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2018
2
R5854 Rio Grande: imagens que contam a História / Luiz Henrique Torres. 2ª ed.,
rev. e ampl. Rio Grande: Pluscom Editora, 2018.
80p.
Bibliografia
ISBN: 978-85-9491-034-9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO/5
CARTÃO POSTAL/7
A VILA DO RIO GRANDE EM 1776/8
HOMENS E AREIAS/9
A VILA DO RIO GRANDE EM 1824/10
COMÉRCIO DO CHARQUE/11
PORTO VELHO EM 1852/12
RUA DIREITA/13
PRAÇA XAVIER FERREIRA/14
A VINDA DE D. PEDRO II/15
PRAÇA TAMANDARÉ/16
PRAÇA DO QUARTEL/17
CATEDRAL DE SÃO PEDRO/18
IGREJA DO BOMFIM/19
CEMITÉRIO DO BOM FIM/20
CEMITÉRIO DO CARMO/21
IGREJA DO SALVADOR/22
IGREJA DA CONCEIÇÃO/23
RUA MARECHAL FLORIANO EM 1865/24
COMÉRCIO NA RUA RIACHUELO/25
PRAÇA TAMANDARÉ/26
A PRAÇA DOS ENFORCADOS/27
A PRAÇA DO POÇO/28
RUA MARECHAL FLORIANO EM 1865/29
RUA EWBANK/30
FESTEJOS DO SETE DE SETEMBRO/31
2º PRÉDIO DA ALFÂNDEGA/32
CAIS DA BOA VISTA/33
O TRABALHO NO PORTO/34
NAVIOS E NAVEGANTES/35
MERCADO PÚBLICO/36
AS RUAS DA CIDADE/37
RUA BENJAMIN CONSTANT/38
PRÉDIO DA CÂMARA MUNICIPAL E BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE/39
O TEMPO, O VENTO E A AREIA/40
PORTO VELHO EM 1876/41
SANTA CASA/42
PRÉDIO DA ALFÂNDEGA/43
A ERA DOS CAMINHOS DE FERRO/44
CIDADE NOVA/45
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TRINCHEIRAS/46
QUARTEL DO 6º GAC/47
ANTIGA CASA/48
O CASARÃO DO RASGADO/49
QUARTEL GENERAL/50
O BALNEÁRIO CASSINO/51
CHALET DA PRAÇA TAMANDARÉ/52
ESTAÇÃO MARÍTIMA/53
COMÉRCIO NO PORTO VELHO/54
RUA GENERAL BACELAR/55
RUA RIACHUELO/56
CAIS DO PORTO VELHO/57
LEAL SANTOS/58
FÁBRICA RHEINGANTZ/59
CASSINO DOS MESTRES/60
A AVENIDA RHEINGANTZ/61
PORTO NOVO/62
AVIAÇÃO COMERCIAL/63
COMPANHIA DE TECELAGEM ÍTALO-BRASILEIRA/64
SWIFT/65
PORTO NOVO/66
CONSTRUÇÃO DOS MOLHES DA BARRA/67
O SETE DE SETEMBRO/68
TEATRO POLITEAMA/69
CHAFARIZ DA PRAÇA XAVIER FERREIRA/70
ESTÁTUA DA LIBERDADE/71
MONUMENTO A BENTO GONÇALVES/72
CLUBE CAIXERAL/73
REFINARIA IPIRANGA/74
CENÁRIOS DE 1940/75
SOCIABILIDADES/76
IGREJA DO CARMO/77
RUA MARECHAL FLORIANO NA BELLE ÉPOQUE (1900)/78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS/79
O AUTOR/80
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Introdução
CARTÃO POSTAL
HOMENS E AREIAS
COMÉRCIO DO CHARQUE
RUA DIREITA
A VINDA DE D. PEDRO II
PRAÇA TAMANDARÉ
PRAÇA DO QUARTEL
IGREJA DO BOMFIM
CEMITÉRIO DO BOMFIM
CEMITÉRIO DO CARMO
IGREJA DO SALVADOR
A Paróquia do Salvador foi criada em outubro de
1891 por missionários vindos do Seminário da Virgínia,
membros da Igreja Episcopal Anglicana dos Estados
Unidos (EUA). Até o ano de 1899, os cultos e reuniões
eram realizados em uma capela de tábuas que fora
adquirida da Igreja Presbiteriana, quando então foi
construída a atual Igreja do Salvador. O reverendo
Lucien Lee Kinsolving foi o idealizador da construção do
templo e residiu durante 20 anos em Rio Grande.
