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INTRODUÇÃO
AO MUNDO DO VINHO
MINISTRADO POR: GREGOIRE GAUMONT
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CURSO DE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
ÍNDICE
3) TÉCNICAS DE DEGUSTAÇÃO
6) RÉCNICAS DE VINIFICAÇÃO
8) DEFEITOS DO VINHO
12) BIBLIOGRAFIA
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A vinha, do gênero botânico Vitis, é uma das mais antiga plantas cultivadas.
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A partir de agora você também é um soldado nessa luta para popularizar o vinho,
combinado?
O vinho ativa e estimula diversas sensações que até podem ser exprimidas,
resumidamente, por um simples gostei ou não gostei.
Saber dizer porque gostou, ou não, de um vinho é um passinho a mais. Para
fazer o mesmo vamos precisar de padronizar o vocabulario.
A degustação é basicamente uma avaliação da qualidade de um vinho por
meio dos órgãos dos sentidos (visão, olfato, paladar e tato). Existem dois tipos de
degustação: a técnica, ou profissional, e a amadora.
A degustação técnicas tenta eliminar todo e qualquer julgamento subjetivo e/ou
gosto pessoal. A análise é focada na qualidade do produto e em seus eventuais
defeitos. Por sua vez, a degustação amadora visa o prazer e a identificação do estilo
de vinhos que agrada cada um de nós.
EXAME VISUAL
Limpidez
Nuances de Cor
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-Amarelo esverdeado
-Amarelo palha
-Amarelo dourado
-Amarelo âmbar
-Rosa muito claro
-Rosa coral
-Rosa intenso
-Vermelho púrpura
-Vermelho rubi
-Vermelho granada
-Vermelho alaranjado
Fluidez: -Fluido
(consistência) -Pouco consistente
-Razoavelmente consistente
-Consistente
-Viscoso
Efervescência:
Textura das Bolhas Quantidade das Bolhas Persistência
EXAME OLFATIVO
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Intensidade: -Carente
-Pouco intensa
-Razoavelmente intensa
-Intensa
-Muito intensa
Persistência: -Carente
-Pouco persistente
-Razoavelmente persistente
-Persistente
-Muito persistente
Qualidade: -Ordinaria
-Pouco fina
-Razoavelmente fina
-Fina
-Excelente
EXAME GUSTATIVO
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Além das sensações ligadas ao sabor, a boca também percebe sensações tácteis
e térmicas:
PERSISTÊNCIA:
TIPOS DE DEGUSTAÇÕES:
1. DE BASE
Julgamento geral
- Verificação de harmonia e defeitos
2. DE CANTINA
Julgamento Técnico
- Avaliação das qualidades e defeitos e da evolução
- Precedida de análise química
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4. DE IDONEIDADE
6. DE RECONHECIMENTO
7. DEGUSTAÇÃO ANALÍTICA
8. VERTICAL
9. HORIZONTAL
PREMISSA FUNDAMENTAL:
A qualidade das uvas colhidas é o fator primordial na qualidade dos vinhos .
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Pode-se elaborar maus vinhos a partir de boas uvas, mas é IMPOSSÍVEL fazer bons
vinhos com de uvas ruins.
Existem milhares de variedade de videiras, ou castas, pertencentes à espécie
européia Vitis vinifera. Contudo, as castas que produzem bons vinhos, são cercas de
duzentas. Cada casta possui as suas características próprias permitindo a sua adaptação
ao clima e ao solo.
Diferentemente do que se poderia imaginar, os melhores vinhos são
produzidos com uvas cultivadas em terrenos pobres e secos, nos quais dificilmente
outra cultura seria rentável.
A videira é um arbusto extremamente resistente que suporta baixas
temperaturas no inverno e altas temperaturas no verão e que necessita de um mínimo
de água e de elementos minerais para sobreviver.
A concentração de um vinho depende muito mais do rendimento por hectares
do que o tipo de uvas!
O ciclo vegetativo da vinha tem início na primavera, quando a temperatura do
ar atinge cerca de 10 graus cel de media anual. Quantos os botões começam então a
nascer é a floração, depois aparecem as primeiras folhas e o ramo inicia seu
crescimento. Durante dois meses, desenvolve-se a floração. A floração e a
fecundação têm lugar até o final deste período. Nos dias seguintes á floração observa-
se a formação de bagos. Os bagos desenvolvem-se durante os meses de julho e
agosto, período de crescimento da vinha. Assiste-se á coloração: a película das uvas
vermelhas colora-se, enquanto a das brancas perde a sua cor verde. É o inicio da
maturação.
Quando os bagos atingem a maioridade, podem começar as vindimas. Este
estagio de maturidade caracteriza-se por uma acumulação de açucares (glicose e
frutose) no sumo dos bagos,uma diminuição da acidez e a presença de aromas. Os
viticultores contam geralmente de 90/100 dias entre o inicio da floração e o fim da
maturação. A queda das folhas, no fim do outono, marca o início do repouso
vegetativo.
