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NOME DO ADVOGADO OU ESCRITÓRIO Rua xxxxxxxxxxxx, nº.

xx/xx,
OAB/UF XX.XXX Bairro xxxxxxx,
Cep xxxxxxxx,
Cidade xxxxxxx. - Estado.

Email: advogado@mail.com.br
Fone: (XX) XXXXX.XXXX

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DR. (A) JUIZ(A) DE DIREITO DO __JUIZADO ESPECIAL CÍVEL/VARA


CÍVEL DA COMARCA DE ____________/ESTADO

FULANO DA SILVA, estado civil (ou existência de união estável),


profissão, CPF nº. xxx.xxx.xxx-xx, nacionalidade, endereço
eletrônico: XXXXXXXXXXXXX, domiciliado e residente na Rua
xxxxxxxxxx, nº. xxxx, Bairro xxxxxxxxxx, cidade de xxxxxxxxxx, vem,
respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu procurador
signatário, instrumento de mandato em anexo, propor a presente,

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA
ANTECIPADA

Em face de XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX S/A,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
XX.XXX.XXX/0001-00, endereço eletrônico xxxx@mail.com.br, com
sede na Avenida XXXXXXX, XXXX, na cidade de XXXXXXXXXXX/XX,
que deverá ser citada na pessoa de seu representante legai, pelos
motivos de fato e de direito, que passa expor:

I – DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, destaca o requerente que não possui condições de arcar com


custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio, conforme

1|P á g i n a
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demonstra o documento 2 (em anexo), razão pela qual faz jus ao benefício da gratuidade da justiça,
nos termos dos artigos 98 a 102 do NCPC, o que requer desde já.

II. DOS FATOS

O autor detém Plano de Saúde com a requerida desde XXXXXX, sendo que
desembolsa mensalmente a quantia de R$ XXX,XX (XXXXXXXXXXXXXXXXXXX reais e XXXXXXXXXXXXX
centavos), com o intuito de ter segurança na hora de realizar exames e procedimentos cirúrgicos
envolvendo questões de saúde (doc. 2), estando adimplente com suas obrigações contratuais,
conforme comprovante de pagamento em anexo.

Atualmente se encontra internado em caráter de urgência na Unidade de


Terapia Intensiva do NOME DO HOSPITAL, necessitando submeter-se imediatamente a
procedimento designado cineangiocoronariografia, conforme comprova o atestado médico
acostado à presente (Doc. 03), de lavra do Dr. Fulano de Tal, CRM XXXXX médico que atende o
paciente desde.

Conforme destacado no referido atestado:

“o paciente está caracterizado como de alto risco de evento


coronariano precoce (angina recorrente; infarto; morte causa
cardiovascular), caso o mesmo não seja avaliado invasivamente
(cineangiocoronariografia) e submetido à revascularização
miocárdica, através de angioplastia coronariana com STENT
FARMACOLÓGICO.” (Grifamos).

O urgente procedimento que necessita o autor, sob risco de perder sua vida,
demanda a instalação de aparelho denominado STENT em sua artéria. Destaca-se que na verdade,
a colocação do STENT é uma conseqüência da angioplastia, permitindo o desbloqueio de artéria.
Sua colocação está, dessa forma, intrinsecamente ligada ao próprio ato cirúrgico e a sua ausência o
torna inócuo.

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Entretanto, mesmo cobrindo os demais custos do procedimento cirúrgico, a ré


se recusa a custear a aquisição do STENT, por o considerar uma prótese e, como tal, não previsto
entre as suas responsabilidades contratuais.

Ocorre que este entendimento de parte da ré viola não apenas os elementos


essenciais do contrato firmado junto ao autor, como também todos os Diplomas Legais pátrios, a
começar pelos Códigos Civil e do Consumidor, além da Lei 9.656/98 com redação dada pela Medida
Provisória número 2177/01 e, finalmente, o unânime entendimento jurisprudencial sobre a
matéria.

Destaca-se que a recusa da ré em custear a aquisição do STENT é, portanto, um


ato ilícito civil, consistente na recusa abusiva ao cumprimento contrato firmado junto ao autor, com
base em interpretação igualmente abusiva de cláusulas que o Código Civil e o Código de Defesa do
Consumidor consideram nulas, vez que estabelecidas em detrimento do consumidor final em
instrumentos padronizados de contratos de adesão.

Tanto a melhor doutrina como a unânime jurisprudência de nossos Tribunais


Superiores estabelece a responsabilidade das empresas prestadoras de seguro saúde pelo custeio
de STENTS de que necessitem os seus pacientes - consumidores, como a seguir restará
devidamente comprovado.

III – DO MÉRITO:

III.A) DA ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA EXCLUDENTE DA COBERTURA DE


PROCEDIMENTO OU MEDICAMENTO NECESSÁRIO AO TRATAMENTO DE DOENÇA SEGUNDO OS
NOSSOS TRIBUNAIS:

Com relação ao tema ora em debate, a jurisprudência do Egrégio Superior


Tribunal de Justiça é unânime, como se pode depreender na ementa a seguir:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.502.826 - SP (2014/0303497-1) RELATOR :


MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA RECORRENTE : AMIL
ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S.A ADVOGADOS : PRISCILA
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MARIA PEREIRA CORREA DA FONSECA E OUTRO (S) PAULO


CARVALHO CAIUBY RECORRIDO : RUBENS ABUTARA ADVOGADOS :
ANA CAROLINA FERREIRA ANDREUCCI BERNICCHI MARIA DANIELA
FERREIRA RODINI E OUTRO (S) DECISÃO Trata-se de recurso
especial interposto por AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL
S.A. O apelo extremo, com fundamento no art. 105, III, alíneas "a" e
"c", da Constituição Federal, insurge-se contra acórdão proferido
pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim ementado:
"OBRIGAÇÃO DE FAZER C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
Plano de saúde - Deferimento da antecipação da tutela -
Inconformismo - Desacolhimento - Plano contratado antes da
vigência da Lei nº 9.656⁄1998 - Adaptação tácita do contrato - negativa
de cobertura de endoprótese, enxerto e dilatador endovascular -
Cláusula contratual que exclui genericamente a cobertura de
próteses - Entendimento no sentido de que é abusiva a disposição
contratual que não cobre prótese necessária para o tratamento de
doença coberta pelo contrato - Aplicação da Resolução Normativa
nº 211 da ANS - Precedente do Colendo Superior Tribunal de Justiça
e desta Corte - Decisão mantida - Recurso desprovido" (e-STJ fl.
134). Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (e-STJ
fl. 153). A recorrente alega, além de divergência jurisprudencial,
violação dos artigos 115, 1.432, 1.434 e 1.460 do Código Civil de
1916, 760 do Código Civil (CC), 54, §§ 3º e 4º, do Código de Defesa
do Consumidor (CDC), 35 da Lei nº 9.656⁄1998 e 273, § 2º e 475 - O, II,
do Código de Processo Civil (CPC). Afirma que a cobertura
pretendida estava expressamente excluída em cláusula contratual
válida, nos termos da legislação específica e do contrato, e que tal
exclusão não é incompatível com o CDC. Sustenta não estar
obrigada a suportar gastos não previstos contratualmente. Argui a
irretroatividade da Lei dos Planos de Saúde aos contratos firmados
antes da sua vigência e não adaptados à nova lei. Aduz que a recusa
de cobertura fundada no contrato não enseja a indenização por
dano moral. Alega que não estão presentes os requisitos para a
antecipação da tutela. Após a apresentação de contrarrazões, o
recurso foi admitido na origem. É o relatório. DECIDO. A
irresignação não merece prosperar. A verificação dos requisitos
para o deferimento ou indeferimento de medidas liminares ou
antecipatórias de tutela decorre da análise das circunstâncias
fáticas da causa, cujo reexame, como de conhecimento geral, é
vedado, nesta seara recursal, pela aplicação da Súmula nº 7 do
Superior Tribunal de Justiça.
(...)
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial. Publique-se.
Intimem-se. Brasília, 06 de março de 2015. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA Relator (STJ, REsp 1502826 SP 2014/0303497-
1, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA)

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Nas razões do v. Acórdão no AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.334.008 - DF o


Relator, Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, teceu as seguintes considerações:

" A decisão impugnada escora-se na firme jurisprudência desta


Corte Superior no sentido de considerar abusiva a cláusula
contratual que exclua da cobertura do plano de saúde
determinado tipo de procedimento ou medicamento necessário
para assegurar o tratamento de doenças previsto na contratação
(...)
Esse entendimento tem sido sistematicamente reiterado pelas
decisões monocráticas proferidas por este Tribunal, a exemplo do
AREsp n. 45.965⁄MG, Relator Ministro MARCO BUZZI, julgado em
25⁄4⁄2012, DJe 4⁄5⁄2012, e do AREsp n. 163.181⁄RJ, Relator Ministro SIDNEI
BENETI, julgado em 25⁄4⁄2012, DJe 3⁄5⁄2012.

