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Tribunal de Justiça do Estado do Ceará - 1º Grau

PJe - Processo Judicial Eletrônico

21/11/2023

Número: 3001500-57.2023.8.06.0113
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Órgão julgador: 2ª Unidade do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Juazeiro do Norte
Última distribuição : 26/10/2023
Valor da causa: R$ 16.142,76
Assuntos: Indenização por Dano Moral
Nível de Sigilo: 0 (Público)
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
ANTONIO MAURILIO DE SOUSA CARDOSO (AUTOR)
VERANEIDE AGUIAR DE SOUZA (ADVOGADO)
LOCALIZA RENT A CAR SA (REU)

Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
71229329 26/10/2023 PI Maurilio Petição
10:42
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE
DIREITO DO 2º JUIZADO CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE
JUAZEIRO DO NORTE-CE

ANTONIO MAURILIO SOUSA CARDOSO, brasileiro, solteiro, autônomo,


inscrito sob o CPF de nº 008.376.833-51, portador do RG de nº 200109711677-6,
residente e domiciliado à Rua Frei Damião, nº 1455, CEP 63047-060, bairro Planalto, na
cidade de Juazeiro do Norte-CE, vem respeitosamente, através de suas advogadas,
conforme procuração anexa aos autos, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO DE
RESTITUIÇÃO DE CAUÇÃO DE ALUGUEL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS, em face de LOCALIZA RENT A CAR SA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ de nº 16.670.085/0526-27, localizada na Av. Governador
Virgílio Távora, nº 4000, CEP 63020-735, bairro Aeroporto em Juazeiro do Norte-CE,
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos;

RAIMUNDO MACHADO, Nº 40

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1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A parte promovente requer os benefícios da justiça gratuita por ser pobre na forma
da lei, conforme declara em declaração de hipossuficiência anexa. Portanto, não podendo
arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do seu próprio
sustento e da sua família, nos termos do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil.

Ademais, ainda cabe destacar que, segundo consolidado na doutrina, não se exige
atestada miserabilidade do requerente para o consentimento da justiça gratuita:

Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco se fala


em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma pessoa natural,
mesmo com boa renda mensal, seja merecedora do benefício, e que também o
seja aquele sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de
liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de viabilização do
acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha
que comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de
seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo. (DIDIER
JR., Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita.
6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60 (grifos nossos).

Desta feita, requer a concessão do benefício da justiça gratuita sob a égide do art.
98 e ss do CPC, nos quais os benefícios da gratuidade judiciária são garantidos não apenas
para a pessoa física, compreendendo também a pessoa jurídica. Sendo assim, requer que
a parte autora fique isenta do pagamento das custas, das despesas processuais e dos
honorários advocatícios relativos à lide em comento.

2. DOS FATOS

Nobre julgador, em 27 de maio de 2023 a parte autora firmou contrato de locação


de automóvel com a requerida, tendo procedido com a devolução do veículo logo no dia
seguinte. Posteriormente, em 26 de junho do ano corrente foi realizada uma pré-
autorização no cartão de crédito do promovente, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais),
conforme documentação anexa.

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De acordo com documentos colacionados aos autos, foi descontado desse caução
a quantia de R$ 50,28 (cinquenta reais e vinte e oito centavos) destinada à lavagem do
bem móvel. Diante disso, a locadora estabeleceu o prazo de até 30 (trinta) dias para liberar
o restante do limite da pré-autorização, equivalente ao montante de R$ 2.949,72 (dois mil,
novecentos e quarenta e nove reais e setenta e dois centavos).

Ocorre que, até o presente momento – isto é, mais de 4 (quatro) meses após a
realização da pré-autorização – o valor em tela ainda não foi ressarcido pela promovida.
Nesse sentido, cabe frisar que a parte requerente esteve pessoalmente nas dependências
da requerida, bem como buscou contato via telefone em diversas ocasiões a fim de tentar
receber amigavelmente a devolução do depósito caução efetivado. Contudo, a parte ré
permaneceu inerte sobre os fatos ora narrados, se limitando a prestar auxílio efetivo ao
consumidor, não havendo. Portanto, qualquer expectativa de solução amigável até então.

