PROFESSOR MURILO

NUNES ARAUJO

DIREITO
CIVIL
CAPÍTULO III DA AUSÊNCIA

SEÇÃO I DA CURADORIA DOS

BENS DO AUSENTE

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu

domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem
caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a
requerimento de qualquer interessado ou do
Ministério Público, declarará a ausência, e
nomearlhe-á curador.
Ausência é o estado, declarado por
decisão judicial, da pessoa natural que se
encontra em lugar incerto e da qual não
se tem nenhuma notícia por prolongado
período de tempo.

ART. 23. TAMBÉM SE DECLARARÁ A AUSÊNCIA,

E SE NOMEARÁ CURADOR, QUANDO O
AUSENTE DEIXAR MANDATÁRIO QUE NÃO
QUEIRA OU NÃO POSSA EXERCER OU
CONTINUAR O MANDATO, OU SE OS SEUS
PODERES FOREM INSUFICIENTES
CAPÍTULO III DA AUSÊNCIA
SEÇÃO I DA CURADORIA DOS BENS DO
AUSENTE
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não
esteja separado judicialmente, ou de fato por
mais de dois anos antes da declaração da
ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens
do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo
impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos
precedem os mais remotos.
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas,
compete ao juiz a escolha do curador
ORDEM DE PREFERÊNCIA:
A) EM PRIMEIRO LUGAR, FIGURA O CÔNJUGE
(SALVO SE SEPARADO JUDICIALMENTE, OU
DE FATO POR MAIS DE DOIS ANOS ANTES DA
DECLARAÇÃO DA AUSÊNCIA) – PREVISÃO
QUE DEVE SER ESTENDIDA IGUALMENTE AO
COMPANHEIRO –;
B) EM SEGUNDO LUGAR, OS PAIS;
C) EM TERCEIRO LUGAR, OS DESCENDENTES
(HIPÓTESE EM QUE OS MAIS PRÓXIMOS
PRECEDEM OS MAIS REMOTOS).
NÃO HAVENDO QUALQUER DESTAS
PESSOAS, O JUIZ ESCOLHERÁ PESSOA
DIVERSA PARA EXERCER A CURADORIA
SEÇÃO II DA SUCESSÃO PROVISÓRIA

ART. 27. PARA O EFEITO PREVISTO NO ARTIGO

ANTERIOR, SOMENTE SE CONSIDERAM
ART. 26. DECORRIDO UM ANO DA INTERESSADOS:
ARRECADAÇÃO DOS BENS DO AUSENTE, OU, SE
ELE DEIXOU REPRESENTANTE OU PROCURADOR, I – O CÔNJUGE NÃO SEPARADO
EM SE PASSANDO TRÊS ANOS, PODERÃO OS JUDICIALMENTE;
INTERESSADOS REQUERER QUE SE DECLARE A II – OS HERDEIROS PRESUMIDOS, LEGÍTIMOS
AUSÊNCIA E SE ABRA PROVISORIAMENTE A OU TESTAMENTÁRIOS;
SUCESSÃO. III – OS QUE TIVEREM SOBRE OS BENS DO
AUSENTE DIREITO DEPENDENTE DE SUA
MORTE;
IV – OS CREDORES DE OBRIGAÇÕES VENCIDAS
E NÃO PAGAS.
SEÇÃO II DA SUCESSÃO PROVISÓRIA

§ 1º FINDO O PRAZO A QUE SE REFERE O

ART. 26, E NÃO HAVENDO INTERESSADOS
NA SUCESSÃO PROVISÓRIA, CUMPRE AO
ART. 28. A SENTENÇA QUE DETERMINAR A
MINISTÉRIO PÚBLICO REQUERÊ-LA AO
ABERTURA DA SUCESSÃO PROVISÓRIA SÓ
JUÍZO COMPETENTE.
PRODUZIRÁ EFEITO CENTO E OITENTA DIAS
DEPOIS DE PUBLICADA PELA IMPRENSA; MAS,
§ 2º NÃO COMPARECENDO HERDEIRO OU
LOGO QUE PASSE EM JULGADO, PROCEDER-SE-Á
INTERESSADO PARA REQUERER O
À ABERTURA DO TESTAMENTO, SE HOUVER, E AO
INVENTÁRIO ATÉ TRINTA DIAS DEPOIS DE
INVENTÁRIO E PARTILHA DOS BENS, COMO SE O
PASSAR EM JULGADO A SENTENÇA QUE
AUSENTE FOSSE FALECIDO.
MANDAR ABRIR A SUCESSÃO PROVISÓRIA,
PROCEDER-SE-Á À ARRECADAÇÃO DOS
BENS DO AUSENTE PELA FORMA
ESTABELECIDA NOS ARTS. 1.819 A 1.823.
SEÇÃO II DA SUCESSÃO PROVISÓRIA