Também no julgamento do REsp. 591.874/RS, 3ª Turma, em que foi Relator o


eminente Ministro CASTRO FILHO, aquele Egrégio Tribunal decidiu:

"I – A Câmara julgadora entendeu, em harmonia com a


jurisprudência deste Tribunal, que, no caso em exame, a prótese
usada na cirurgia realizada na paciente está diretamente ligada ao
ato cirúrgico, sendo, portanto, imprescindível para a cura e
restabelecimento da autora (...)." (Grifamos).

Nesse sentido a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de


XXXXXXXXXX é, simplesmente, unânime no sentido da obrigatoriedade do fornecimento, pela
empresa de seguro – saúde, do STENT para o seu consumidor, quando tal se mostre necessário,
julgando, o autor, oportunas as referências então aduzidas, que encerram a matéria ora sob
julgamento.
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADIMPLEMENTO CONTRATUAL C.C
PLEITO INDENIZATÓRIO E TUTELA ANTECIPADA. PLANO DE SAÚDE.
NEGATIVA DE CUSTEIO DE ANGIOPLASTIA E COLOCAÇÃO DE
"STENT". SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS INICIAIS.
IRRESIGNAÇÃO DA PARTE RÉ. 1. COBERTURA PARCIAL
TEMPORÁRIA. PRAZO DE CARÊNCIA DE 24 MESES PARA DOENÇA
PREEXISTENTE.PATOLOGIA PREEXISTENTE NÃO DEMONSTRADA.
AUSÊNCIA DE EXAME MÉDICO ADMISSIONAL. NEGATIVA DE
COBERTURA QUE SE MOSTRA ABUSIVA. 2. DANOS MORAIS.
CABIMENTO. INJUSTA RECUSA. SITUAÇÃO CAUSADORA DE AFLIÇÃO
PSICOLÓGICA E ANGÚSTIA DE ESPÍRITO 3. VALOR DA INDENIZAÇÃO.
FIXAÇÃO EM MONTANTE RAZOÁVEL, EM CONSONÂNCIA COM A
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DUPLA FINALIDADE DO INSTITUTO. MANUTENÇÃO. 4. TERMO


INICIAL. CORREÇÃO MONETÁRIA: DATA DO ARBITRAMENTO
(SÚMULA 362, STJ). JUROS DE MORA: DATA DO EVENTO DANOSO
(SÚMULA 54, STJ). RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJPR - 8ª C.Cível - AC - 1407741-3 - Curitiba - Rel.:
Francisco Eduardo Gonzaga de Oliveira - Unânime - - J. 03.03.2016)

EMENTA APELAÇÃO CÍVEL. RELAÇÃO DE CONSUMO. PLANO DE


SAÚDE. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA E PEDIDO DE VERBA INDENIZATÓRIA POR DANOS
MORAIS. RECUSA DE FORNECIMENTO DE MATERIAL
IMPRESCINDÍVEL À MANUTENÇÃO DA SAÚDE DA AUTORA. DIREITO
À SAÚDE, À VIDA E À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DIREITOS
FUNDAMENTAIS PROTEGIDOS PELA CONSTITUIÇÃO. SENTENÇA
QUE SE MANTÉM. 1. Diagnóstico de ¿episódio de cefaleia súbita de
forte intensidade na região occipital à esquerda associado à
parestesia transitória em membro superior à direita.¿sendo
necessário o tratamento endovascular, podendo ser necessário a
utilização de microbalão ou nurostet, conforme prescrição médica,
afirmando, ainda o parecer médico possível risco de morte. 2.
Recusa de plano de saúde em autorizar realização de procedimento
cirúrgico. Danos morais configurados. 3. Violação da boa-fé
objetiva, elemento essencial às relações negociais. 4. Cabe ao
médico e ao paciente deliberarem sobre a terapia a ser utilizada,
não competindo ao Judiciário, tampouco à burocracia do plano de
saúde, aprovar ou não procedimento, tratamento e exames
prescritos pelo médico, ressalvado o risco de morte. 5. Quanto aos
danos morais o montante de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), arbitrado
na sentença, mostra-se compatível com a repercussão dos fatos
narrados nestes autos, observados critérios de razoabilidade e
proporcionalidade, não comportando a reforma pretendida pela
parte. Além disso, se alinha com a orientação contida no Enunciado
nº 116, do Aviso nº 100/11 deste Egrégio Tribunal de Justiça,
segundo o qual ¿a verba indenizatória somente será modificada se
não atendidos pela sentença os princípios da proporcionalidade e
da razoabilidade na fixação do valor da condenação¿. 6. Na forma
do art. 557, caput, do CPC, NEGO SEGUIMENTO à apelação do Réu,
mantendo a sentença por seus próprios fundamentos. (TJ-RJ
APELAÇÃO : APL 00223549420128190001 RJ 0022354-
94.2012.8.19.0001, Relator: DES. MURILO ANDRE KIELING
CARDONA PEREIRA, Data de Julgamento: 13/04/2015, VIGÉSIMA
TERCEIRA CAMARA CIVEL/ CONSUMIDOR)

