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A região de onde hoje está a cidade era um local geograficamente interessante para a
construção de uma vila portuguesa, em parte porque se localiza como um ponto intermediário
entre povoados importantes como Rio Grande, Rio Pardo, Taquari, Santo Antonio da Patrulha.
E depois o lugar apresentava características favoráveis a implantação de uma cidade: uma
região alta com potencial natural para o desenvolvimento portuário já que possuía baía com
águas profundas e protegida dos ventos, além de ser um ponto de confluência de outros rios o
que facilitava a comunicação com outros povoados e facilitava o desenvolvimento comercial.
Claro que os Açorianos não estavam sozinhos aqui. Vieram acompanhados de portugueses
sobretudo militares e membros do clero que se ocuparam de organizar o espaço e traçar os
primeiros arruamentos. O primeiro traçado que se tem notícia teria sido feito em 1772, pelo
capitão Alexandre José Montanha a pedido do Governador do Rio Grande do Sul Coronel José
Marcelino de Figueiredo (Provavelmente o nome coronel Sepúlveda soe mais familiar para
quem conhece o centro, mais especificamente a praça da alfândega), o responsável pelo
povoamento que neste mesmo ano de 1772 foi promovida a capital da província (título antes
pertencente a Viamão), antes mesmo de ser considerada uma vila, título que recebeu apenas
em 1810.
Uma simulação do que deve ter sido este traçado foi feito pelo professor Tupi Caldas (falecido
em 1946) professor na escola militar em Porto Alegre e membro do Instituto Histórico
Geográfico (bizarramente formado em Farmácia...o_0).
Apesar de não ter sido mencionado as linhas de relevo no mapa, o professor Günter Weimer
assinala que o arruamento levou em consideração a topografia, e desta forma dispôs as ruas
mais importantes e maiores paralelas as curvas de nível, enquanto as ruas secundarias foram
traçadas perpendiculares.
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A motivação dos açorianos para emigrarem para o sul do Brasil foi decorrente do fraco desempenho
econômico das ilhas, escassez de produção de alimentos em razão do excedente populacional. Por outro
lado as ilhas da Madeira e dos Açores eram assoladas por erupções vulcânicas e terremotos.
uso de proporção) e os dados apresentados dependem dos critérios e intenções a que ele se
destina de forma que para determinados fins são aceitas distorções.
Voltando ao mapa de 1772, temos assinaladas as praças na parte mais alta da cidade como
“Alto” e as praças da parte mais baixa como “Largos”. A Praça do Alto da Praia, é a atual Praça
da Matriz, Largo da Quitanda é a Praça da Alfândega desde este traçado se revelam como
espaço de grande importância, em parte pela centralidade de ambas e pelas características
que vão assumir em função dos edifícios que vão compor o seu entorno.
A praça do Alto da Praia, foi escolhida para comportar a Igreja principal (Matriz) da cidade, que
teve a sua construção iniciada em 1780. E ao lado desta em 1784 foi iniciada a construção do
Palácio de Barro, ou Palácio do Governo, concluído em 1789. Em 1790 é concluída o edifício da
Casa da Junta, hoje o edifício mais antigo da praça (claro que ele foi modificado, ao longo do
tempo).
Estes edifícios foram o suficiente para consolidar o caráter cívico- religioso da praça da Matriz.
Notem que curiosamente os dois edifícios mais importantes da praça estão lado a lado e não
estabelecem de fato uma relação harmônica com a praça, isso demonstra que na verdade não
houve um intento compositivo, apenas foram posicionados os edifícios na parte mais alta e
centralizada do lugar.
Isto é, não houve um grande planejamento para a cidade, diz-se que os portugueses tiveram
dificuldades de implantar um plano viário regular em razão da topografia, apesar disso,
algumas características são observáveis, características essas que são oriundas mais de uma
tradição do que propriamente de um planejamento urbano, como a centralização da Igreja e a
criação de uma “Rua Direita ou Directa” que segundo o professor Günter se trata da Rua
Duque de Caxias (os portugueses não são reconhecidos por serem os melhores planejadores
urbanos de colônias).
Bom, enquanto o centro político e religioso estava no Alto da Praia, o centro comercial estava
localizado no Largo da Quitanda, era um espaço cercado de residências, obviamente em estilo
colonial, segundo Nestor Goulart Reis Filho, divididas em duas tipologias, as casas em fita,
térreas ou os sobrados que possuíam no térreo a possibilidade de estabelecer algum tipo de
área comercial ou de serviço.