O prédio se destaca pela grandeza arquitetônica de
estilo neogótico inglês, tendo a planta baixa em formato
de cruz. A entrada principal é marcada por uma grande
torre e um quadro de azulejos intitulado “Cristo sobre as
águas”. Suas portas e janelas são em formatos ogivais em
autêntico estilo anglicano, característico desta
arquitetura religiosa.
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IGREJA DA CONCEIÇÃO
Criada no dia 3 de novembro de 1814, na Matriz de São Pedro, na então Villa
de Rio Grande a Irmandade da Conceição comprou em 1860, por três contos de réis, o
terreno na atual rua Andrade Neves, onde fica a Igreja de Nossa Senhora da
Conceição.
No ano de 1872, a igreja começou a ser construída, sendo concluída em 1874,
quando a imagem de Nossa Senhora da Conceição (que havia sido enviada de
Portugal em 1847) saiu em procissão da Igreja da Matriz de São Pedro e seguiu até a
Igreja da Conceição. Em 1888, o Visconde Pinto da Rocha contribuiu para a obra de
ampliação da igreja que chegou às características arquitetônicas e estéticas atuais.
A Irmandade foi criada em Rio Grande por negros livres, conforme o primeiro
livro de registros da Irmandade de Conceição datado de 1817. Acervo: Fortunato
Pimentel.
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PRAÇA TAMANDARÉ
A PRAÇA DO POÇO
RUA EWBANK
2º PRÉDIO DA ALFÂNDEGA
A Alfândega foi instalada na Vila do Rio Grande em 1804. Teve
um primeiro prédio definido por John Luccock como “uma construção de
cantaria, com paredes de cerca de dez pés de alto, coberto de um telhado
muito íngreme que lhe dá o aspecto de uma velha cocheira inglesa”. O
segundo prédio, dada a importância comercial crescente da localidade,
teve uma edificação sólida e foi construído no cenário local entre 1827-
1832 permanecendo até a sua demolição na primeira metade da década de
1870. Localizava-se na rua dos Andradas (frontal ao atual lago da
praça Xavier Ferreira) e esquina com a rua Marechal Floriano. Na foto
de 1870, a dimensão do prédio fica evidenciada, assim como a falta de
calçamento em sua frente. Acervo: BRG.
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O TRABALHO NO PORTO
NAVIOS E NAVEGANTES
Entre inúmeros viajantes que estiveram em Rio Grande,
alguns deixaram escritos que perpetuaram a sua memória no
tempo. À maioria são anônimos passageiros que na história
escrita não ficou registro ou apenas são dados quantitativos na
documentação. Entre os que deixaram relatos está o Conde d’Eu
esposo da Princesa Isabel. Ele esteve na cidade alguns dias após
este registro fotográfico de julho de 1865, quando da passagem
de D. Pedro II. As embarcações procedentes do Brasil ou do
exterior são uma presença marcante em Rio Grande desde os
primórdios do povoamento e neste caso, a maioria são
embarcações do Rio de Janeiro.
Conde d’Eu escreveu em seu diário que à medida que o
navio aproximava-se para atracar no cais, a cidade despontava
precedida de uma floresta de mastros. Havia muitas casas de
comércio, inclusive alemãs, sendo as principais mercadorias os
couros e a carne seca. Existiam três ruas principais paralelas a
praia (Riachuelo, Marechal Floriano e Bacelar) nas quais se
viam lojas elegantes e na Marechal Floriano, muitas bandeiras
de consulados. Acervo: BRG.
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MERCADO PÚBLICO
AS RUAS DA CIDADE
SANTA CASA
PRÉDIO DA ALFÂNDEGA
O atual prédio da Alfândega, mostrado nesta foto em sua face da rua Ewbank,
foi mandado construir por D. Pedro II, estendendo-se as obras no período de 1874 a
1879.
Parte desta área era anteriormente ocupada pelo 2º prédio da Alfândega que foi
demolido. As dimensões e beleza do prédio em estilo neoclássico constituem um dos
principais cartões de visita da cidade. A imponência da arquitetura pode ser apreciada
pelos navegantes ou pelos transeuntes da área central. Em 1967, a construção foi
tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Cartão-postal da
década de 1910. Acervo: Leonardo Barbosa.
