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DE JUSTIÇA.
URGENTE
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MANDADO DE SEGURANÇA
DO DIREITO
O devido processo legal, cujas ramificações mais conhecidas são o
contraditório e a ampla defesa, é direito fundamental da impetrante. O Artigo 5º, LV, da
CF/88 estabelece que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes.”. Desse modo, todo procedimento assim como qualquer ato administrativo deve ser
conduzido com estrita observância das normas constitucionais, sob pena de nulidade.
Os artigos 133 e 140 da Lei 8.112/90 (Regime Jurídico Único dos Servidores
da União) determinam que a Comissão processante deveria ser composta por dois servidores
estáveis e o art. 133, § 2º corrobora que deveria ter sido realizada a adequada indiciação da
Impetrante, com a sua citação para apresentação de defesa.
Nos termos das normas constitucionais e infraconstitucionais citadas, o
processo ocorreu eivados de erros. Conforme pode-se observar nos autos do processo
administrativo disciplinar (PAD), a portaria inaugural constituiu uma comissão irregular, visto
que um dos integrantes ainda estava em estágio probatório, e a Impetrante foi punida com
demissão sem que tivesse sido promovida sua notificação ou a nomeação de um representante
legal o qual pudesse defendê-la. Ademais, Lúcia já havia apresentado, com meses de
antecedência, pedido de licença em razão do afastamento do cônjuge. Nesse sentido, há
impossibilidade de caracterização do animus abandonandi ou da intenção de Lúcia de
abandonar o cargo, na forma do Art. 140, inciso II, da Lei nº 8.112/90, em decorrência da
prova pré-constituída consistente no pedido de licença por motivo de afastamento do cônjuge,
que não foi apreciado pela Administração, a caracterizar, inclusive, abuso de direito, em
decorrência da omissão administrativa.
Assim, fica perfeitamente evidenciado a prova pré-constituída correspondente ao
pedido de licença e a clara inobservância legal, pela Autoridade Coautora, do direito líquido e
certo da Impetrante ao devido processo legal, que lhe garante contraditório e ampla defesa.
DOS PEDIDOS
ISTO POSTO, requer-se a Vossa Excelência que:
1. Defira a medida liminar pleiteada, para suspender os efeitos do ato administrativo
impugnado, nos termos do Art. 7º, inc. III da Lei 12.016, determinando ao Impetrado
a imediata anulação da demissão ilegal e a autora seja imediatamente reintegrada ao
cargo federal anteriormente ocupado com todas as vantagens inerentes;
2. A citação do Impetrado, por intermédio de sua representação judicial, para, querendo,
contestar a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
3. Seja concedida a Gratuidade de Justiça nos termos do Art. 98 do Código de Processo
Civil;
4. A designação de audiência prévia de mediação ou conciliação, a ser realizada por esse
juízo;
5. Ao final, conceda a ordem, para confirmar a liminar, se deferida, e declarar a
nulidade do ato administrativo de demissão da Impetrante e determine que ela seja
reintegrada ao cargo federal anteriormente ocupado com todas as vantagens inerentes;
6. Seja o Impetrado, condenado à sucumbência, em fase de cumprimento de sentença, se
favorável, nos termos do Art. 85, § 11, do NCPC, aplicado, subsidiariamente, à Lei
Federal nº 12.016/09.
REQUERIMENTOS: