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SÚMULA 286
Embargos à Execução
Distribuição por dependência ao Proc. nº. 11111.22.2222.4.05.0001/0
( CPC, art. 914, § 1º)
INTROITO
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Aquela, verdadeiramente, não tem condições de arcar com
as despesas do processo. São insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas
as despesas processuais, até mesmo custas iniciais.
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99, § 4º).” (THEODORO Jr, Humberto. Curso de Direito Processual Civil [livro
eletrônico]. Vol. I. 57ª Ed. Forense, 03/2016. Epub. ISBN 978-85-309-7022-2)
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STJ – Súmula 481: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com
ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais.
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Opta-se pela realização da audiência conciliatória (CPC, art.
319, inc. VII). Por conseguinte, requer a citação da Promovida, por carta (CPC, art. 247,
caput), para comparecer à audiência, designada para essa finalidade (CPC, art. 334,
caput c/c § 5º).
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Sobremodo importa asseverar que, inexistindo a intenção de
novar, resulta na validade da obrigação pretérita. No caso, por isso, a nova obrigação
tivera o mero efeito de confirmar a primeira (CC, art. 361).
Confira, a propósito:
APELAÇÃO CÍVEL.
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avalistas. Garantia prestada de forma livre e em caráter voluntário pelas
partes. A alegação dos recorrentes de que os termos da inicial não
condizem com o título objeto da execução não se sustenta. No caso em
liça, o número indicado na inicial diz respeito ao número interno da
instituição financeira. Extinção por novação não configurada. Termo de
compromisso de pagamento posteriormente firmado pelo tomador de
crédito. Não caracterizada a intenção de novar de ambas as partes. Caso
concreto em que, conforme bem reconhecido pela Magistrada singular, o
termo de compromisso acima mencionado não representa novação da
dívida, limitando-se a estabelecer novos prazos e condições para o
pagamento e contendo previsão expressa da inexistência de animus
novandi, motivo por qual subsiste o aval prestado pelos embargantes no
negócio original. Embargos improcedentes. Sentença mantida. Aplicação
do artigo 252 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo. Recurso não provido. (TJSP; AC 1000160-29.2019.8.26.0491;
Ac. 13352298; Rancharia; Décima Oitava Câmara de Direito Privado; Rel.
Des. Helio Faria; Julg. 18/02/2020; DJESP 03/03/2020; Pág. 2450)
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A Embargante fora citada, por mandado, nos moldes do
artigo 829, do Código de Ritos.
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No enlace final, ou seja, na Confissão de Dívida alvo da
execução, foram agregados encargos moratórios ilegais. Esses provenientes da relação
contratual anterior.
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O Promovente almeja alcançar provimento judicial, de sorte
a afastar os encargos contratuais tidos por ilegais. Nessa esteira de raciocínio, a querela
gravitará com a pretensão de fundo para:
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( b ) valor controverso estimado da parcela R$ 000,00 ( x.x.x. );
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contribuição mútua entre todos envolvidos no processo judicial (CPC, art. 6º) e paridade
de tratamento (CPC, art. 7º).
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[RP 223/79]). Vale lembrar ainda que o § 3º é mais um exemplo de norma
constante do CPC que disciplina questões não ligadas ao processo civil. Essa
desorganização, se levada adiante, pode fazer com que tais exemplos se
multipliquem, dificultando a sistematização e a lógica processuais. ” (NERY Jr,
Nelson; ANDRADE NERY, Rosa Maria de. Comentários ao Código de Processo
Civil [livro eletrônico]. 2ª Ed. São Paulo: RT, 2016. Epub. ISBN 978-85-203-
6760-5).
(negritos e itálicos no texto original)
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( i ) Não há proximidade entre os fundamentos abordados e súmulas e/ou ações
repetitivas
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Com efeito, inexistindo identidade entre os temas,
inadmissível a improcedência liminar dos pedidos.
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Convém ressaltar as lições de Teresa Arruda Alvim
Wambier:
“Ou seja, antes de aplicar o art. 332 do CPC/2015, o juiz deve assegurar ao
autor a possibilidade de demonstrar porque sua petição inicial, v.g., não
contraria súmula do STF ou súmula do STJ. Somente após essa segunda
manifestação do autor é que se poderia cogitar da aplicação da referida
técnica de forma constitucionalmente adequada. “ (ob. aut. cits.)
