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LEGISLAÇÃO

Lei n. 5.810/1994 – Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos


Civis do Estado do Pará – Parte I
Gustavo Deitos

LEI N. 5.810/1994 – REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS


SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO PARÁ –
PARTE I
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta lei institui o Regime Jurídico Único e define os direitos, deveres, garantias e vantagens
dos Servidores Públicos Civis do Estado, das Autarquias e das Fundações Públicas.
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.

De início, perceba que a abrangência institucional deste Estatuto recai sobre a Administra-
ção Pública Direta do Estado (todos os seus órgãos) e sobre as Autarquias e as Fundações
Públicas estaduais. Dessa maneira, NÃO são abrangidos por este estatuto os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista, nem mesmo os empregados de empre-
sas vinculadas contratualmente ao Poder Público.
No que tange às fundações, é importante que tenhamos claro em nossa menta que este
Estatuto abrange somente as FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO, não as funda-
ções públicas de direito privado.
O motivo é simples: as fundações públicas de direito público têm regime jurídico idêntico
ao das autarquias, e seus agentes ocupam CARGOS públicos criados por lei. Já as de direito
privado possuem funcionários ocupantes de EMPREGOS públicos, regidos – como todo o se-
tor privado – pela CLT e demais normas de direito do trabalho.

Art. 2º Para os fins desta lei:


I – servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público;

O conceito de “servidor” deve sempre ser tratado com cuidado, a depender do contexto.
Muitas vezes, fala-se do “servidor” com objetivo de fazer menção a todos os agentes públicos,
dentre eles agentes políticos, empregados públicos, particulares em colaboração com o Poder
Público, agentes credenciados e, inclusive, os próprios servidores públicos.
Afinal de contas, quais são as classificações de agentes públicos, e quando se deve falar
especificamente do “Servidor Público”?
Antes de concluirmos sobre isso, saibamos qual é o conceito de “agente público”, e quais
são as características essenciais para nele se enquadrar determinado sujeito. Segundo Maria
Sylvia Zanella Di Pietro (2015), agente público “é toda pessoa física que presta serviços ao Es-
tado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta”.
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Observando este conceito, você pode, em um primeiro momento, estranhar sua simplici-
dade, pois nele poderiam se enquadrar pessoas que não têm nenhum vínculo com o Poder
Público, como por exemplo os voluntários em situações de calamidade pública. Segundo José
dos Santos Carvalho Filho (2015), agentes públicos são “conjunto de pessoas que, a qualquer
título, exercem uma função pública como prepostos do Estado”. Para complementar, Carvalho
Filho ainda sustenta que “o que é certo é que, quando atuam no mundo jurídico, tais agentes
estão de alguma forma vinculados ao Poder Público.”.
Contudo, tudo é melhor explicado a partir do seguinte raciocínio: nem todos os agentes
públicos têm vínculo contratual ou legal com o Estado, mas todos eles exercem atividades de
interesse do Estado e podem agir em nome dele.
Com algumas variações de nome (e sem exclusão de outras classificações existentes na
doutrina), a maioria da doutrina classifica os agentes públicos pelas seguintes espécies, que
são abordadas por José dos Santos Carvalho Filho (2015):
• AGENTES POLÍTICOS: são aqueles aos quais incumbe a execução das diretrizes traçadas
pelo Poder Público. Desenham os destinos fundamentais do Estado e criam as estratégias
políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja seus
fins. Têm funções de direção e orientação estabelecidas pela Constituição. Exemplos clás-
sicos: deputados, senadores, Presidente da República, vereadores e, segundo parcela da
doutrina (com discordância de Carvalho Filho), juízes e membros do Ministério Público.
• AGENTES PARTICULARES COLABORADORES: embora sejam particulares, exercem cer-
tas funções especiais que podem se qualificar como públicas. Sujeitam-se a encargo em
favor da coletividade a que pertencem, de maneira normalmente transitória. Exemplos
clássicos: jurados, mesários, concessionários e permissionários de serviços públicos.
• SERVIDORES PÚBLICOS: pessoas que se vinculam ao Estado por uma relação perma-
nente de trabalho e que recebem, por período de trabalho ou por produção, uma corres-
pondente remuneração. São regidos em regra por Estatutos próprios.

 Obs.: muitos diferenciam os Servidores Públicos Estatutários dos Empregados Públicos, por
terem regimes jurídicos diferentes. Os primeiros (seu caso), são regidos por Estatutos
e ocupam CARGOS PÚBLICOS. Os segundos, por sua vez, são regidos pela Consolida-
ção das Leis do Trabalho e pelas demais legislações trabalhistas aplicáveis ao setor
privado, e ocupam EMPREGOS PÚBLICOS.
 Nosso Estatuto abrange, somente, os Servidores Públicos Estatutários, por óbvio. Os
empregados públicos, que se vinculam a empresas públicas e sociedades de econo-
mia mista (regime jurídico de direito privado), não são abrangidos pela nossa lei e
não serão objeto do nosso estudo.

Outros doutrinadores podem apresentar diversas categorias, como Hely Lopes Meirelles,
que traz os “agentes credenciados”.
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Nosso edital prevê a cobrança da conceituação de cargo, emprego e função pública. A


diferença entre tais conceitos é muito bem elucidada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, cujo
posicionamento é grandemente predominante em provas. Vejamos:
CARGO PÚBLICO e EMPREGO PÚBLICO são, cada um, uma unidade de atribuições destina-
das a um servidor ou empregado. A diferença basilar entre ambos é o tipo de vínculo que liga
o servidor ao Estado:
• O ocupante de emprego público tem vínculo contratual, sob a regência da CLT.
• O ocupante de cargo público tem um vínculo legal, baseado em um Estatuto de Regime
Jurídico Único, que, em nosso caso, é instituído pela Lei Estadual n. 5.810/1994.

FUNÇÃO PÚBLICA, por sua vez, com base na atual Constituição Federal, abrange dois tipos
de situações:
• A função exercida por agentes públicos contratados temporariamente com base no
art. 37, inciso IX, da Constituição Federal, para a qual não se exige, necessariamente,
concurso público, em razão da urgência da contratação, que se funda em necessidade
temporária de excepcional interesse público. As hipóteses enquadradas nesse requi-
sito são elencadas na Lei Federal n. 8.745/93.
• As funções de natureza permanente, que normalmente são gratificadas, correspondentes a
Chefia, Direção, Assessoramento ou outro tipo de atividade para a qual o legislador não crie
o cargo respectivo; em geral, são funções de confiança, de livre designação e dispensa. A
previsão constitucional dessas funções está no art. 37, inciso V, que as aponta nos seguintes
termos: “as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, (...), destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.

A diferença básica entre essas duas espécies de função é simples: a primeira espécie de
função (temporária) pode ser ocupada independentemente de concurso público, por pessoa que
seja titular tão somente da função; já a segunda espécie pode ser ocupada apenas, e tão somen-
te (redundância proposital), por servidores efetivos, já concursados, que serão titulares do cargo
efetivo e da função. Exemplos práticos dessa segunda espécie são as funções de Assistente de
Promotoria, Assistente Chefe de Apoio Administrativo, Chefe de Departamento, dentre outros.

II – cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento certos,
com o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem
ser cometidas a um servidor;
III – categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho;
IV – grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza, escalonadas
segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade;

Apenas por questão didática, julgo importante alertar que o conceito de cargo anteriormen-
te repassado é o teórico/doutrinário; no caso do artigo ora em comento, o conceito de cargo é
específico e aplicado ao contexto do Estatuto.
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Para entendermos melhor essa separação conceitual, vamos direto aos exemplos concre-
tos, que elaboramos com vistas a dar enfoque ao contexto do nosso certame:
• GRUPO OCUPACIONAL: Servidores de nível superior do quadro do TJ-PA; Servidores de
nível médio do quadro do TJ-PA.
• CATEGORIA FUNCIONAL: Analista Judiciário, Auxiliar Judiciário.
• CARGO: Analista Judiciário – Especialidade Administração; Analista Judiciário – Es-
pecialidade Direito.

Parágrafo único. Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
do art. 17, desta lei.

Perceba: é possível que qualquer BRASILEIRO seja nomeado para assumir cargo público
no Estado do Pará. Ademais, esta é a regra seguida inclusive no Estatuto do Servidor Público
Federal e em praticamente todos os Estatutos Estaduais. Isso significa que os cargos públicos
NÃO SÃO privativos de brasileiros natos.
Tanto Brasileiros NATOS quanto NATURALIZADOS podem prover cargos públicos. É sufi-
ciente o preenchimento dos requisitos do art. 17 do Estatuto que estamos estudando.

Art. 3º É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes ao seu
cargo, exceto participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.

Este artigo estabelece uma vedação ao desvio de função, como regra geral. É justo que
haja tal vedação, uma vez que a utilização da mão de obra de um servidor em tarefas inerentes
a um cargo diverso configura, diretamente, burla à exigência de concurso público e enriqueci-
mento ilícito por parte da Administração Pública, que está deixando de remunerar outra pes-
soa para realizar o trabalho de que necessita.
As exceções, por sua vez, existem justamente porque são situações em que tal burla e tal
enriquecimento não existem. O artigo ora em comento fala em “órgão colegiado” e “comissões
legais” justamente porque, normalmente, a participação nesses ambientes decorre de uma
incumbência institucional. Por exemplo, podemos citar as Comissões de Concurso a os Con-
selhos de Ética (órgãos colegiados).
Para participar em algumas comissões ou conselhos, os servidores podem receber adi-
cionais previstos em lei. Já para participar em outras comissões ou conselhos, é possível
que não exista previsão de adicional, mas tão somente de diárias e ajudas de custo, que
estudaremos nas próximas aulas.
Por fim, ressalta-se que a participação nessas comissões ou órgãos colegiados deve ser
ASSENTIDA, isto é, com o assentimento do próprio servidor. Caso o servidor tenha a obrigação
de participar dessas comissões ou órgãos colegiados, não será hipótese de exceção do art.
3º, mas sim de responsabilidade inerente a seu cargo.

Art. 4º Os cargos referentes a profissões regulamentadas serão providos unicamente por quem
satisfizer os requisitos legais respectivos.

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Como exemplo prático, podemos citar o caso do contador. Determinado cargo público de Es-
pecialista em Contabilidade (como o Analista Ministerial – Especialidade Ciências Contábeis, do
MPC-PA) deve ter como requisito para posse o diploma de formação no curso superior pertinen-
te a essa área, além de regular inscrição do respectivo Conselho de Fiscalização Profissional. No
caso do Procurador do Estado, outrossim, deve haver comprovação de formação em Direito ou
outro curso equivalente, e, ainda, aprovação no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e ins-
crição no órgão competente da OAB. O mesmo raciocínio vale para todas as demais profissões.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO, DA CARREIRA E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Art. 5º Os cargos públicos serão providos por:


I – nomeação;
II – promoção;
III – reintegração;
IV – transferência;
V – reversão;
VI – aproveitamento;
VII – readaptação;
VIII – recondução.

A banca costuma cobrar o conhecimento da conceituação doutrinária de Provimento. O


provimento em cargo público pode ocorrer de modo ORIGINÁRIO ou DERIVADO.
PROVIMENTO ORIGINÁRIO: o servidor público, antes de prover o cargo, não tinha nenhuma
relação com a Administração Pública. O grande exemplo é a Nomeação.
PROVIMENTO DERIVADO: antes do provimento do cargo, o servidor público já teve relação
com o Poder Público antes, a qual não foi cessada, mas apenas passou a ter um status dife-
rente. Exemplos: reversão, reintegração e readaptação.
A seguir, estudaremos de forma individualizada cada uma dessas formas de provimento.

CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO

Seção I
Das Formas de Nomeação

Art. 6º A nomeação será feita:


I – em caráter efetivo, quando exigida a prévia habilitação em concurso público, para essa forma
de provimento;

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II – em comissão, para cargo de livre nomeação e exoneração, declarado em lei.
Parágrafo único. A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em
servidor efetivo.

O parágrafo único deste artigo deixa clara uma regra insculpida, também, na Constituição
Federal. O art. 37, inciso V, da CF já estabelece que a designação das “funções de confiança”
deve recair somente sobre os ocupantes de cargo efetivo.
Assim como os cargos em comissão, as funções de confiança (às vezes referidas como
“funções gratificadas”, em razão de conferirem remuneração maior ao ocupante) são desti-
nadas a atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, inciso V, da Constituição).
Logo, como o cargo em comissão tem a mesma destinação, o que se buscou foi evitar que
um servidor público recebesse duas vezes pela mesma tarefa, ou que tarefas de dois cargos
diferentes (um efetivo e um em comissão) fossem reunidas em um só de comissão, burlan-
do-se a exigência de concurso público.
Para maiores esclarecimentos doutrinários sobre tal diferenciação, remetemos ao comen-
tário feito ao art. 2º do nosso Estatuto.
No mais, não há maiores mistérios nesse artigo. Quem nomeia o comissionado é o agente
titular do órgão ou entidade, que também tem a atribuição de exonerá-lo, independentemente
de qualquer motivação específica.

Art. 7º Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribu-
nais de Contas na área de sua competência, prover, por ato singular, os cargos públicos.

Primeiramente, cabe a consideração do que é um ato administrativo singular.


Maria Sylvia Di Pietro aborda o ato singular com o nome de “ato individual”, que, segundo
ela, “é o que produz efeitos jurídicos no caso concreto”. A autora ainda cita como exemplos a
nomeação e a demissão. Nesta lei, veremos outros grandes exemplos: todos os atos de pro-
vimento, quer originários, quer derivados, pois incidem sobre um caso concreto e interferem
numa estreita relação jurídica, ao contrário dos “atos gerais”, que abrangem um conjunto de
pessoas em idêntica situação (exemplos: regimentos e decretos). José dos Santos Carvalho
Filho usa o mesmo nome (“atos individuais”), dando significado praticamente idêntico.
Ademais, o Tribunal de Contas tem tido reconhecida sua autonomia administrativa para
prover seus próprios cargos públicos. Esta autonomia é expressamente prevista na Consti-
tuição Federal para os tribunais do Poder Judiciário, no art. 96, inciso I, alínea “e”, e foi esten-
dida aos Tribunais de Contas.