A qualidade da uva, matéria prima essencial do vinho, depende de solo
apropriado e clima estável, seco e ensolarado (o que chamamos de Terroir) para
atingir a qualidade desejada.
É fundamental dar a videira as melhores condições climáticas para que possa
demonstrar todo o seu potencial, suas qualidades e características.
Depois, cabe ao viticultor, com seu trabalho agrícola no vinhedo, produzir uvas
com a melhor qualidade possível, para que o vinicultor, com seu talento e
competência, possa aproveitar todo o potencial qualitativo fornecido pelas uvas.
É o diferencial humano que faz com que vinhos de uma mesma região, muitas
vezes feitos em propriedades vizinhas, tenham qualidade tão diferentes.
TERROIR
É o tripé CLIMA – UVA – SOLO que forma a base qualitativa dos vinhos
PARALELOS IDEAIS:
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A seguir os tipos de uvas mais usados no mundo com a core respectiva da casca:
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INZOLLIA PRIMITIVO
Qualidade
A qualidade de um vinho é um dos fatores preponderantes de seu preço e
depende de várias coisas: da qualidade da fruta, da escolha apropriada do clima e do
solo para o cultivo da videira e do talento do homem que fará o vinho. Só com a
conjunção desses três fatores é possível obter um vinho de qualidade.
Uva x Rendimento
Quanto maior a quantidade de uvas produzida por hectare, mais diluído será o
vinho. No mundo do vinho, quantidade é sempre inversamente proporcional a
qualidade.
Homem
Uma vez obtida um fruto de boa qualidade é a vez do homem intervir no
processo, com o seu toque de mestre. É o homem quem decide o que vai fazer com
aquela matéria-prima, com quais recursos pode contar e que tipo de vinho deseja
produzir (vinho de consumo imediato ou de guarda? Com maior ou menor intensidade
de cor? Etc).
Custos de produção
O vinho passou por um estágio em barris de carvalho (cada barrica comporta
de 220 litros e custa cerca de USD 1.000 cada) ou jogou-se pedaços de carvalho
dentro do vinho? A colheita das uvas foi manual (mais cara e delicada) ou mecânica?
Que tipo de profissionais emprega e empresa? Que qualidade de rolha foi utilizada
para a vedação da garrafa?
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Oferta/Demanda
Os vinhos que atingem um alto nível de qualidade e prestígio, são sempre
produzidos em pequenas quantidades e possuem adeptos que os disputam
avidamente, mesmo a preços muito elevados. O vinho passa a ser visto como um
objeto de desejo ou chancelador de status.
Açúcares
Álcool
FERMENT +
Ácidos
OS CO2 (gás
Taninos carbônico)
+
Sais e .......
Matéria +
Matérias Corante
Minerais
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As substâncias que dão cor ao vinho encontram-se nas cascas das uvas,
portanto para se elaborar um vinho tinto é necessário que a fermentação ocorra com a
presença das cascas.
Como nós, humanos, o vinho também tem sua curva de vida. Nasce, fica
jovem, envelhece e inicia sua curva descendente.
Como o vinho branco não necessita da matéria corante contida na casca das
uvas, sua vinificação ocorre sem a presença das cascas. Observe, porém, que se o
suco da uva é incolor, é possível a fazer um vinho branco de uvas tintas (o inverso não
é possível). Alguns champanhes são o melhor exemplo disto.
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Os vinhos rosados são elaborados com uvas tintas e seu processo inicial é
idêntico ao de um vinho tinto.
Espumante é todo vinho que sofre uma segunda fermentação, e cujo gás
carbônico resultante da fermentação é retido no recipiente.
Para a garrafas voltar ao mesmo nível é adicionado uma mistura de vinho com
uma quantidade variável de açúcar, segundo o qual o vinho será, do mais seco ao
mais doce, um vinho extra brut, brut, demi-sec, ou doux.
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A grande maioria dos vinhos produzidos hoje é feito para consumo imediato.
Outros vinhos são feitos para serem consumidos alguns anos após a sua fabricação,
quando só então terão atingido qualitativamente o seu ponto máximo
Se não tiver uma adega climatizada em sua casa, ao menos guarde a sua garrafa de
vinho em lugar protegido da luz e do calor constante. Sempre na posição deitada para a rolha
molhada não deixe espaço para a entrada de ar, o que poderia iniciar um processo de oxidação
do vinho.
Vinho oxidado
O vinho tem como pior inimigo o oxigênio, e quando este consegue passar
através da rolha e entrar em contato com o líquido a ação é imediata. A oxidação
retira as características do vinho, transformando-o em ácido acético (vinagre).
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As sugestões aqui apresentadas não constituem regras absolutas, mas apenas uma
diretriz para suas experiências pessoais de combinação de vinhos e pratos.
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Espumante Brut
Vermute seco
Martini, etc
Fortificado seco
Na Sobremesa
Porto (Ruby, Tawny, LBV, Vintage, etc.), Jerez(Amoroso, Oloroso ou Cream); Madeira
(Verdelho, Boal ou Malmsey), Moscatel de Setúbal, Banyuls, Moscato d`Asti, Banyuls,
Marsala, Málaga (Lagrima Christi), etc.
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Como Digestivo
Destilados de uva
Às Refeições
Em molhos fortes
Bacalhau
Branco maduro
Carnes Brancas
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Espumante brut
Peru
Foie Gras
Carnes Vermelhas
Espumante brut
Em molho forte
Caças de pêlo
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Massas
Em molho leve ou branco
Espumante brut
Queijos
(Mozzarela)
Branco maduro
(Provolone)
Branco maduro
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Fortificado doce
(Parmesão, Pecorino)
Fortificado
Observação
Introdução
O vinho é matéria viva em constante evolução. O vinho segue uma curva de vida onde
ele vai nascer crescer e morrer, isso mais ou menos rapidamente em função de
transporte condições de estocagem ou mesmo da própria qualidade.
As informações apresentadas a seguir vão analisar sucessivamente os defeitos dos
vinhos de ponto de vista visual, olfativa e gustativo. Eu procuro na medida do possível
de dar as causas dos defeitos encontrados.
Os defeitos visuais:
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Limpidez: um defeito de limpidez (presença turva) traduz um problema durante
a criação do vinho. Falaremos de QUEBRAS metálicas para sinalizar um
excesso de cobre ou de ferro que se resultam por turveis azulados nos tintos e
branquiados nos brancos; de quebra “oxydassica” ou morena, devida a uma
colheita podre, provoca uma coloração escura ao vinho.
Não deve confundir a presença de turva com a presença de cristais de tártaro
ou um deposito de matéria colorante no fundo da garrafa, sinal que o vinho não
foi filtrado.
A gordura: manifestado pelo vinho de visual turvo sobe forma de fio brancos
no liquido.dando ao mesmo um aspecto óleos, viscoso. Devida a fermentações
malo-lactica em garrafa.
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Os defeitos Olfativos
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Os defeitos gustativos.
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A França:
Não é um exagero classificar a França como o melhor país vinícola do mundo.
Nenhum país possui tantos vinhos de excepcional qualidade. Ela possui cerca de uma
dezena de grandes regiões vinícolas demarcadas de maior destaque, algumas delas
subdivididas em até mais de vinte regiões menores.
Bordeaux é, sem dúvida, a região vinícola francesa que mais se destaca por possuir o
maior número de vinhos excepcionais (os famosos Grand Cru, Premier Cru, Deuxième
Cru, etc.) muitos deles atingindo preços estra-tosféricos. Suas sub-regiões mais
importantes são Médoc, Graves, Pomerol e Saint Emilion para os tintos, e Sauternes-
Barsac, para os brancos.
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Além dos vinhos dessas regiões demarcadas, existe ainda uma enorme quantidade de
vinhos regionais menores (os vins de pays) e os vinhos de mesa de qualidade inferior
(os vins de table).
São de qualidade superior aos Vin de Table, elaborados segundo regras bem restritas
e provenientes de regiões não AOC pequenas, como departamentos ou províncias,
distritos, comunas ou cidades, dos quais recebem a denominação. Existem 95
diferentes regiões de vin de pays espalhadas por todo o país, mas a maioria (85%) é
proveniente do sul do país, especialmente a região da costa mediterrânea,
denominada Midi. Correspondem aproximadamente a 15% da produção total dos
vinhos franceses.
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VINS DE LIQUEUR - Vinhos fortificados, isto é, mais fortes, com maior teor de álcool
que foi adicionado durante ou depois da fermentação.
A Itália:
Com razão os gregos na antigüidade denominavam a Itália Enotria (terra do vinho).
Ela produz, como a França, um enorme conjunto de vinhos e com sua vizinha vem se
alternando, de tempos em tempos, na posição de maior produtor e consumidor
mundial de vinhos.
Ainda que o número de grandes vinhos da Itália não seja tão numeroso como na
França, a ótima qualidade de muitos de seus vinhos é inquestionável.
Para entender a diversidade de regiões da Itália, estas são grupadas segundo sua
localização geográfica, o que responde por uma certa homogeneidade de
caracteristicas comuns, resultado da latitude (norte frio e sul quente) altitude (que
reforça as tendencias da latitude) e a influência do mar (regiões costeiras ou
continentais)
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Em cada uma das macro-regiões assim definidas encontraremos diversas regiões, que
por suas vez abrigam dezenas de DOCs (Denominações de Origem).
VINO DA TAVOLA
São vinhos de qualidade inferior, de qualquer procedência geográfica e não podem ter
no rótulo o nome da uva, nem a safra, nem a região. Constituem cerca de 80% dos
vinhos da Itália. Existem alguns poucos Vinos da Tavola de ótimo nível, por não se
enquadrarem nas normas das DOC e DOCG.
Essa denominação foi instituida a partir de 1992 e é aplicada em cerca de 150 vinho
de mesa elaborados em regiões geográficas específicas (uma província, uma comuna
ou parte delas, tais como, uma colina, um vale, etc.).
No rótulo podem constar o nome da uva, a safra, a região e o tipo de vinho (frizzante,
amabile, novello, etc.)
