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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA º VARA

FEDERAL DE CURITIBA, SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ.

XXXX, brasileira, casada, empresária, portadora do RG XX24-5 e


devidamente inscrita no CPF/MF sob XXX-00, residente e domiciliada na Rua
XXXX, vem, com o devido respeito, por meio dos seus procuradores, XXXXX
onde recebem intimações para todos os atos processuais com cm fundamento
no art. 5º, LXIX, da Constituição Federal, art. 1º da Lei nº 12.016/2009 e art. 49
da Lei nº 9.784/1999, impetrar o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA

Contra ato ilegal e abusivo do Gerente/Chefe do 16º Junta de Recursos, a


ser encontrado na Rua Cândido Lopes, nº 270 – 10º andar – Centro – Curitiba,
PR – CEP 80.020-060, neste município, pelos fatos e fundamentos que seguem:

DA JUSTIÇA GRATUITA
A Autora declara que não possui condições de arcar com as custas
processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família. Desta
forma, requerer a Vossa Excelência, com fundamento no artigo 4º da Lei
7.510/86, bem como art. 98 e seguintes do NCPC, digne-se a deferir-lhe a

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gratuidade de Justiça, vez que, qualquer ônus processual implicaria em
prejuízo de sua própria subsistência.
Para tanto, de acordo com os poderes constituídos, DECLARAM os
procuradores que esta subscrevem que a Autora não tem condições de arcar
com as custas e despesas processuais.

DA TEMPESTIVIDADE

Tendo em vista que os efeitos da omissão da impetrada (ausência de


decisão em processo administrativo) se protraem no tempo, não há que se
cogitar de superação do prazo decadencial do presente remédio – 120 (cento e
vinte) dias – uma vez que a todo momento o prazo legal insculpido no art. 49 da
Lei nº 9.784/1999 vem sendo descumprido.
Nesse diapasão, é a jurisprudência a seguir:

DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO PROCESSUAL. PROCESSO


ADMINISTRATIVO FISCAL. PRAZO PARA DECISÃO ADMINISTRATIVA. MANDADO
DE SEGURANÇA. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA.
1. Cuidando-se de impetração contra ato omissivo da autoridade
administrativa, consistente na ausência de decisão administrativa a ser
prolatada em processo administrativo, a lesão se perpetua ao longo do tempo,
donde surge a ação de direito material a ser veiculada por meio da ação
processual ora intentada - o mandado de segurança. Não se trata de violação
perpetrada uma única vez, decorrente de comportamento omissivo, cujos
efeitos se projetam no tempo, hipótese onde se poderia cogitar da decadência
diante da inércia da parte impetrante. Trata-se, diversamente, de dever de
decidir em prazo razoável que é descumprido a todo momento após o
transcurso deste prazo, pois o direito titularizado pelo impetrante é a cada dia
novamente insatisfeito pela omissão da autoridade administrativa. Com efeito,

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o direito a receber decisão administrativa é, ultrapassado o prazo razoável,
diuturnamente violado. (...). (TRF-4, Rel. ROGER RAUPP RIOS, APELAÇÃO EM
MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.72.00.014968-8/SC, 1ª Turma, Diário
Eletrônico de acórdão no dia 15/7/2008).

Assim, superada qualquer celeuma nesse sentido, requer a análise do


mérito do mandamus.

DOS FATOS

Em apartada síntese, a Impetrante requereu, em 02/04/2022, perante a


Autarquia Previdenciária Coatora, a concessão da aposentadoria por tempo de
contribuição, NB 205.169.263-1, a qual remanesce sem resposta até o presente
momento.
O indeferimento ocorreu em 02/04/2022, sob o protocolo nº
1560736102, o qual restou indeferido. Inconformado com a decisão, o
Impetrante protocolou Recurso Administrativo (protocolo em anexo) na data de
25/04/2022.
Salienta-se que o protocolo foi recebido pelo INSS em 06/06/2022.
Ademais, apenas no dia 30/11/2022, o processo foi encaminhado para o
Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), vez que o INSS deixou de
apresentar contrarrazões.
Posteriormente, após 96 dias (06/03/2023), prazo superior ao previsto
pelo STF para que o INSS de uma resposta, o processo foi encaminhado para a
16º Junta de Recursos.