PLANO DE SAÚDE Aplicação da Lei 9.656/98 - Admissibilidade -


Contrato de trato sucessivo que é atingido pela legislação vigente a
cada renovação - Cirurgia cardíaca - Stent - Recusa de autorização
fundada em ausência de cobertura de prótese - Inadmissibilidade -
Material que é inerente e integra o ato cirúrgico - Recurso
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desprovido. (TJ-SP Apelação: 1002065-97.2014.8.26.0506, Relator:


Miguel Brandi, Data de Julgamento: 16/04/2015, 7ª Câmara de
Direito Privado)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - PRELIMINAR - DEFEITO DE


REPRESENTAÇÃO - DEFENSORIA PÚBLICA - REJEITAR - PLANO DE
SAÚDE - NECESSIDADE DE COLOCAÇÃO DE STENT - NEGATIVA DE
COBERTURA - ABUSIVIDADE - DIREITO À SAÚDE - DANO MORAL -
Nos termos do art. 74, XI, da LC 65/2003 c/c art. 16, § único, da Lei
1.060/50, sabe-se que a Defensoria Pública pode atuar na defesa de
seus assistidos ou representados, sem a exibição de procuração ou
de nomeação. - A negativa de cobertura de despesas relativas à
colocação de stent, presente ou não cláusula excludente da
cobertura, se mostra abusiva, em face da essencialidade do
tratamento, o que retira a própria utilidade e finalidade do plano de
saúde, não podendo prevalecer frente ao direito à saúde, garantido
constitucionalmente. (TJ-MG Apelação Cível : AC
10024131610719001 MG, Relator: Pedro Aleixo, Data de
Julgamento: 25/03/2015, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL)

Como se verifica, na verdade, o entendimento de que o STENT seria uma


prótese e, como tal, não estaria coberto pelo plano de saúde do autor encontra-se plenamente
superado e em inteiro descompasso com o que entendem simplesmente todos os Tribunais de
nosso País.
III.B - DAS DISPOSIÇÕES LEGAIS ACERCA DA MATÉRIA:

A questão ora sob análise encerra simples solução em planos legais. Diz respeito
à validade de uma cláusula restritiva imposta em desfavor de um contratante consumidor em
contrato de adesão e a sua análise em sede judicial.

A respeito de tal matéria, nosso Código Civil estabelece em seu artigo 424:

Art. 424 – Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a
renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do
negócio.

Esse entendimento, que já restava disposto no artigo 51 do Código de Defesa do


Consumidor, visa respaldar justamente os atos abusivos praticados pelas empresas em geral em

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detrimento de seus consumidores. E, obviamente, a relação entre o autor e a ré é de natureza


consumerista. O supra referido artigo possui a seguinte redação:

Art. 51 – São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais


relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

I – impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor


por vícios de qualquer natureza dos produtos ou serviços ou impliquem
renúncia ou disposição de direitos (...).

IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que


coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boa – fé ou a equidade. (Grifamos).