VINI TIPICI
Equivale ao Vin de Pays da França e, apesar de criada em 1989, continua sem uma
normatização precisa. Pretende-se aplicar essa designação a vinhos de mesa
diferenciados, com tipologia definida.
Atualmente, esses vinhos são incluídos na contagem dos Vini di Tavola, mas espera-
se que venham a constituir cerca de 40% dos vinhos italianos.
Sua quantificação é complicada, pois algumas regiões, como Valle d’Aosta e Chianti,
possuem diversos vinhos de distritos diferentes, mas são contadas como uma única
DOC.
Apenas cerca de 15% dos vinhos italianos pertencem às DOCs e são elaborados com
tipos específicos de uvas para cada região e por métodos específicos de vinificação.
Cerca de 850 vinhos possuem a designação DOC e, junto com os DOCG,
representam apenas cerca de 20% dos vinhos italianos. Em algumas DOC existem
sub-classificações, tais como: Riserva ou Vecchio, para vinhos envelhecidos maior
tempo em madeira; Superiore, para vinhos maior teor alcoólico ou maior período de
envelhecimento.
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OS FORA-DA-LEI
CATEGORIAS ESPECIAIS
Essas categorias não tem relação com qualidade, mas apenas com uma característica
específica que diferencia determinados vinhos de outros.
Vecchio (Velho) - Vinho que envelhece o mínimo três anos antes da comercialização.
Riserva (Reserva) - Vinho que envelhece no mínimo três a cinco anos antes da
comercialização.
Secco, Abbocado , Amabile e Dolce - Definem o teor de açúcar do vinho que pode
ser: seco, práticamente sem açúcar (secco); meio seco ou demi-sec, com teores
médios de açúcar (abbocado e amabile); francamente doce (dolce).
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A Espanha:
A Espanha é o país com a maior área de vinhedos do mundo.
Apesar de não ser uma classificação oficial, essa divisão facilita a percepção dos
diversos terroir existentes no país. Apresentamos aqui as "regiões" do vinho espanhol
e dentro de cada uma delas as Denominaciónes de Origem (DO) ali situadas.
A Espanha iniciou em 1997 o estudo de uma nova legislação sobre o vinho. Após 6
anos de discussão entrou em vigor em julho de 2003 a nova “Ley de la Viña y del Vino”
substituindo o antigo “Estatuto de la Viña, del Vino y los Alcoholes” de 1970.
A nova lei criou novas categorias de vinhos e melhorou a definição das existentes,
representando importante avanço junto às determinações da União Européia e à
competitividade exigida pelo comércio internacional.
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AS DOs são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselhos Reguladores, que cuidam das
delimitações de território, seleção e autorização de variedades de uvas, determinação e
acompanhamento do plantio de vinhedos, análise dos vinhos produzidos e sua
certificação.
Deverá cumplir, além dos requisitos exigíveis para as DO: a) que tenham transcorrido
pelo menos dez anos desde seu reconhecimento como DO; b) se comercialize todo o
vinho engarrafado por bodegas inscritas e situadas na zona geográfica delimitada; c)
conte com um sistema de controle desde a produção até a comercialização com respeito
à quantidade e qualidade, que inclua um controle físico-químico e organoléptico por
lotes homogêneos de volume limitado; d) está proibida a coexistência na mesma bodega
com vinhos sem dirreito à DOCa, exceto Viños de Pagos classificados situados no
mesmo território; e) deverá haver uma delimitação cartográfica, por municípios, dos
terrenos aptos a produzir vinhos com direito à DOCa.
VINOS DE PAGOS
São originários de um pago, entendendo-se por tal um lugar ou sítio rural com
características próprias de solo e microclima que o diferenciam e distinguem de outros
em seu entorno, conhecido por um nome vinculado de forma tradicional e notória ao
cultivo de vinhedos dos quais se obtenham vinhos com predicados e qualidades
singulares, e cuja extensão máxima será regulamentada. Entende-se que existe
vinculação notória com o cultivo de vinhedos quando o nome do pago venha sendo
utilizado de forma habitual no mercado para identificação de seus vinhos pelo menos
por cinco anos.
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Portugal:
Portugal é um país de longa tradição vinícola, iniciando sua história com a implantação
da vinicultura pelos romanos, muitos séculos atrás.
Fato importante é que essa modernização foi realizada sem descartar os aspectos
tradicionais positivos, como por exemplo, a utilização de variedades de uvas
autóctones e tradicionais. Com ajuda da tecnologia, essas castas, que antes
originavam vinhos de qualidade inferior, passaram a dar grandes vinhos,
aperfeiçoando suas características ímpares.
Nos últimos anos, com a instalação do Mercado Comum Europeu, o vinho português
ampliou sua busca por qualidade e visibilidade internacional, conquistando uma
posição merecida pela qualidade e diversidade de seus vinhos.
Vinho de Mesa
Vinho Regional
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qualidade igual ou superior à de vinhos DOC, havendo inclusive alguns bons produtores
que, por não concordarem com as regras impostas pela comissões reguladoras dessa
categoria, passaram a rotular seus vinhos como regionais.