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CIDADE NOVA
TRINCHEIRAS
QUARTEL DO 6º GAC
ANTIGA CASA
Esta fotografia retrata, conforme a legenda original, a casa mais antiga da cidade a
qual remontaria ao século XVIII. Ela ficava na rua Comendador Pinto Lima no trecho
entre as ruas General Osório e a Marechal Floriano. O personagem da foto estende a mão
tocando no telhado evidenciando um pé-direito muito baixo. Interessante observar o
calçamento, com pedras que podem ter sido retiradas de ruas que tiveram um novo
calçamento e aqui foram colocadas (ou é o calçamento original do século XIX?).
Os primeiros calçamentos da cidade recuam ao período de 1862 a 1874. Na ausência de
pedreiras para calçamento, foi realizada a compra em outras localidades: Porto Alegre, São
Lourenço do Sul e no Rio de Janeiro. O calçamento observado é dos mais “toscos e
irregulares” e um similar, ainda pode ser observado na rua Luiz Loréa (na quadra junto a
Praça Sete de Setembro). A rua Comendador Pinto Lima é uma viagem no tempo foi aí
foram edificados dois endereços de importância administrativa: a Casa do Governador (de
onde se administrava o Rio Grande do Sul) e a Câmara Municipal (talvez o seu primeiro
endereço?). Fotografia tirada entre as décadas de 1920-30. Acervo: BRG.
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O CASARÃO DO RASGADO
Joaquim Rasgado era um comerciante de charque e couros natural do Rio de Janeiro que
em 1824 mandou construir um amplo casarão em estilo colonial de dois pavimentos, chamado
pela população oitocentista de “casa nobre”. Um prédio que se destacava frente às poucas
construções para moradia particular de grandes dimensões que existiam na Vila do Rio Grande
na primeira metade do século XIX. O destaque obtido por este morador fez com que a rua que
passava em frente à residência fosse denominada de Beco do Rasgado. Atualmente é uma das
principais da cidade, a Rua General Neto (nome conferido em 1869).
O prédio assistiu grande parte do crescimento urbano da cidade, com o significativo
aumento da movimentação portuária no século XIX e o surgimento de casas comerciais. O
prédio, posteriormente, foi residência do comendador Tigre, sendo colocado à venda pelos
herdeiros no ano de 1886. A Intendência Municipal do Rio Grande comprou o prédio em 1894
mudando o estilo colonial da fachada para o neo-clássico renascentista, passando a ocupá-lo
em 1900. Fotografia do prédio em 1888, quando de uma exposição industrial. Acervo: BRG.
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QUARTEL GENERAL
O Major Engº Antonio Gomes da Silva Chaves projetou e foi o responsável pela
construção que foi iniciada em 1892 e concluída em 1894. O prédio foi sede do
Comando do 6º Distrito Militar e, em 17 de agosto de 1906, ali ocorreu a reunião onde
foi acertado os termos do contrato para a abertura da Barra do Rio Grande. Fizeram-
se presentes o vice-presidente da República Afonso Pena e o governador do Estado do
Rio Grande do Sul Antonio Augusto Borges de Medeiros.
Segundo descrição do IPHAE, trata-se de um prédio de esquina implantado no
alinhamento do passeio público, possui planta em ‘L’, com pátio interno e dois
pavimentos. Com tratamento plástico típico do ecletismo, a fachada principal
apresenta uma composição simétrica em três volumes, hierarquizando o bloco
central, com a presença de motivos bélicos e as armas de Estado coroando a platibanda.
A edificação pertenceu à União Federal até 1990, quando foi adquirida pela Prefeitura
do Rio Grande. O imóvel foi restaurado na segunda metade da década de 1990,
passando a sediar secretarias do município. Sua localização é no Largo Eng. João
Fernandes Moreira esquina com General Osório, ficando de frente para a praça Xavier
Ferreira. Cartão-postal com datação de 1908 mostrando sua fachada e personagens da
época, inclusive uma mulher com vestidos espaçosos da Belle Époque. Acervo: Eduardo
Arriada.
