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Dalcídio Jurandir

Primeira
Manhã

São Paulo
Martins
1967
110

respeito dos superiores? Até certo ponto, contanto que seja com
circunspecção e [248] justiça”. Bem. Bem. Múmia. Fora, a manhã
ainda, a busca de Luciana, a escada no suspiro da moira para abrir a
arca, a oração de abrir porta. Aonde andas, madrinha-mãe? De-
sembainhei teu riso, minha gorda, foi teu riso? Ou no Guamá, dos
roceiros, a risada? Umbrarum. Umbrarum.
Na esquina da João Diogo, a apressada velhinha.
D. Santa?
Um segredo dela bem no ouvido, e sem mais palavra, no
mesmo ar de confidência e pressa, a velhinha se despedia.
Sozinho, na praça, puxa um fôlego. Era? E lá, tão perto, quem
ia adivinhar, e desde quando, meu Deus? Vou sim, a pé, e devagar,
devagar, “aproveite as pernas”, lhe dizia a prima Angélica. Quem vou
ver e que vou eu dizer e ouvir?
Como se fosse, desta vez, de vera, de vera, ouvir a primeira
aula.
Mas não! Não era nada, não, não via na esquina a d. Santa nem
ninguém. Ninguém. Só um faz-de-conta.
faz-de-conta.
A primeira aula?
Sigo sem rumo ou vou na Ponte do Galo?

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