A Alemanha:
A Alemanha é o país com vinhedos mais ao norte dentre o grupo da Europa Central,
possuindo um clima frio que marca sua produção de vinhos com características
próprias:
Os vinhos alemães são classificados pela qualidade de sua produção e pelo tipo:
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Outra grande diferença é que os rótulos dos vinhos do Novo Mundo trazem
geralmente impressos os nomes das uvas com os quais foram produzidos.
A verdade é que cada país do Novo Mundo buscou encontrar uma uva
específica, sobre a qual direciona todo o seu marketing.
O Brasil
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CURSO DE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
A maior parte do vinho produzido no Brasil é de vinhos de mesa, produzidos com uvas
comuns ou americanas (mais de 60%). O perfil de consumo da maioria do público,
reunindo a ausência de cultura de consumo de vinhos e o baixo poder aquisitivo mantém
a indústria de vinhos de mesa em franca atividade.
Apenas na região sul, notadamente o estado do Rio Grande do Sul, o clima frio se
aproxima mais das condições ideais de cultivo de uvas viníferas, estando aí localizado o
principal centro produtivo de vinhos finos brasileiros.
Outra região em observação é o Vale do Rio São Francisco, onde surgiu desde 1995
uma vinicultura experimental em uma latitude impensável na história do vinho (8º), um
projeto ousado que vem aguçando a curiosidade mundial. Esta iniciativa aproveita o
clima quase desértico do nordeste, com sol abundante, quase sem chuvas e com grandes
diferenças de temperatura entre o dia e a noite, mantendo vinhedos irrigados de forma
controlada, para obter até 2,5 safras por ano. Os resultados são razoáveis, a
produtividade é grande e uma análise aprofundada do futuro desse trabalho ainda está
para ser feita.
História
A história do vinho no Brasil se inicia em 1532, com a chegada do governador Martin
Afonso de Souza, quando Brás Cubas planta as primeiras vinhas na capitania de São
Vicente, com resultados desanimadores devido ao clima quente e úmido. Nessa época, e
por muito tempo, apenas o vinho importado da Europa, principalmente de Portugal e
França, foi aqui consumido.
Entre 1870 e 1875 teve início a colonização italiana na Serra Gaúcha, instalando-se uma
colônia com hábitos ligados ao vinho, que inicialmente elaborou vinhos de mesa para
consumo próprio e em seguida avançou produzindo para o consumo de toda a região
sul.
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CURSO DE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
De 2000 em diante esse progresso não parou mais, com mais e mais vinícolas
apresentando produtos de alta qualidade, mas nem sempre de preço popular. Diversos
empresários de outros setores têm investido na produção de vinhos de alto nível,
objetivando um mercado de exportação onde a presença brasileira tida como exótica
vem crescendo em volume e prestígio.
No cenário interno, o volume de produção de vinhos finos vem crescendo, com uma
gradativa mas ainda tímida substituição de vinhedos comuns por viníferas, porém ainda
longe de ser um caminho para a substituição do consumo de vinhos de mesa.
A entrada de um público mais jovem como consumidor de vinhos é o alvo para uma
indústria local focada em volume crescente de vinhos finos de qualidade básica, que
sofrem muita competição dos vinhos baratos do Chile e Argentina, com melhor relação
qualidade-preço. Essa concorrência é agravada pelo preconceito ainda arraigado contra
o produto nacional.
Soma-se a tudo isso uma juventude conceitual de nossa vinicultura: os produtores não
possuem e nem sempre buscam uma referência para sua produção: experimentam um
sem número de variedades e todas as tentativas são rapidamente transformadas em
produto comercial, valendo mais o marketing que os resultados qualitativos, pois o
desconhecimento do público é ainda a mais importante característica de nosso mercado.
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CURSO DE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
Estados Unidos:
Apesar de muito bem localizado geograficamente, a maior parte do território dos
Estados Unidos não tem boa vocação para a produção de vinhos, devido às condições de
seu clima.
Apenas na Costa Oeste (West Coast), junto ao Oceano Pacífico, surgem condições
favoráveis de plantio, sendo os estados costeiros de Washington, Oregon e California os
polos de produção de vinhos, com destaque especial para o último, onde são produzidos
vinhos de qualidade mundial.
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CURSO DE INTRODUÇÃO AO MUNDO DO VINHO
• Dados que confirmem que o clima, o solo, o relevo e outras características físicas da
região de plantio sejam relevantes e definam uma personalidade.
Apelações comunais exigem um mínimo de 75% de uvas ali produzidas, uma AVA
exige 85%, mas os estados podem regular de forma diferente. A Califórnia exige 100%.
É permitido o uso de denominações estrangeiras como Borgonha, Chablis, Porto,
Sauternes, para vinhos pretensamente similares, desde que se associe o termo American,
mas organismos americanos e internacionais vêm trabalhando para eliminar essa
prática.
História
A história do vinho nos Estados Unidos é antiga, pois desde seu descobrimento se
tentou produzir vinhos com as variedades locais (Vitis labrusca, Vitis riparia, Vitis
rotundifolia, Vitis vulpina, e Vitis amurensis), uvas comuns, conhecidas como
americanas, que geravam vinhos simples e pouco saborosos.