COM O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA

QUE DETERMINA A SUCESSÃO PROVISÓRIA, EM QUE PESE DAR ENSEJO A
TORNA-SE POSSÍVEL A IMEDIATA ABERTURA PROVIDÊNCIAS IMEDIATAS, A SENTENÇA
DE EVENTUAL TESTAMENTO E A REALIZAÇÃO APENAS PRODUZIRÁ EFEITOS, EMITINDO OS
DO INVENTÁRIO E DA PARTILHA DOS BENS DO HERDEIROS PRESUNTIVOS NA POSSE DOS
AUSENTE. ESTES FATOS SE DARÃO TAL QUAL BENS, APÓS O PRAZO DE 180 DIAS
OCORRERIA NA HIPÓTESE DE MORTE DO CONTADOS DA SUA PUBLICAÇÃO PELA
AUSENTE. NÃO SE TRATA, REGISTRE-SE, DE IMPRENSA. TAL PUBLICAÇÃO TRADUZ
ANTECIPAR OS EFEITOS DA MORTE, UMA VEZ NOVA TENTATIVA DE SE ALCANÇAR O
QUE ESTA APENAS PASSA A SER PRESUMIDA AUSENTE.
COM A ABERTURA DA SUCESSÃO DEFINITIVA
(ART. 6º).
SEÇÃO II DA SUCESSÃO PROVISÓRIA
ART. 31. OS IMÓVEIS DO AUSENTE SÓ SE
PODERÃO ALIENAR, NÃO SENDO POR
DESAPROPRIAÇÃO, OU HIPOTECAR, QUANDO O
ORDENE O JUIZ, PARA LHES EVITAR A RUÍNA.
ART. 36. SE O AUSENTE APARECER, OU SE LHE
PROVAR A EXISTÊNCIA, DEPOIS DE
ESTABELECIDA A POSSE PROVISÓRIA, CESSARÃO
PARA LOGO AS VANTAGENS DOS SUCESSORES
NELA IMITIDOS, FICANDO, TODAVIA, OBRIGADOS
A TOMAR AS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
PRECISAS, ATÉ A ENTREGA DOS BENS A SEU
DONO
O RETORNO DO AUSENTE OU A PROVA DE
QUE SE ENCONTRA VIVO AFASTAM O
ESTADO DE DÚVIDA CARACTERÍSTICO DA
AUSÊNCIA, FAZENDO CESSAR A SUCESSÃO
PROVISÓRIA E SEUS EFEITOS PARA OS
HERDEIROS PRESUNTIVOS, COMO A POSSE
PROVISÓRIA E A APROPRIAÇÃO DOS
FRUTOS, DEVENDO RESTITUIR-SE AO (NÃO
MAIS) AUSENTE SEUS BENS E OS
RENDIMENTOS CAPITALIZADOS. IMPÕE-SE
AOS SUCESSORES PROVISÓRIOS IMITIDOS
NA POSSE O DEVER DE CONSERVAR OS
BENS ATÉ O MOMENTO DE SUA EFETIVA
ENTREGA AO PROPRIETÁRIO.
 SEÇÃO III DA SUCESSÃO DEFINITIVA