A respeito da análise de tais cláusulas nos contratos de consumo, digna de


referência a também lapidar lição do eminente Desembargador SÉRGIO CAVALIERI FILHO, segundo
a qual:
"Rompendo com a clássica noção do contrato, o Código do Consumidor
consagrou a concepção social do contrato, no qual o elemento nuclear não
é mais a autonomia da vontade, mas sim o interesse social. A eficácia
jurídica do contrato não depende apenas da manifestação de vontade,
mas também, e principalmente, dos seus efeitos sociais e das condições
econômicas e sociais das partes que dele participam."

Trata, o dispositivo acima referido, de hipótese exatamente idêntica à ora


versada, qual seja: o contrato firmado junto ao autor não pode servir de escopo para justificar a
negativa no fornecimento do STENT.

Mais especificamente, a lei 9.656 de 03 de junho de 1998 com a redação dada


pela Medida Provisória número 2.177-44 de 24 de agosto de 2001, em seus artigos 35 – C e 35 - E
expressamente determina:

Art. 35 – C – É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos:

I – de emergência, como tal definidos os que implicarem risco imediato de


vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizada em
declaração do médico assistente;

(...)

art. 35 – E – A partir de 5 de junho de 1998, fica estabelecido para os


contratos celebrados anteriormente à data de vigência desta Lei que:
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(...)

IV – é vedada a interrupção de internação hospitalar em leito clínico,


cirúrgico ou em centro de terapia intensiva ou similar, salvo a critério do
médico assistente. (Grifamos).

A aplicabilidade da referida lei aos contratos firmados antes de sua vigência


também já é matéria sopesada em nossa jurisprudência, sendo igualmente unânime o
entendimento segundo o qual, por se tratarem de contratos de trato sucessivo e periódico, eles
restam regulados pela lei, independentemente de quando tenham sido pactuados, já que
mensalmente se renovam.

A esse respeito, lapidar o entendimento do eminente Desembargador LUIZ


FELIPE FRANCISCO no julgamento da Apelação Cível número 2006.001.13069 pela Colenda 8ª
Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em que textualmente
determina:

"A primeira alegação trazida nas razões recursais de que inaplicável a Lei
dos Planos de Saúde (Lei número 9.656/98) aos contratos anteriores à sua
vigência, não se sustenta.

É de se destacar, inicialmente, que em que pese não invocada pelos


apelados a aplicabilidade ou não da referida Lei, pode e deve a mesma ser
aplicada em relação aos contratos e atos anteriores à sua vigência, fato
este que não afronta o artigo 6º , da Lei de Introdução ao Código Civil e
tampouco o artigo 5º , inciso XXVI, da Constituição da República, até
porque, analisada a natureza do contrato e considerada a atividade de
risco a que se submete a contratada, verifica-se que se trata de negócio
jurídico que se protrai no tempo.

Relevante consignar que a obrigação vem sendo anualmente renovada, ou


seja, o foi após a vigência do novo ordenamento, razão pela qual pelo
mesmo foi alcançada."

Como restou plenamente demonstrado, sob qualquer prisma por que se analise
a presente questão, é inteiramente abusiva e, como tal, ilícita a negativa da ré em fornecer o STENT
de que necessita o autor, seu consumidor de plano de seguro saúde.

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IV – DA TUTELA DE URGÊNCIA

Noutro sentir, vem o requerente respeitosamente pleitear em tutela de


urgência de natureza antecipatória, a determinação de fornecimento do STENT por parte da ré e
de entregá-lo ao hospital onde se encontra o autor, a tempo de realizar a cirurgia.

No caso em tela resta evidente que houve prática abusiva da ré ao intervir ou


impor restrições ao fornecimento do STENT – determinando ao autor arcar com a aquisição do
material, o que se afigura impossível, pois encontra-se em condição financeira precária.

Veja-se que não há que se falar em possibilidade de perecimento de direito – SE


TRATA DA POSSIBILIDADE DA PERDA DA VIDA DO AUTOR. Portanto, impossível se cogitar de um
maior e mais evidente perigo na demora para a concessão da medida pleiteada.

De outro norte, o Código de Processo Civil autoriza o Juiz conceder a tutela de


urgência quando “probabilidade do direito” e o “perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Resta nos autos “prova inequívoca” da ilicitude cometida pela Ré, o que se
demonstra pelos documentos ora apresentados, principalmente aqueles relacionados ao abuso
constante no contrato, em face da essencialidade do tratamento, o que retira a própria utilidade e
finalidade do plano de saúde, não podendo prevalecer frente ao direito à saúde, garantido
constitucionalmente.