A partir de 1619 começaram a vir mudas de uvas viníferas e enólogos da Europa, para
tentar produzir vinhos de qualidade como os franceses, inicialmente na costa leste, com
resultados medíocres principalmente pelo cruzamento com as uvas nativas.
O trabalho com uvas viníferas na Califórnia foi iniciado por missionários franciscanos
em San Diego, em seguida estendido para Sonoma em 1805. Os resultados foram fracos
A vigência da lei seca atrasou o aprimoramento do vinho americano, sendo esse trajeto
retomado apenas em 1935, após produção de uvas de mesa e apenas vinhos suaves
baratos. A partir daí várias pesquisas de universidades levaram à identificação de
variedades melhor adaptadas às regiões, realizaram-se seminários de e cursos enologia e
o vinho americano cresceu em qualidade e volume, tendo seus consumidores evoluído o
paladar e o perfil de consumo.
Argentina:
As estatísticas da OIV confirmam a importância da Argentina no cenário vinícola
internacional: é o quinto maior produtor e o quinto maior consumidor mundial de
vinhos.
Durante muito tempo, a quantidade superou a qualidade nos vinhedos argentinos, onde
se adotava o cultivo de uvas de alto rendimento, porém de baixa qualidade (Criola
Grande, Cereza, etc.), e um sistema de plantação arcaico. A alta produção de vinhos
inferiores inundou a mesa das famílias argentinas que não se importavam com a
qualidade da sua bebida do dia-a-dia . Nas décadas mais recentes, a vitivinicultura
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argentina passou a cultivar em maior escala uvas de espécies européias nobres, adotou
modernas técnicas de cultivo e vinificação e, consequentemente passou a produzir
vinhos de boa qualidade. Embora o consumo per capita tenha diminuído, o consumidor
argentino aumentou consideravelmente a produção e a exportação de grande número de
vinhos de alta qualidade.
Terra do tango, de boas carnes e muitos vinhos, a Argentina está entre os cinco maiores
produtores de vinho do mundo, com aproximadamente 210 mil hectares de vinhas
plantadas, uma produção de três milhões de caixas anuais e exportação de 25% da sua
produção. É e o quinto maior consumidor mundial de vinhos e já ocupou a quarta
posição na década de oitenta.
Chile:
O Chile é, indubitavelmente, o país da América Latina que possui os melhores vinhos
tintos elaborados com a uva Cabernet Sauvignon, alguns dos quais colocados pelos
especialistas entre os melhores do mundo. Os vinhos tintos de outras uvas,
especialmente a Merlot, melhoram a cada dia e alguns também já se destacam
mundialmente. Os vinhos brancos, particularmente os elaborados com as uvas
Chardonnay e os Sauvignon Blanc, fracos até cerca de uma década atrás, melhoraram
substancialmente.
Uma das peculiaridades do Chile é o fato de não ter sido vítima da praga Phylloxera
Vastatrix, que devastou grande parte dos vinhedos do mundo, devido à sua condição
geo-climática, protegido pelo Oceano Pacífico à oeste e pela Cordilheira dos Andes à
leste. Desse modo as parreiras chilenas são da espécie européia (Vitis vinifera)
plantadas em "pé-franco", isto é, plantadas diretamente no solo, sem necessidade de
enxertá-las sobre raízes de espécies americanas, resistentes à Phylloxera.
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Outra delas foi a descoberta de mudas da variedade Carmenère nos vinhedos de Merlot.
Essa uva foi julgada extinta quando a Phylloxera dizimou os vinhedos europeus e como
que renasceu no Chile. Atualmente a Carmenère é a variedade emblemática do Chile, da
qual se produzem varietais e também diversos cortes em vinhos Top.
Outras variedades que têm crescido no Chile são a Syrah, bem adaptada, com bons
resultados em diversos vales e a Pinot Noir, surpreendendo com ótima tipicidade em
sub-regiões mais frias.
Estas características formam um excelente ambiente para o cultivo de uvas. Além disso,
a barreira formada pelos Andes impede o acesso de pragas tão danosas como a famosa
Philloxera, permitindo o crescimento de parreiras sem enxertia, diferente do que hoje se
tornou obrigatório no resto do mundo.
História
Na segunda viagem de Colombo para a América, em 1493, mudas de parreiras foram
trazidas e rapidamente espalhadas pelo continente. Foram levadas para o Peru e depois
para o Chile em 1548, pelos monges Bartolomeu de Terrazas e Franciso de Carabantes
respectivamente. Do Chile foram introduzidas em Santiago Del Estero e Mendoza,
assim iniciando a produção de vinhos na Argentina.
Três séculos após as uvas terem sido introduzidas no Chile, o verdadeiro potencial
vinícola do local foi descoberto. A Independência do país abriu caminhos para novos
mercados, que influenciaram a indústria vinícola chilena com novas tecnologias,
vinhedos melhorados e maior qualidade na colheita. Uma das grandes mudanças
aconteceu em meados do século XIX, com a criação de novas vinícolas como Carmen,
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Errazuriz Panquehue, San Pedro, Cousiño Macul e Concha y Toro. Durante o processo
de modernização as variedades Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Pinot Noir foram
importadas.
