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- Pág. 1). C. No caso concreto, a recorrente não comprovou minimamente que o
consumidor tivesse mantido contato direto com o vendedor para efetivaçãodacompra.
Nesse quadro, configurada a defeituosa prestação do serviço (produto não entregue -
CDC, Art. 14, § 1º, I e II), responde a recorrente objetivamente pelos prejuízos
(pagamento de R$ 3.69,00) experimentados (risco da atividade empresarial),
especialmente porque ausente demonstração de qualquer circunstância apta, em tese, a
afastararesponsabilidadeobjetivadorecorrente(CDC-Art.14,§3º,IeII).Precedentes
TJDFT:6ªTurmaCível,Acórdãon.645568;3ªTurmaRecursal,Acórdãon.728788.D.
Por fim, não constatado dolo processual ou conduta temerária à condenação da parte
recorrente por litigância de má-fé (pedido formulado em contrarrazões). IV. Recurso
conhecidoeimprovido.Sentençaconfirmadaporseusprópriosfundamentos.Condenada
a recorrente ao pagamento das custasprocessuaisedoshonoráriosadvocatíciosfixados
em 10% sobre o valor da condenação (Lei nº 9.099/95, Arts. 46 e 55). (TJ-DF
07139335720198070003 DF 0713933-57.2019.8.07.0003, Relator: FERNANDO
ANTONIO TAVERNARD LIMA, Data de Julgamento: 10/12/2019, Terceira Turma
Recursal, Data de Publicação: Publicado no DJE: 18/12/2019. Pág.: Sem Página
Cadastrada.) (grifo)
Nomais,oart.18doCódigodeDefesadoConsumidorasseveraque“o sfornecedoresde
produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor, assim como poraquelesdecorrentesdadisparidade,coma
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária,
respeitadasasvariaçõesdecorrentesdesuanatureza,podendooconsumidorexigirasubstituição
das partes viciadas”.
Significa que a devolução do valor pago corrigido com as devidas correções, danos
materiais e danos morais, serão direcionadas a todos os demandantes, tendo emvistaquetodos
participaram da relação de consumo, consequentemente, respondem solidariamente perante ao
consumidor.
Em segundo momento, a inclusão da empresa-ré também se justifica já que a luz dos
princípios da celeridade processual, pois como parte integrante desta relaçãodeconsumo,visto
que também é remunerado pela intermediação do negócio.
Diante disso, a requerente pugna pelo reconhecimento da solidariedade entre os
requeridos, sendo ambas condenadas a ressarcir os valores pagos antecipadamente, além dos
danos morais que serão abordados no tópico subsequente.
d) DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO OUTRO REQUERIDO
Como já visto, o Código Civil, em seus arts. 186 e 927, estabelece que:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
O Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 6º, VI, da mesma forma, garante:
Comoditoalhures,arequeridafazpartedarelaçãoconsumerista,umavezqueatuacomo
intermediária entre o consumo de seus produtos e o efetivo pagamento a ser confirmado pelo
primeirorequerente(BANCOBRADESCO),porconseguinte,ambasempresasrequeridasdevem
ser responsabilizadas pelos danos ocasionados à parte autora, a situação de vulnerabilidade,
vexatória e humilhante uma vez que fazem parte da cadeia de produçãoecirculaçãodosprodutos.
Cabendo aos requeridos provarem o contrário.
Dos fatos narrados depreende-se que o requerente não realizou as compras que foram
registradasemsuasfaturaseimpostooseupagamento,razãopelaqualinexistequalqueralegação
débito em seu nome, conforme súmula 479 do STJ, nos exatos termos: