Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
INTRODUÇÃO
Desde 1798 já existia a ideia de tornar as colônias
portuguesas numa federação e de transferir a
sede da coroa para o Brasil, dado ao cenário
ameaçador da Revolução Francesa.
Portugal era muito dependente da Inglaterra,
desde o Tratado de Methuen (panos e vinhos) e,
com a expansão napoleônica, tornava-se aliado do
maior adversário francês.
A família real e a nobreza abandonou Portugal
rumo ao Brasil em 1807 fugindo da invasão
napoleônica (um dia antes).
A INTERIORIZAÇÃO DA METRÓPOLE
1808: Abertura dos portos e consequente quebra do monopólio
metropolitano.
Rio de Janeiro abrigou a família real e a nobreza ocupando casas de
antigos colonos abastados (PR).
A abertura dos portos atendia a demanda da nobreza portuguesa
em consumir produtos principalmente ingleses, tal como faziam em
Portugal.
Ainda neste ano, centenas de comerciantes ingleses se instalaram
no Rio para atendem ao promissor comércio.
1810: Tratado de Navegação e Comércio: Mercadorias inglesas
pagavam 15% de imposto, portuguesas 16% e demais países 24%.
Esse tratado gerou insatisfação dos colonos.
Só em 1815 o Brasil ganhou a condição de Reino Unido de Portugal
e Algarve.
AS TRANSFORMAÇÕES DO CENTRO-SUL
Desde 1763 o Rio era capital da colônia, mas agora recebia gêneros alimentícios de
São Paulo (rota de mercadorias do sul) e de Minas, que com o declínio da
mineração passou a ser agricultora e pecuarista. Estradas foram construídas para
facilitar a chegada desse mercado interno.
Tudo isso para abastecer uma população que, entre 1808 e 1821 cresceu de 43
para 79 mil habitantes, no Rio.
Pela primeira vez surgiu um pólo de comércio duradouro que articulava todo o
Centro-Sul. Antes não era assim, era bem mais disperso. Prova disso encontramos
nas revoltas em Minas e Bahia, que não previam uma independência do país como
um todo, e sim dos seus Estados.
Essa nobreza e seus descendentes brasileiros iam recebendo terras no Vale do
Paraíba, mais títulos de nobreza, e investiam em obras públicas, como o Jardim
Botânico, Biblioteca Real, Imprensa Régia, Academia da Marinha, Academia Militar,
Academia de Belas Artes e Ofícios, Observatório Astronômico, Casa da Moeda e
Banco do Brasil (criado para pagar funcionários do Estado e conceder
empréstimos).
No Norte e Nordeste, a presença da família real não estava sendo lucrativa e
estavam descontentes com a formação de uma elite dirigente no sudeste brasileiro.
A CRISE DA COROA PORTUGUESA
Em 1816 morre D. Maria, a louca, mãe de D. João VI. Ele assume o
trono português no Brasil em 1818 e provoca a ira dos lusitanos em
Portugal, pois desde 1811 as tropas francesas haviam deixado
Portugal e desde 1815 fora derrotado em definitivo. Não havia
motivos para D. João continuar aqui.
Desde 1810 as colônias espanholas estavam em processo de
independências e fundavam repúblicas. D. João dizia ficar no Brasil
para garantir a unidade do território. Sob essa desculpa, anexou a
Cisplatina (para controlar o comércio do Rio do Prata.
Em 1817, estoura a Insurreição Pernambucana. No Nordeste, a
Coroa ainda mantinha o monopólio comercial, mesmo depois dos
tratados de 1810. Colonos queriam o direito de comercializar
diretamente com Ingleses e Americanos. Tomaram o poder e
proclamaram uma república por 74 dias.
A REVOLUÇÃO DO PORTO
1820: Militares se pronunciaram contra a ausência do Rei em Portugal e a preponderância inglesa
nos negócios do Império.
A economia portuguesa estava arruinada por conta da recente guerra contra a França e da quebra do
monopólio comercial colonial pela abertura dos portos.
A burguesia portuguesa tomou o poder e buscava acabar com o Absolutismo convocando as Cortes
(grupos parlamentares de todo o Império) para a construção da nova constituição.
Três forças dominavam os debates: Deputados portugueses (recolonização, monarquia
constitucional), elite regional do Brasil (queria manter o Reino Unido e abafar revoltas republicanas
radicais) e Membros da corte real (conservação do absolutismo). Os pequenos comerciantes
brasileiros temiam uma recolonização e a Inglaterra só observava a fim de usar o evento para lucrar
mais.
1821: Movimentos populares radicais (republicanos) no Rio e na Bahia mostravam que a Coroa
corria perigo aqui no Brasil. Para não perder a Coroa e, ao mesmo tempo não entregar o poder
completo à burguesia lusitana, D. João VI volta à Portugal e deixa seu filho como Regente no Brasil
(“Faça a revolução antes que um aventureiro a faça”).
1822: Portugal exige o Fim da Regência de D. Pedro I (não vai – Dia do Fico 09/01). A Elite do Centro-
Sul vai à Lisboa e não aceita as exigências dos constituintes portugueses.
No retorno dos deputados brasileiros, D. Pedro I é estimulado pela elite local a declarar a
independência.
EXERCÍCIOS
Em 2015 o Rio de Janeiro comemora 450 anos de sua fundação. Ao
longo dos séculos, a cidade passou por uma série de mudanças e
transformações que resultaram na capital do estado que temos hoje.
Dentre estas mudanças podemos citar:
a) a ocupação francesa no centro do Rio de Janeiro no século XVIII,
inclusive a Ilha de Villegagnon, sede da França Antártica.
b) a destruição das plantações de cana-de-açúcar pelos holandeses por
conta da concorrência do açúcar produzido nas Antilhas durante o
século XVII.
c) o surgimento de ruas e o alargamento de algumas já existentes e a
criação de instituições por D. João VI a partir de 1808, como o
Jardim Botânico e a Biblioteca Real.
d) a Revolução do Porto que em 1820 paralisou o porto principal do Rio
de Janeiro por conta das altas tarifas alfandegárias sobre os
escravos.
No ano de 1808, a Corte portuguesa instalou-se no Brasil. A partir desse
momento, um processo de desenvolvimento científico-cultural ocorreu, com
a fundação de instituições, como Biblioteca Pública e Imprensa Régia.
Também foram criados, com o passar do tempo, diferentes cursos, como o
da Academia Real Militar e da Faculdade de Medicina.