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parte Autora a produção da prova requerida. Além disso, a disposição do art. 373, I, do
Código de Processo Civil, dita que tal ônus àquela pertence.
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Em arremate, à luz da disciplina do artigo 771, parágrafo
único, do CPC, de toda pertinência seja designada audiência conciliatória.
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1. "A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não
impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos
contratos anteriores" (Súmula nº 286 /STJ). 2. O Tribunal estadual julgou
nos moldes da jurisprudência pacífica desta Corte. Incidente, portanto, o
Enunciado nº 83 da Súmula do STJ. 3. Agravo interno a que se nega
provimento. (STJ; AgInt-AREsp 1.467.674; Proc. 2019/0072415-0; PR;
Quarta Turma; Relª Min. Maria Isabel Gallotti; Julg. 24/08/2020; DJE
27/08/2020)
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Para além disso, fundamental sublinhar que a cláusula de
capitalização, por ser de importância ao desenvolvimento do contrato, deve ser redigida
a demonstrar exatamente ao contratante do que se trata, assim como quais reflexos
gerarão no plano do direito material.
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“ A grande maioria dos contratos hoje firmados no Brasil é redigida
unilateralmente pela economicamente mais forte, seja um contrato aqui
chamado de paritá rio ou um contrato de adesã o. Segundo instituiu o CDC,
em seu art. 46, in fine, este fornecedor tem um dever especial quando da
elaboraçã o desses contratos, podendo a vir ser punido se descumprir este
dever tentando tirar vantagem da vulnerabilidade do consumidor.
(...)
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No ponto, ou seja, quanto à informação precisa ao mutuário
consumidor acerca da periodicidade dos juros, decidira o Superior Tribunal de Justiça,
verbo ad verbum:
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Seção; Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino; Julg. 14/10/2020; DJE
29/10/2020)
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Nesse particular, emerge da jurisprudência os seguintes
arestos:
APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA.
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infraconstitucional elegeu, sob a égide dos dispositivos consumeristas, e
à falta de outro parâmetro mais incisivo, a taxa medida mensal dos juros
cobrados no mercado bancário, homologada e publicada pelo BACEN,
como baliza para a aferição do eventual excesso na cobrança dos juros.
Como a seção julgou a matéria sob o farol protetivo das regras do CDC,
pode-se concluir, como corolário do princípio da coerência, que esse
patamar mais adequado (SIC) não poderá ser superior ao da taxa média e
sim, ainda inferior a esta. - do fecho do voto da ministra nancy andrighi
(demonstrado o excesso deve-se aplicar a taxa média para as operações
equivalentes) por intrínseca coerência, o pressuposto de que essa taxa
média é não apenas o parâmetro para a redução do excesso de juros
como, também, para a aferição dele. Isso, a partir da evidência lógica de
que, devendo o excesso encontrado ser reduzido ao valor expresso na
taxa média, aquilo que estiver além desta deve ser considerado como
excessivo. - definição dada por aristóteles, de que o limite fixa o término
de uma coisa fora do qual não tem existência, mas é também começo de
outra coisa diferente; o limite é, portanto, ponto de finitude e de partida.
