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MADEIRA DE LEI

ADVOGADOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO – RJ.

PROCESSO ORIGINÁRIO: 0827430-72.2022.8.19.0209

SERGIO FIALHO DA CUNHA MARTINS, brasileiro, solteiro,

desempregado, portador da Carteira de Identidade nº 0205255185 DIC/RJ e no

CPF/MF nº 101826537-65, residente e domiciliado na Avenida das Américas,

13554, Bloco 1, apto 909, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro/RJ, CEP:

22790-702, sem endereço eletrônico, nos autos da ação de dano moral que move

contra LIGHT S.A., não se conformando com a r. decisão interlocutória de fls. Id

56838457, do processo originário, vem respeitosamente a presença de V. Exa.,

com fundamento no artigo 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil,

interpor:

AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA


RECURSAL

Com os fundamentos que passa a aduzir, e para que sejam observadas as

formalidades descritas em lei (art. 1.019 e art. 1.020, CPC).


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I – DO PREPARO E TEMPESTIVIDADE.

Na oportunidade, o agravante informa que a ausência de preparo se justifica

pela falta de concessão da gratuidade de justiça pelo juízo de 1º grau, conforme

fls. Id 56838457. O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a

publicação de intimação ocorreu em 10/05/22.

II – DO NOME E ENDEREÇO COMPLETO DOS ADVOGADOS.

O advogado que funciona no presente processo é Advogado do Agravante:

LEANDRO LINDENBLATTT MADEIRA DE LEI, inscrito na OAB/RJ sob o nº

139.779, com escritório profissional estabelecido na Av. Rio Branco, 37, 19º

andar, sala 1904, Centro – RJ, CEP: 20090-003.

III – DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS

Tendo em vista que o processo é eletrônico, o agravante segue os ditames do

parágrafo quinto do artigo 1.017 § 5o do CPC.

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2023.

Leandro Lindenblatt Madeira de Lei


OAB/RJ 139779
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ADVOGADOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR

DA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO – RJ.

RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

PROCESSO ORIGINÁRIO: 0827430-72.2022.8.19.0209

AGRAVANTE: SERGIO FIALHO DA CUNHA MARTINS

AGRAVADOS: LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

RAZÕES DO AGRAVANTE

IV – DO RESUMO DOS FATOS.

O Agravante explicou e fundamentou perfeitamente de forma

bastante sucinta na ação do processo originário de dissolução da sociedade, que

não possui meios de pagamento das custas do processo, inclusive esclarecendo

que se encontra desempregado, portanto sem condições de apresentar contra-

cheque como intimado e desta forma, requerendo reconsideração ao juízo o que

não foi deferido apesar dos documentos juntados provando a hipossuficiência

do agravante no momento.

Sendo certo que, deve este mui digno juízo determinar seja

concedida a gratuidade, tendo em vista as isenções juntadas, bem como a CTPS


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sem anotações e a declaração de hipossuficiência.

O Agravante vem, humildemente diante da presença deste

douto juízo, buscar a solução para seu problema, bem como a gratuidade

requerida em sede do juízo de primeiro grau.

V – DA ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL E PEDIDO DE

REFORMA.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Agravante não possui renda suficiente para arcar com as

taxas referentes aos serviços jurisdicionais. Mostro o porquê.

De início, é necessário esclarecer que o Agravante está

desempregado há 4 (quatro) anos, realizando “bicos” (motorista de aplicativo) e

não conseguindo colocação no mercado de trabalho.

Como prova, junta em anexo ao presente pedido: CTPS

comprovando que está desempregado no momento sem nenhuma renda, IR

(ISENTO), declaração de hipossuficiência e prints da tela do aplicativo o qual é

cadastrado há 4 anos.

Insta salientar, que o autor possui rendimento mensal mais ou

menos de 1 salário mínimo pelos “bicos” que faz, sendo na informalidade, pois

não possui CTPS assinada.

Mesmo nesse cenário, ocorreu o indeferimento do pedido de

Justiça Gratuita e, consequentemente, sem contar que, desamparado da benesse,

o autor terá outras obrigações financeiras advindas da marcha processual.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado

na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de


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terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na

instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples,

nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos

autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais

para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o

pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento

dos referidos pressupostos.

§ 3º presume-se verdadeira a alegação de insuficiência

deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Ou seja, agravante não dispõe de condições financeiras para

arcar com as custas processuais sem prejuízo da saúde financeira, conforme

declaração de hipossuficiência.

É inclusive neste sentido o entendimento jurisprudencial dos

Tribunais pátrios, in verbis:

AGRAVO INOMINADO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO -

JUSTIÇA GRATUITA - ÔNUS DA PROVA A Lei n. 1.060/50, que

regulamenta a assistência judiciária, embora anterior à Constituição

Federal em vigor, estipula que a parte gozará dos benefícios da

assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria

petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do

processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio e de sua

família. (TJ-MG - AGV: 10024140969676002 MG, Relator: Evangelina

Castilho Duarte, Data de Julgamento: 29/05/2014, Câmaras Cíveis /

14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 17/06/2014). Inteiro

teor: http://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/124073377/agravo-

agv-10024140969676002-mg/inteiro-teor-124073424
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Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do

requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas,

despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca

a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem tampouco

se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível que uma

pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja merecedora do benefício,

e que também o seja aquela sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas

não dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos mecanismos de

viabilização do acesso à justiça; não se pode exigir que, para ter

acesso à justiça, o sujeito tenha que comprometer significativamente

sua renda, ou tenha que se desfazer de seus bens, liquidando-os para

angariar recursos e custear o processo." (DIDIER JR. Fredie.

OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed.

Editora JusPodivm, 2016. p. 60)

"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte seja

pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da

justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as

despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio

suficiente, se estes bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas,

há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART,

Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil

comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição

Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de

justiça ao requerente.

VI – DOS PEDIDOS

Por todas as considerações destacadas, REQUER:

a) Seja recebido o presente recurso no seu regular efeito com a concessão do


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efeito ativo para antecipar os efeitos da tutela recursal nos termos do art. 1.019,

inciso I, do NCPC/2015;

b) A intimação do agravado para se manifestar querendo;

c) A revisão da decisão Agravada, para fins de que seja concedido o benefício

da GRATUIDADE DE JUSTIÇA.

d) Na eventualidade de restar ausente algum requisito de admissibilidade, ou

na falta de eventual documentação, que seja então o Agravante intimado a

regularizar documentação ou vicio, nos termos do artigo 932, parágrafo único

do; e 1.017 parágrafo terceiro do CPC;

e) Para os efeitos do §1o e § 2o do artigo 1.018 do CPC o Agravante esclarece

que comunicará ao Juízo a quo a interposição do presente recurso no prazo de 3

(três) dias.

Nestes Termos, Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 2022.

Leandro Lindenblatt Madeira de Lei


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