Art. 8º O ato de provimento conterá, necessariamente, as seguintes indicações, sob pena de nulida-
de e responsabilidade de quem der a posse:
I – modalidade de provimento e nome completo do interessado;
II – denominação de cargo e forma de nomeação;
III – fundamento legal.

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Os requisitos apontados neste artigo são mínimos, isto é, sem eles, o ato singular que der provi-
mento será eivado de nulidade por vício de forma. Todavia, a lei não fala que esse vício e insanável.
Inclusive, a doutrina administrativista majoritária e pacificada preceitua que os vício de forma são
suscetíveis de convalidação, com a correção do ato mediante reforma ou ratificação. Portanto, no
silêncio da lei, é possível entender que a ausência de algum desses requisitos no ato administrativo
singular de provimento pode ser suprida por posterior correção, com inclusão do requisito faltante.
No mais, cabe destacar que a segunda parte do inciso II (forma de nomeação) só se aplica
aos casos de Nomeação Propriamente Dita (provimento originário), e não às demais modali-
dades de provimento. Isso porque, no caso de nomeação, é necessário indicar se a nomeação
é em caráter efetivo ou em comissão.
Veja, abaixo, um exemplo de utilização de todos os requisitos deste artigo:

Exemplo
O Exmo. Secretário de Estado de Administração, no uso de suas atribuições, e tendo em vista
o edital n. 01 do Concurso Público realizado no ano de 2019, resolve:
NOMEAR João da Silva, aprovado no concurso público realizado, em caráter efetivo, para o
cargo de Analista Judiciário – Especialidade Direito, integrante da categoria funcional Ana-
lista Judiciário, do Quadro Permanente de Pessoal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
com fulcro nos art. 6º, inciso I, e 10 da Lei Estadual n. 5.810/1994.

Seção II
Do Concurso

Art. 9º A investidura em cargo de provimento efetivo depende de aprovação prévia em concurso


público de provas ou de provas e títulos, observado o disposto no art. 4º. desta lei.

Mesmo que esse ponto já esteja dominado, lembre-se:


Cargo de Provimento Efetivo: CONCURSO PÚBLICO;
Cargo em Comissão: LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO.

Art. 10. A aprovação em concurso público gera o direito à nomeação, respeitada a ordem de classi-
ficação dos candidatos habilitados.

Cuidado: esse “direito à nomeação” deve ser interpretado à luz do entendimento pacificado
pelo Supremo Tribunal Federal. Esse direito pertence, na maioria dos casos, à pessoa aprovada
dentro do número de vagas ofertadas no edital. O STF firmou, em sede de Repercussão Geral,
nos autos do Recurso Extraordinário n. 837.311, as hipóteses em que o candidato tem direito
subjetivo à nomeação, sendo uma delas – e mais corriqueira – aquela que acabamos de men-
cionar (aprovação dentro do número de vagas do edital). Dessa decisão, colhe-se o seguinte:

(…) o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas se-
guintes hipóteses:

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I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da admi-
nistração nos termos acima.

 Obs.: o segundo critério dessa listagem já tinha aplicabilidade em razão da Súmula n. 15


do STF: “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à
nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.”.

§ 1º Terá preferência para a ordem de classificação o candidato já pertencente ao serviço público


estadual e, persistindo a igualdade, aquele que contar com maior tempo de serviço público ao Estado.
§ 2º Se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á
em favor do mais idoso.

Esses critérios de preferência entram em jogo quando dois ou mais candidatos, na lista
de classificação, empatam nos critérios do edital, que geralmente se apoiam em maior nú-
mero de acertos em determinada disciplina cobrada na prova (como Português e Conheci-
mentos Específicos, por exemplo).
Para visualizarmos na prática, vamos criar uma situação fictícia:

Exemplo
João, Pedro, Raimundo e André estão empatados nas primeiras colocações do concurso pelos
critérios do edital. Portanto, devem ser analisados os critérios deste artigo.
João, com 72 pontos, tem 40 anos de idade e é Assistente Ministerial do MP de Contas do
Estado do Pará há 3 anos.
Pedro, com 72 pontos, tem 35 anos de idade e é Técnico de Controle Externo do Tribunal de
Contas do Estado do Pará há 8 anos.
Raimundo, com 72 pontos, tem 29 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor
público antes.
André, com 72 pontos, tem 23 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor públi-
co antes.
Logo, a lista de classificação, com base nos critérios desse artigo, ficará da seguinte forma:
1º: Pedro (Servidor Público Estadual com maior tempo de serviço ao Estado do Pará)
2º: João (Servidor Público Estadual com tempo de serviço menor, mesmo que seja mais idoso
que Pedro, pois o critério de ser servidor estadual prepondera)
3º: Raimundo (dos que não são servidores estaduais, é o mais idoso)
4º: André (mais jovem dentre os que não são servidores estaduais)

 Obs.: por interpretação lógica e sistemática, o “servidor público estadual” que tem preferên-
cia na classificação final é o Servidor Público do Estado do Pará, seja civil ou militar.

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Art. 11. A instrumentação e execução dos concursos serão centralizadas na Secretaria de Estado
de Administração, no âmbito do Poder Executivo, e nos órgãos competentes dos Poderes Legislati-
vo e Judiciário, do Ministério Público, e dos Tribunais de Contas.

No Estado do Pará, por força deste artigo, existe a necessidade de que a contratação das
bancas e a elaboração dos editais (instrumentação) e a execução dos concursos públicos
(impulso de suas fases) sejam incumbidas a um único órgão. O objetivo, de modo patente, é
evitar ao máximo a ocorrência de fraudes com seleções arbitrárias e corrompidas de bancas e
superfaturamentos nos respectivos contratos.
Portanto, a lei já tratou de designar o órgão que, no âmbito do Poder Executivo, é responsá-
vel por essas incumbências: Secretaria de Estado de Administração.
Todavia, no caso dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), o próprio órgão desses
Poderes deverá indicar um órgão em sua estrutura para ter, de modo centralizado, essas atri-
buições, sem distribui-las para qualquer outro órgão. Um clássico exemplo disso é a Comissão
de Concurso do Tribunal de Justiça, ou a Comissão de Concurso da Assembleia Legislativa. O
mesmo raciocínio vale para o Ministério Público de Contas e para o Tribunal de Contas, que, em
ato normativo de efeitos internos, escolherão um órgão, assim como os outros.

§ 1º O conteúdo programático, para preenchimento de cargo técnico de nível superior poderá ser
elaborado pelo órgão solicitante do concurso.

Para o referido cargo (Técnico de Nível Superior), que abrange vários cargos de Técnico, pode
o órgão solicitante elaborar o conteúdo a ser cobrado em prova, considerando suas necessida-
des operacionais e os atributos cognitivos desejados de seus servidores. Contudo, a instrumen-
tação e a execução do certame continuam sob o poder do órgão centralizadamente competente.

§ 2º O concurso público será realizado, preferencialmente, na sede do Município, ou na região onde


o cargo será provido.