Diante da extensa mora para que a situação seja solucionada pela ré, bem como
do claro descaso do estabelecimento para com a parte consumidora, esta não vislumbrou
outra alternativa senão o ingresso da presente ação com o fim de resguardar seus direitos.
Em razão do exposto, requer que o valor do caução seja devidamente substituído em
dobro, bem como pleiteia o deferimento de danos morais em seu favor, haja vista todo o
constrangimento ao qual foi submetida como supranarrado.

3. DO DIREITO
3.1. DA RELAÇÃO CONSUMERÍSTA

De logo, faz-se necessário esclarecer que entre a parte autora (consumidora) e a


ré (fornecedora) há uma clara relação de consumo, conforme depreende-se da redação
dada pelos arts. 2º e 3º do CDC, vejamos:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se o consumidor a coletividade de pessoas, ainda


que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.

§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

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Dessa forma, na situação em tela, vê-se cristalinamente que existe entre o autor e
a parte requerida uma relação contratual com escopo manifestamente consumerista. E,
portanto, o Código de Defesa do Consumidor torna-se legislação basilar para a análise da
vulnerabilidade do autor em detrimento da promovida.

3.2. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Com relação à inversão do ônus da prova, cabe salientar o disposto no art. 6ª, VIII,
do CDC, in verbis:

Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

VIII- a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus


da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências;

A inversão do ônus da prova se trata de uma benesse trazida para o consumidor


em razão da sua vulnerabilidade em face dos fornecedores e prestadores de serviços,
visando equilibrar as relações consumeristas.

Nesse sentido, ressalta-se que a prova no processo judicial se mostra como algo
imprescindível para que se consiga uma solução eficaz dos conflitos. Em razão disso e,
tendo em vista a sua condição de consumidora, a parte autora requer que o ônus da prova
seja atribuído à requerida, haja vista a sua manifesta vulnerabilidade em relação à empresa
promovida.

3.5. DA REPETIÇÃO DE INDÉBITOS

No que se refere à restituição de indébitos, esta se mostra devida ao autor, com


fulcro nos arts. 876 e 940 do Código Civil, in verbis:

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a
restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte,
sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará
obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver
cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver
prescrição (grifo nosso).

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Na mesma toada, o art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor
estabelece que “O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do
indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável".

Com relação ao efetivo pagamento, leciona Nunes (2005) que "[...] para ter direito
a repetir o dobro, é preciso que a cobrança seja indevida e que tenha havido pagamento
pelo consumidor ".

Em razão do ora narrado, é notório que o caução pago pelo autor seja restituído
com a adequada correção monetária a qual faz jus. Ademais, haja vista a sua natureza
claramente indevida e com base nos dispositivos legais e doutrinários supra, impõe-se
que a referida restituição seja realizada em dobro.

Desta feita, conforme planilha de cálculos anexa, o valor do caução adimplido


pelo promovente, acrescido da correção monetária adequada, equivale a R$ 3.071,38
(três mil, setecentos e um reais e trinta e oito centavos). Tal valor, devidamente
aplicada a repetição de indébitos, corresponde à quantia de R$ 6.142,76 (seis mil, cento
e quarenta e dois reais e setenta e seis centavos).

3.6. DO DANO MORAL

Na situação em tela é evidente a caracterização do dano moral, que se efetiva no


momento em que a pessoa é atingida em sua honra, sua reputação, sua personalidade, seu
sentimento de dignidade, passe por dor, humilhação, constrangimentos ou tenha sua
integridade física violada em decorrência de uma conduta ilícita ou injusta.

Nesse esteio, ressalta-se o que preceituam os arts. 186 e 927, do Código Civil de
2002:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

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Diante dos entendimentos doutrinários e jurisprudenciais, o réu por consequência
do respectivo ato ilícito, nexo de causalidade e dano lesivo, fica obrigado a reparar, o
dano sofrido pela autora, conforme disposto nos artigos supracitados.

Ademais, o instituto em tela ainda foi preceituado também na CRFB/88, enquanto


direito fundamental constitucionalmente expresso, em seu art. 5º, V e X, in verbis:

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

[...]

V – É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;

Ademais, a jurisprudência pátria é pacífica quanto ao cabimento de indenização


por danos morais e de repetição de indébitos na situação em tela, senão vejamos:

RECURSO INOMINADO EXCLUSIVO DA PARTE AUTORA.


