), está objetivada, isto é, concentrada no produto ou no serviço prestado, concentrada na existência de um defeito (falha na segurança) ou na existência de um vício (falha na adequação, na prestabilidade). Observando a evolução do direito comparado, há toda uma evidência de que o legislador brasileiro inspirou-se na idéia de garantia implícita do sistema da commom law (implied warranty). Assim, os produtos ou serviços prestados trariam em si uma garantia de adequação para o seu uso, e, até mesmo, uma garantia referente à segurança que deles se espera. Há efetivamente um novo dever de qualidade instituído pelo CDC, um novo dever anexo à atividade dos fornecedores. (...)”. 1
NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY (in
Código Civil Comentado. 12. ed. rev., ampl. atual. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017. p. 1.405) ensinam:
A responsabilidade civil no CDC se assenta no risco da atividade do
fornecedor em face do consumidor, tenta pelo aspecto contratual quanto pelo aspecto extracontratual. Tanto a responsabilidade pelos acidentes de consumo com a decorrente dos vícios do produto ou serviço (CDC 12, 14, 18 e 19) se estribam na teoria objetiva. O fundamento do dever de indenizar, aqui, é o risco da atividade: por isso a responsabilidade objetiva se aplica a todas as hipóteses decorrentes de danos experimentados pelo consumidor em decorrência de relação jurídica de consumo (CDC 6.º VI e 8.º)
Ao tratar-se da segurança nas relações de consumo, não se pode
perder de vista os riscos inerentes à sociedade de massa, os quais são impossíveis de eliminar, cumprindo ao Poder Judiciário o difícil papel de controlá-los. Como bem salientou o doutrinador acima aludido, “o objetivo da teoria da qualidade – na vertente de proteção à incolumidade físico-psíquica do consumidor – não é reduzir todos os riscos associados com produtos ao patamar zero, já que o custo seria muito maior do que aquele que os indivíduos e a sociedade podem arcar. O que se pretende é que todos os esforços sejam encetados no sentido de assegurar que os riscos mantenham-se no limite do razoável”2 .
1 Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o novo regime das relações contratuais. 4 ed. São Paulo: RT, 2002, p. 222
2 Comentários ao código de proteção ao consumidor, coordenador Juarez de Oliveira, São
Paulo: Saraiva, 1991,p. 45 É certo que sua responsabilidade só pode ser elidida ante a demonstração de que o defeito inexistiu ou que se deu por fato exclusivo da vítima ou de terceiro, nos termos do que dispõe o artigo, 14, § 3º, incisos I e II, do referido estatuto, o que não ocorreu na espécie.
Nesse sentido, é importante destacarmos que o contrato de
transporte consiste em obrigação de resultado, pelo qual a companhia aérea é obrigada a executar o serviço de forma satisfatória, ressaltando-se que a sua responsabilidade é objetiva, na forma do artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, sendo desnecessária a comprovação da culpa, bastando para tal fim a demonstração do nexo causal entre o dano e a conduta do fornecedor do serviço.
Outrossim, o transporte aéreo é considerado serviço essencial para
fins de aplicação do art. 22, caput e parágrafo único, do CDC e, como tal, deve ser prestado de modo contínuo envolvendo, ainda, a responsabilidade pelo fornecimento de serviços com adequação, eficiência, segurança e, se essenciais, continuidade, sob pena de ser o prestador compelido a cumpri-lo e a reparar os danos advindos do descumprimento total ou parcial.
A Resolução 141/2010, da ANAC estipula que as companhias
aéreas devem, na hipótese de atraso/ cancelamento de voo oferecer a reacomodação do passageiro em voo próprio ou de terceiro que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, na primeira oportunidade (Art. 8ª, inciso I, alínea “a”).
A Requerida não cumpriu com a determinação da Resolução da
Ana, uma vez que não realocou o consumidor para outro voo, ainda que de companhia aérea concorrente, para que aquele cumprisse com sua viagem de forma equivalente ao que foi adquirido, ou seja, para que cumprisse a viagem no mesmo tempo, hora e modo, como havia adquirido, causando prejuízos a parte demandante.
E não se avoque readequação de malha aérea, falha mecânica ou
overbooking, tendo em vista que tais hipóteses fazem parte do risco do negócio, que deve ser arcado somente pela companhia aérea, sem que isso seja repassado aos consumidores, não afastando a responsabilidade objetiva da requerida no caso concreto.
