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Chegada dos portugueses ao Brasil

● 22 de Abril de 1500 (Chegada dos Portugueses)


● Desembarque no dia seguinte
● 26 de Abril (Primeira Missa)
● 1 de Maio (Oficialização da posse/segunda missa)
● 2 de Maio (Continuação da viagem à Índia)
Encontro de Civilizações
● Europeu (Estado Centralizador com leis sofisticadas, católico, Mercantilista)
● Índios (Sem estado, com suas próprias crenças, Subsistência e
semi-nomadismo)
● Desmatamento da Mata Atlântica
● Extinção de Animais
● Cultura, política e sociedades em choque
● Fruto das rotas das grandes navegações
● A rota de Cabral, percorreu os quatro continentes
● Rota Internacional
● Ele chega ao Brasil devido a um mal entendido em Calicute e abandono as
funções de desbravador
● Outros exemplos: Vespúcio, Colombo, Magalhães, etc)
● Várias rotas comerciais começam a ser formadas no final do Século XV
Períodos da História do Brasil
● Pré-colonial (1500-1530)
● Colonial (1530-1822)
● Imperial (1822-1889)
● Republicano (1899-Atual)
A formação do território brasileiro se dá início no tratado de Tordesilhas
(1494)
● definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de
Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde.
● O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos países ibéricos,
cabendo a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas antes da
linha imaginária que demarcava 370 léguas (1770 km) a oeste das ilhas de
Cabo Verde, e a Castela as terras que ficassem além dessa linha.
Sistema de Donatarias (1530)
● 15 lotes doados a 12 donatários (Fidalgos financiados pelo capital
estrangeiro)
● uso efetivo de 20% das terras das donatarias sendo que os 80%
restantes deveriam ser divididos em sesmarias entregues aos cristãos
que as requeresse para cultivar mediante o pagamento de tributo;
● criação e exploração de estrutura física (moenda, engenho...);
● escravização dos indígenas em número limitado e autorização para a
venda em média de 19 indígenas, por ano em Lisboa;
● recebimento de 50% do valor do pau-brasil e do pescado, que eram
monopólio da coroa;
● cobrança de impostos (redizima) que correspondia a cerca de 10% dos
impostos recolhidos pelo Tesouro Real.
Tratado de Madri (1750)
● Posteriormente, durante a Dinastia Filipina (União Ibérica- 1580/1640), os
portugueses se expandiram de tal forma na América do Sul que, em 1680,
visando o comércio com a bacia do rio da Prata e a região andina, fundaram
um estabelecimento à margem esquerda do Prata, em frente a Buenos Aires:
a Colônia do Sacramento.
● A fixação portuguesa em território oficialmente espanhol gerou um longo
período de conflitos armados, conduzindo à negociação do Tratado de Madrid
(1750).
● Expansão das missões religiosas jesuítas
Primeiros Ciclos Econômicos
● Pau-Brasil: Reconhecimento das orla brasileira e construção e
feitorias para a extração do pau-brasil.
● Durante esse período ocorreram as primeiras expedições colonizadoras
(1521-1557) por Portugal com o objetivo de garantir a ocupação do
território brasileiro e evitar a invasão por outros países como Inglaterra,
França e Holanda.
● A falta de um órgão coordenador das donatarias provocou uma
crescente dispersão administrativa, permitindo que as donatarias se
tornassem mais independentes à medida que a colônia expandia suas
atividades.
● Expedições Bandeirantes (Séc XVII e XVIII)
● Ciclo do Açúcar (1534-1700): Apogeu entre 1646-54 .
● Motivos da decadência desse ciclo:
● saturação do mercado provocada pelo excesso de oferta do produto;
● esgotamento das fontes do produto;
● retratação dos importadores (depressão econômica, epidemias, guerras...);
● concorrência do cultivo das Antilhas e do aumento da utilização do mel na
Europa.
● Principais características:
● Sistema de Plantation (Grande Propriedade, monocultura e escravidão)
● Capital oriundo de investimentos individuais ou associados à estrangeiros
● Não houve relação direta entre a produção (feita pelos donatários) e
comercialização (feito pela Coroa e para os mercados de especiarias) ;
● Lucro canalizado para o exterior do Brasil, permanecendo na colônia
apenas 5% do valor produzido;
● Construção de diversos engenhos
● Ciclo da Pecuária
● Início no Nordeste devido à expansão do açúcar
● Introdução do Gado Vacum vindo de Cabo Verde, principalmente em São
Vicente juntamente com equinos em 1534
● Esse rebanho se espalhou para o sul do Brasil e facilitou a interiorização das
populações.