Desse modo, à guisa de sumariedade de cognição, os elementos indicativos de


ilegalidades contidos nas provas ora imersas e até mesmo da análise das provas a serem juntadas
pela ré, traz à tona circunstâncias de que o direito muito provavelmente existe.
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Acerca do tema do tema em espécie, é do magistério de José Miguel Garcia


Medina as seguintes linhas:
“. . . sob outro ponto de vista, contudo, essa probabilidade é
vista como requisito, no sentido de que a parte deve
demonstrar, no mínimo, que o direito afirmado é provável (e
mais se exigirá, no sentido de se demonstrar que tal direito
muito provavelmente existe, quanto menor for o grau
depericulum. “ (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo código de
processo civil comentado … – São Paulo: RT, 2015, p. 472)

Com esse mesmo enfoque, sustenta Nélson Nery Júnior, delimitando


comparações acerca da “probabilidade de direito” e o “fumus boni iuris”, esse professa, in verbis:

“4. Requisitos para a concessão da tutela de urgência: fumus


boni iuris: Também é preciso que a parte comprove a
existência da plausibilidade do direito por ela afirmado
(fumus boni iuris). Assim, a tutela de urgência visa assegurar
a eficácia do processo de conhecimento ou do processo de
execução…” (NERY JÚNIOR, Nélson. Comentários ao código de
processo civil.– São Paulo: RT, 2015, p. 857-858)

Diante dessas circunstâncias jurídicas, faz-se necessária a concessão da tutela


de urgência antecipatória, o que também sustentamos à luz dos ensinamentos de Tereza Arruda
Alvim Wambier:
“O juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que
envolvem dose significativa de subjetividade – ficam, ao
nosso ver, num segundo plano, dependendo do periculum
evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não
vislumbre uma maior probabilidade do direito invocado,
dependendo do bem em jogo e da urgência demonstrada
(princípio da proporcionalidade), deverá ser deferida a tutela
de urgência, mesmo que satisfativa. “ (Wambier, Teresa
Arruda Alvim … [et tal]. – São Paulo: RT, 2015, p. 499)

No tocante ao periculum na demora da providência judicial, urge destacar que


está em jogo a vida do autor, bem jurídico imensamente superior ao bem jurídico eventualmente
consistente no custo da aquisição do STENT para a ré (que pode, inclusive, em caso de
improcedência da presente - o que se admite apenas para argumentar -, ser reembolsado) e
porque não se requer da ré nada mais do que o cumprimento da lei e do contrato – e a ambos ela
teima em desobedecer.
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Ressalta-se que o ajuizamento desta demanda toma por base os artigos 1º,
inciso III, 5º, caput e inciso XXXII, 196, 197 e 199 da Constituição Federal; nos artigos 4º, 6º, 83, 84
do Código de Defesa do Consumidor e no artigo 300 do Código de Processo Civil, além de
fundamentar-se nos Princípios da Dignidade da Pessoa Humana e da Vulnerabilidade do
Consumidor e nos Direitos Fundamentais à vida e saúde do consumidor.

Assim entendem os Tribunais:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBRIGAÇÃO DE FAZER.


FORNECIMENTO DE PRÓTESE IMPORTADA. ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA. Artroplastia total de quadril. Comprovação da
necessidade da prótese de importada. Urgência
demonstrada. Pessoa hipossuficiente. Dever de assistência à
saúde constitucionalmente protegido. Tutela antecipada
que aqui se defere. Requisitos do art. 273 do CPC
preenchidos. Recurso provido. (TJ-SP - AI:
20413678220148260000 SP 2041367-82.2014.8.26.0000,
Relator: Peiretti de Godoy, Data de Julgamento: 13/08/2014,
13ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação:
14/08/2014)

Ratifica-se que o não deferimento da tutela de urgência nesses moldes pode


acarretar danos irreparáveis à vida e saúde do paciente/consumidor lesado, sendo ineficaz o
provimento somente ao final da ação.

No caso específico do paciente/consumidor XXXXXXXXXXXXX, a premente


necessidade de realização do procedimento desencadeou a presente demanda, a fim de tutelar
imediatamente os seus direitos, visto que está sendo seriamente prejudicado com a prática abusiva
da ré.