ART. 37. DEZ ANOS DEPOIS DE PASSADA EM ART. 39. REGRESSANDO O AUSENTE NOS DEZ
JULGADO A SENTENÇA QUE CONCEDE A ANOS SEGUINTES À ABERTURA DA SUCESSÃO
ABERTURA DA SUCESSÃO PROVISÓRIA, DEFINITIVA, OU ALGUM DE SEUS
PODERÃO OS INTERESSADOS REQUERER A DESCENDENTES OU ASCENDENTES, AQUELE
SUCESSÃO DEFINITIVA E O LEVANTAMENTO DAS OU ESTES HAVERÃO SÓ OS BENS EXISTENTES
CAUÇÕES PRESTADAS. NO ESTADO EM QUE SE ACHAREM, OS SUB-
ROGADOS EM SEU LUGAR, OU O PREÇO QUE
ART. 38. PODE-SE REQUERER A SUCESSÃO OS HERDEIROS E DEMAIS INTERESSADOS
HOUVEREM RECEBIDO PELOS BENS
DEFINITIVA, TAMBÉM, PROVANDO-SE QUE O
ALIENADOS DEPOIS DAQUELE TEMPO.
AUSENTE CONTA OITENTA ANOS DE IDADE, E
QUE DE CINCO DATAM AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
DELE.

PARÁGRAFO ÚNICO. SE, NOS DEZ ANOS A QUE SE REFERE ESTE ARTIGO, O AUSENTE NÃO REGRESSAR,
E NENHUM INTERESSADO PROMOVER A SUCESSÃO DEFINITIVA, OS BENS ARRECADADOS PASSARÃO
AO DOMÍNIO DO MUNICÍPIO OU DO DISTRITO FEDERAL, SE LOCALIZADOS NAS RESPECTIVAS
CIRCUNSCRIÇÕES, INCORPORANDO-SE AO DOMÍNIO DA UNIÃO, QUANDO SITUADOS EM TERRITÓRIO
FEDERAL.

Apesar do nome, a sucessão definitiva do
ausente não é de todo irreversível. Retornando
nos dez anos seguintes à abertura da sucessão
definitiva, o ausente tem direito a receber seus
bens no estado em que se encontrem, os bens
sub-rogados no lugar destes ou a quantia
recebida com a sua venda.
Seu direito, porém, limita-se aos bens (ou ao seu
equivalente), não abrangendo os rendimentos
capitalizados, devidos apenas caso o ausente
retorne durante a sucessão provisória.
SEÇÃO III DA SUCESSÃO DEFINITIVA
SE O RETORNO DO AUSENTE OCORRE APÓS O
PRAZO DE DEZ ANOS, O ENTENDIMENTO
DOUTRINÁRIO, BASEADO NA
INTERPRETAÇÃO A CONTRARIO SENSU DO
ART. 39, É DE QUE O AUSENTE NADA RECEBE,
ROMPENDO-SE DEFINITIVAMENTE OS LAÇOS
DA TITULARIDADE SOBRE OS BENS.
PROBLEMA QUE PODE SE COLOCAR AQUI É A
FALTA DE RECURSOS PARA A SUBSISTÊNCIA
DIGNA DO AUSENTE, HIPÓTESE NA QUAL HÁ
DE SE RECORRER ÀS REGRAS SOBRE
ALIMENTOS CONTEMPLADAS NA PARTE DO
CÓDIGO DEDICADA AO DIREITO DE FAMÍLIA
 VAMOS REVISAR?

01 - EXPLIQUE A DEFINIÇÃO DO
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE:

02 - O QUE É A LINDB?

03 - CITE EXEMPLOS DE FONTES

MATERIAIS E DE FONTES NÃO
MATERIAIS DO DIREITO:
 VAMOS REVISAR?
01 - EXPLIQUE A DEFINIÇÃO DO
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE:
02 - O QUE É A LINDB?
03 - CITE EXEMPLOS DE FONTES
MATERIAIS E DE FONTES NÃO
MATERIAIS DO DIREITO:
RESPOSTAS
01 - TODO SER HUMANO É CAPAZ DE
TITULARIZAR OBRIGAÇÕES E DIREITOS.
02 - É UMA ESPÉCIE DE MANUAL SOBRE COMO
DEVEM SER ELABORADAS AS LEIS. TRAÇA OS
PARÂMETROS PARA A ELABORAÇÃO, VIGÊNCIA
E EFICÁCIA DAS LEIS, BEM ASSIM COMO AS
REGRAS E OS PRINCÍPIOS DE APLICAÇÃO,
INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO DIREITO.
03 - FONTES MATERIAIS: LEIS, DECRETOS,
PORTARIAS
FONTES NÃO MATERIAIS: JURISPRUDÊNCIA,
DOUTRINA E ANALOGIA
 VAMOS REVISAR?