A praça em si era o espaço de feiras, onde se reuniam pessoas de todas as classes sociais para
o espetáculo da compra e venda de produtos. Vários viajantes visitaram Porto Alegre ao longo
do séc. XVIII, dentre eles Saint-Hilaire que faz uma discrição de como eram essas feiras.
O sucesso do comércio e a necessidade, fez com que em 1804 o governador Paulo Gama
ordenasse a construção de um trapiche no eixo da praça bem como a primeira alfândega da
cidade que ficava situada em uma casa na Rua da Praia, atual Rua dos Andradas.
Este desenvolvimento comercial propiciou acúmulo de capital que em parte era investido no
desenvolvimento urbano (vejam quem em 1794, segundo Francisco Riopardense, foi lançada
uma medida que determinava que os moradores da zona urbana da cidade calçassem a rua em
frente as suas casas, houve construção de pontes, olarias, assim como em 1824 foi concluída a
nova sede da alfândega no centro da praça da alfândega. Sabe-se também que em 1820 um
decreto disporia sobre a remoção dos feirantes da praça para a Praça Paraíso (atual praça XV),
porém as manifestações contrarias a esta medida chegaram a um acordo que delimitaria o uso
da praça para comercio apenas em seu lado oeste. Esta medida estaria relacionada com a ideia
de modificar o caráter da praça e promover a limpeza do lugar uma vez que era uma das
portas de entrada da cidade.
Aquele exército que em um primeiro momento seria necessário para conter possíveis reações
dos portugueses que quisessem reverter a decisão de Dom Pedro I de tornar a colônia
independente, passou a ser necessária também dentro dos povoados e vilas. Este mesmo Dom
Pedro, em 1822 também foi responsável por eleger por decreto Porto Alegre a categoria de
Cidade.
A fase inicial deste processo de desvinculação da colônia com o império de Portugal, foi
marcado por uma fragilidade administrativa, precariedade de infraestruturas (O liceu de Porto
Alegre foi construído apenas em 1850) e insegurança (no período de 1829-1835 existem
relatos que constam da violência e insegurança que assolavam as cidades e reivindicavam a
construção de aparatos de opressivos como presídios e quartéis.
Economicamente Porto Alegre foi fragilizada pela política de taxação abusiva determinada pelo
Imperador. A cidade passou a exportar cerca de apenas 25% do que costumeiramente
exportava. Praga no trigo. Cobrança de dízimos e pedágios. Produtos importados recebiam alta
cotação. E mesmo após a abdicação de Dom Pedro I do trono brasileiro para voltar a Portugal,
os governantes do período das regências não melhoraram a situação do Estado, o que acaba
culminando em uma série de Revoluções.
De 1835-1845 ocorre a Revolução Farroupilha e neste período, Porto Alegre é sitiada, o que no
mapa desenhado em 1839 por L. P. Dias, significa uma cidade cercada por muralhas e
paliçadas que dificultaram a sua comunicação com o exterior, o porto é fechado. Se faz
necessário o investimento em hospitais e nas igrejas, existe uma demanda por realocação dos
cemitérios que estavam localizados dentro da área mais densas da cidade, atrás da Igreja da
Matriz e na Praça Dom Sebastião.
Período de recessão da construção. Obras que estavam em andamento como o Teatro São
Pedro, são paralisadas em função da revolução.
Acredito que com segurança podemos afirmar que o destaque das obras destes
engenheiros/arquitetos na cidade se dava em especial pela linguagem arquitetônica que
utilizavam que era fortemente influenciada pelo neoclassicismo.
O neoclassicismo chegou ao Brasil em 1816 com Dom João VI que fugindo de Portugal vem
residir no Rio de Janeiro. Uma vez aqui estabelece que se deve fundar uma Escola de Belas
Artes (Missão artística francesa) a ser ministrada por personagens importantes como
Grandjean de Montigny, e assim, faz do estilo neoclássico o estilo de construção do império
aqui no Brasil. O que começou no Rio de Janeiro e se expandiu para São Paulo era tido como
referência e Porto Alegre como uma cidade em pleno desenvolvimento não queria ficar para
trás, logo perseguia essas tendências importadas diretamente da Europa com a ressalva de
que em vez de se servir diretamente dos conhecimentos de profissionais franceses partiu de
profissionais alemães.