Diante dos dispositivos legais e princípios citados, indiscutível a extrema


relevância do fundamento da demanda, a justificar a concessão da tutela de urgência. Assim
sendo, o Autor vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte contrária (CPC/2015, art. 300, § 2º),
independente de caução (CPC/2015, art. 300, § 1º), tutela de urgência antecipatória no sentido
de:
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a) determinar que a Ré se abstenha de intervir ou impor restrições ao procedimento recomendado


pelo médico, fornecendo imediatamente e às suas expensas, o STENT e materiais ligados ao ato
cirúrgico recomendados pelo médico responsável pelo tratamento de saúde do
paciente/consumidor, sob pena de multa diária, em valor a ser estabelecido por Vossa Excelência;

Concluindo, apenas para contextualizar a inexistência de qualquer perigo na


concessão da liminar pretendida, transcreve o autor um trecho do voto do insigne Desembargador
RUDI LOEWENKRON na Apelação Cível número 2006.001.22530 julgada pela Colenda 14ª Câmara
Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro:

"É público e notório que as seguradoras de Plano de Saúde, para


venderem seus produtos, oferecem ao consumidor, ‘mundos e fundos’ e
acabam por convence-lo a adquirir ‘aquilo’ que está lhe sendo oferecido.
Ocorre que ao primeiro sinal de se colocar em prática o que lhe foi
oferecido, o segurado é pego de surpresa, porque na realidade, o que
pensava estar adquirindo, na realidade é bem diferente".

5.2. DOS DANOS MORAIS

Após demonstrar de forma cabal que a requerida agiu de forma completamente


negligente ao negar a colocação de Stent ao segurado que necessitava de forma premente a
realização da cirurgia, passará a se demonstrar que tal atitude gerou abalo moral na esfera do
demandante, assim como provocou inúmeros transtornos e aborrecimentos.

Com relação à configuração do Dano Moral nas relações de consumo, existe uma
vasta legislação que regula essa matéria, inclusive de ordem constitucional, justamente para
restringir a atuação das empresas quando se deparam em contratos com consumidores
hipossuficientes.

A Constituição Federal dispõe em seu art. 5º, inciso X que “são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

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O Código de Defesa do Consumidor, por sua vez, expressa que são direitos
básicos do consumidor “a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos e o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à
prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais (...)”.

Conforme relatado anteriormente, o autor, mesmo diante da forte possibilidade


de falecer, teve de vivenciar outro drama para tentar a autorização para a colocação do Stent

Ratifica-se que atualmente o demandante está na Unidade de terapia Intensiva


em face da gravidade da sua doença, sendo que teve de contratar advogado, através de seus
familiares, mesmo em estado de debilidade total, agravando mais ainda a atitude absurda da
requerida ao negar a cobertura ora requerida.

Portanto não se pretende a indenização por Danos Morais pelo


descumprimento contratual por parte da seguradora, e sim pelo desgaste, pelos transtornos,
pelos dissabores que a negligência da requerida causou na esfera íntima do autor, que sofrendo
internado em uma UTI, se viu sem saída ao descobrir que o plano de saúde que paga
religiosamente todos os meses, negou o pagamento para do Stent requerido pelo seu médico
assistente.

No mínimo a atitude da requerida deve ser enquadrada como covardia, ao negar


tal cobertura que se mostra imprescindível para a própria sobrevivência do requerente. Portanto,
evidente que esta atitude ultrapassou o mero dissabor, gerando diversos aborrecimentos e
transtornos em pessoas completamente debilitada fisicamente e psiciologicamente.

Para que seja deferida a condenação em Danos Morais devem ser demonstradas
situações específicas, como no caso em tela.

Quanto à aferição do “quantum” a ser fixado a título de indenização por dano


moral, consabido que este deverá levar em conta a posição social do autor e a capacidade
econômica do réu, evitando-se, assim, que a indenização caracterize-se em enriquecimento ilícito
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do autor ou que não surta qualquer efeito nas finanças do réu, a ponto que esta não consiga
vislumbrar o caráter punitivo da indenização.

A indenização visa, também, propiciar compensação pelos aborrecimentos


causados, não se prestando a ensejar uma reparação descabida que seja capaz de gerar um
enriquecimento indevido.

Assim, a presente indenização a título de Danos Morais deverá ser fixada por
Vossa Excelência, com o mínimo de R$ X.XXX,XX (XXX mil reais), tendo em vista a intensidade do
dano causado, e proporcionalidade à capacidade econômica do réu.