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O BALNEÁRIO CASSINO
O saber médico do século XIX orientava sobre os benefícios terapêuticos dos banhos
de mar. O balneário Cassino foi idealizado em 1885 e no ano seguinte foram dados passos
fundamentais para a concretização de um empreendimento planificado com a construção de
uma estrada de ferro, cujo projeto foi realizado pela Companhia Carris Urbanos do Rio
Grande. A inauguração do tráfego da linha de bondes a vapor ocorreu no dia 26 de janeiro
de 1890. A linha tinha uma extensão de 18.600m e representou o nascimento do Balneário.
Para ir à praia de banhos, os passageiros seguiam de bonde até o Parque (atual Presidente
Vargas próximo ao pórtico) e ali embarcavam no trem. A linha corria paralela a Estrada de
Ferro Rio Grande-Bagé até a Junção e a partir dali seguiam rumos distintos. A área da
praia do Cassino era chamada de Mangueira ou Costa da Mangueira. Tornou-se um centro
de confluência da elite da metade sul do estado. Fotografia por volta de 1908 do Estúdio
Fontana. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande.
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ESTAÇÃO MARÍTIMA
RUA RIACHUELO
LEAL SANTOS
A Indústria Leal Santos foi fundada em Lisboa no ano de 1881,
inaugurando uma fábrica em Rio Grande no ano de 1889. Seus fundadores foram
Francisco Marques Leal Pancada, José Antônio Santos e Moysés Marcondes. Na
década de 1910 cerca de 600 funcionários trabalhavam na fábrica que produzia
bolachas com equipamentos que eram os mais modernos do Brasil naquele período.
Fabricava também enlatados com peixes, carnes, caças, frutas e legumes. As latas
de bolacha eram verdadeiras obras-primas produzidas na própria empresa. No ano
de 1947, com a denominação de Indústrias Reunidas Leal Santos S/A, as
atividades foram voltadas a indústria pesqueira com a utilização de dois barcos de
grande tonelagem para pesca em alto mar. No ano de 1967, em parceria com o
Grupo Ipiranga, constituiu-se a Leal Santos Pescal S/A, que chegou a ser a maior
empresa brasileira do setor pesqueiro em receita e em exportação. Na fotografia da
década de 1910, observa-se operários em frente a fábrica na rua Aquidaban.Acervo:
BRG.
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FÁBRICA RHEINGANTZ
A AVENIDA RHEINGANTZ
PORTO NOVO
AVIAÇÃO COMERCIAL
SWIFT
PORTO NOVO
O SETE DE SETEMBRO
Em outubro de 1831foi criada a Sociedade Sete de Setembro que foi responsável pela construção do
prédio situado na rua Direita (atual General Bacelar) e que tinha a saída na atual praça Júlio de Castilhos.
A inauguração foi no dia 7 de Setembro de 1832 foi à apresentação da peça de Antônio Xavier de Azevedo,
O Bom Amigo. Foi o espaço teatral com infra-estrutura básica projetado no Rio Grande do Sul.
O prédio ficava recuado em relação ao alinhamento da rua e apresentava três pavimentos,
construído com o estilo austero da arquitetura tradicional luso-brasileira da época. O pavimento térreo era
constituído de cinco portas e o recuo da fachada era de oito metros do alinhamento da calçada.
No Sete de Setembro, pela primeira vez na cidade, ocorreu a apresentação de aparelhos óticos que
levaram a criação do cinema. É o caso da apresentação do aparelho Diorama em 1852, o qual produzia
imagens fantasmagóricas por meio de gás hidrogênio e oxigênio e a apresentação, em 1897, do
cinematógrafo Edison. Nas décadas seguintes o Sete de Setembro foi cinema, teatro, local de apresentações
etc.
Em 15 de novembro de 1949 o Cine-Teatro Sete de Setembro foi reinaugurado com a mais moderna
sala de projeção da cidade e administrada pela Empresa Cupello. Sua arquitetura foi modificada para o
estilo art déco e marcou o imaginário daqueles que o freqüentaram entrando pela General Bacelar e tendo
sua saída na Praça Júlio de Castilhos (que era chamada de Praça Sete...). Fotografia: atividade no Sete de
Setembro na década de 1940. Acervo: BRG.