● Surgiu como um subciclo e ganhou maior importância na segunda
metade do século XVII.
● No Sul, as primeiras fazendas de gado datam do início do século XVIII (anos
1700) e o consumo de charque integrou a região economicamente ao resto
da colônia, principalmente ao Sudeste.
● Ciclo da Mineração (1700-1789)
● devido a decadência do ciclo do Açúcar
● Bandeirantes saem na busca pelo ouro (1690)
● 1789 - Inconfidência Mineira
● Efeitos positivos do ciclo:
● Ocupação do território brasileiro;
● Formação de povoados no interior;
● Intensificação do comércio;
● Formação de um certo espírito empresarial nativo;
● Integração de parte da população escrava no mercado interno.
Fim do Período Colonial
● Vários foram os fatores que contribuíram para o exaurimento da economia
brasileira ao final do período colonial:
● Os pesados tributos canalizados para a metrópole, impedindo o acúmulo
de capital e investimento produtivo no Brasil;
● O Pacto Colonial: monopólio de comercio da colônia com a metrópole;
● A concentração excessiva dos meios de produção em um único produto,
provocando crise aguda cada vez que caia sua receita de exportação;
● A obsessão pelo ouro inibindo qualquer outra atividade econômica que
assegurasse a renda à colônia quando as minas se exaurissem;
● A dificuldade de acesso ao ensino de qualidade a quase totalidade da
população, o que permitiu manter a força de trabalho em baixos níveis
socioeconômicos;
● O baixo consumo interno da colônia e que comprometeu a efetiva
ocupação de regiões de interesse político e econômico;
● ocorrência de várias revoltas no Nordeste e Sudeste
Antecedentes da independência do Brasil
● Fato marcado pela indeterminação e pela incerteza;
● Ocorreu graças a fuga de D. João (príncipe regente) para o Brasil para
escapar da invasão francesa comandada por N. Bonaparte (1808) –
transferência do governo de Portugal e de suas colônias para o Brasil;
● Fuga da família real para o Brasil ocorre pela centralidade que a colônia
exercia sobre o império português;
● Brasil era a parte mais valiosa da relação com Portugal.
● 1816 – D. João é coroado rei de Portugal sob o titulo de D. João VI
Mudanças com a vinda da família real
● A abertura dos portos às nações amigas em 1808;
● A criação da Imprensa Régia e a publicação de jornais em 1808;
● A fundação do primeiro Banco do Brasil, em 1808;
● A criação da Academia Real Militar (1810);
● Abertura de algumas escolas, entre as quais duas de Medicina – uma
na Bahia e outra no RJ
● A instalação da Real Fábrica de Pólvora no Rio de Janeiro e de fábricas
de ferro em MG e SP
● Elevação do Estado do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e
Algarves;
● A fundação da Academia de Belas Artes em 1816;
● A mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de
se chamar "capitanias" e passaram a denominar-se de "províncias"
(1821);
● A criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) e do
Museu Real (1818), mais tarde Museu Nacional.
● Fuga e permanência da família real para o Brasil gera descontentamentos
das cortes portuguesas que passa a cobrar o retorno da Coroa para Portugal;
● Empobrecimento de Portugal. Para os portugueses o país havia se
tornado colônia do Brasil com a perda das regalias econômicas;
● O Brasil passa a negociar diretamente com a Inglaterra;
● Revolução Constituinte do Porto – 1820: exigiu-se a volta da família Real
para Portugal e a criação de Constituição para limitar os atos da Coroa.
Independência do Brasil (1822)
● 09/01/1822 - Dia Do Fico
● 07/09/1822 - Dia da Independência
● Independência não significa a separação do Brasil de Portugal mas sim, de
D. Pedro I das cortes portuguesas.
● Independência política e não econômica
Consequências socioeconômicas da Independência
● Primeira revolução social no Brasil sem a participação das massas
● Autonomia política;
● Instaura-se a formação da sociedade nacional;
● O poder passa a se organizar de dentro para fora – internalização e
nativização dos centros de poder;
● Liberalismo como ideologia:
● Liberdade (da colônia) e igualdade (elites nativas sentiam-se fora da
dinâmica);
● O liberalismo não afetou os aspectos da vida social, politica e
econômica que mantiveram a escravidão e o patrimonialismo.
