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Dr.

Nelson Eduardo Almeida da Rocha


Advogado
AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA 01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
QUEIMADOS/RJ.

Processo n. 0010107-67.2018.8.19.0067

ALUÍZIO DA SILVA LARA,


devidamente qualificado nos autos em epígrafe da AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS C/C DANOS MATERIAIS C/C DANOS
MORAIS C/C TUTELA DE URGÊNCIA que move em face de BV
FINANCEIRA e Outros, vem por seu advogado infra-assinado, apresentar
RÉPLICA diante da contestação ora apresentada.

DA REVELIA DA SEGUNDA RÉ

1. Informa que mesmo sendo citada para comparecer em tempo a


audiência de conciliação e mediação conforme fls. 124, a segunda ré não
apresentara contestação.

2. Destaca que a segunda ré não apresentara contestação em tempo, como


determina o art. 335, III do CPC, eis que fora devidamente citada via
AR, conforme o art. 231, I do CPC.

3. Ademais, a segunda ré solicitara o cadastro de seus patronos, conforme


fls. 138, 151 e 178.

4. Posto isso, vem requerer a decretação da revelia da segunda ré,


conforme argumentos apresentados.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

5. Postula a parte autora o benefício da gratuidade de justiça, ante não


possuir renda suficiente para o pagamento de custas e despesas
processuais, além de não ter condições de arcar com as despesas dos
honorários advocatícios.
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6. Nota-se que a parte autora junta as declarações de imposto de renda
dos últimos três anos, bem como suas despesas pessoais.

7. A concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita não é


necessária caráter de miserabilidade do requerente, pois em princípio, a
simples afirmação da parte no sentido de que não está em condições de
pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou da família, é suficiente para o deferimento.

8. Em consonância com o artigo 5º, XXXIV da Constituição Federal, onde


assegura à todos o direito de acesso a justiça em defesa de seus
direitos, independente do pagamento de taxas, se faz necessária a
aplicação no caso em tela.

9. Restou demonstrado que o valor da renda líquida do autor é inferior a 10


(dez) salários mínimos, sendo que com esta renda tem que manter o
sustento próprio e de sua família, arcar com despesas de moradia,
alimentação e vestuário, entre outras despesas.

10. Corroborando com a pretensão da parte autora, colaciona-se julgados do


Nosso Tribunal que demonstram que, se a renda líquida é inferior a 10
(dez) salários mínimos, possível e certo a concessão do benefício, se não
vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS.


IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA. DETERMINAÇÃO DE
RECOLHIMENTO DAS CUSTAS. INDEFERIMENTO DA AJG. PROVA
SUFICIENTE DA NECESSIDADE. Para fins de concessão do benefício da
Gratuidade Judiciária descrito na Lei nº 1.060/50, não se exige estado de
miserabilidade do requerente. No caso, restou comprovada a necessidade
alegada, representada por renda líquida inferior a 10 salários mínimos,
extraída da declaração de ajuste anual do imposto de renda correspondente
ao exercício de 2011, de forma a ensejar a concessão da benesse. AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO. (TJ-RS, Relator: Roberto Carvalho Fraga, Data
de Julgamento: 04/11/2011, Sétima Câmara Cível) (grifo meu)

DECISÃO MONOCRÁTICA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA GRATUITA. AÇÃO ORDINÁRIA. CONCEITO DE NECESSITADO.
VENCIMENTO LÍQUIDO INFERIOR A DEZ SALÁRIOS MÍNIMOS.
DECLARAÇÃO DE POBREZA. O conceito de necessitado do benefício da
assistência judiciária gratuita, para efeito da Lei nº 1060/50, é mais amplo
do que o de pobre ou miserável. A interpretação da Lei nº 1060/50, em
consonância com a garantia constitucional de acesso à justiça, não exige
que a situação econômico-financeira do pleiteante do benefício seja de
miserabilidade. Presunção legal que não cede diante do fato de a parte
receber a título de vencimentos em montante inferior a dez salários
mínimos, permanecendo a possibilidade de vir a prejudicar sua
sobrevivência caso não seja concedido o benefício. DECISÃO REFORMADA.
AGRAVO PROVIDO EM DECISÃO MONOCRATICA. (Agravo de Instrumento
Nº 70027759877, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, Julgado em 02/12/2008). (grifo meu)