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Neste diapasão, verifica-se que já se passaram mais de 360 dias, desde
a data da entrada do requerimento administrativo, e que até o presente
momento não foi dado uma resposta, fato esse que se agrava, vez que não
houve expressamente e motivadamente a prorrogação do prazo. Assim, a
omissão administrativa da Autarquia a coloca em flagrante situação de
ilegalidade e de abuso de direito, a qual ofende o direito liquido e certo da
Autora, especialmente diante da ínfima complexidade do requerimento, vez
que o próprio perito já reconheceu que a Autora é portador de impedimento de
longo prazo, o que motiva a impetração do presente writ a fim de obter um
pronunciamento da Autoridade Impetrada.
Segue o histórico do processo:

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A demora completamente desarrazoada da autoridade coatora tem
provocado grave prejuízo a Requerente, que se encontra privado do
recebimento de verba de natureza alimentar.
Assim, diante da evidente e ilegal inércia da autoridade coatora, resta
configurado o direito líquido, certo e exigível da Impetrante de ter seu
requerimento administrativo analisado em prazo razoável.
São os fatos.

DO DIREITO

A via mandamental, segundo o disposto na Lei nº 12.016/2009 e na


Constituição Federal, art. 5º, inciso LXIX, é o meio processual adequado sempre
que houver lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo.

Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger


direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver
justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
(...)
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;

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No processo administrativo de âmbito da Administração Pública Federal,
o prazo de decidir é de 30 (trinta) dias, conforme estabelece o art. 49, da Lei nº
9.786/99.

Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a


Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo
prorrogação por igual período expressamente motivada.

Ressalta-se que embora o INSS comumente afirme possuir o prazo de 45


dias para análise do requerimento de concessão de benefício previdenciário, na
verdade esse se trata do prazo para a implantação do benefício após o
julgamento favorável, conforme se extrai da redação do art. 41-A, §5º, da Lei
8.213/91:

Art. 41-A.
(...)
§5º - O primeiro pagamento do benefício será efetuado até
quarenta e cinco dias após a data da apresentação, pelo
segurado, da documentação necessária a sua concessão

O referido mandamento é repetido no artigo 174 do Decreto 3.048/99:

Art. 174. O primeiro pagamento da renda mensal do benefício


será efetuado em até quarenta e cinco dias após a data da

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apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à
sua concessão.
Não obstante, o dever de emitir qualquer decisão (seja positiva ou
negativa), no âmbito dos processos administrativos, é acompanhando do dever
de fazê-lo de forma explícita, consoante previsto no art. 48 do referido diploma
legal:

Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir


decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou
reclamações, em matéria de sua competência.

Fora isso, destaca-se que a Impetrante juntou a documentação


necessária para a análise do seu requerimento, bem como cumpriu
corretamente com todos os prazos, todavia, até o presente momento também
não foram solicitados quaisquer documentos ou informações complementares
ao segurado que exigissem nova análise do requerimento.
Além disso, temos que a Administração Pública tem o dever de
obediência aos princípios da legalidade e da eficiência, encampados no artigo
37, caput, da Constituição Federal, devendo ainda ser observado o postulado do
due process of law estabelecido no inciso LV do artigo 5º da Carta Magna. Não
obstante a isso, desde o advento da EC nº 45/04, são assegurados a todos a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação (CF, art. 5º, LXXVIII).
Portanto, deixando a Administração de se manifestar sobre pretensão do
segurado no prazo legal, resta caracterizada a ilegalidade, ainda que a inércia

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não decorra de voluntária omissão dos agentes públicos, mas de problemas
estruturais ou mesmo conjunturais da máquina estatal, como já se expressou o
Colendo Superior Tribunal de Justiça, por ocasião do julgamento do Resp
531349, 1ª Turma, relatado pelo Ministro José Delgado, após a promulgação da
Lei 9.784/99, devem ser observados prazos razoáveis para instrução e conclusão
dos processos administrativos, que não poderão prolongar-se por tempo
indeterminado, sob pena de violação dos princípios da eficiência e razoabilidade
(DJ de 09.08.04, p. 174).
Por derradeiro, vale ressaltar que recentemente o STF estabeleceu por
meio da decisão do Recurso Extraordinário (RE) nº 1171152, o prazo máximo
de até 90 (noventa) dias, para que o INSS analise os requerimentos
administrativos do benefício assistencial à pessoa com, prazo esse que
também não foi respeitado, vez que já ultrapassou 360 dias.