trazendo-se o conceito para o caso concreto, tem-se que a taxa média
configura o preciso limite aquém do qual está a moderação e além do
qual inicia o excesso. Colocando-se a ideia no conceito ontológico
aristotélico tem-se esta resultante: a taxa média mensal de juros fixa o
término da moderação e demarca o início do excesso. - média é antes de
tudo um conceito matemático. Consequentemente, quando o limite de
algo é fixado pela média dos valores que o integram, o acréscimo de
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qualquer valor a essa média a descaracteriza como tal: Já não é mais
média aquilo que está acima da média. Acrescentar-se à média outro
valor, implica na distorção da própria média, com a agravante dessa
distorção voltar-se contra o mutuário prejudicado e beneficiar quem está
na busca de lucros maiores além dos já altos juros da média, o que colide
frontalmente com os princípios regentes do código do consumidor. -
quando a taxa média mensal é ultrapassada, a conclusão é a de que há
excesso passível de redução por processos de revisão bancária (SIC),
porque os juros estão acima do mercado. (SIC).- caso concreto em que
verificado que os encargos praticados no contrato ultrapassam a taxa
média de mercado divulgada pelo Banco Central, cabível a sua limitação
ao percentual registrado no período. Capitalização de juros. - de acordo
com o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a incidência
da capitalização nos contratos de mútuo, em qualquer periodicidade,
somente é admitida quando pactuada de forma expressa. RESP repetitivo
nº 1.388.972/SC. - caso concreto em que prevista na forma diária,
modalidade que este colegiado, de forma unânime, reputa abusiva por
onerar excessivamente o consumidor, o que desautorizaria qualquer tipo
de capitalização de juros. Descaracterização da mora. - constatada
abusividade contratual nos encargos da normalidade, resta
descaracterizada a mora. Repetição do indébito. - na forma simples ou
pela correspondente compensação é admitida, ainda que ausente prova
de erro no pagamento. Negativação. - observada a orientação
jurisprudencial do STJ, constatadas irregularidades na contratação,
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cabível a proibição ao réu de inscrever o nome do contratante nos órgãos
de proteção do crédito. Apelo provido. (TJRS; APL 0034810-
93.2020.8.21.7000; Proc 70083964510; Porto Alegre; Vigésima Terceira
Câmara Cível; Relª Desª Ana Paula Dalbosco; Julg. 16/12/2020; DJERS
22/01/2021)
CÓDIGO CIVIL
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se
transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
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da dívida, pois consiste na incorporação dos juros vencidos ao capital, para
que passem a integrar a base de cálculo dos juros vincendos.
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evolução da dívida, com juros simples, capitalização mensal e diária,
apontando-se, na última coluna, a diferença entre a capitalização diária e a
mensal:
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Simple Mensal Diária Diferen
s ça
0 1.000, 1.000,0 1.000,00 0
- 00 0
1 2.263, 3.327,7 3.530,32 202,55
2 60 7
2 3.527, 11.054, 12.463,14 1.409,0
4 20 12 2
3 4.790, 36.752, 43.998,81 7.246,3
6 80 43 8
4 5.054, 122.193 155.329,7 33.136,
8 40 ,52 4 22
6 7.318, 406.265 548.363,1 142.09
0 00 ,74 7 7,43
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Estabelecida a equivalência entre as taxas, assegura-se que o montante
da dívida será o mesmo, qualquer que seja a taxa aplicada, anual, mensal ou
diária, não havendo prejuízo ao consumidor.
Parcela 01 R$ ( .x.x.x. )
Parcela 02 R$ ( .x.x.x. )
Parcela 03 R$ ( x.x.x. )
(....)
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bancos. Todos são unânimes: a cobrança de juros capitalizados é (e sempre será)
diária.
D) DA AUSÊNCIA DE MORA
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ENCARGOS. PRETENSÃO INSUBSISTENTE. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O autor/apelante apresenta recurso de
apelação adversando a sentença monocrática de piso, com a intenção de
que seja declarada a ilegalidade das cláusulas contratuais que
estabelecem a capitalização de juros, juros acima dos valores médios de
mercado e prevê cumulação de comissão de permanência com outros
encargos moratórios, o que se afiguraria flagrantemente ilegal. Ademais,
argumenta pela necessidade de realização de prova pericial para verificar
a ilegalidade das cláusulas contratuais pactuadas. 2. DESNECESSIDADE DE
PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. Razão não assiste ao apelante,
porquanto as matérias debatidas na presente demanda são exclusivas de
direito, de objeto simples (cédula de crédito bancário), sendo
desnecessária a produção de prova pericial, porquanto constam da
cédula de crédito bancário, acostada aos autos (fl. 106-110), as cláusulas
relativas às obrigações controvertidas, sobretudo as taxas de juros, forma
de aplicação, tarifas, e demais encargos e diretrizes do ajuste, do que
resulta correta a aplicação da regra do art. 355, I, do CPC, possibilitando a
