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Após a conquista de Palmela aos mouros e do estabelecimento da Ordem de Santiago da

Espada, Setúbal foi repovoada, primeiro na colina de Santa Maria e, progressivamente, na


zona baixa que se estende até ao atual bairro de Troino. Setúbal, com uma extensão territorial
relativamente diminuta, teve de afirmar-se, lutando com os concelhos vizinhos de Palmela,
Santiago do Cacém e Alcácer do Sal, já então constituídos. Com as dificuldades apresentadas
pelos habitantes, no que diz respeito à entrada e venda de produtos trazidos de Sesimbra,
Palmela e Alcácer, o mestre de Santiago, D. Garcia Peres, em 1343, deu execução a uma carta
de D. Afonso IV, que delimitava o termo de Setúbal, tendo sido construída uma cortina de
muralhas. Os primeiros conventos franciscanos, um deles o Convento de Jesus, foram
construídos em Setúbal durante esse século.

A época dos Descobrimentos trouxe um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V, em


1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer. Este monarca reformou o
foral da vila, em 1514, devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha
registado ao longo do último século. A cerca de dois quilómetros do centro de Setúbal, o rei D.
Filipe II mandou edificar uma fortaleza – de S. Filipe –, cujos trabalhos foram iniciados em
1582. O terramoto de 1755 destruiu e danificou muitos edifícios, tendo as freguesias
localizadas na zona mais baixa de Setúbal sido as mais afetadas.

Nessa altura, foi inaugurada a via-férrea Barreiro/Setúbal e, em 1863, a iluminação a gás.


Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de diocese.

Setúbal é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Setúbal, na região Lisboa e sub-região
Península de Setúbal, com cerca de 89.303 habitantes. Setúbal é sede de um município com
170,57 km² de área e 122.554 habitantes , subdividido em 8 freguesias.

O distrito de Setúbal foi o último a ser criado, a 22 de dezembro de 1926, consequência do seu
grande crescimento económico, fazendo, até então, parte do distrito de Lisboa. Com ocupação
humana que remonta à Pré-História, inúmeros povos foram ocupando a região e formando
aglomerados civilizacionais que ajudaram a moldar as cidades e locais que atualmente o
integram. Fenícios, romanos, visigodos e árabes, todos estes povos perceberam desde cedo a
enorme riqueza das suas terras, fazendo destas as suas casas, construindo verdadeiros polos
de comércio e indústria.

Território conquistado definitivamente aos mouros no séc. XII esteve desde sempre ligado ao
mar e ao rio, desempenhando também o seu papel na época do Descobrimentos, região natal
de Vasco da Gama, os estaleiros do distrito foram responsáveis pela construção de algumas
das naus e caravelas que navegaram nos mares desconhecidos e os seus portos pontos de
partida para algumas das missões bem sucedidas rumo a conquistas intercontinentais.
As pegadas deixadas pela história podem ser visitadas nos diversos monumentos históricos
que se erguem ainda nos dias de hoje nas suas localidades. Desde os castelos medievais, às
ruínas de antigas cidades romanas, passando pelas escavações arqueológicas do paleolítico,
encontramos por toda a parte o pulsar da história vibrante do distrito

Cultura

No distrito de Setúbal existe uma quantidade inumerável de eventos culturais, entre eles
alguns dos maiores festivais de verão do país, que celebram desde as músicas mais populares
até àquelas que entusiasmam e caraterizam os povos do mundo. Região de grandes poetas,
cantores, pensadores e artistas portugueses de reconhecido talento e intervenção nacional, a
sua enorme diversidade cultural encontra tradução através das diversas formas de
expressividade artística que ocupam um espaço importante na vida das suas cidades.

Os inúmeros teatros, fóruns, salas de cinema, auditórios e museus recebem anualmente uma
grande variedade de espetáculos e exposições que primam pela sua heterogeneidade cultural.
O verão é rico em festas e romarias populares iluminando os bairros e cidades do distrito com
as cores e sabores da região, dando espaço à música, eventos tauromáquicos e animações de
rua que atraem anualmente milhares de visitantes.

Não era uma cidade atrativa", recorda, detalhando que "era suja, cinzenta,
desorganizada e cheia de barracões que tinham de servir as 140 fábricas de
conservas que existiam em Setúbal".

Apesar do desaparecimento gradual destes complexos, a tradição piscatória é


ainda visível e, aliás, um dos motivos que atrai visitantes de todos os pontos do
globo. O Mercado do Livramento será, porventura, um dos espaços mais
icónicos da pequena cidade, tendo sido, inclusive, distinguido pelo jornal norte-
americano USA Today como um dos melhores do mundo - pela arquitetura do
edifício do século XIX, mas também pela variada oferta de peixe fresco e pelo
ambiente tradicional que ainda se faz sentir. "Temos ali 70 bancas de peixe",
destaca Maria das Dores Meira. Em terra de peixe, e depois de um salto ao
mercado, a paragem num dos muitos restaurantes da cidade é obrigatória para
qualquer apreciador de iguarias, como o famoso choco frito, a sardinha, a
cavala ou as ostras. Para acompanhar, não pode faltar à mesa vinho de um de
dezenas de produtores de vinhos da Península de Setúbal.

Filoxera

Em Portugal, a praga teria sido “importada” de França.


CABERNET SAUVOs prejuízos foram imensos há,inclusivamente, interessantes
registos a esse respeito e, a solução encontrada para a resolução dessa terrível
praga que estava a dizimar os vinhedos europeus foi, de facto, enxertar a
videira europeia em cavalo americano. Graças à enorme resistência desta
espécie à Filoxera que ataca precisamente, a parte subterrânea das videiras.
Ou seja, as raízes.

113463862624_outubro_05_17hPortanto, a causa da Filoxera é um insecto


muito específico e não a videira americana. Qual foi o primeiro hospedeiro
desse insecto para a Europa, há dúvidas embora eu tivesse estudado que
teriam sido plantas ornamentais e, numa pesquiza efectuada pela Internet, pelo
menos um dos artigos defende essa hipótese. De qualquer forma, a praga não
resulta, de facto, da videira americana, embora seja o seu principal hospedeiro.
A videira americana foi, de facto a solução. Não a causa. Solução essa, que se
mantém até aos dias de hoje. ´

Alvarinho_apresentacao_01Resumindo, a videira americana não é,


efectivamente, a causa da Filoxera, mas a solução encontrada para ultrapassar
essa praga.

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