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IMPUGNAÇÃO AO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RENDA QUE ENSEJA
BENEFÍCIO. IMPUGNANTE NÃO SE DESINCUMBE DO ÔNUS DE PROVAR A
DESNECESSIDADE. RENDA QUE NÃO ENSEJA O BENEFÍCIO. INVERSÃO DO
ÔNUS PROBATÓRIO. O requerimento da AJG pode ser instrumentalizado
tato mediante declaração daparte, quanto mediante simples afirmação pelo
procurador na petição. A 4ª turma tem reconhecido o direito ao benefício
em questão para aqueles que percebam renda líquida mensal não superior a
dez salários mínimos. [...] (TRF4, AC 2003.71.01.004533-2⁄RS, 4ª Turma,
Rel. Desembargador Federal Valdemar Capeletti, DJU de 27⁄05⁄2006.)

11. Conforme documento que comprova a renda mensal da parte autora,


este percebe valor líquido bem inferior a 10 (dez) salários mínimos
nacional, valor este que se enquadra dentro dos parâmetros para a
concessão do benefício de assistência judiciária gratuita.

12. Ainda, a parte autora ao requerer tal beneficio esta a afirmar que não
tem condições de pagar as custas processuais, assim, verifica-se que o
pedido está de acordo com o artigo 4º da Lei 1.060/50, sendo impositiva
a concessão do benefício:

"Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante


simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições
de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou de sua família."

13. Anexa aos autos seus comprovantes mensais de renda além de todas as
despesas mensais aos quais possui, documentos esses que demonstram
que não possui condições financeiras de arcar com às custas
processuais, sem que lhe acarrete prejuízos, necessitando assim o
beneficio da Assistência Judiciária Gratuita.

14. A parte autora fez mais do que simplesmente apresentar uma declaração
de pobreza, juntou aos autos documentos comprobatórios de sua renda,
assim verifica-se que o pedido está de acordo com o artigo 4º da Lei
1.060/50, como supra colacionado, sendo impositiva a concessão do
benefício.

15. O indeferimento do pedido significa dizer que a agravante não poderá


usufruir de seu direito, qual seja o acesso a justiça, restando assim
impedido de exercer seu direito legítimo e devido.

16. Note-se que a situação econômica da parte autora permanece a mesma,


permanecendo na condição de hipossuficiência, conforme documentos
em anexo.

17. O pedido de assistência judiciária gratuita previsto no art. 4º da Lei


1.060/50, quanto à declaração de pobreza, pode ser feito mediante
simples afirmação, na própria petição inicial ou no curso do processo,
não dependendo a sua concessão de declaração firmada de próprio

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punho pelo hipossuficiente (STJ. REsp 901.685/DF. Rel. Min. Eliana
Calmon. Dje 6/8/08).

PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. ART. 4º DA LEI 1.060/50.


PRESUNÇÃO JURIS TANTUM. POSSIBILIDADE DE AFASTAMENTO DIANTE
DE ELEMENTOS SUBJETIVOS. CONDENAÇÃO ARBITRADA EM EXECUÇÃO.
ACUMULAÇÃO COM OS HONORÁRIOS FIXADOS EM EMBARGOS À
EXECUÇÃO. POSSIBILIDADE. (...). A justiça gratuita pode ser pleiteada a
qualquer tempo, bastando a simples afirmação do requerente de que não
está em condições de arcar com as custas do processo e os honorários
advocatícios. 3. O acórdão do Tribunal de origem, contudo, propôs critérios
objetivos para o deferimento do benefício, cabendo ao requerente o ônus de
demonstrar a hipossuficiência. Tal entendimento não se coaduna com os
precedentes do STJ, que estabelece presunção iuris tantum do conteúdo do
pedido, refutado apenas em caso de prova contrária nos autos (STJ. AgRg
nos EDcl no REsp 1239626 / RS. Rel. Min. Herman Benjamim. Dj
28/10/2011).