Não por acaso foram contratados para fazer basicamente edifícios públicos (ao menos é o que
se tem notícia). Este estilo se destacava em meio a uma cidade cujas construções eram
dominadas pelo estilo colonial. Estes edifícios dotados de uma linguagem mais “moderna”,
serviram como referência para as reformas da Casa da Junta (1857), do Palácio do Governo
(1860) A Criação do edifícios da Cia. Hidráulica Porto Alegrense (1860), Secretaria de Obras
Públicas (1871) e A Sociedade Bailante (1880). (Todos ao redor da praça da Matriz)
Hospital Psiquiátrico São Pedro(1881), Asilo Padre Cacique (1884) tardio neoclassicismo
(Álvaro Nunes Pereira)
Voltando no livro da Célia vemos que Porto Alegre esta, neste período do séc. XVIII, se
estruturando pelo território que vai além da península onde incialmente se instalaram aqueles
casais de açorianos. Os eixos de desenvolvimento se por zonas, em ordem sequencial: Bairro
Navegantes (4° distrito, naturalmente o lado mais próximo a Novo Hamburgo, São Leopoldo),
Rua Cristóvão Colombo e Benjamin Constant, Av. Independência, Avenida Osvaldo Aranha nas
proximidades da Av. independência, João Pessoa, Bento Gonçalves em direção a Viamão,
Arraial São Miguel, Rua Santana, Venâncio Aires e Bento Gonçalves, Arraial Menino Deus.
Sendo que os espaços eram pouco densificados, existindo vazios intermediários entre as
zonas.
Estas preocupações sanitárias e até certo ponto estéticas, se tornaram visíveis por toda a
cidade a partir de 1870 quando de forma geral as praças passaram a ser remodeladas e
arborizadas.
Entre 1866-1868, houve uma iniciativa dos moradores de arborizar a praça da alfândega, que
foi concedido pela prefeitura mediante o acompanhamento por um funcionário público.
O positivismo não era uma doutrina adotada pela aceitação popular, pelo contrário, se tratava
de uma doutrina autoritária, que tentava mascarar o seu caráter impositivos por meio da
promessa de trazer progresso para a cidade (todos conhecem o “ordem e progresso” da nossa
bandeira), e este progresso vinha acompanhado da ideia de que a educação da população era
essencial para que o país cresce economicamente (75% da população era analfabeta né
época... e população mais educada, significa menos colonos e mais intelectuais, mais pessoas
especializadas, mais produção).
O período do governo positivista (de 1891 até mais ou menos a déc. 40), foi marcado por uma
intensa atividade construtiva.
O governo de Júlio de Castilhos foi marcado por poucos, porém importantes projetos de
arquitetura voltados para a imagem do novo regime político do Estado: a construção da
Intendência Municipal (projeto do engenheiro italiano João Carrara Colfosco) encaminhada
durante o seu mandato, a demolição do antigo Palácio de Barro em 1896 (transferindo
provisoriamente as funções do governo para a sede do Comando de Armas) e neste mesmo
ano, a encomenda do novo projeto do novo Palácio do Governo (projetado por Affonso
Hebert).
Em 1906 uma nova planta da cidade é publicada, tendo como o responsável pela sua
graficação o desenhista da Secretaria de Obras, Atílio Trebbi. Esta planta foi organizada para
ser não só um mapa, mas também, um guia dos edifícios importantes da capital que foram
desenhados na margem.
Enfim, o palácio que hoje se encontra na praça é projeto de Maurice Grás, no entanto o
projeto proposto para a praça não compareceu nas plantas, sendo apenas anunciadas algumas
diretrizes sem muito comprometimento, mas que foi o que foi seguido no desenho da avenida
feito por trebbi em 1909.
A avenida tinha a pretensão de ligar a parte baixa da cidade com a parte alta, conectando as
duas principais praças da cidade, Praça da Alfandega e Praça da Matriz, logo, é óbvio que a
Praça da Alfândega não passaria este mandato (de 1908-1913), sem um projeto para ela. E de
fato ocorreu. Desde 1899 se pensava em ampliar o espaço da cidade em direção ao Guaíba por
meio de aterros retificados e de incursões para aumentar o calado do Lago e transformar afim
de modernizar/ampliar o porto da capital. (Um projeto que foi lançado em 1904 também com
inspiração francesa, desenhado pelo diretor da Secretaria de Viação e Obras Fluviais, o
engenheiro João Luiz de Farias Santos juntamente com o Chefe da Secretaria de Obras José
Cândido Godoy).