Uruguai:
O Uruguai é um pequeno país sul americano, com 3,3 milhões de habitantes e apenas
177.000 km2.
Características Geo-climáticas
O Uruguai está situado entre os paralelos 30º e 35º sul, ficando na zona temperada, com
grande potencial vitivinícola, similar à Argentina, Chile, àfrica do Sul e Nova Zelândia.
História
Originalmente povoado pelos índios Charruas, o que começou a mudar com as invasões
portuguesas a partir de 1680.
África do sul:
Na extremidade sul da África, no encontro de dois oceanos, eleva-se a majestosa Table
Mountain, emoldurando um Cabo de importância histórica mundial.
Por 350 anos as culturas européia e oriental aqui se encontraram, modelando uma
cidade ao mesmo tempo moderna e antiga, onde o vinho há séculos é parte viva e
marcante.
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Hoje a África do Sul é uma democracia pacífica, que reflete na variedade de seus
vinhos. Seus 300 anos de vinicultura refletem ao mesmo tempo classicismo e tradição
do Velho Mundo e as influências do estilo contemporâneo do Novo Mundo.
Para complicar tudo, alguns Wards não se encontram dentro de nenhum Distrito
classificado, existindo isolados no contexto da região ou mesmo do país.
Para não dificultar a navegação entre esses níveis regionais, criamos uma sexta região,
denominada Outras Regiões, que abriga os Wards órfãos.
A classificação oficial das regiões vinícolas da África do Sul vem sendo alterada e
atualizada, e será atualizada periodicamente em nosso site.
Características Geo-climáticas
A região do Cabo se estende por vasta extensão, compreendendo mais de 100.000
hectares de vinhedos cultivados por 4.500 produtores, com cerca de 340 vinícolas em
operação.
Variando da região costeira até o quase deserto, temos uma diversidade de meso-climas
e terroirs que trazem diferentes vocações em termos de variedades de uvas utilizadas e
vinhos produzidos.
O clima é temperado com verões agradáveis e invernos frios, com chuvas entre maio e
Agosto. Ventos vindos do oceano Atlântico, refrescado pela corrente gelada Benguela,
amenizam o calor do verão.
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Mais para o nordeste, continente adentro, as regiões de Klein Karoo, Olifants River e
Orange River tendem a ser mais quentes e secas.
As alterações climáticas dos ultimos anos elevaram a temperatura média dessas regiões,
mudando o perfil de seu terroir. Mais para o norte, recentemente começou-se a
desenvolver regiões interiores mais altas e frescas, até então inexploradas para a
vinicultura sul-africana de qualidade.
História
Em 1652 a Companhia das Índias Ocidentais instalou um posto de apoio no cabo da
Boa Esperança. A partir de 1659 começou-se a produzir vinho na região, a partir de
uvas locais.
Por volta de 1950 os produtores locais foram influenciados por técnicas enológicas
alemãs e italianas, e os líderes fundaram em 1955 o Instituto de Pesquisas em
Viticultura e Enologia, hoje conhecido como Nietvoorbij.
Hoje, uma entusiasmada legião de jovens vinicultores desenvolvem sua herança, tirando
vantagem de seu terroir único para produzir vinhos vencedores em competições
internacionais e exportando-os para mais de 80 países.
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Austrália
Nova Zelândia
A Nova Zelândia é um país de contrastes, com floresta nativa densa, montanhas
cobertas de neve e um litoral espetacular. Com regiões vinícolas em expansão ocupando
latitudes de 36 a 45 graus numa extensão de 1600 km, as uvas crescem em uma ampla
gama de microclimas e tipos de solo, produzindo uma grande variedade de estilos. A
parcela equivalente dessa ocupação no hemisfério norte iria de Bordeaux (44-46º) até o
sul da Espanha.
A Nova Zelândia tem dez regiões vinícolas principais, cada uma apresentando grande
diversidade de clima e solo. As diferenças de clima podem ser ilustradas pela variação
da data da colheita de Chardonnay: enquanto nas regiões mais amenas e úmidas de
Northland, Auckland e Gisborne a colheita deve começar em final de fevereiro ao início
de março, em Central Otago os vinhedos de Chardonnay mais ao sul no mundo são
colhidos a partir de meados de abril – uma diferença de 6 a 7 semanas.
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O vinho é uma bebida que provém da transformação da fruta, a uva, por isso se
consumido moderadamente, regularmente, e durante as refeições, é útil na prevenção
e tratamento de várias doenças.
Mas como uma bebida alcoólica pode trazer algum benefício à nossa saúde?