18. Sobre o tema lecionam Fredie Didier Jr e Rafael Oliveira em doutrina


especializada:

O art. 4º, § 1º, da LAJ, erigiu em favor do requerente autêntica presunção


iuris tantum de veracidade quanto ao conteúdo da sua declaração. Barbosa
Moreira conceitua tais presunções como o substrato fático que a lei
estabelece como verdade até prova em contrário. O fato de havido como
verdadeiro, até que se prove o contrário. Seu posicionamento, in verbis: "Do
exposto ressalta com meridiana clareza a função prática exercida pela
presunção legal relativa: ela atua - e nisso se exaure o papel que
desempenha - na distribuição do ônus da prova, dispensando deste o
litigante a quem interessa a admissão do fato presumido como verdadeiro, e
correlativamente atribuindo-o à outra parte, quanto ao fato contrário".

19. O primeiro impulso que se tem, diante disto, é reputar o art. 4º, § 1º, da
LAJ, não recepcionado pelo art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, que
fala na necessidade de comprovação da insuficiência de recursos. A
impressão, contudo, não é correta.

20. Primeiramente, não se poderia admitir que justamente a Constituição


Federal de 1988, de bases eminentemente voltadas para o social,
pudesse incorrer em tamanho retrocesso. A se entender assim, ter-se-ia
que voltar ao regramento anterior, exigindo-se dos requerentes prova da
situação de carente, com inevitável restrição ao amplo e irrestrito acesso
à justiça, consagrado no inciso XXXV do mesmo art. 5º da Constituição
Federal.

21. Há de se ponderar, como faz Barbosa Moreira, que a lei ordinária


terminou por ampliar a garantia deferida pela Constituição, o que
somente favorece o jurisdicionado. Também assim entende Dinamarco,
para quem a Carta Magna oferece um mínimo, que a lei
infraconstitucional não poderá negar. Inadmissível seria se, por exemplo,
ela impusesse restrições ao preceito normativo maior, como negativa do
benefício, mesmo que houvesse comprovação de carência.
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22. Não mais se admite, portanto, qualquer dúvida: a declaração de
insuficiência é o suficiente para a concessão do benefício.

23. E ainda o Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15), no § 3º e § 4º,


do art. 99 dispõe:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição


inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou
em recurso.

§3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.

§4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a


concessão de gratuidade da justiça.

24. O novo CPC deixa claro que não é preciso que a parte comprove sua
situação de hipossuficiência para que seja concedido o benefício,
bastando apenas sua declaração nesse sentido, documento bastante
para comprovar a necessidade de que trata o parágrafo único do artigo
2º da Lei de Assistência Judiciária.

25. Referida declaração goza, portanto, de presunção juris tantum de


veracidade, podendo ser elidida somente através de prova em contrário
ou através de procedimento próprio de impugnação ao pedido de justiça
gratuita, exigindo-se prova cabal a demonstrar que o assistido não faz
jus ao benefício.

26. Ausente prova em contrário, prevalecem os termos da declaração.

27. No que tange a contratação de advogado particular pela parte


beneficiária, esta não é razão suficiente para o indeferimento da justiça
gratuita, pois, para gozar do benefício desta, a parte não está obrigada a
recorrer aos serviços da Defensoria Pública, o que resta comprovado a
teor da Lei 1060/50 e da Constituição Federal, que garantem o direito à
gratuidade de justiça sem esse requisito de representação processual.

28. E nesse rumo, é que se tem direcionado a jurisprudência do TJMG,


vejamos:

TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI 10024113427322001 MG (TJ-MG)


Data de publicação: 03/06/2013 - Ementa: JUSTIÇA GRATUITA - AUSÊNCIA
DE CAPACIDADE FINANCEIRA. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PARTICULAR
NÃO ELIDE A PRESUNÇÃO PARA DEFERIMENTO DA JUSTIÇA GRATUITA. - A
presunção "juris tantum" que milita em favor do requerente dos benefícios
da justiça gratuita, que declara sua miserabilidade legal, deve subsistir até
prova segura em sentido contrário, cuja produção é de responsabilidade da
outra parte, a qual somente pode ser afastada, de ofício, pelo Julgador, se
da juntada dos documentos comprobatórios exigidos, observar-se que o
requerente possui condição de prover os custos de uma demanda, ou se a
determinação de comprovação for desatendida pelo requerente. - A
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contratação de advogado particular não é óbice para o deferimento da
justiça gratuita. A Lei nº 1.060 /50 não diz da impossibilidade de advogado
particular patrocinar causa de pessoa que pede o beneficio da justiça
gratuita Recurso provido.

TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv AI 10000150260271001 MG (TJ-


MG)Data de publicação: 25/06/2015 - Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO
- AÇÃO REVISIONAL - INDEFERIMENTO DE JUSTIÇA GRATUITA - NÃO
COMPROVAÇÃO - PESSOA FÍSICA - PRESUNÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA EM
NÃO HAVENDO DEMONSTRAÇÃO EM CONTRÁRIO - ADVOGADO
PARTICULAR - AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO PARA CONCESSÃO. Em se
tratando de pessoa física, a parte tem direito ao benefício da justiça gratuita
se não há qualquer indício de sua suficiência financeira, incumbindo à parte
contrária, caso queira, derruir a alegada hipossuficiência legal. Para o
deferimento da gratuidade judiciária não se exige que esteja representado
por membro da Defensoria Pública, sendo que a representação por
advogado particular não afasta o direito ao benefício.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10153130027326001 MG (TJ-MG) Data de


publicação: 25/04/2014 - Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. INCIDENTE DE
IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA. CONSTITUIÇÃO
ADVOGADO PARTICULAR. IRRELEVÂNCIA. REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO.
ART. 7º, DA LEI 1.060 /50. - Incumbe ao impugnante a comprovação dos
fatos constitutivos do seu direito, pois o art. 7º da Lei 1060 /50, dispõe que
compete ao impugnante demonstrar a inexistência ou o desaparecimento
dos requisitos essenciais à concessão da assistência judiciária gratuita. - O
fato de a parte possuir alguns bens em seu nome, não sugere que possua
condições de arcar com as custas processuais sem o comprometimento do
próprio sustento e o de sua família. - A constituição de advogado particular
para a defesa dos seus interesses, não retira da parte a concessão da
assistência judiciária, porque não há obrigatoriedade de se valer da
Defensoria Pública, podendo escolher advogado que aceite o encargo de lhe
patrocinar gratuitamente.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10439110049624001 MG (TJ-MG) Data de


publicação: 15/04/2014 - Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE COBRANÇA
DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT - ACORDO - HOMOLOGAÇÃO PARCIAL -
IMPOSSIBILIDADE - PARTE BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA -
ADVOGADO PARTICULAR - PAGAMENTO DE HONORÁRIOS - AUSÊNCIA DE
VEDAÇÃO. Os benefícios da assistência judiciária não atingem a relação
particular firmada entre a parte e seu procurador, e não podem impedir que
este receba os honorários acordados pela prestação dos serviços. A
transação que estabelece o pagamento, pela parte beneficiária da justiça
gratuita, dos honorários acordados com o seu advogado, merece ser
homologada em sua integralidade, sem ressalvas quanto a esta previsão.
Recurso provido.

TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI 10411130076283001 MG (TJ-MG)


Data de publicação: 25/03/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO -
MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS - INDEFERIMENTO DE
JUSTIÇA GRATUITA - DECLARAÇÃO DE POBREZA - PRESUNÇÃO DE
VERACIDADE - ADVOGADO PARTICULAR - AUSÊNICA DE IMPEDIMENTO
PARA A CONCESSÃO - DEFERIMENTO DA BENESSE. Em se tratando de
pessoa física, a parte tem direito ao benefício da justiça gratuita se não há
qualquer indício de sua suficiência financeira, incumbindo à parte contrária,
caso queira, derruir a alegada hipossuficiência legal Para o deferimento da
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gratuidade judiciária não se exige que esteja representado por membro da
Defensoria Pública, sendo que a existência de aparente condição econômica
privilegiada e a representação por advogado particular não afastam o direito
ao benefício, se ausente prova que evidencie a atual possibilidade financeira
de arcar com as despesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio ou
da família

TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI 10701140036206001 MG (TJ-MG)


Data de publicação: 09/05/2014 Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO -
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO - INDEFERIMENTO DE JUSTIÇA GRATUITA -
DECLARAÇÃO DE POBREZA - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE - ADVOGADO
PARTICULAR - AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO PARA A CONCESSÃO -
COMPROVANTE DE HIPOSSUFICIÊNCIA - DEFERIMENTO DA BENESSE. O
pedido de justiça gratuita feito por pessoa física, a partir de declaração de
pobreza, prescinde de prova da hipossuficiência financeira para o
acolhimento, a menos que fortes indícios indiquem o contrário. No caso, a
reconvindoa juntou documento que indica que é aposentada por invalidez
recebendo por isso valor módico, assim não tem capacidade financeira para
arcar com as despesas do processo, sem o prejuízo de seu sustento e de
sua família. Para o deferimento da gratuidade judiciária não se exige que
esteja representado por membro da Defensoria Pública, sendo que a
representação por advogado particular não afasta o direito ao benefício.