Esta ideia de criar aos aterros se afirmou e começou com a ampliação da Praça da Alfandega.
Sobre o espaço do aterro se construiu os quatro palácios ecléticos que lá estão hoje: Delegacia
Fiscal (MARGS), Correios e Telégrafos (Memorial do RS), Nova Alfândega e Secretaria da
Fazenda. Sendo que apenas os Correios e Telégrafos foram construídos durante o mandato de
Barbosa. Os demais se seguiram durante o segundo mandato de Borges de Medeiros (1913-
1928), o que inclui a conclusão do Palácio do Governo, inaugurado em 1921.
A Guerra causou atraso na conclusão de obras, como o MARGS, cujas cúpulas em bronze
haviam sido encomendadas da Alemanha e só ao Brasil depois da Guerra.
Em 1922 é concluído o Cais do Porto construído com estrutura metálica, o que era uma
novidade na cidade, os armazéns foram totalmente importados da França. Enquanto o MARGS
foi construído utilizando concreto e zenitais, o que também era inovador para a época, mas
dessa vez a tecnologia, no caso o concreto tem origem provavelmente na Alemanha.
A professora Célia afirma que a maior parte dos positivistas que comandavam o partido eram
engenheiros e médicos.
Planejamento Urbano
A ideia de progresso e desenvolvimento não poderia deixar de ser acompanhada pela ideia de
ordem da cidade, e neste intuito em 1914 surge o primeiro projeto “plano diretor” de Porto
Alegre. Desenhado pelo Engenheiro João Moreira Maciel, apesar de ser um plano com
diretrizes sobretudo viárias e voltadas para a questão do tráfego na cidade. Não se pode negar
que se enquadrava na tríade de origem francesa: circular, sanear e embelezar.
Assim, foram projetadas as avenidas Júlio de Castilhos, Otávio Rocha e Borges de Medeiros (na
altura da Coronel Genuíno) e a primeira ponte sobre o Arroio Dilúvio. Muitas de suas idéias
influenciaram os planos elaborados posteriormente e acabaram sendo executadas.
Mais tarde, em 1935/37 surge o Plano Gladosch - A segunda tentativa de planificar a cidade
com estudos realizados por Edvaldo Pereira Paiva e Luiz Arthur Ubatuba de Farias. O trabalho,
denominado, partia do plano elaborado por Maciel e voltava-se, também, para as questões
viárias. Os dois urbanistas trabalharam, por exemplo, na elaboração do traçado definitivo da
Avenida Farrapos e destacaram. Também foram os dois urbanistas que planejaram o sistema
de radiais e perimetrais para a cidade.
Em 1938, o urbanista Arnaldo Gladosch foi contratado para elaborar um Plano Diretor para
Porto Alegre. Um ano depois, foi criado o Conselho do Plano Diretor (que atua até hoje), para
o qual o arquiteto apresentava sua idéias. O chamado Plano Gladosch, embora já destacasse a
necessidade do "zoneamento" da cidade, resultou numa proposta essencialmente viária. Três
estudos chegaram a ser apresentados, mas não foi ainda desta vez que a Capital gaúcha
passou a contar com um Plano Diretor.
Plano de 1959 - Outro passo importante foi dado em 1942, quando Edvaldo Paiva deu início à
elaboração do chamado "Expediente Urbano de Porto Alegre", que resultou numa completa
radiografia da cidade. Cerca de dez anos mais tarde, Paiva e Demétrio Ribeiro organizaram um
anteprojeto de planificação inovador para a época, que fixava normas a serem seguidas pelas
quatro funções urbanas: habitação, trabalho, lazer e circulação. Pela primeira vez, houve
preocupação em sugerir um esquema de zoneamento onde as áreas residenciais eram
divididas em unidades de habitação e onde constavam as áreas industriais e comerciais.