CONSUMIDOR. LOCAÇÃO DE VEÍCULO. AUSÊNCIA DE ESTORNO
DE VALOR COBRADO PELO SEGURO DO VEÍCULO LOCADO.
DEVOLUÇÃO EM DOBRO DO VALOR COBRADO. FALHA NA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. PEDIDO
DE MAJORAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO FIXADO. QUANTUM
ARBITRADO EM R$ 3. 000,00 QUE COMPORTA MAJORAÇÃO PARA
r$ 4.500,00. RECURSO PROVIDO. (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0033158-
71.2017.8.16.0182 - Curitiba - Rel.: Glaucio Francisco Moura Cruvinel - J.
25.10.2019) (grifo nosso).

(TJ-PR - RI: 00331587120178160182 PR 0033158-71.2017.8.16.0182


(Acórdão), Relator: Glaucio Francisco Moura Cruvinel, Data de Julgamento:
25/10/2019, 2ª Turma Recursal, Data de Publicação: 04/11/2019).

APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO INDENIZATÓRIA - DIREITO DO


CONSUMIDOR - 1° APELO - DEVOLUÇÃO DE CAUÇÃO DE ALUGUEL
DE CARRO - ATRASO - ATO ILÍCITO - DEVER DE RESSARCIMENTO
EM DOBRO - MÁ-FÉ CONFIGURADA - DANO MORAL […] O
consumidor faz jus à restituição em dobro do valor da caução indevidamente
retido pela locadora de veículos, na hipótese em que a locadora, ciente do
cancelamento do contrato, não toma as providências necessárias à devolução
da quantia - Configura dano moral indenizável a restrição duradoura do poder
aquisitivo ocasionada pela ausência de devolução de montante pertencente ao
consumidor, máxime nas hipóteses em que os descontos comprometeram, de
forma significativa a diminuta renda, a despeito das inúmeras tentativas de
solução amigável pelo consumidor - Não se conhece do apelo interposto após
o transcurso do prazo de quinze dias úteis de que dispõe a parte sucumbente
para recorrer da decisão que lhe foi desfavorável (grifo nosso).

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(TJ-MG - AC: 10000205367485001 MG, Relator: Adriano de Mesquita
Carneiro, Data de Julgamento: 18/11/2020, Câmaras Cíveis / 11a CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 19/11/2020).

Com base no exposto acima, não resta dúvida a configuração do dano moral
causado à parte autora, tendo em vista todo o constrangimento que enfrentou no decorrer
de meses ao buscar o estorno do caução objeto da presente ação junto à locadora sem
obter qualquer retorno minimamente satisfatória. Afinal, durante todo esse período de
quase 5 (cinco) meses apenas recebeu respostas vazias às suas indagações.

Sendo assim, requer que Vossa Excelência condene a promovida no montante de


R$ 10.000,00 (dez mil reais), haja vista que a indenização por danos morais deve ser
aferida com base na proporção que a requerida pode arcar, bem como no dano suportado
pela vítima, servindo ainda como uma reparação de cunho pedagógico.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição


Federal em seu art. 5º, LXXIV e pelo art. 98 e ss do CPC;
b) A citação da promovida, para querendo comparecer à audiência de conciliação e
não havendo acordo apresentar contestação, sob pena dos efeitos da revelia;
c) Que seja determinada a inversão do ônus da prova, visto se tratar de uma clara relação de
consumo, sendo a parte autora o polo mais vulnerável;
d) A condenação da requerida a devolver a quantia monetariamente atualizada e em dobro
dada a título de caução ao tempo da celebração do contrato de locação de veículo em
voga, corresponde ao valor de R$ 6.142,76 (seis mil, cento e quarenta e dois reais
e setenta e seis centavos);
e) A procedência do pedido para condenação da promovida em reparar os danos
morais na quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Caso entendimento contrário,
requer ainda que seja arbitrado por Vossa Excelência, com base na equidade, o
meio de reparação dos danos causados;
f) A condenação da promovida em honorários advocatícios no percentual de 20%;

5. DAS PROVAS

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Protesta provar por todos os meios admitidos em direito, em especial prova
documental, e depoimento pessoal sob pena de confissão, bem como de todos os meios
que vossa excelência ache necessário para resolução do feito.

Dá-se a presente o valor de R$ 16.142,76 (dezesseis mil, cento e quarenta e dois reais
e setenta e seis centavos).

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Juazeiro do Norte-CE, 17 de outubro de 2023.

PAULA FABRÍCIA ROCHA LIMA VERANEIDE AGUIAR DE SOUZA

OAB/CE 49.306 OAB/CE 46.826

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