RECURSO INOMINADO. PLANO DE SAÚDE. PROCEDIMENTO DE


URGÊNCIA. NEGATIVA DE COBERTURA. MATERIAL NECESSÁRIO A
REALIZAÇÃO DE CIRURGIA. STENT ASTRON PULSAR. ALEGAÇÃO DE
QUE O MATERIAL NÃO É INDICADO CONFORME REQUISIÇÃO
MÉDICA. COMPROVAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO MATERIAL.
VALORAÇÃO QUE DEVE SER FEITA PELO PROFISSIONAL DA SAÚDE E
NÃO PELO PLANO. RECUSA INDEVIDA. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. DANO MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO, (...)resolve esta Turma Recursal, por
unanimidade de votos, por unanimidade de votos, conhecer do
recurso e, no mérito, negar-lhe provimento, nos exatos termos do
vot (TJPR - 2ª Turma Recursal - 0002153-55.2015.8.16.0035/0 - São
José dos Pinhais - Rel.: Marcelo de Resende Castanho - - J.
17.02.2016)

Ação de indenização por danos morais - Alegada ausência de


interesse de agir – Inocorrência – Atraso na liberação de
procedimento urgente que é capaz de criar danos indenizáveis ao
autor – Danos morais – Caracterização – Abalo psicológico do
paciente em razão da injusta demora na liberação de procedimento
urgente (cirurgia para remoção de cálculos renais) – Fixação do
valor da indenização de acordo com os princípios da razoabilidade e
proporcionalidade – Sentença de procedência – Manutenção –
Recurso não provido. (TJ-SP - APL: 10210798720148260564 SP
1021079-87.2014.8.26.0564, Relator: Marcia Dalla Déa Barone,
Data de Julgamento: 24/02/2016, 3ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 24/02/2016)

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Diante de todo o exposto, respeitosamente requer seja a requerida condenada


em Danos Morais a ser arbitrado por Vossa Excelência, com o mínimo de R$ X.XXX,XX (XXXXX mil
reais).

IV. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, considerando-se a narrativa, bem como as provas


constantes, requer o autor:

a) a concessão de tutela de urgência de natureza antecipada, determinando à


ré a obrigação de fazer consistente na imposição da aquisição,
adimplemento e/ou fornecimento do STENT de que necessita o autor
imediatamente, sob pena de multa em caráter cominatório pelo seu
descumprimento e em valor e periodicidade estimados por esse respeitável
Juízo, sob pena, ainda, da MORTE DO AUTOR;

b) a manutenção da tutela de urgência até o final da presente, quando espera


o autor seja julgado inteiramente procedente o seu pedido - consistente na
determinação da obrigação da ré em fornecer-lhe e custear o já referido
STENT.

c) A citação do Réu, nos termos do art. 246, inciso I do CPC/2015, para


oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;

d) A produção de provas pelos meios admitidos no Direito, invertendo-se o


ônus da prova, de acordo com o artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa
do Consumidor;

e) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e


seguintes do CPC/2015;

f) A condenação da ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios.


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g) Seja julgado totalmente procedente o pedido de Danos Morais, condenando


a requerida no patamar de R$ X.XXX,XX (XXXX mil reais).

h) Desde já requer seja deferida por esse respeitável Juízo a entrega, a seus
patronos, do Ofício determinando o cumprimento da tutela eventualmente
concedida, a fim de que da respeitável decisão prolatada possa ser intimada
a ré no menor lapso temporal possível.

i) Requer, ainda, a determinação de expedição de Ofício intimando para


conhecimento do teor da eventual respeitável decisão que acolher o pedido
ao HOSPITAL XXXXXXXXXXXXXXXXX, ofício este que requer seja entregue,
também, a seus patronos, com a finalidade de promover a comunicação da
decisão desse respeitável Juízo com a maior brevidade possível.

j) Requer, finalmente, a concessão do prazo de quinze dias previsto no Código


de Processo Civil e na lei 8.906/94 para juntada aos autos da procuração
outorgada a seus patronos, vez que resta impossível a sua outorga estando
o autor na Unidade de Terapia Intensiva.

Dá–se à presente causa o valor de R$ XX.XXX,XX (XXXXXXX mil Reais) para efeitos
fiscais e de alçada.

Termos em que pede deferimento.

CIDADE, DATA

ADVOGADO
OAB

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