Neste ponto, o que se tem a destacar é que a realização do concurso da sede do Município
ou na região de provimento NÃO É obrigatória, mas apenas preferencial.

§ 3º Fica assegurada a fiscalização do concurso público, em todas as suas fases, pelas entidades
sindicais representativas de servidores públicos.

No caso de um concurso público para Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Pará,


por exemplo, o sindicato representativo desses servidores poderá fiscalizar a lisura do certame
em todas as suas fases. Isso, todavia, é um direito da entidade, e não uma condição de valida-
de do concurso. Logo, se a entidade se recusar a exercer tal encargo, não haverá nenhum pre-
juízo para a integridade do concurso, desde que a fiscalização de suas fases seja devidamente
OPORTUNIZADA à entidade representativa.

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Art. 12. As provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão
atribuídos, no máximo, cinco pontos.
Parágrafo único. As provas de título, quando constantes do Edital, terão caráter meramente clas-
sificatório.

Antes de abordarmos o caráter classificatório, é importante que destinemos um pouco de


atenção a um ponto extremamente objetivo, popularmente conhecido como “decoreba”. Para
ajudá-lo, criei a seguinte ilustração:

Se seu perfil de estudos tolerar trocadilhos para memorização, aproveite para considerar
as seguintes frases:

DICA
Numa PROVA, a avaliação costuma variar de 0 a 10!
Um TÍTULO representa uma estrela no seu currículo, e uma
estrela clássica possui 5 pontas.

A determinação de que a prova de títulos tem caráter somente classificatório já tem sido
imposta pelo Supremo Tribunal Federal aos órgãos que não adotam essa regra, a exemplo
das decisões tomadas nos processos MS n. 31176/DF e MS n. 32074/DF. Ademais, a Resolu-
ção n. 75/2009 do CNJ já determina o caráter unicamente classificatório da prova de títulos
para os órgãos do Poder Judiciário.
Caráter classificatório é a possibilidade de os Títulos somente melhorarem a pontuação do
candidato. A ausência de determinado título NUNCA poderá causar a eliminação do candidato.
O pior que pode acontecer é alguém passar à sua frente na lista.

Art. 13. O Edital do concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, o processo de realização, os
critérios de classificação, o número de vagas, os recursos e a homologação.

Aqui reside o popular dogma de que o edital é “a lei do concurso”. Todos os balizamentos
para suas fazes estão previstos no edital. Portanto, nenhuma das regras nele previstas pode
ser desobedecida, sob pena de anulabilidade/nulidade da fase respectiva.
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Art. 14. Na realização dos concursos, serão adotadas as seguintes normas gerais:

Essas normas são genéricas para todos os concursos públicos do Estado do Pará, e os
editais não poderão contrariá-las. Vejamos:

I – não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mesmo
cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura, ou enquanto houver
servidor de igual categoria em disponibilidade;

Primeiramente, cabe mencionar que a Constituição Federal NÃO proíbe a realização de


novo concurso enquanto houver outro em vigor, ou enquanto houver servidor em disponibilida-
de. Na verdade, o que a Constituição faz (art. 37, inciso IV) é assegurar prioridade de convoca-
ção àqueles aprovados no primeiro concurso.
Todavia, o Estatuto ora em estudo tratou de dar uma garantia ainda mais sólida, impedindo
a realização de novo concurso enquanto houver candidato habilitado ainda não convocado,
bem como enquanto houver servidor em disponibilidade, que é uma situação em que o servi-
dor não está lotado em nenhuma repartição, mas está sendo remunerado normalmente (estu-
daremos esse instituto nas próximas aulas com maior aprofundamento).

II – poderão inscrever-se candidatos até 69 anos de idade;

A constitucionalidade desse limite de idade é duvidosa. A Súmula n. 683 do STF preceitua: “O li-
mite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Cons-
tituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.”.
Em várias oportunidades, o STF já declarou a inconstitucionalidade de limitações etárias im-
postas por editais de concursos, mesmo que com fundamento legal. Até hoje, parece não ter ha-
vido impugnação direta do artigo ora em comento. Todavia, a lógica de aplicabilidade é a mesma.
O inciso XXX do art. 7º assegura: “proibição de diferença de salários, de exercício de fun-
ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”. O art. 39, § 3º, da
Constituição assegura, ainda, a aplicação desse inciso aos servidores públicos estatutários.
Por fim, o que se deve considerar é: a limitação de idade para inscrição em concursos pú-
blicos só é legítima quando a natureza das atribuições assim determinar. Portanto, pela nossa
análise, a limitação a 69 anos de idade, por si só, sem razão adequada, é inconstitucional e
encontra óbice na Súmula n. 683 do STF.
De qualquer maneira, se a prova questionar diretamente qual é o limite de idade para inscri-
ção, segundo o texto literal deste Estatuto, assinale tranquilamente que é de 69 anos.

III – Os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do
resultado, no Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez por igual período.

Eis aqui uma reprodução de regra já existente no texto constitucional: art. 37, inciso III,
da Constituição.
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IV – Comprovação, no ato da posse, dos requisitos previstos no edital.

Vamos observar esse requisito com um exemplo: se um candidato é aprovado para Ana-
lista Judiciário – Especialidade Direito sem formação em Direito, mas, quando nomeado, já
conseguiu o diploma, a situação do candidato está regular e a posse poderá ocorrer com a
apresentação do diploma. Portanto, os editais NÃO PODEM exigir que o diploma seja apresen-
tado quando da inscrição, nesse contexto.

V – participação de um representante do Sindicato dos Trabalhadores ou de Conselho Regional de


Classe das categorias afins na comissão organizadora do concurso público ou processo seletivo.

Não confunda esse requisito (participação de representante sindical ou conselheiro na Comis-


são Organizadora) com o disposto no art. 11, § 3º, deste Estatuto. No presente caso, é OBRI-
GATÓRIA a participação do representante na Comissão Organizadora. Todavia, a fiscalização
de todas as fases pelo sindicato (art. 11, § 3º) é FACULTATIVA!

§ 1º Será publicada lista geral de classificação contendo todos os candidatos aprovados e, para-
lela e concomitantemente, lista própria para os candidatos que concorreram às vagas reservadas
aos deficientes.
§ 2º Os candidatos com deficiência aprovados e incluídos na lista reservada aos deficientes serão
chamados e convocados alternadamente a cada convocação de um dos candidatos chamados da lis-
ta geral até preenchimento do percentual reservado às pessoas com deficiência no edital do concurso.
§ 3º Equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiên-
cia do candidato durante o estágio probatório.