● Elemento revolucionário:
● Despojar a ordem social herdada pela sociedade colonial;
● Havia maior envolvimento das elites rurais na construção de uma
politica econômica nacional;
● Promoção do mercado interno e da integração nacional;
● Elemento conservador:
● Preservar e fortalecer a ordem econômica – manter a grande lavoura, a
mineração, escravidão, a concentração de renda e monopólio do poder
por reduzidas elites.
Modelo de Estado Nacional
● A democracia não era uma ideia geral da sociedade;
● Interesses com a defesa da propriedade privada, a escravidão e
apropriação dos meios de poder ;
● Continuação do patrimonialismo – sociedade estamental;
● Consequências:
● Reações em cadeia à supressão do estatuto colonial e da ordem social
correspondente
● Funções do Estado:
● Manter as estruturas sociais que privilegiassem seu prestígio social e
mantivesse o monopólio social do poder político;
● Expandir o aparecimento de condições econômicas, sociais e culturais
para a sociedade nacional
● A preservação de velhas estruturas e o privilegiamento de estamentos
senhoriais possuíam na sociedade brasileira da época um sentido
revolucionário. Eram condições para o rompimento com o estatuto
colonial e, ao mesmo tempo, para erigir-se a construção da ordem
social nacional a partir da herança colonial.
Conclusões Sobre a Independência
● A autonomização do país foi um processo político não econômico
● O processo de autonomização política configurava-se um neocolonialismo
por parte das Nações dominantes
● Opção pelo “status senhorial” significa que as pressões externas não eram
tão fortes para estimular o desenvolvimento do capitalismo no centro da
grande lavoura
● A evolução do capitalismo no Brasil é antes de natureza sociocultural do
que econômica
● Capitalismo no Brasil nasceu de uma ordem pré-existente
● O liberalismo foi relevante ao passo que permitia legitimar a dominação
patrimonialista
Revolução Burguesa Brasileira
● Implantação do capitalismo no Brasil ocorre a partir do processo de
autonomização política e Internalização de fases de comercialização de
produtos controlados pela colônia;
● Aplicações do excedente econômico em bens de consumo para atender
ao mercado interno;
● Agentes humanos responsáveis:
● O fazendeiro do café;
● O imigrante (mascates) – Mattarazzo, Guinle, Percival Farquhar
Fatos históricos do Brasil
● 1808 – Chegada de de D. João à Bahia, abertura dos Portos às Nações
“amigas”, enfraquecimento do Pacto Colonial, aproximação com a Inglaterra;
● 1810- Pressão inglesa para fim da escravidão;
● 1815- Elevação do Brasil a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves;
● 1817- Rev. Pernambucana (emancipionista e armado);
● 1818 – Príncipe regente torna-se rei com o título e D. João VI;
● 1820 – chega ao Brasil a noticia da Revolução do Porto;
● 1821 – Fim do Absolutismo no Brasil; as Juntas Provisórias de governo
substituem os governadores das províncias; D. João VI retorna a Portugal
deixando D. Pedro como regente de Portugal no Brasil; as cortes exigem
volta de D. Pedro a Portugal;
● 1822 – Dia do Fico (9 de janeiro); Proclamação da Independência (7 de
setembro)
● 1826 – Morre D. João VI; D. Pedro I volta para Portugal sendo reconhecido
como (D. Pedro VI), mas abdica em favor de sua filha D. Maria da Glória (D.
Maria II);
● 1834 – Morre D. Pedro I em Portugal;
● 1835 – eclode revoltas da Cabanagem (PA) e Farroupilha (RS);
● 1840 – Maioridade de D. Pedro II (controlar ânimos políticos e sociais);
● 1850 – Lei Eusébio e Queiroz e Lei das Terras;
● 1851 - Inicio da Guerra entre Brasil e Paraguai;
● 1870 – Fim da Guerra do Paraguai;
● 1889 – Fim do Império. Proclamação da República
● 1890 – Encilhamento....
Revolução Burguesa no Brasil
● A manutenção do sistema escravista, no entanto, polariza o país entre uma
estrutura heteronômica (cujo protótipo é a grande lavoura de exportação) e
uma dinâmica autonomizante (centrada no mercado interno). Socialmente, os
agentes burgueses, em simbiose com o quadro vigente, organizam-se antes
como estamento do que como classe, uma situação que só será rompida
com o surgimento do imigrante e do fazendeiro do café na fronteira agrícola.

● A introdução do trabalho assalariado e a consolidação da “ordem econômica
competitiva”, no final do século XIX, não liberaram completamente as
potencialidades da racionalidade burguesa. Antes promoveram a
acomodação de formas econômicas opostas, gerando uma sociedade híbrida
e uma formação social, o “capitalismo dependente”, marcada pela
coexistência e interconexão do arcaico e do moderno.
● No último ensaio, redigido em 1974, o conceito de “capitalismo dependente”
passa a ser determinado pela associação da burguesia com o capital
internacional. Com isso, altera-se o peso da dinâmica do sistema capitalista
mundial e a própria periodização, marcada pela emergência e expansão de
três tipos de capitalismo: o moderno (1808-1860), o competitivo (1860-1950)
e o monopolista (1950-…).
● A revolução burguesa teria conduzido o Brasil, portanto, à transformação
capitalista, mas não à esperada revolução nacional e democrática. Na
ausência de uma ruptura enfática com o passado, este cobra seu preço a
cada momento do processo, em geral na chave de uma conciliação que se
apresenta como negação ou neutralização da reforma. A monopolização do
Estado pela burguesia – tanto econômica, como social e política –
estaria na raiz do modelo autocrático, da “democracia restrita” que
marca o século XX brasileiro.
Surgimento da Indústria (Celso Furtado)
As condições que, segundo ele, propiciaram seu surgimento foram as seguintes:

● a contínua depreciação da moeda nacional, tornando cada vez mais caros os


produtos importados, e gerando estímulos para a produção no país dos
artigos indispensáveis à subsistência da classe trabalhadora, cujo
crescimento deu origem simultaneamente ao surgimento de um pujante
mercado de trabalho capitalista, e de um não menos dinâmico mercado
consumidor de bens-salário, cujo abastecimento não poderia ser atendido
quer pelas importações, quer pelo artesanato e manufatura então existentes.

● o baixo custo da mão-de-obra local e as facilidades de obtenção de certas


matérias-primas, dando origem a unidades de processamento dirigidas por
empresários estrangeiros e financiadas por capitais de fora, com vistas à
exportação de bens intermediários e de alimentos semi-processados - como
foi o caso dos frigoríficos instalados no país a partir da Primeira Guerra
Mundial.

● as crescentes dificuldades da comercialização de produtos importados,


provocadas pelo seu encarecimento através da progressiva desvalorização
da moeda brasileira, e da gradativa imposição de taxas alfandegárias para
socorrer as finanças públicas, fazendo surgir filiais e subsidiárias de
empresas estrangeiras encarregadas das etapas finais do processamento
industrial de produtos semi-elaborados importados a custos fiscais menores
que os das anteriores importações de produtos acabados.
● Na verdade, a industrialização do Brasil foi um processo sui generis, que se
fixou “na região de grande expansão agrícola para exportação, de escassez
relativa de mão de-obra e forte imigração européia”, características que
deram origem a níveis salariais inicialmente elevados, mas que não tardaram
a se ajustar ao contexto nacional, sendo que nas demais regiões
“prevaleciam, condições de vida totalmente diversas e níveis de salários
muito inferiores.
● Segundo ele, depois da crise de 1929, deu-se a “emergência do mercado
interno como centro dinâmico principal” da economia brasileira. Esse
mercado interno fora criado anteriormente no interior da economia cafeeira
por meio do emprego em massa de trabalhadores livres procedentes do
exterior. Tratava-se de “um mercado interno relativamente amplo e
geograficamente concentrado, com base no qual teve lugar um
desenvolvimento industrial, particularmente de manufaturas têxteis e
alimentícias, transformadoras de matérias-primas locais”. Essa
industrialização incipiente alcançou seu primeiro auge na Guerra de 1914-18.

Era Vargas
● Precedentes:
● Crise do café;
● Processo de Substituição das Importações ;
● Razões da crise: política do governo anterior e a crise internacional;
● Para Vargas a crise foi consequência principalmente dos governos anteriores
● Getúlio Vargas:
● Natural de São Borja (RS); advogado e político pôs fim à República Velha;
● Foi presidente da República do Brasil em dois períodos:
● O primeiro de 15 anos ininterruptos, 1930 a 1945, e dividiu-se em 3 fases:
● De 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório“.