A sanção da Lei Complementar 434 de 1º de dezembro de 1999 aconteceu quando a cidade
vivia um momento ímpar,em termos de planejamento urbano. Em julho desse ano, o 1º Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano (1º PDDU) havia completado 20 anos de aplicação,
enquanto que, no dia 30 de dezembro, o Plano Diretor de 1959 (Lei 2330), que foi o primeiro
que a cidade passou a contar, completou 40 anos de sua aprovação. Por uma coincidência
histórica, os três planos diretores da Capital acabaram sendo aprovados em períodos de 20
anos.
No período de 30 o último estágio de ecletismo ficou conhecido em Porto Alegre como art-
déco, que pode ser interpretado também como o primeiro estágio do modernismo (ou ainda
as primeiras manifestações em direção ao manifesto da arquitetura moderna publicado por
Gregório Warchavick em 1925), ou protomodernismo. Junto com este estilo aparece o estilo
californiano das casas unifamiliares que passa a ser dominante nos anos 40 e passa a ser
rarefeito na década de 50. (não deixa de ser um exercício de produção arquitetônica de auto-
afirmação das características nacionais, ainda que o estilo tenha se originado nos Estados
Unidos)
1933 – Getulio assina a lei que cria os conselho de arquitetura e que passou a limitar a atuação
profissional à apenas os profissionais graduados no país. Uma medida que vai causar um
esvaziamento da produção arquitetônica em função da maioria dos arquitetos serem
estrangeiros. Estes recebiam uma carteira com licença para a construir, porém com muitas
limitações de forma que se viam ou submetidos a tutela de engenheiros, ou acabavam por
trabalhar em cidades do interior onde a legislação fosse menos visada.
Decisão de Getúlio de apoiar os países aliados e não o Eixo, a Alemanha atacou navios
brasileiros e orquestrou o bloqueio naval no oceano atlântico de forma que em 1941 nada foi
exportado ou importado da Alemanha que era um dos principais mercados relacionados ao
Brasil, porem apesar disso não chegou a ser um desastre pois neste período o mercado alemão
passou a ser substituído pelos EUA e pela Inglaterra, e a troca do acordo com os alemães pelo
acordo com os EUA e a Inglaterra renderam uma valorização dos produtos exportados de
forma que em 1945, ao fim da guerra, apesar do volume de vendas ser pouco menor que o
volume até 1939, o valor financeiro acumulado era muito maior, isto é, houve lucro durante a
guerra. O que permitiu o de produtos naturais, grãos em sua maioria, mas também industrias
para a fabricação de cimento, que era um elemento essencial na construção e que estava em
falta. Mas era necessário operários para lidar nestas industrias por isso em 1942 é criado o
SENAI (serviço nacional de aprendizagem industrial).
O pioneiro do Modernismo corbusiano em Porto Alegre foi Carlos Alberto de Holanda autor
Ed. Santa Terezinha e Edificio Santa Cruz (1955)
Essa mudança tem como divisor de aguas o edifício da assembleia legislativa de Gregorio Zolko
(1958).
O estilo paulista era menos ligado a ideia nacionalista de arquitetura (se apegava menos as
carcateristicas ditas brasileiras de arquitetura, como o cobogó). Se dividiu em duas linhas de
composição/criação: uma foi a adoção de um ideal de “estilo internacional”, tendo como
referencia as obras de Mies Van der Rohe.
DAER (1963)
A outra linhagem se aproxima do brutalismo paulista e por tanto perseguia solução e detalhes
exclusivos de construção, assim como se caracterizou por um peso compositivo, uso do
concreto e por tanto era mais artesanal, do que as obras inspiradas em Mies que faziam
grande uso de peças industrializadas.
Um exemplo é a casa do Arq. Selso Manfessoni e outro é Centro Evangélico de Carlos Fayet e
Suzy Brücker. (1959)
Nos anos entre 1990 a 2000 existe um apelo das construções sobretudo das residência
multifamiliares, condomínios ao uso de linguagens para venda, inicia-se uma onda de
fachadismo com menções a estilos como o “neoclassicismo” com a simples justificativa de que
isso é o que as pessoas gostam.
1941 – enchente
1967 – enchente
1970 – Ultimo bonde circula por Porto Alegre e é recolhido para um depósito.
1973 – É delimitada a Região metropolitana de Porto Alegre com 14 municipios que em 2001
aumentaram para 31.
1975 – Concluída a Primeira perimetral de Porto Alegre e depois a Segunda Perimetral