resolução do mérito, atendendo, ainda, os princípios da celeridade e da
razoável duração do processo. 3. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. Quanto à
expressa pactuação, segundo precedentes do Superior Tribunal de
Justiça, entende-se satisfeita a condição quando se constata que a taxa
de juros anuais é superior ao duodécuplo da taxa de juros mensais,
admitindo-se que o encargo foi acordado (RESP nº 973.827/RS, Relatora
Ministra Maria Isabel Galloti). 4. No caso, o contrato não prevê, de forma
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clara, a possibilidade do anatocismo, contudo estão expressamente
evidenciadas a taxa de juros mensal de 2,75% e a anual de 38,47%,
demonstrando que a taxa anual é superior ao duodécuplo da mensal (12
X 2,75% = 33,00%), restando evidenciada, portanto, a pactuação da
capitalização dos juros, nos termos do entendimento do STJ. 5. JUROS
REMUNERATÓRIOS. Segundo precedentes do STJ, para que os juros
contratados sejam considerados abusivos deve restar demonstrado nos
autos que as taxas estipuladas no instrumento contratual se distanciam
de forma acintosa da média de mercado, posto que não é qualquer
desvio desta média que caracteriza o abuso e autoriza o afastamento dos
juros remuneratórios do contrato. (Precedentes: RESP 407.097, RS; RESP
1.061.530, RS; AGRG no RESP 1.032.626, MS; AGRG no RESP 809.293, RS;
AGRG no RESP 817.431, RS). 6. In casu, observa-se que o contrato de
financiamento impugnado (fls. 106-110) estabelece taxa anual de
38,47%, enquanto para o mesmo período a taxa média de juros do Banco
Central foi de 23,84%, assim, ante a discrepância observada entre as
taxas e em virtude de a taxa contratual superar em uma vez e meia a taxa
média de mercado à época da contratação, resta evidente a abusividade
dos juros pactuados, devendo, portanto, ser limitada à referida média. 7.
Comissão de permanência. Quanto à comissão de permanência, o
entendimento Sumulado pelo STJ é pela possibilidade de sua pactuação,
desde que cobrada de forma isolada (Súmula nº 472 - STJ). 8. Da análise
do instrumento contratual trazido aos autos (fls. 106-110; Cláusula 3. 6 -
ATRASOS DE PAGAMENTO), verifica-se o estabelecimento de juros
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remuneratórios de inadimplência, multa de 2% (dois por cento) e juros
de mora de 12% (doze por cento) ao ano, calculados sobre o valor da
obrigação vencida. Portanto, uma vez que o instrumento contratual não
prevê expressamente a cumulação da comissão de permanência com
outros encargos, o recorrente carece de interesse processual. 9.
Constatada a abusividade dos juros remuneratórios, resta a
descaracterização da mora do autor/apelante e, por conseguinte,
mostra-se forçoso o deferimento do pleito de abstenção da inscrição da
parte apelante nos cadastros de inadimplentes, todavia quanto a
declaração de quitação do contrato pelo total adimplemento, entendo
que tal procedimento, deverá ser realizado quando da execução do
julgado, quando serão apuradas os valores eventualmente existentes. 10.
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJCE; AC 0060100-
85.2017.8.06.0064; Segunda Câmara de Direito Privado; Relª Desª Maria
de Fátima de Melo Loureiro; DJCE 04/02/2021; Pág. 56)
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Daí ser lícita a conclusão de que, uma vez constatada a
cobrança de encargos abusivos, durante o “ período da normalidade” contratual, afastada
a condição moratória.
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Perceba que no pacto há estipulação contratual pela
cobrança de comissão de permanência, somada a outros encargos moratórios.
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forma isolada (não cumulada com outros encargos moratórios,
remuneratórios ou correção monetária). e não supere a soma dos
encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou seja,
juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo ultrapassar
o percentual contratado para o período de normalidade da operação;
juros moratórios até o limite de 12% ao ano; e multa contratual limitada
a 2% do valor da prestação, nos termos do art. 52, § 1º, do CDC (Súm.
472, STJ) (REsp nº 1.058.114/RS e nº 1.063.343/RS). * (TJMS; AC
0845409-94.2016.8.12.0001; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Fernando
Mauro Moreira Marinho; DJMS 08/02/2021; Pág. 276)
F) NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE
EFEITO SUSPENSIVO
REQUISITOS DO ART. 919, § 1º PREENCHIDOS
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(destacamos)
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Perlustrando esse caminho, Nélson Nery Júnior assevera,
delimitando comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “ fumus boni iuris”,
verbis:
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Teresa Arruda Alvim ... [et al]. Breves comentários ao novo código de processo
civil. São Paulo: RT, 2015, p. 2.058)
(destacamos)
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Vale acrescentar, por desvelo, demonstrados fortes
fundamentos quanto à cobrança de encargos abusivos, no período de normalidade
contratual. Daí por que, não se deve cogitar em estado de mora.