Vamos entender qual é a consistência dessas regras. Antes disso, tenha em mente uma
informação do próximo artigo: é possível a reserva de até 20% dos cargos a serem providos por
concurso a candidatos PcD (Pessoas com Deficiência).
A maioria dos órgãos não chega ao limite máximo: reservam 5%, normalmente. Portanto, a
partir disso, vamos estudar a regra do § 2º com base em um exemplo prático:

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Exemplo
Se o edital do concurso público fixar a reserva de 5% dos cargos existentes a serem providos
para Pessoas com Deficiência, e houver 60 cargos vagos, a ordem dos primeiros nomeados
será a seguinte:
1º - Lista Geral
2º - Lista PcD
3º - Lista Geral
4º - Lista PcD
5º - Lista Geral
6º - Lista PcD
7º - Lista Geral
8º - Lista Geral
9º - Lista Geral
10º - Lista Geral (...)
Perceba que foi necessário o preenchimento do percentual mínimo antes de a lista geral correr
normalmente. No entanto, se o percentual puder ser cumprido com o provimento de apenas
uma Pessoa com Deficiência, não existirá tal obrigação por parte do órgão público paraense,
como quando houver 20 cargos vagos e apenas 5% reservados às Pessoas com Deficiência.

Por fim, a equipe a analisar a compatibilidade entre a deficiência e as atribuições do cargo


é multiprofissional, uma vez que essa compatibilidade depende de análises médica, ergonô-
mica, psicológica e socioassistencial, por exemplo. Logo, não pode tal exame ser feito por
profissional de especialidade única.

Art. 15. A administração proporcionará aos portadores de deficiência, condições para a participa-
ção em concurso de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em con-
curso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que
são portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas no concurso.

O órgão responsável pela execução do concurso (aquele mesmo, com competência centrali-
zada, que estudamos anteriormente) deve garantir que a pessoa com deficiência tenha todos os
recursos e todas as concessões técnicas (tecnologia assistiva e acessibilidade) necessárias para
conseguir resolver a prova do concurso público em igualdade de condições com as demais pessoas.
Ademais, cabe mencionar que a reserva de cargos a pessoas com deficiência tem por
fundamento uma pretensão estatal de incluir socialmente essas pessoas, conferindo-lhes
estímulos para dar continuidade a projetos de vida já mentalizados ou que possam ser menta-
lizados pela pessoa. A ideia, poeticamente, é de não impedir a realização de sonhos em razão
da condição de pessoa com deficiência.
Apesar desse propósito, há um entrave jurídico justificável, que é a compatibilidade entre
as atribuições do cargo e a deficiência constatada. Portanto o direito assegurado às pesso-

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as com deficiência (inclusive com status constitucional: art. 37, inciso VIII, da Constituição
Federal) não é absoluto.
Quanto ao percentual de 20% mencionado na lei, entendemos oportuno destacar que esse
percentual não é fixo, mas, sim, variável, pois pode o órgão reservar “até” 20%. É por esta razão
que muitos órgãos se sentem legitimados a reservar 5% ou 10%, por exemplo.
O Decreto Federal n. 3.298/1999, adotado expressamente como fonte normativa pelos edi-
tais dos concursos paraenses, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa
com Deficiência. Tal decreto fixava um limite mínimo de 5% para pessoas com deficiência.
Todavia, o artigo 37 desse decreto, que assegurava esse percentual mínimo, foi revogado pelo
Decreto Federal n. 9.508/2018. Este decreto, por sua vez, fixou o mesmo limite mínimo (5%).
Todavia, este último decreto, ao contrário do anterior, não dispõe sobre nenhuma política
de âmbito nacional e limita-se ao âmbito federal, deixando os Estados de lado. Veja a ementa
do Decreto Federal n. 9.508/2018: “Reserva às pessoas com deficiência percentual de cargos
e de empregos públicos ofertados em concursos públicos e em processos seletivos no âmbito
da administração pública federal direta e indireta.”.
Dessa maneira, a fixação do limite mínimo parece encontrar-se em um limbo jurídico para
os Estados e Municípios que não tiverem seus próprios Decretos. Portanto, deve cada Estado
e Município editar seu próprio decreto fixando tal limite.

Seção III
Da Posse

Art. 16 - Posse é o ato de investidura em cargo público ou função gratificada.


Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.

Em nosso contexto, ao contrário de regra muito conhecida da Lei Federal n. 8.112/90 (regra de
que só há posse em caso de nomeação), quem toma posse não é somente o recém-nomeado. É
também aquele que está sendo designado para função gratificada (que deve necessariamente ser
ocupante de cargo efetivo, como já destacamos), revertido ou reconduzido, por exemplo.
Posse é quase sinônimo de investidura. Só não é um absoluto sinônimo porque possui
exceções: promoção e reintegração. Estes dois, citados pelo parágrafo único, são fenômenos
distintos, pois um servidor promovido está apenas conseguindo um maior escalão funcional
no mesmo cargo que ocupa. O mesmo raciocínio vale para o reintegrado, que está apenas re-
tomando o exercício de um cargo de que nunca deveria ter sido afastado.
Estudaremos nas próximas aulas esses institutos.

Art. 17. São requisitos cumulativos para a posse em cargo público:


I – ser brasileiro, nos termos da Constituição;
II – ter completado 18 (dezoito) anos;
III – estar em pleno exercício dos direitos políticos;
IV – ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará;

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V – possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo;
VI – declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos
e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do
acúmulo de cargos.

Já informei em momento anterior da aula que basta à pessoa ser brasileira (nata ou natu-
ralizada, sem distinções) e preencher os requisitos objetivos deste artigo para assumir cargo
público. Outras exigências, além dessas, devem necessariamente ser instituídas por lei ou
por norma de força jurídica equivalente ou superior, sob pena de verificação de cometimento
de ilegalidade por parte da Administração Pública.

Art. 18. A compatibilidade das pessoas portadoras de deficiência, de que trata o art. 15, parágrafo
único, será declarada por junta especial, constituída por médicos especializados na área da defici-
ência diagnosticada.
Parágrafo único. Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perde o
direito à nomeação.

Já cheguei a mencionar, também, que a equipe avaliativa deve ser multidisciplinar, pelo
fato de a compatibilidade da deficiência com as atribuições depender de análise sob prisma
de diversos ramos do conhecimento.
Todavia, se, no momento da verificação (antes da posse) ficar constatada a incompatibili-
dade, o candidato não será nomeado, e o próximo candidato PcD será convocado.

Art. 19. São competentes para dar posse:


I – No Poder Executivo:
a) o Governador, aos nomeados para cargos de Direção ou Assessoramento que lhe sejam direta-
mente subordinados;
b) os Secretários de Estado e dirigentes de Autarquias e Fundações, ou a quem seja delegada com-
petência, aos nomeados para os respectivos órgãos, inclusive, colegiados;
II – No Poder Legislativo, no Poder Judiciário, no Ministério Público e nos Tribunais de Contas, con-
forme dispuser a legislação específica de cada Poder ou órgão.

Esta classificação de autoridades que dão posse é extremamente objetiva e, portanto, me-
rece memorização direta. Para auxiliá-lo(a), apresento a ilustração abaixo:

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Art. 20.O ato de posse será transcrito em livro especial, assinado pela autoridade competente e pelo
servidor empossado.
Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da autoridade competente, a posse poderá ser toma-
da por procuração específica.

Neste estatuto, pelo que se pode interpretar do dispositivo acima, a posse mediante procu-
ração deve ser devidamente justificada (“casos especiais”), e não pode ocorrer de modo livre
como com qualquer negócio jurídico. Ademais, deve a autoridade competente concordar, dis-
cricionariamente, com a posse mediante procuração (“a critério da autoridade competente”).

Art. 21. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram observados
os requisitos legais para a investidura no cargo ou função.

As consequências de posterior descoberta de ausência desses requisitos não têm como


única consequência a perda do cargo pelo servidor. Além disso, a autoridade que dá posse
responde civil, penal e administrativamente pela falta.
A partir daí, seriam analisados vários fatores, como por exemplo se houve falsidade, dano
ao servidor ou quebra de dever funcional para permitir a posse indevida.

Art. 22. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento
no Diário Oficial do Estado.

Este é outro ponto extremamente objetivo que merece atenção. Nunca se esqueça:

§ 1º O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo necessidade
comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.

Antes de qualquer aprofundamento, é devido um destaque à parte final do parágrafo: a


juízo da Administração! NÃO EXISTE direito subjetivo do servidor a tal prorrogação, a qual
ocorrerá somente se o órgão concordar com a pertinência dessa espera (discricionariedade).
Há vários exemplos possíveis para essa “necessidade comprovada para preenchimento
de requisitos”. Uma delas pode ser uma espera de quinze dias para que o candidato complete
18 anos. Outra, pode ser uma espera de quinze dias para que o candidato cole grau no nível
superior exigido para o cargo. Outra, ainda, pode ser uma espera de quinze dias para que o
candidato obtenha confirmação do órgão competente sobre sua naturalização brasileira.

§ 2º O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será conta-
do do término do impedimento.

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Esse parágrafo se deve ao fato de nosso Estatuto permitir a posse em casos diferentes de
nomeação, como readaptação e recondução. Portanto, se o servidor estiver em férias, licencia-
do ou, por exemplo, afastado enquanto responde a processo por improbidade administrativa
(motivo legal – art. 20, parágrafo único, Lei Federal n. 8.429/92).

§ 3º Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o ato de provimento será tornado sem efeito.

Retomaremos essa parte da lei em momento posterior da aula. Contudo, desde já, grave
o seguinte:
• Se a posse ainda não aconteceu: ATO TORNADO SEM EFEITO;
• Se a posse já aconteceu, mas não houve o efetivo exercício no prazo legal: EXONERAÇÃO.

§ 4º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituam seu
patrimônio, e declaração quanto ao exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública.

Na prática, é no dia da posse que o candidato leva alguns termos assinados (com modelos
fornecidos pelo órgão) declarando seu acervo patrimonial e se exerce, ou não, outra função
pública (em sentido amplo).

Art. 22-A. Ao interessado é permitida a renúncia da posse, no prazo legal, sendo-lhe garantida a
última colocação dentre os classificados no correspondente concurso público.

Se o candidato, dentro do prazo de 30 dias para tomar posse, resolve renunciar a esse di-
reito, ele ficará no final da fila dos habilitados.
Contudo, por outro lado, se o candidato perder o prazo legal (30 dias), o ato de provimento será
tornado sem efeito e o candidato será absolutamente excluído do concurso, não ficando nem
mesmo na última colocação.

Seção IV
Do Exercício

Art. 23. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições e responsabilidades do cargo.

Entrar em exercício é pôr as mãos na massa. É começar a cumprir os deveres próprios de


servidor público e também os inerentes ao cargo em que foi empossado.

Art. 24. Compete ao titular do órgão para onde for nomeado o servidor, dar-lhe o exercício.

Não confunda: a posse é dada pelas altas autoridades mencionadas no art. 19. O exercício,
por sua vez, é dado pelo chefe do órgão local, configurado como subdivisão interna do órgão
promotor do concurso. Como exemplo, pode-se citar o Diretor de determinado Órgão Auxiliar
vinculado ao Ministério Público ou ao Tribunal de Justiça.
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Uma exceção prática a esse caso é quando o órgão oferece ao servidor a opção de tomar
posse e entrar em exercício no mesmo instante, quando normalmente são ministradas algu-
mas palestras ou cursos ao servidor. Nesse caso, é a mesma autoridade que dá posse quem
dá exercício. Mas não é a regra geral, frise.

Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados:
I – da data da posse, no caso de nomeação;
II – da data da publicação oficial do ato, nos demais casos.
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade comprova-
da para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.

O prazo para entrada em exercício (15 dias) foi objeto de alteração legislativa, implementada
pela Lei Estadual n. 7.071/2007.
Em razão de o site da Assembleia Legislativa não disponibilizar a versão completa e atualizada
deste Estatuto, muitos alunos usam a versão disponibilizada pela Procuradoria-Geral do Esta-
do. Todavia, existe um grande equívoco material na versão da PGE: ela não alterou o texto do
caput do art. 25 conforme a modificação da Lei Estadual n. 7.071/2007.
Portanto, o prazo para entrada em exercício é de 15 dias, e não mais de trinta dias, como constava da
redação anterior, que, estranhamente, não foi modificada na versão da PGE-PA, a mais consultada.

Veja o que dispõe o art. 1º da Lei Estadual n. 7.071/2007:

Art. 1º Ficam alterados os artigos 14, incisos III e IV, 17, VI, 22, § 1º, 25, § 1º, 29, § 1º e § 2º, 32,
caput, 33, 34, parágrafo único, e 240 da Lei n. 5.810, de 24 de janeiro de 1994, passando a vigorar
com a seguinte redação:
(...)
“Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de quinze dias, contados:
....................................................................................................................
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade comprova-
da para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.”

Nesse contexto, há necessidade de memorizar um ponto extremamente objetivo:

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Quanto à hipótese de prorrogação por mais 15 dias, entra em jogo o mesmo raciocínio
apresentado no comentário ao art. 22, § 1º, deste Estatuto, ao qual remetemos.

O vínculo jurídico do candidato com o órgão começa NÃO com o exercício, mas, sim, com a Posse.
Sabendo disso, leia o próximo parágrafo do Estatuto.

§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo.
• Se a posse ainda não aconteceu: ATO TORNADO SEM EFEITO
• Se a posse já aconteceu, mas não houve o efetivo exercício no prazo legal: EXONERAÇÃO.

Art. 26. O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, com
ou sem vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em que servir.

O critério principal para existir ou não o pagamento dos vencimentos do servidor durante
esse afastamento é o fato de haver interesse do serviço público para tanto.
Se existir interesse do serviço: há vencimentos, com certeza. Contudo, a iniciativa para o
afastamento não precisa necessariamente partir de autoridade superior, podendo, também,
ser requerida pelo servidor e devidamente autorizada pela referida autoridade. Por fim, haven-
do interesse do serviço público, há vencimentos.
Se NÃO existir interesse do serviço: não há vencimentos, como regra geral. Entretanto,
essa regra admite exceções, em razão das quais o afastado perceberia seus vencimentos nor-
malmente. Essas exceções não estão previstas no nosso Estatuto, mas podem ser traçadas
oportunamente pela autoridade competente.

Estamos tratando de afastamento para estudo ou missão fora do Estado do Pará. Outros afas-
tamentos com garantia de vencimentos serão estudados nas próximas aulas.

Art. 27. O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público,
fora do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar ser-
viço, por igual período, ao Estado.