TJ-MG - Apelação Cível AC 10280130052044001 MG (TJ-MG) Data de


publicação: 15/07/2014 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - IMPUGNAÇÃO À
JUSTIÇA GRATUITA - ÔNUS DA PROVA - IMPUGNANTE - AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA CAPACIDADE FINANCEIRA - ADVOGADO PARTICULAR -
AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO PARA A CONCESSÃO - DEFERIMENTO DA
BENESSE. No incidente de impugnação ao pedido de assistência judiciária
gratuita compete ao impugnante o ônus da prova de que o impugnado tem
condições financeira de arcar com as despesas processuais sem o prejuízo
de seu sustento ou de sua família, não fazendo o impugnante prova nesse
sentido, impõe-se a improcedência de seu pedido inicial. Para o deferimento
da gratuidade judiciária não se exige que esteja representado por membro
da Defensoria Pública, sendo que a existência de aparente condição
econômica privilegiada e a representação por advogado particular não
afastam o direito ao benefício, se ausente prova que evidencie a atual
possibilidade financeira de arcar com as despesas processuais, sem prejuízo
do sustento próprio ou da família.

29. Ante o exposto, resta claro o direito da parte autora ao benefício da


Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do requerimento formulado
pela parte autora em sua declaração de pobreza firmada e juntada aos
autos, bem como demais provas.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA DA PRIMEIRA RÉ

30. Aduz a primeira ré que esta é ilegítima para prosseguir no polo passivo
da presente demanda, sob o argumento de que esta não é responsável
pelo dano da parte autora, informando: “ que não teria como saber
que a pessoa que contratou com ela e que apresentou todos os
documentos necessários para tal procedimento não era a parte
autora? ”

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31. Ora Exa. tal questionamento da primeira ré, chega a ser cômico, eis que
esta por um lapso temporal curto, esquece de todas as normas
protetivas de direito consumeirista que norteiam suas relações
comerciais entre esta e seus clientes.

32. É um absurdo tal alegação por parte da primeira ré, de que esta não
teria como saber que os documentos pertenciam a parte autora.

33. Note-se que para qualquer transação comercial com a primeira ré é


necessário uma série de requisitos e condições de busca de dados entre
a empresa e seus clientes.

34. Esta detém responsabilidade sobre qualquer operação realizada, não


cabendo ao autor ser prejudicado por tal erro da ré.

DA ALEGAÇÃO DE FRAUDE

35. Confirma as alegações autorais, o fato do contrato supostamente


assinado, estar totalmente fraudulenta ante assinatura constante, não
ser do autor.

36. Urge salientar que a respectiva assinatura e totalmente incompatível,


cabendo este documento ser objeto de perícia grafotécnica.

37. Destaca que diante dos fatos narrados, ocorrer fraude documental, vindo
a prejudicar a autora.

38. Atesta que a autora nunca solicitara nenhum seguro ante a ré, sendo
vítima de fraude.

39. Note-se que a assinatura contida no contrato acostado as fls. 17/76


encontra-se alterado, não possuindo validade jurídica para a presente
demanda.

DO DIREITO A INVERSÃO DO ÔNUS DE PROVA

40. Deve-se analisar no caso em questão inicialmente as partes da


demanda.

41. De um lado se encontra um dos maiores prestadores de serviço de


crédito, com seu poderio econômico, bem como capital suficiente para
custear qualquer meio de prova necessária ao bom entendimento da
lide.

42. Do outro lado encontra-se a consumidora, humilde, mera usuári dos


serviços da apelada, incapaz de produzir qualquer prova técnica para o
deslinde da questão.

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43. O art. 373, I do NCPC aduz com a maior das certezas que a quem
imputa fato na demanda, deve arcar com o ônus probandi, o que de tal
fato ocorrera.