VINHO E SAÚDE
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O vinho possui dois íons (silício e cromo), que também têm ação benéfica na limpeza
das paredes das artérias. Como estas duas substâncias permanecem na corrente
sangüínea apenas por 24 horas, para que elas possam ter efeito protetor é necessário
consumir vinho diariamente. "Aí reside o segredo da bebida" se consumirmos o
equivalente a duas, três taças por dia. No caso dos idosos, por exemplo, além da
melhora de qualidade de vida, o vinho também proporciona melhores digestão e sono,
além de bom humor.
Digestão - O consumo habitual de vinho nas refeições faz com que o álcool e os
compostos fenólicos do mesmo contenham efeitos adversos das comidas gordurosas.
Os limites
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Quando esta dose diária não é ultrapassada e se tem a precaução de reparti-la entre
as duas principais refeições, o vinho pode então desempenhar seu papel de alimento
tônico e benéfico.
O vinho e a alimentação
Flavonóides presentes no vinho tinto, tem poder antioxidante até maior que a Vitamina
E, e por isso, protegem o coração dos efeitos das gorduras.
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Tabela de Nutrientes
Saúde! A clássica saudação que acompanha um brinde pode ser a mais pura
expressão da verdade, a ciência já comprovou que o consumo de um a dois copos
diários de vinho, em especial o tinto, na hora das refeições deixa o coração
literalmente mais leve. Alguns povos, como os franceses, tradicionais apreciadores da
bebida, consomem em média 65 litros anuais per capita. Isso explica, talvez, porque
os franceses, conhecidos mundialmente por sua culinária rica em manteiga, molhos
cremosos e queijos gordos, além de fumantes inveterados e nem um pouco chegados
a algum tipo de atividade física, consigam ter um índice tão baixo de mortalidade
devido a enfartes e derrames, e uma longevidade 8 anos maior que os Americanos,
que tomam somente 12 litros per capita ano.
E o consumo brasileiro mal chega a 1,5 litros anuais por pessoa, para uma produção
estimada em 260 milhões de litros, segundo dados da UVIBRA - União Brasileira de
Vitivinicultura.
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"Esta experiência é muito interessante porque explica como uma dieta alimentícia atua
ao nível das moléculas", frisa a pesquisadora.
O grande responsável pelos efeitos benéficos do vinho à saúde são os polifenóis, isso
porque eles têm:
- melhor comunicação;
- melhor nível de atenção;
- menos agitação,
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- menos incontinências e
- QI mais elevado
Na fase inicial, o vinho inibe em até 80% o crescimento do HIV. Os pacientes com
AIDS e que estão fazendo o tratamento com o coquetel antiviral e bebem vinho
moderadamente, regularmente, durante as refeições, tem um maior período de
latência (período em que ficam com o vírus sem manifestar a doença).
-A-
ABRIR - diz-se que o vinho "está abrindo" (ou "abriu") quando está havendo (ou
houve) crescimento de suas características (em especial do aroma), com um certo tempo
após a abertura da garrafa
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AUSTERO - adstringente
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-B-
-C-
CARNOSO - encorpado
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CHATO - vinho sem acidez ou espumante que perdeu o gás, o mesmo que plano ou
plat (francês) ou flat (inglês)
CLAIRET (francês) - nome utilizado pelos franceses a vinhos tintos leves, frutados,
quase rosés
CORPO - sensação tátil do vinho à bôca, que lhe dá pêso (sensação de "boca
cheia") e resulta do seu alto teor de extrato sêco
-D-
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-E-
-F-
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FOXADO (do inglês "foxed") - odor e gosto de pêlo de raposa, típico de uvas
americanas, como as da espécie Vitis labrusca
FRANCO - sem defeitos; também usado para vinho que não deixa retrogosto
-G-
GRANDE - excelente
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-H-
-I-
-J-
JOVEM - vinho geralmente frutado, pouco tânico com acidez agradável e que não
se presta ao envelhecimento (Ex: vinhos brancos em geral, espumantes e a maioria
dos vinhos brasileiros); pode também significar vinho recém-fabricado,que pode e
deve envelhecer
-L-
LEVE - com pouco corpo e pouco álcool,mas equilibrado; o mesmo que ligeiro
-M-
MADEIRIZADO - vinho branco oxidado que adquire cor que vai de dourada a
castanho, aroma adocicado (cetônico) e gosto amargo
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-N-
-O-
OLEOSO - viscoso
-P-
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PLANO - sem sabor e sem corpo ou sem corpo e sem acidez; também usado como
sinônimo de chato
-Q-
-R-
RAÇA - diz-se que um vinho é de raça ou raçudo quando tem alta qualidade
ROLHA - diz-se que o vinho tem odor e/ou gosto de rolha quando apresenta
aroma desagradável passado por rolha contaminada pela Armillaria mella (fungo
parasita da casca da árvore com a qual é feita a rolha, o sobreiro)
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-S-
SEIVA - (do francês sève), diz-se que um vinho tem seiva quando é um grande
vinho
SUR LIE (francês: sur = sobre; lie = borra) - vinho não filtrado, que vai do barril,
onde ficou sobre a borra, direto para a garrafa.
-T-
TÂNICO - que tem muito tanino ou no qual o tanino sobressai ; o mesmo que
adstringente e duro
-U-
-V-
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