● De 1934 a 1937, Getúlio comandou o país como presidente da república, do
Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente da república pela
Assembléia Nacional Constituinte de 1934;
● De 1937 a 1945, enquanto durou o Estado Novo implantado após um golpe
de estado.
● No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o
Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de
1951 até 24 de agosto de 1954, quando se matou.
● Construção do discurso de Vargas: a “Revolução” ou o caos.
● Governo Provisório: 1930-34
● Assume o poder em 3 de novembro;
● Discurso de posse expressa - em nome da vontade viva e palpitante do povo
brasileiro - a necessidade da “Revolução”
● A Revolução seria dentro da ordem em caráter permanente;
● “Reconstrução Nacional “
● Assegurar ao capital estrangeiro maior tranquilidade de investimento.
● A mudança dera-se na forma almejada pelos “revolucionários”, excludente e
sem ferir as estruturas.
● Entre as propostas destacaram-se:
● Necessidade de anistia;
● Nova legislação eleitoral;
● Moralização administrativa;
● Remodelação do exército;
● Austeridade econômica;
● Remodelação do ensino técnico profissionalizante;
● Política internacional de aproximação econômica;
● Revisão sistema tributário;
● Abandono protecionismo às indústrias artificiais;
● Criação do Ministério do Trabalho, etc.
● Política econômica (monetária, fiscal e cambial):
● Segundo Furtado: políticas anticíclicas de ação especificas para o café.
● Desvalorização cambial;
● Capacidade ociosa – industrialização;
● Para Furtado, os instrumentos de política econômica usados pelo
governo contribuíram para a mudança na "estrutura do sistema
econômico", deslocando o centro dinâmico da economia.
● De qualquer forma, as políticas econômicas não se restringiram, pelo menos
não facilitaram o crescimento e diversificação da atividade econômica até
1945.
● Contencionismo do governo em combater a crise e restringir os meios de
pagamento;
● Incentivos à indústria – política monetária expansionista
(keynesianismo e o intervencionismo como ideologia)
Constituinte de 1934
● Instalada em 1933 a Assembléia Nacional Constituinte deliberava sobre:
● Federalismo fiscal;
● Estabelecimento de impostos;
● Controle de despesas;
● Empréstimos estrangeiros; etc
● Governo Federal pronunciava-se favorável a maior centralização em prol da
modernização;
● Modernização, enfim, significa capitalismo (Weber).
Governo constitucional 1934-37
● Promessa de nova constituição pois não havia, na constituição de 1934, a
figura do vice-presidente.
● Constituições estaduais tornou muitos interventores governadores, eleitos
pelas assembléias legislativas, com significativa vitoria dos partidários de
Getúlio.
● Em abril de 1935 foi sancionada a Lei nº 38, que definia os crimes contra a
ordem política e social, que possibilitou maior rigor no combate à subversão
da ordem pública – Lei de Segurança Nacional.
● Em agosto de 1935, foi criado um programa oficial de rádio com notícias do
governo: a “Hora do Brasil" depois denominada Voz do Brasil
● Inauguração da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira - 1935.
● Expressivo crescimento da radicalização político-ideológica no Brasil,
especialmente entre a Ação Integralista Brasileira(AIB), de inspiração
fascista, liderada por Plínio Salgado, e a Aliança Nacional Libertadora(ANL),
movimento dominado pelo Partido Comunista do Brasil(PCB), pró-soviético .
● O fechamento da ANL, determinado por Getúlio Vargas, bem como a prisão
de alguns dos partidários, precipitaram as conspirações que levaram à
Intentona Comunista em 1935 no Nordeste - movimento revolucionário que
se espalhou em várias cidades brasileiras.
● No Rio de Janeiro houve um levante militar no 3º Regimento de Infantaria, em
que aconteceram várias mortes.
● Em Natal, os comunistas chegaram a tomar o poder, sendo depois
derrotados por tropas de sertanejos vindos do interior do RN.