44. Anexa aos autos provas cabíveis, ao qual ocorre está sofrendo cobranças
indevidas por parte da apelada.

45. Ocorre que no caso em concreto deve se ter por base, sabiamente, o
aludido artigo 6º, VIII da Lei 8.078/90, in verbis:

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão


do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;

46. No caso em questão a hipossuficiência do agravante para o agravado é


desproporcional eis que aquela é a detentora de todos os dados técnicos
a respeito do sistema elétrico fornecido a consumidora.

47. Relata ainda que o fato da agravante ser concessionária de energia


elétrica deve ser a responsável pela manutenção e manter o bom
funcionamento da rede elétrica usufruída pela consumidora.

48. Destaca que as alegações imputadas pela agravada ao qual a agravante


efetua cobrança de valores a cada dia superiores de uma residência
comum, demonstram a verossimilhança elencada no referido artigo.

49. Destaca a jurisprudência pátria neste sentido:

Direito do consumidor. Demanda indenizatória. Alegação de


cobrança excessiva após alteração de medidor de energia elétrica.
Inversão do ônus da prova. Inércia da empresa Apelante na
produção de prova pericial. Cobrança abusiva demonstrada.
Irregularidade nas cobranças que provocaram transtornos e
constrangimentos que devem ser compensados. Dano moral
configurado. Correto o valor da condenação fixado em R$ 1.000,00.
Honorários advocatícios fixados em R$ 50,00. Aplicação da regra geral
prevista no § 3º do art. 20 do CPC, por se tratar de sentença condenatória.
Honorários que se fixa em dez por cento do valor da condenação. Recurso
da demandada desprovido. Parcial provimento do recurso da apelada. (TJ-RJ
- APL: 399636920088190021 RJ 0039963-69.2008.8.19.0021, Relator: DES.
ALEXANDRE CAMARA, Data de Julgamento: 11/01/2012, DECIMA TERCEIRA
CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 23/01/2012)

CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. CONSUMIDOR. ENERGIA


ELÉTRICA. ALEGAÇÃO DE FRAUDE NO MEDIDOR DE ENERGIA.
AUSÊNCIA DE PROVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE
ENERGIA ELÉTRICA. PRÁTICA ABUSIVA. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. ART. 6º, VIII DO CDC. NÃO PROVIMENTO. I - A Resolução nº
456/2000, da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) determina, em
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seu art. 72, inc. II, que constatada a ocorrência de qualquer irregularidade,
provocando faturamento inferior ao correto, deve a concessionária solicitar
os serviços de perícia técnica do órgão competente vinculado à segurança
pública e/ou do órgão metrológico oficial, quando se fizer necessária a
verificação do medidor e/ou demais equipamentos de medição; II - a
ausência de qualquer análise pericial do medidor fere o princípio
constitucional do contraditório e ampla defesa, desautorizando, assim, a
própria legalidade do termo de ocorrência e irregularidade apresentado,
unilateralmente, pela concessionária de energia elétrica; III - em
observância ao disposto no art. 6º, VIII, do CDC, e ante à
hipossuficiência do consumidor e à dificuldade objetiva de alcançar
a prova, há que ser invertido o ônus probatório nas demandas
atinentes à relação de consumo, objetivando a facilitação da defesa
do consumidor; IV - atualmente a energia elétrica constitui serviço de
utilidade pública indispensável; e compelir o usuário ao pagamento indevido
de um serviço não prestado, ameaçando-o de suspensão e atribuindo-lhe,
de forma imprópria, irregularidade no medidor de energia elétrica, é prática
abusiva que deve ser combatida; V - apelação não provida. (TJ-MA - AC:
33092011 MA , Relator: CLEONES CARVALHO CUNHA, Data de Julgamento:
04/05/2011, IMPERATRIZ)

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ENERGIA ELÉTRICA -


CONSIGNATÓRIA- IMPUGNAÇÃO DOS VALORES CONSTANTES DAS
FATURAS EMITIDAS PELA CONCESSIONÁRIA - INVERSÃO DO ÔNUS
DA PROVA- PESSOA JURÍDICA - ADMISSIBILIDADE - SENTENÇA
MANTIDA -RECURSO IMPROVIDO. Considerando a vulnerabilidade
técnica da pessoa jurídica para a produção da prova necessária ao caso
concreto, possível a inversão da carga probatória, à luz do Código
Consumerista. Ademais, tendo em vista os elementos constantes dos autos,
a ação era mesmo de ser julgada procedente, eis que a concessionária não
se desincumbiu do ônus probatório, sequer demonstrando a realização do
aludido teste no equipamento medidor de energia elétrica e, tampouco,
questionou os valores consignados judicialmente, deixando de discriminar e
justificar o "quantum" que reputa devido. (TJ-SP - APL: 992080339017 SP ,
Relator: Clóvis Castelo, Data de Julgamento: 30/08/2010, 35ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 13/09/2010)