04 - QUAL A DIFERENÇA ENTRE

PERSONALIDADE E CAPACIDADE
CIVIL?

05 - QUEM SÃO INCAPAZES DIANTE

DA LEI?

06 - QUANDO A PESSOA FICA

HABILITADA A PRATICAR OS ATOS DA
VIDA CIVIL?

07 - QUANDO PODEMOS DECLARAR

MORTE PRESUMIDA?
 RESPOSTA
VAMOS REVISAR?
PERSONALIDADE É A APTIDÃO GENÉRICA
PARA SER TITULAR DE DIREITOS E
OBRIGAÇÕES. ISTO SIGNIFICA QUE A
PESSOA PODE FIGURAR COMO PARTE DE
UM CONTRATO, SER DEVEDORA DE
TRIBUTOS, PROPRIETÁRIA DE CERTO BEM.
04 - QUAL A DIFERENÇA EM SÍNTESE: PODE ESTABELECER
ENTRE PERSONALIDADE E RELAÇÕES JURÍDICAS
CAPACIDADE CIVIL?
A CAPACIDADE DE FATO É A FACULDADE
CONCRETA DE EXERCER POR SI MESMO OS
DIREITOS, SEM NECESSIDADE DE
ASSISTENTE OU REPRESENTANTE. TODA
PESSOA HUMANA TEM PERSONALIDADE E
CAPACIDADE DE DIREITO, MAS NÃO TEM
NECESSARIAMENTE CAPACIDADE DE
FATO.
 RESPOSTA

VAMOS REVISAR? I – OS MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES

DE DEZOITO ANOS;

II – OS ÉBRIOS HABITUAIS E OS VICIADOS

EM TÓXICO; (REDAÇÃO DADA PELA LEI N.
13.146, DE 2015)

III – AQUELES QUE, POR CAUSA

TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, NÃO
05 - QUEM SÃO INCAPAZES PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE;
DIANTE DA LEI? (REDAÇÃO DADA PELA LEI N. 13.146, DE
2015)

IV – OS PRÓDIGOS. PARÁGRAFO ÚNICO. A

CAPACIDADE DOS INDÍGENAS SERÁ
REGULADA POR LEGISLAÇÃO ESPECIAL.
(REDAÇÃO DADA PELA LEI N. 13.146, DE
2015)
 RESPOSTA

VAMOS REVISAR? AOS DEZOITO ANOS COMPLETOS;

PELA CONCESSÃO DOS PAIS, OU DE UM DELES
NA FALTA DO OUTRO, MEDIANTE
INSTRUMENTO PÚBLICO, INDEPENDENTEMENTE
DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL, OU POR
SENTENÇA DO JUIZ, OUVIDO O TUTOR, SE O
MENOR TIVER DEZESSEIS ANOS COMPLETOS;
06 - QUANDO A PESSOA FICA PELO CASAMENTO;
HABILITADA A PRATICAR OS PELO EXERCÍCIO DE EMPREGO PÚBLICO
ATOS DA VIDA CIVIL? EFETIVO;
PELA COLAÇÃO DE GRAU EM CURSO DE ENSINO
SUPERIOR;
PELO ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL,
OU PELA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE
EMPREGO, DESDE QUE, EM FUNÇÃO DELES, O
MENOR COM DEZESSEIS ANOS COMPLETOS
TENHA ECONOMIA PRÓPRIA.
 RESPOSTA
VAMOS REVISAR?
SE FOR EXTREMAMENTE PROVÁVEL A MORTE
DE QUEM ESTAVA EM PERIGO DE MORTE;

SE ALGUÉM, DESAPARECIDO EM CAMPANHA OU

07 - QUANDO PODEMOS FEITO PRISIONEIRO, NÃO FOR ENCONTRADO

DECLARAR MORTE ATÉ DOIS ANOS APÓS O TÉRMINO DA GUERRA.

PRESUMIDA?
OBS: A DECLARAÇÃO DA MORTE PRESUMIDA,
NESSES CASOS, SOMENTE PODERÁ SER REQUERIDA
DEPOIS DE ESGOTADAS AS BUSCAS E
AVERIGUAÇÕES, DEVENDO A SENTENÇA FIXAR A
DATA PROVÁVEL DO FALECIMENTO