O Estado Novo: 1937-45
● Foram criados o Ministério da Aeronáutica, a Força Aérea Brasileira, o
Conselho Nacional do Petróleo, o Departamento Administrativo do Serviço
Público, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia do Vale do Rio
Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, o Conselho Federal do
Comércio Exterior, a lei da sociedade anônima e a Estrada de Ferro Central
do Brasil;
● Getúlio deu os primeiros passos para a criação da indústria aeronáutica
brasileira e de motores.
● Foram promulgados Código Penal Brasileiro, CLT, Código de Minas, Lei das
Falências, Justiça do Trabalho, Salário Mínimo; criação de territórios
nacionais; Marcha para oeste (Colônia Nacional de Dourados); SUMOC –
“Bacen”, entre outras medidas.
● II Guerra Mundial: neutralidade nacional até 1941
● Parece-me que os americanos querem nos arrastar à guerra, sem que isso
seja de utilidade, nem para nós, nem para eles – Getúlio Vargas.
● Deposição de Getúlio 1945
Governo Constitucional:1950-54
● Getúlio é eleito presidente (PTB) sucedendo Eurico Gaspar Dutra;
● Governo tumultuado e com indícios de corrupção
● Fui ditador porque as contingências do país me levaram à ditadura, mas
quero ser um presidente constitucional dentro dos parâmetros fixados pela
Constituição.
● Em 1952, criação do BNDE, atual BNDES;
● Em 1952, pela lei nº 1.649, o Banco do Nordeste;
● Criação do Instituto Brasileiro do Café (IBC), o qual foi extinto em 1990;
● Em 1953, foi criada a PETROBAS, no aniversário da Revolução de 1930;
● Em dezembro de 1953, a lei nº 2.145, criou a CACEX, "Carteira de Comércio
Exterior" do Banco do Brasil;
● Em janeiro de 1954, o seguro agrário, lei não revogada até hoje.
Desenvolvimentismo
● A crise dos anos 30 foi um momento de ruptura ou transformação estrutural
na economia brasileira
● A forma assumida pela industrialização brasileira, pelo menos de 1930 a
1960, foi chamada de industrialização substituidora de importações
● O deslocamento do centro dinâmico no Brasil é:
● O período em que a determinação do nível de renda deixa de estar
ligada a elementos como a demanda externa (base de uma economia
agroexportadora) e passam a depender de elementos ligados ao
mercado interno, como o consumo e o investimento doméstico.
● Isto ocorre basicamente na década de 1930
● A crise de 30 iniciada nos EUA e que se repercutiu rapidamente pela Europa,
chegou ao Brasil como uma crise do balanço de pagamentos.
● Rápida queda na demanda por café
● Reversão dos fluxos de capital
● Dada a política do governo no Brasil, a crise foi menor e mais rápida do que
nos EUA.
Vertentes Desenvolvimentistas
● Existência de um projeto nacional (visando superar estruturas atrasadas
consentidas através do predomínio do setor rural sobre o urbano na
República Velha);
● Industrializante;
● Intervenção do Estado (na política monetária ou cambial)
● + Positivismo (intervenção de Estado através de finanças sadias)
● Ou
● Metalista (intervenção de Estado na taxa de câmbio)
● Em análise a 28 governos desenvolvimentistas da AL, Fonseca conclui a
prevalência de alguns atributos no desenvolvimentismo:
● Existência de um Projeto nacional (100% dos casos);
● Intervenção estatal (100% dos casos);
● Industrialização (100% dos casos)
● Capitalismo (100% dos casos)
● Ajuda de capital estrangeiro (60%)
● Burocracia (79 %)
● Reforma agrária (44%)
● Redistribuição de renda (41%)
● Planejamento (65%)
● Bancos de desenvolvimento (71%)
Princípios desenvolvimentistas
● Para romper com o atraso é necessário desenvolver a industrialização e
internalizar a autonomia produtiva nacional);
● Conceito sofre mudanças ao longo dos anos:
● Anos 1950: industrialização;
● Anos 1960: Reformas (redistributivas, financeiras, etc)
● Anos 1970: Estilos (e a discussão sobre o endividamento versus
fortalecimento exortador);
● Anos 1980: superação da asfixia da dívida externa com crescimento e
diversificação exportadora;
● A partir dos anos 1990: novo-desenvolvimentismo e inclusão da democracia,
igualdade social e preservação do meio ambiente
Superação do atraso para o novo desenvolvimentismo: questões
imprescindíveis
● Retomada da capacidade de poupança e investimento do Estado;
● Incentivo ao progresso técnico e inovação
● Capacitação do capital humano;
● Aumento da coesão social em torno de estratégia de desenvolvimento;
● Manutenção de políticas macroeconômicas que garantam estabilidade fiscal;
● Redução gradativa da taxa de juros;
● Taxa de câmbio competitiva ao mercado externo;
● Política ativa de salários que acompanhe os ganhos de produtividade e
permita a redistribuição de renda.