50. Conforme argumentos ora afirmados, a apelada possui o direito líquido e


certo da inversão ao ônus probandi, conforme se demonstra dos
documentos ora anexados, bem como são verossímeis suas alegações
devendo a apelante produzir a referida prova para o caso em questão.

DA NECESSIDADE DE PROVA PERICIAL

51. Note-se que diante da assinatura fraudulenta apresentada as fls.


107/108, colacionada ao contrato apresentado aos autos, bem como
com seus documentos pessoais, demonstra-se a fraude ocorrida.

52. Para o deslinde da causa é necessária a designação de prova pericial, eis


que esta é a única maneira de dirimir a presente dúvida, para o caso em
tela.

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53. Urge salientar que diante do fato da ré alegar sua veracidade, cabe a
esta no momento da realização da prova técnica pericial, que seja
apresentado o contrato original, para o real confronto.

54. Assim, para que seja dirimido o caso em tela, é necessária a prova
pericial, que desde já se requerer.

DOS DANOS MORAIS E DA RESPONSABILIDADE CIVIL

55. Diante do erro ocasionado pelos réus ao autor em efetuar compra de


veículo em seu nome sem sua solicitação, causa-lhe abalo financeiro.

56. O fato das rés deliberadamente efetuarem cobrança, causa-lhe mal


grave, não se tratando de mero aborrecimento, mas sim de erro grave
cometido pelas rés.

57. Como se demonstra através da jurisprudência pátria:

RESPONSABILIDADE CIVIL. INSTITUIÇÃO BANCÁRIA.


EMPRÉSTIMO OBTIDO MEDIANTE FRAUDE. DESCONTO. DEVER DE
INDENIZAR. DANO MORAL. Cuida-se de relação de consumo, uma vez
que a atividade bancária foi expressamente incluída como serviço no rol do
art. 3º, § 2º, do CDC. Dessa forma, a responsabilidade do réu é objetiva
(art. 14 do CDC). A responsabilidade da instituição bancária pela obtenção
de empréstimo em nome da autora, mediante fraude, dando causa ao
indevido desconto de parcelas em seu provento de pensão, é evidente.
Empresa apelante não logrou desconstituir as alegações do autor,...(TJ-RS -
AC: 70047651286 RS , Relator: Túlio de Oliveira Martins, Data de
Julgamento: 23/08/2012, Décima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário
da Justiça do dia 04/10/2012)

RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRÉSTIMO FRAUDULENTO.


DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. DEVER DE INDENIZAR.
DANO MORAL. QUANTUM. Na presente hipótese, terceira pessoa, na
posse dos danos pessoais da autora, contratou empréstimo bancário junto
aos réus, com desconto das parcelas em folha de pagamento. Manutenção
do montante indenizatório considerando o equívoco da ré, o aborrecimento
e o transtorno sofridos pela demandante, além do caráter punitivo-
compensatório da reparação. RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70062118070, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Túlio de Oliveira Martins, Julgado em 04/11/2014). (TJ-RS - AC:
70062118070 RS , Relator: Túlio de Oliveira Martins, Data de Julgamento:
04/11/2014, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 10/11/2014)

AGRAVO INTERNO. APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR.


DESCONTO EM FOLHA DE EMPRÉSTIMO NÃO CONTRATADO.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA ORIGEM DO DÉBITO. COBRANÇA
INDEVIDA. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. DANO MORAL.
MANUTENÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. 1. Cuida-se de ação
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objetivando indenização a título de dano moral e material sob o fundamento
de que foram promovidos descontos não contratados em folha de benefício
previdenciário. 2. Sentença de procedência do pedido. 3. Na forma do art.
14, do CDC, o fornecedor responde de forma objetiva pelos danos advindos
da prestação de serviço defeituosa. 4. Incidência da teoria do risco do
empreendimento, pela qual, todo aquele que se disponha a exercer alguma
atividade no campo do fornecimento de bens e serviços tem o dever de
responder pelos fatos e vícios resultantes do empreendimento,
independentemente de culpa. 5. Dano moral que, sendo in re ipsa,
independe de prova, bastando, apenas, a comprovação do fato. 6. Dano
moral configurado, porquanto foram graves os transtornos ocasionados ao
autor, em virtude da falha na prestação do serviço, que refogem aos
aborrecimentos habituais e corriqueiros, importando em violação aos direitos
integrantes da personalidade. 7. Considerando a cobrança indevida e o fato
de os descontos terem privado o apelado de dispor da totalidade de seu
salário, o quantum indenizatório não merece qualquer reparo. 8.Verba
indenizatória arbitrada que atendeu aos aspectos compensatórios e
sancionatórios. Sentença que merece ser mantida. 9.Recurso ao qual se
nega provimento. (TJ-RJ - APL: 1123918020068190001 RJ 0112391-
80.2006.8.19.0001, Relator: DES. MONICA COSTA DI PIERO, Data de
Julgamento: 28/09/2010, OITAVA CAMARA CIVEL, Data de Publicação:
08/10/2010)

58. Neste caso a responsabilidade objetiva da ré demonstra-se pelo fato do


caso em questão ser de relação de consumo, eis que o autor, é
hipossuficiente perante a magnitude do prestador de serviços.

59. Frisa-se que a indenização ora devida pelo réu, cabe como caráter
punitivo pedagógico para que seja observada os meios de segurança nas
contratações de empréstimos consignados.

DOS DANOS MORAIS APÓS A PROPOSTITURA DA DEMANDA

60. Diante da fraude ocasionada ao autor com a retirada indevida de veículo


em seu nome, este está sofrendo danos além do imaginável.

61. Frisa-se que os fraudadores que retiraram o veículo da segunda agência


ré, estão usando o veículo sem qualquer medo, e para isso, vem
ocasionando prejuízo material e oral ao autor.

62. Urge salientar que o veículo ora objeto de fraude, está circulando por
várias cidades do País, ocasionando várias infrações de trânsito, e por
consequência imputando as mesmas ao auto conforme documentos em
anexo.

63. Cabe destacar que o autor fora réu em ação indenizatória de acidente de
trânsito, sendo imputado responsabilidade pelo acidente, pelo simples
fato do veículo estar registrado em seu nome indevidamente.
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64. Relata que o autor teve de ir ao estado do Paraná, na cidade de
Maringá, para defender-se nos autos do processo n. Processo:
0016546-94.2019.8.16.0018, sendo julgada improcedente.

65. Destaca que o autor teve despesas de R$1.683,71 (mil seiscentos e


oitenta e três reais e setenta e um centavos) relativos a despesas com
hotel, alimentação e deslocamento, além de R$1.000,00 (mil reais) com
despesas com advogado.

66. Frisa-se que o autor teve o prejuízo material de R$2.683,71 (dois mil
seiscentos e oitenta e três reais e setenta e um centavos).

67. Cabe destacar ainda que além do prejuízo material o autor deteve o
prejuízo moral de ser imputado demanda em seu nome sem ser o
responsável por absolutamente nada.

68. Destaca que em decorrência dos fatos imputados ao autor, em


decorrência do acidente automobilístico, que não fora o responsável,
sofreu danos morais por parte das empresas rés ante a fraude
ocasionada, devendo indenizar ao autor pelos danos ocasionados.

DA CONCLUSÃO

69. Diante dos argumentos do réu, demonstra-se a fraude ocasionada no


referido contrato, ocasionando descontos indevidos a autora.

70. Sendo necessário para o deslinde da causa a prova pericial grafotécnica,


que desde já se requer, observando a gratuidade de justiça auferida ao
autor.

71. Portanto, no caso em questão, devem ser observados os ditames


proferidos pelo Código de Defesa do Consumidor, analisando a
hipossuficiência do demandante perante a ré.

72. Requer ainda o indeferimento dos argumentos do réu, julgando


procedente a presente demanda condenando ao réu aos honorários
advocatícios.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Queimados, 4 de abril de 2023.

Nelson Eduardo Almeida da Rocha


OAB/RJ – 165.192

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