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TEATRO POLITEAMA
Um dos mais tradicionais espaços de teatro e cinema em Rio Grande foi o Politeama que
recua ao século 19. O artista e diretor circense, Albano Pereira, esteve por trás deste
empreendimento. Em 1875, foi autorizado pela Câmara Municipal a construir um circo de
apresentações entre o Mercado Público e a Câmara do Comércio. A construção em madeira foi
inaugurada em janeiro de 1876 e funcionou até julho de 1881, quando um temporal fez desabar
o prédio. O circo-anfiteatro foi reconstruído em madeira e inaugurado em dezembro do mesmo
ano com a denominação de Politeama Rio-grandense, sendo demolido em 1884. Albano Pereira
em sociedade com Antonio Rey, conseguiram os recursos para construir um prédio em alvenaria
na esquina das ruas Andradas com General Câmara. Em 15 de fevereiro de 1885, o espaço era
inaugurado com um baile a fantasia. Em estilo eclético, o Politeama possuía dois pavimentos e
tinha capacidade para 1.600 pessoas. Cadeiras eram retiradas da platéia que se transformava
em picadeiro para atividades circenses que foi a origem das apresentações promovidas por
Albano. Esta mesma estratégia permitia o espaço para os foliões pulassem os bailes de carnaval.
Em 15 de agosto de 1913 foi inaugurado no interior do Politeama o Victol Cinema que
apresentava filmes e números de variedades. Surgia o cine-teatro Politeama em que a linguagem
cinematográfica, num crescendo, passa a atrair o público. O Politeama foi demolido na década
de 1950. Fotografia do prédio com uma bandeira hasteada na década de 1920. Acervo: BRG.
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ESTÁTUA DA LIBERDADE
CLUBE CAIXERAL
REFINARIA IPIRANGA
CENÁRIOS DE 1940
SOCIABILIDADES
Este flagrante fotográfico obtido a partir
do interior da Praça Xavier Ferreira (final dos
anos 1940-início dos anos 1950) retrata um dos
locais mais freqüentados da cidade: a esquina das
ruas Marechal Floriano com Duque de Caxias. O
prédio da esquina (à esquerda) funcionou no
início do século XX com o Cinema Ideal e neste
período o atrativo era o Café Nacional.
O prédio da direita é a sede da Associação
dos Funcionários do Comércio que foi construído
no início do século XX. O fluxo de calhambeques e
de bondes dá um ar de modernidade
metropolitana ao cenário.
As caminhadas (footing) e paqueras pela
larga calçada marcaram a época. Acervo: BRG.
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IGREJA DO CARMO
Pertence à Ordem dos Carmelitas Descalços a pedra fundamental da
Igreja Nossa senhora do Carmo, foi lançada em 16 de fevereiro de 1930. A
inauguração da igreja ocorreu no dia 22 de abril de 1938, sendo a primeira missa
celebrada pelo carmelita descalço Higino de Jesus Maria. A Igreja do Carmo é
projeto arquitetônico do Frei Mariano de São José, religioso carmelita de
nacionalidade espanhola e possui 38 metros de altura e 17 metros de largura.
Na base dos campanários existem várias gárgulas e no topo da fachada a
estátua de Nossa Senhora do Carmo.
A inspiração para o templo foi a Catedral de Burgos (noroeste da
Espanha), construída no século XIII seguindo o padrão gótico francês e gótico
alemão. Esta célebre Catedral (onde El Cid está enterrado) foi à inspiração para
o trabalho do Frei Mariano na cidade do Rio Grande.
As duas agulhas das torres foram colocadas em 1952 e nesta fotografia
(meados dos anos 1950) elas já fazem parte do conjunto arquitetônico.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Francisco das Neves & TORRES, Luiz Henrique. A Cidade do Rio Grande: estudos históricos.
Rio Grande: FURG, 1995.
______ & _______. A Cidade do Rio Grande: uma abordagem histórico-historiográfica. Rio Grande:
FURG, 1997.
TORRES, Luiz Henrique. História e Educação Patrimonial da Cidade do Rio Grande. Rio Grande;
FURG, 1999.
________. Câmara Municipal do Rio Grande: berço do parlamento gaúcho. Rio Grande: Salisgraf,
2001.
________. Rio Grande: cartões-postais e patrimônio na Belle Époque. Rio Grande: Edfurg, 2013.
ACERVO FOTOGRÁFICO
Biblioteca Rio-Grandense (BRG).
Fototeca Municipal.
Eduardo Arriada.
Leonardo Barbosa.
Walter Albrecht.
80
BLOG: historiaehistoriografiadors@blogspot.com
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