As políticas do governo
● A política de “manutenção da renda”
● política de defesa do café:
● estocagem e queima de café
● Esta política, financiada em parte com crédito e emissão de moeda, sustenta
a demanda agregada mantendo o emprego e a renda
● considerada uma típica política keynesiana
● o deslocamento da demanda
● problema de BP enfrentado com controles e desvalorização cambial
● produtos importados se tornam mais caros e difíceis de serem adquiridos
● As dificuldades de importação deslocam a demanda que foi mantida
dos produtos antes importados para a produção nacional.
● A queda de rentabilidade do setor cafeeiro faz com que o capital flua
para outros setores
● Setores domésticos (indústria) aumentam sua importância frente aos
exportadores (agricultura)
Populismo
● A década de 1930 foi marcada pela condução do governo, por parte de
Getúlio Vargas, sobre um equilíbrio instável entre os grupos que o apoiavam
● Os compromissos básicos sobre os quais se assentava os governos da fase
populista eram:
● a) Não alterar a situação política e fundiária do campo.
● b) Trazer para a base de sustentação do governo as massas urbanas sem
radicalização
Características do PSI
● É uma industrialização fechada pois:
● É voltada para dentro, visa o atendimento do mercado interno.
● depende de medidas que protegem a industria nacional.
● Desvalorização cambial
● controles cambiais
● taxas múltiplas de câmbio
● tarifas aduaneiras
Consequências
● Inicio com um estrangulamento externo gerando escassez de divisas;
● O governo tenta controlar a crise por meio de medidas que dificultam as
importações e acabam por proteger a indústria nacional.
● gera-se uma onda de investimentos nos setores substituidores de
importação, aumentando a renda nacional e a demanda agregada
● novo estrangulamento externo em função do próprio crescimento da
demanda
As consequências do PSI
● Tendência ao desequilíbrio externo por várias razões:
● i. a política cambial transferia renda da agricultura para a indústria (“confisco
cambial”) e desestimulava as exportações agrícolas;
● ii. indústria sem competitividade devido ao protecionismo;
● iii. elevada demanda por importações devido ao investimento industrial e ao
aumento da renda
● B. Aumento da participação do Estado
● Ao Estado caberiam quatro funções principais:
● i. Adequação do arcabouço institucional à indústria.
● ii. Geração de infra-estrutura básica
● iii. Fornecimento dos insumos básicos
● iv. Captação e distribuição de poupança.
● Problemas: necessidade de capacidade de planejamento e financiamento
crescentes
● C. Aumento do grau de concentração de renda
● O PSI era concentrador de renda em função do:
● i. êxodo rural;
● ii. investimento industrial capital intensivo;
● desequilíbrio no mercado de trabalho: excesso de oferta para mão de obra
pouco qualificada e baixos salários, o inverso ocorre no mercado de mão de
obra qualificada
● O protecionismo e a concentração industrial permitiam preços elevados e
altas margens de lucro para as indústrias.
● D. Escassez de fontes de financiamento:
● i. quase inexistência do sistema financeiro, em decorrência principalmente da
“Lei da Usura”.
● ii. ausência de uma reforma tributária ampla apesar das mudanças ocorridas
na economia brasileira.
Como o Estado se financiava
● Além dos recursos tributários, também com:
● poupanças compulsórias, como recursos da recém criada Previdência Social
● dos ganhos no mercado de câmbio (câmbio múltiplo),
● mas também com
● financiamento inflacionário (emissão)
● endividamento externo
O Papel da agricultura na industrialização
● Apontam-se 5 funções da agricultura em um processo de industrialização:
● i. liberação de mão-de-obra;
● ii. fornecimento de alimentos e matérias-primas;
● iii. transferência de capital;
● iv. geração de divisas;
● v. mercado consumidor
Agricultura e PSI no Brasil
● Alguns autores apontavam para o relativo atraso do setor agrícola durante o
PSI o que representava um entrave ao processo de crescimento econômico
do país
● Para outros autores a agricultura não representava um entrave ao
desenvolvimento, dado que o setor primário cumpriria, na medida do possível
e sem apoio governamental, suas funções.