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Seguindo o raciocínio esposado, a jurisprudência é pacífica sobre o
direito dos administrados em terem da Administração Pública decisão
tempestiva nos processos administrativos. Nessa esteira, são os entendimentos
jurisprudenciais as seguir colacionados:

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PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. DEMORA NA ANÁLISE DE
PEDIDO ADMINISTRATIVO. Os segurados têm direito de obter resposta aos
seus pedidos em PRAZO RAZOÁVEL, não podendo ser penalizados pela inércia
da administração, ainda que esta não decorre de voluntária omissão dos
agentes públicos, mas de problemas estruturais do aparato estatal. (TRF -4 –
REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL: 50016182920184047205 SC, Relator: JORGE
ANTÔNIO MAURIQUE, Data de Julgamento: 21/06/2018, TURMA REGIONAL
SUPLEMENTAR DE SC)

PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO


DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. DEMORA EXCESSIVA. Manutenção da
sentença em que o julgador, ponderando estar excessivamente suplantado o
prazo de 30 dias previsto no art. 49 da Lei nº 9.784/99 bem assim a
ausência de controvérsia do INSS quanto à concessão do benefício
previdenciário pleiteado na esfera administrativa, determinou à autoridade
impetrada que, no PRAZO MÁXIMO DE 10 DIAS, PROFIRA DECISÃO E CONCLUA
O PROCESSO ADMINISTRATIVO relativo ao requerimento do benefício de
auxílio- acidente. (TRF- 4 – REMESSA NECESSÁRIA CÍVEL:
50041842220164047107 RS, Relator: GISELE LEMKE, Data de julgamento:
20/02/2018, QUINTA TURMA)

Ante o exposto, forte nessas razões, uma vez demonstrada a flagrante


ilegalidade por omissão da impetrada e a violação a direito líquido e certo do
impetrante, requer a procedência do writ e a concessão da ordem de
segurança.
A Lei nº 12.016/2009, em seu art. 7º, III, preleciona que o juiz, ao
despachar a inicial:
III - ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido,
quando houver fundamento relevante e do ato impugnado
puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente

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deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança
ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à
pessoa jurídica.

Cumpre salientar, que a lentidão na esfera administrativa acaba por


colocar o segurado em uma verdadeira situação vexatória, de humilhação e de
penúria financeira, o que viola diretamente o princípio da dignidade da pessoa,
posto se tratar de verba de cunho eminentemente alimentar, que é essencial à
manutenção da vida.
Assim, nos termos do art. 537 do Código de Processo Civil, a impetrante
requer que seja fixado o prazo razoável para que o INSS proceda à análise do
requerimento do benefício assistencial à pessoa com deficiência formulado
pelo Autor, sob pena de multa diária a ser fixada ao prudente arbítrio de V.
Excelência.

REQUERIMENTOS

Ex positis, na tentativa de ter elucidado todos os fatos à Vossa Excelência,


requer-se:
a) a concessão da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes do
CPC, vez que a Autora não dispõe de rendimentos suficientes para arcar as
custas processuais sem prejuízo de sua subsistência e de seus familiares;
b) A notificação da autoridade impetrada, preferencialmente por
intimação eletrônica, para prestar(em) as informações no decêndio legal;

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c) Intimação dos representantes judicial das pessoas jurídicas
interessadas acerca da impetração para, querendo, ingressar no feito;
d) a intimação do Ministério Público Federal para que se manifeste nos
autos (art. 12, Lei 12016/2009);
e) a procedência do pedido, com a concessão da segurança, impondo ao
INSS a obrigação de analisar o requerimento administrativo de concessão da
aposentadoria por tempo de contribuição NB 205.169.263-1, fixando-se
penalidade de multa em caso de descumprimento da obrigação.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), meramente para


efeitos legais, fiscais e de competência.

Termos em que pede e espera deferimento.


Curitiba, 28 de março de 2023.

Suellem Medeiros Araujo Siqueira


OAB-PR xxxx

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