Desde já, destaque esse dado importantíssimo, que pode passar batido numa leitura superfi-
cial: esse artigo somente se aplica ao Servidor AUTORIZADO a afastar-se, isto é, quando o servi-
dor requer seu afastamento. Não se aplica ao servidor designado pelo titular do órgão para afas-
tar-se, porque, neste caso, estaria o servidor apenas cumprindo ordens próprias de seu cargo.
Para que o servidor tenha o dever de prestar serviço ao Estado do Pará por período igual ao
do afastamento, existem as seguintes condições:
• 1) Servidor ter sido AUTORIZADO, após requerer o afastamento;
• 2) Haver percepção de vencimentos durante o afastamento.

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Dessa forma, se o servidor ficou afastado por um ano em tais condições, deverá prestar
serviços ao Estado do Pará por um ano, sob pena de ter que devolver os valores que recebeu
durante o período.

Art. 28. O afastamento do servidor para participação em congressos e outros eventos culturais,
esportivos, técnicos e científicos será estabelecido em regulamento.
Art. 29. O servidor preso em flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime admi-
nistrativo, ou condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até sentença
final transitada em julgado.
§ 1º Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as vanta-
gens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.

Nossa banca certamente adoraria cobrar esses parâmetros.


Nas hipóteses do caput, o servidor ficará afastado até a decisão judicial definitiva transitada
em julgado. Em sentido mais prático, podemos considerar não apenas sentença propriamente dita,
mas também acórdãos dos tribunais. Portanto, enquanto houver apreciação em sede de recurso
ou suspensão/pendência do feito, a condição de recebimento de 2/3 da remuneração persistirá.
Nesses 2/3, considera-se somente o vencimento básico do cargo, excluindo-se eventuais
gratificações, adicionais e demais vantagens oferecidas ao servidor por estar em pleno e efe-
tivo exercício de suas atribuições. No caso de absolvição, o servidor receberá toda a diferença
de volta, como se em exercício estivesse (pelo que se depreende, inclusive pagamento das van-
tagens perdidas, pois se houvesse exclusão das vantagens o Estatuto diria expressamente).

§ 2º Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão, con-


tinuará o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do vencimento
ou remuneração, excluídas as vantagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo.

Por sua vez, o § 2º fala em condenações “não determinantes da demissão”, que podem
consistir em prestação de serviços à comunidade, por exemplo. Nesses casos, o servidor po-
derá voltar ao trabalho após o cumprimento da pena que substituiu a privação da liberdade,
que suspenderia os direitos políticos do servidor, se fosse aplicada. Nesse caso, entretanto,
NÃO haverá restituição da diferença, pois não houve absolvição.

Art. 30. Ao servidor da administração direta, das Autarquias e das Fundações Públicas ou dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, diplomado para
o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, aplica-se o disposto no Título III,
Capítulo V, Seção VII, desta lei.

No momento oportuno, quando tratarmos do referido segmento do nosso Estatuto, eluci-


daremos com profundidade este tópico.

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Desde já, reitero que a regra apontada para o Tribunal de Contas aplica-se ao MPC-PA, ten-
do em vista que este integra a estrutura orgânica do TCE-PA.

Art. 31. O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a sua concordância po-
derá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração direta ou indireta, da União,
do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus para o Estado do Pará, desde
que observada a reciprocidade.

Um servidor público do Estado do Pará, lotado em qualquer órgão ou entidade paraense, pode
ser “colocado à disposição” de qualquer órgão público, se necessário. Essa colocação à dispo-
sição pode ser interpretada da forma mais ampla possível, não se restringido a exercício em lo-
tações presencias diversas, podendo, ainda, consistir em trabalhos remotos para outros órgãos.
A condição essencial de validade dessa destinação do servidor é a sua própria concordân-
cia, uma vez que tal destinação certamente influencia a rotina do servidor e de sua família.
Não importa se o Estado do Pará será o responsável pelo pagamento da remuneração
ou não. O que importa, além da vontade do servidor, é a existência de reciprocidade entre o
órgão paraense cedente e o órgão ao qual se destina o trabalho do servidor. Isso quer dizer
que o órgão cessionário (que recebe o servidor) só contará com essa “ajuda” se fizer o mes-
mo pelo órgão cedente em diferentes ocasiões.

 Obs.: Em caso de necessidade de maior aprofundamento no tópico, é salutar a leitura do


Decreto n. 795, de 29 de maio de 2020, que regulamenta o art. 31 do Estatuto e dispõe
sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Estadu-
al Direta, Autárquica e Fundacional, no âmbito do Estado do Pará.

Seção V
Do Estágio Probatório

Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito
a estágio probatório por período de três anos, durante os quais a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que
dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos
fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.

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Lei n. 5.810/1994 – Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
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§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, observado o devido processo legal.
§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos servidores que já tenham entrado em exer-
cício na data de publicação desta Lei, que se sujeitam ao regime anterior.

Primeiramente, devemos ter em mente os cinco fatores avaliativos para aprovação, ou não,
no estágio probatório. Tais fatores podem ser memorizados com um básico mnemônico:

P–R–I–D–A
Produtividade – Responsabilidade – (capacidade de) Iniciati-
va – Disciplina – Assiduidade

Pelo texto frio da lei, apesar de na prática isso ser diferente, a avaliação do servidor deverá
ser submetida a homologação 4 MESES ANTES de o servidor completar três anos de exercício
e, dessa maneira, adquirir estabilidade, se aprovado. Após a submissão à homologação, os
fatores PRIDA continuarão sendo avaliados e, caso alguma constatação seja capaz de mudar
significativamente o resultado da avaliação, poderá haver uma reconsideração dela.
Por fim, cabe destacar que o servidor inabilitado/reprovado será EXONERADO, pois não ser
aprovado no estágio probatório não é uma falta, mas, sim, um não preenchimento de requisitos
para o exercício do cargo. É comum as bancas falarem que o servidor reprovado/inabilitado
seria demitido, para causar confusão, mas você, agora, está atento para isso.

Art. 33. O término do estágio probatório importa no reconhecimento da estabilidade de ofício.

Não é justo que o servidor seja prejudicado pelo desleixo de seu superior em efetuar a ava-
liação, ou pelo descaso da autoridade competente em homologá-la. Portanto, se passarem os
três anos e o servidor não for submetido a nenhuma avaliação apropriada, a estabilidade será
por ele adquirida, presumindo-se que não houve comportamento suscetível de provocar uma
reprovação, coisa que, em tese, seria prontamente reportada pela autoridade responsável.
Vamos aproveitar para fazer uma diferenciação importante:
Efetividade é a qualidade de cargo efetivo, provido por servidor aprovado em concurso
público. Estabilidade é a impossibilidade de exoneração a qualquer tempo, em decorrência
de aprovação em estágio probatório, que dura 3 anos, integrado pela avaliação dos quesitos
estudados no comentário ao artigo anterior. Vitaliciedade, por sua vez, é a garantia ostentada
por juízes e membros do Ministério Público em decorrência de efetivo exercício por dois anos
e participação em cursos de qualificação.

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Art. 34. O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no
novo cargo.
Parágrafo único. Ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o mesmo
cargo público em que já tenha sido avaliado.