Governo JK
O Plano de Metas (1956-60)
● O Plano de Metas é uma fase importante do PSI
● A lógica do Plano de Metas vai além do PSI, já que a industrialização por ele
promovida não é apenas uma reação ao estrangulamento externo.
● Alguns investimentos setoriais serviam para atacar alguns pontos de
estrangulamento, outros setores eram tomados como pontos de germinação
● O plano pode ser dividido em três pontos chaves:
● i. investimentos estatais em infra-estrutura (transporte e energia elétrica).
● ii. estímulo ao aumento da produção de bens intermediários (aço, carvão,
cimento, zinco etc).
● iii. incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de capital.
● O cumprimento das metas estabelecidas foi bastante satisfatório
Instrumentos
● Os principais instrumentos de ação do governo para alcançar as metas
foram:
● investimentos das empresas estatais,
● crédito com juros baixos e carência longa por meio do Banco do Brasil e do
BNDE
● uma política de reserva de mercado
● avais para a obtenção de empréstimos externos.
● incentivos ao capital estrangeiro.
Problemas
● Os principais problemas do plano estavam na questão do financiamento.
● Os investimentos públicos, na ausência de uma reforma fiscal condizente
com as metas e os gastos, tiveram que ser financiados pelo menos em parte
pela emissão monetária.
● Existe alguma aceleração inflacionária no período
● Do ponto de vista externo há uma deterioração do saldo em transações
correntes e o crescimento da dívida externa.
Início dos anos 60
● Forte reversão da situação econômica com:
● queda dos investimentos,
● queda da taxa de crescimento da renda
● aceleração da inflação
● Em parte estes problemas refletem os desequilíbrios do Plano de Metas do
governo J.K.

A Crise dos Anos 60 e suas explicações
● A. Instabilidade política do início dos anos 60:
● O Presidente Jânio Quadros renuncia depois de 8 meses de mandato e o
vice João Goulart enfrenta dificuldades para assumir.
● Jango assume em um período de grandes turbulências. O Brasil passa para
o regime parlamentarista, que dura apenas três anos.
● As trocas de presidentes e ministérios impediam a adoção de uma política
consistente, dificultando o cálculo econômico e diminuindo os investimentos
no país.
● B. a chamada Crise do populismo está na raiz da instabilidade política e
da crise econômica, além de explicar também o golpe militar de março
de 1964.
● Os governos populistas desde a revolução de 1930 deviam incorporar as
massas urbanas como base de apoio político sem que as concessões fossem
exageradas do ponto de vista patronal e sem estender estas concessões
para o campo nem alterar a estrutura agrária do país.
● C. a Política econômica restritiva que foi adotada até 1967 como forma
de combate à inflação pós Plano de Metas levam à diminuição da
atividade econômica.
● Pode-se destacar dois planos de estabilização: Trienal e PAEG
● Tais planos de estabilização adotam medidas como o controle dos gastos
públicos, a diminuição do crédito e o combate aos excessos da política
monetária.
● D. Visão estagnacionista
● A redução nas taxas de crescimento do produto se devem ao esgotamento
do dinamismo do PSI exigindo cada vez mais recursos financeiros e
tecnológicos com retorno cada vez menor.
● Pelo lado da demanda, os novos setores a serem substituídos possuem
ganhos de escala cada vez maiores, exigindo uma demanda também cada
vez maior.
● Como o PSI é concentrador, o crescimento do mercado não se faz a taxas
suficientes para viabilizar os novos investimentos.
● E. Crise cíclica endógena
● típica de uma economia industrial ou capitalista. A crise dos anos 60 se deve
a uma desaceleração dos investimentos em bens de capital que repercute
sobre o restante da economia.
● A queda destes investimentos se deve ao fato que o Plano de Metas
representou um grande bloco de investimentos que acabou por gerar
excesso de capacidade produtiva.
● F. Reformas institucionais
● eram necessárias reformas institucionais para a retomada dos investimentos.
● Sem as reformas não havia mecanismos de financiamento adequados, tanto
para o setor público como para o setor privado,
● Outros problemas: estrutura fundiária, acesso à educação, legislação
incompatível com as taxas de inflação etc.

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