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De outra banda, o debate levado a efeito não se limita a
evidenciar, exclusivamente, excesso de execução. Sabidamente essa hipótese levaria a
extinção do efeito, à luz do que dispõe o art. 917, § 4º, do Código de Ritos.
APELAÇÃO.
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os embargos opostos. Apelo da embargante pleiteando a anulação da r.
Decisão. Com razão. Como os embargos opostos apresentam, além do
excesso de execução por cobrança ilícita e abusiva de encargos (inclusive
com pedido de revisão contratual), pleito de extinção da demanda
executiva por falta de certeza, liquidez e exigibilidade em razão de
questões envolvendo a própria constituição da cédula de crédito como
título executivo, de rigor o processamento da defesa, nos termos do
artigo 917, §4º, II, da Lei adjetiva. Ocorre, todavia, que a falta de
indicação pela embargante do valor que entende correto para a dívida
exequenda, acompanhada da respectiva memória de cálculo e dos
documentos necessários para comprovação do alegado, impede que seja
conhecida a alegação de excesso de execução, por cobrança ilícita e
abusiva de encargos, inclusive com pedido de revisão contratual do pacto
exequendo e de anteriores, nos termos do artigo 917, §3º e §4º, do
diploma processual. Mas não impede a apreciação das outras matérias
trazidas nos embargos, o que deve ser realizado. É, pois, caso de dar
provimento ao apelo da embargante para anular a r. Sentença, com
retorno do feito ao juízo de origem para dar seguimento ao trâmite
processual com a intimação do banco exequente para apresentar, se
assim desejar, impugnação aos embargos opostos. Apelo provido. (TJSP;
AC 1014699-28.2018.8.26.0008; Ac. 12833860; São Paulo; Vigésima
Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Roberto Maia; Julg. 26/08/2019;
DJESP 09/09/2019; Pág. 2311)
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Dito isso, o ensejo conforta-se aos ditames prescritos no art.
917, inc. VI, da Legislação Adjetiva Civil; não do § 4º, inc. I, do art. 917 do CPC.
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De igual modo, não é despiciendo sublinhar que a dívida se
encontra garantida por penhora. Nesse passo, por mais esse motivo, convém a
exclusão.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Execução de título extrajudicial. Preferência de penhora sobre dinheiro.
Artigo 835 do NCPC. Penhora sobre faturamento da empresa que observa
a ordem legal de preferência. Determinação do juiz não afronta os
ditames do artigo 805 do NCPC na medida em que respeita a ordem legal
da penhora. Adequação do princípio da preservação da empresa com a
satisfação do crédito. Redução para o percentual de 7,5% (sete e meio
por cento). Decisão parcialmente reformada. Recurso parcialmente
provido. (TJSP; AI 2256794-28.2020.8.26.0000; Ac. 14267932; São Paulo;
Vigésima Primeira Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Décio Rodrigues;
Julg. 08/01/2021; DJESP 22/01/2021; Pág. 5655)
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Art. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo.
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periculum. “ (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo Código de Processo Civil
comentado [livro eletrônico]. 2ª Ed. São Paulo: RT, 2016. Epub. ISBN 978-85-
203-6754-4).
(itálicos do texto original)
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IV – DOS PEDIDOS e REQUERIMENTOS
( i ) opta-se pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII c/c CPC,
art. 771, parágrafo único), razão qual requer a intimação da Embargada, por seu
patrono, para comparecer à audiência, designada para essa finalidade (CPC, art. 334,
caput c/c § 5º), devendo, antes, ser analisado o pleito de tutela de urgência;
4.2. Pedidos
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( a ) seja extinta a ação executiva, uma vez que a petição inicial é
inepta;
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( ii ) protesta provar o alegado por toda espécie de prova admitida,
nomeadamente por meio de perícia contábil (com ônus invertido), exibição de
documentos, tudo de logo requerido;
Beltrano de tal
Advogado – OAB 112233
Beltrano de tal
Advogado – OAB 112233
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