Portanto, existindo a falha na prestação dos serviços evidente o
direito de ser indenizado pelo ocorrido, pelo que se passa a expor a seguir
Confira-se, a esse propósito, mutatis mutandis, o V. Aresto do
Superior Tribunal de Justiça, in verbis:
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO. DANOS MORAIS. VALOR ALTERADO. RAZOABILIDADE. SÚMULA 7/STJ. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO. (STJ - REsp: 1713574 RO 2017/0319567-8, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Publicação: DJ 03/10/2018)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO NO
RECURSO ESPECIAL . TRANSPORTE AÉREO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. OVERBOOKING. EXTRAVIO DE BAGAGENS. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO. SUCUMBÊNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. DANO MORAL. EXISTÊNCIA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. SUMULA N. 7/STJ. 1. Inexiste violação do art. 535 do CPC quando o acórdão impugnado examina e decide, de forma motivada e suficiente, as questões relevantes para o desate da lide. 2. A responsabilidade civil das companhias aéreas em decorrência da má prestação de serviços, após a entrada em vigor da Lei n. 8.078/90, não é mais regulada pela Convenção de Varsóvia e suas posteriores modificações (Convenção de Haia e Convenção de Montreal) ou pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, subordinando-se, portanto, ao Código de Defesa do Consumidor. 3. A revisão de indenização por danos morais só é viável em recurso especial quando o valor fixado nas instâncias locais for exorbitante ou ínfimo. Salvo essas hipóteses, incide a Súmula n. 7 do STJ. 4. Agravo regimental desprovido. (STJ - AgRg no AREsp: 409045 RJ 2013/0341811-3, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de Julgamento: 26/05/2015, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 29/05/2015)
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. OVERBOOKING. INDENIZAÇÃO. DANO MORAL PRESUMIDO. PRECEDENTES. DANOS MATERIAIS. OCORRÊNCIA. REEXAME MATÉRIA FÁTICA. INVIABILIDADE. SÚMULA 07/STJ. INCIDÊNCIA. VALOR. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. FIXAÇÃO COM BASE NO CRITÉRIO DA RAZOABILIDADE. 1. O dano moral decorrente de atraso de voo, prescinde de prova, sendo que a responsabilidade de seu causador opera-se , in re ipsa, por força do simples fato da sua violação em virtude do desconforto, da aflição e dos transtornos suportados pelo passageiro.(REsp 299.532/SP, Rel. Ministro HONILDO AMARAL DE MELLO CASTRO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/AP), DJe 23/11/2009) 2. A reapreciação por esta Corte das provas que lastrearam o acórdão hostilizado é vedada nesta sede especial, segundo o enunciado nº 7 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça. 3. O valor da indenização por danos morais deve ser fixado com moderação, considerando a realidade de cada caso, sendo cabível a intervenção da Corte quando exagerado ou ínfimo, fugindo de qualquer parâmetro razoável, o que não ocorre neste feito. 4.O agravo regimental não trouxe nenhum argumento novo capaz de modificar a conclusão alvitrada, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. .AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO 3
3 AGRG no AG n° 1410645/BA Relator Ministro Paulo de Tarso Sanseverino 3ª Turma do STJ
No mesmo sentido, considerando que é presumido (in re ipsa) o dano moral decorrente de atraso de voo, citam-se: REsp 1.280.732/SP, 3ª Turma, DJe 10/10/2014; AgRg no Ag 1.410.645/BA, 3ª Turma, DJe 07/11/2011; AgRg no Ag 1.306.693/RJ, 4ª Turma, DJe 06/09/2011.
Nobre Julgador, diante da flagrante falha na prestação de serviço, do
descumprimento das normas estabelecidas na Resolução nº 141/2010 da ANAC, bem como pelo descaso da ré para com seus clientes, outra solução não serve a esta senão socorrer-se ao Poder Judiciário, para ver tutelado seus direitos consumeristas, requerendo, a condenação da ré ao pagamento de indenização por danos morais suportados, em razão de todo o transtorno causado, tanto pelo descumprimento contratual da saída do voo na hora contratado, bem como pelas horas de stress, raiva, ansiedade, desgaste físico e mental, fora o sentimento de pavor, abandono, desespero e medo ao não se cumprir com o que havia sido informado que aconteceria, o que desde já se requer.
Considerando todos os elementos que instruem os autos e nos
parâmetros utilizados por esta Câmara, tem-se que deverá a Requerida ser condenada ao pagamento de uma indenização, de cunho compensatório e punitivo, pelos danos morais causados tudo comprovado e fundamentado, em valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela, no valor de no mínimo 15 salários mínimos, correspondente atualmente a R$ 16.500,00 ou em valor justo e condizente, caso Vossa Excelência entenda que seja devida maior indenização.
3. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO (CPC, art. 319, inc. VII)
Manifesta-se a parte autora sobre seu interesse na realização de
audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 319, VII do CPC.
4. DO PEDIDO
Pelo exposto, REQUER a Vossa Excelência:
DJE 07/11/2011. a) Requer que seja a ré citada para que, querendo, conteste a presente ação no momento processual oportuno, sob pena de revelia e confissão;
b) Requer a inversão do ônus da prova, em favor da parte
autora, nos termos do artigo 6º, VIII do CDC, por se tratar de relação de consumo, onde fica, por consequência, evidenciada a vulnerabilidade deste;
c) A total procedência da presente ação, para:
i. condenar a Requerida ao pagamento de uma
indenização, de cunho compensatório e punitivo, pelos danos morais causados tudo comprovado e fundamentado, em valor pecuniário justo e condizente com o caso apresentado em tela, no valor de no mínimo 15 salários mínimos, correspondente atualmente a R$ 16.500,00, ou em valor justo e condizente, caso Vossa Excelência entenda que seja devida maior indenização, devendo incidir correção monetária a partir da data do arbitramento, consoante o Enunciado nº 362 da Súmula do STJ, e juros de mora de 1% ao mês, desde o evento danoso, conforme o Enunciado nº 54 da Súmula do STJ;
d) a condenação da ré ao pagamento das custas e demais
despesas processuais, inclusive em honorários advocatícios sucumbenciais, que deverão ser arbitrados por este Juízo, conforme norma do artigo 85 do NCPC;
e) Manifesta-se a parte autora sobre seu interesse na
realização de audiência de conciliação ou mediação, nos termos do art. 319, VII do CPC.