Vamos encarar essas duas situações com exemplos:

João, Auxiliar Judiciário do TJ, é estável nesse cargo e acaba sendo aprovado para Analista
do mesmo órgão. Dessa forma, João só será estável como Analista após três anos de efetivo
exercício, se for aprovado no estágio probatório.
Lucival, Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, é estável nesse
cargo e resolve pedir exoneração para atuar como advogado. Após atuar como advogado por
alguns anos, Lucival resolve fazer concurso para o mesmo cargo que ocupava antes, pois
sente saudades dos velhos tempos. Ao ser empossado novamente como Analista de Controle
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, Lucival será estável, desde seu ingresso.

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EXERCÍCIOS
001. (FADESP/IF-PA/PEDAGOGIA/2018/ADAPTADA) Segundo o regime jurídico dos servidores
públicos do Estado do Pará, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, ao entrar em
exercício, ficará sujeito a estágio probatório, quando será observado, entre outros, o seguinte fator:
a) Temperança.
b) Comunicabilidade.
c) Capacidade de iniciativa.
d) Resiliência.
e) Presteza.

A alternativa “c” é a única a apresentar fator citado no rol de fatores do art. 32 do nosso Estatuto,
que são: produtividade, responsabilidade, capacidade de iniciativa, disciplina e assiduidade. As
demais alternativas consistem em elementos inventados, no calor do momento, pelo examinador.
Letra c.

002. (VUNESP/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2014) Ao entrar em exercício, consta do Re-


gime Jurídico Único (Lei n.º 5.810/94), que o servidor nomeado para o cargo de provimento
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de
a) 6 (seis) meses.
b) 10 (dez) meses.
c) 1 (um) ano.
d) 2 (dois) anos.
e) 3 (três) anos.

De acordo com o caput do art. 32 de nosso Estatuto, o referido período é de três anos.
Letra e.

003. (VUNESP/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2014) Na realização dos concursos, prevê o Re-


gime Jurídico Único (Lei n.º 5.810/94) que, dentre outras, será adotada a seguinte norma geral:
a) não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mesmo
cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura.
b) poderão inscrever-se candidatos com até 65 (sessenta e cinco) anos de idade.
c) participarão um representante do Sindicato e um da Ordem dos Advogados do Brasil – Se-
ção Pará – na comissão organizadora do concurso público ou processo seletivo.
d) será publicada uma lista única geral de classificação contendo todos os candidatos aprova-
dos e os candidatos que concorreram às vagas reservadas aos deficientes.
e) os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do
resultado, prorrogável expressamente por duas vezes por igual período.
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a) Certa. Essa é a determinação do art. 14, inciso I, do nosso Estatuto.


b) Errada. O limite máximo de idade, na verdade, é de 69 anos (art. 14, inciso II).
c) Errada. A previsão existente é a de que, na comissão organizadora, participará um represen-
tante do Sindicato dos Trabalhadores ou de Conselho Regional de Classe (art. 14, inciso V).
Não há previsão de acompanhamento por parte da OAB.
d) Errada. Não existe uma “lista única geral”. O que existe são uma lista geral, com todos os
candidatos habilitados, e outra lista somente com os candidatos com deficiência. Não há, por-
tanto, uma “lista única”, como sugere a assertiva.
e) Errada. Conforme o art. 14, inciso III, “os concursos terão a validade de até dois anos, a con-
tar da publicação da homologação do resultado, no Diário Oficial, prorrogável expressamente
uma única vez por igual período”.
Letra a.

004. (CESPE/TCE-PA/CONHECIMENTOS BÁSICOS- CARGOS 32 A 36/2016) De acordo com


as disposições contidas na Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o regime jurídico único dos servido-
res públicos civis da administração direta, das autarquias e das fundações públicas do estado
do Pará, julgue o item que se segue.
A condição de brasileiro nato é requisito para a posse em cargo público integrante da estru-
tura do TCE/PA.

Como ressaltamos em aula, basta que o candidato seja brasileiro, quer nato, quer naturalizado.
Não é legítima nenhuma discriminação entre brasileiros natos e naturalizados, ressalvadas as
hipóteses previstas na Constituição Federal.
Errado.

005. (INÉDITA) De acordo com a Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa cujos itens indicam hipóte-
ses de provimento dos cargos públicos:
I – Recondução
II – Readaptação
III – Nomeação
IV – Promoção
V – Exoneração
a) I, II e III
b) III e IV
c) II, IV e V
d) I, II, III e IV
e) I e V

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I – Certo. Art. 5º, inciso VIII.


II – Certo. Art. 5º, inciso VII.
III – Certo. Art. 5º, inciso I.
IV – Certo. Art. 5º, inciso II.
V – Errado. Exoneração não é forma de provimento, e sim de vacância do cargo. Logo, não
consta do rol do art. 5º.
Letra d.

006. (INÉDITA) Conforme a Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico Único dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público, que pode ser criado por ato ad-
ministrativo de efeitos concretos.
b) categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho.
c) grupo ocupacional é o conjunto de cargos e funções da mesma natureza, escalonadas se-
gundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
d) Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros natos que preencham os demais requi-
sitos previstos nessa lei.
e) É vedado, em qualquer hipótese, cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diver-
sas das inerentes ao seu cargo.

a) Errada. A primeira parte da alternativa está correta. Ela peca, contudo, ao afirmar que a cria-
ção do cargo pode ocorrer mediante ato administrativo, o que está errado, pois é por lei que se
criam os cargos (art. 2º, incisos I e II).
b) Certa. Literalidade do art. 2º, inciso III.
c) Errada. Na verdade, “grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma
natureza, escalonadas segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsa-
bilidade” (art. 2º, inciso IV).
d) Errada. Não há restrição a brasileiros natos na lei. Podem ser tanto os natos como os natu-
ralizados (art. 2º, parágrafo único).
e) Errada. Tal vedação não é absoluta, como sugere a alternativa ao afirmar “em qualquer hipó-
tese”. Segundo o art. 3º, o cometimento de atribuições diversas tem previsão legal (portanto,
lícita) em caso de participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.
Letra b.

007. (INÉDITA) Conforme a Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico Único dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.

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a) A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em servidor efetivo.


b) A nomeação será feita em comissão, quando exigida a prévia habilitação em concurso público.
c) Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribu-
nais de Contas na área de sua competência, prover, por ato plúrimo, os cargos públicos.
d) O ato de provimento conterá, necessariamente, os motivos do provimento, sob pena de nu-
lidade e responsabilização da autoridade que der a posse.
e) A aprovação em concurso público não gera o direito à nomeação, como regra.

a) Certa. Literalidade do art. 6º, parágrafo único.


b) Errada. Quando exigida a prévia habilitação em concurso público, a nomeação é feita em
caráter efetivo, na verdade.
c) Errada. O ato de provimento dos cargos públicos é singular, e não plúrimo/geral (art. 7º).
d) Errada. Os motivos do provimento não correspondem a um elemento do rol do art. 8º, que
estabelece os elementos indispensáveis do ato de provimento, sob pena de nulidade, que são:
modalidade de provimento e nome completo do interessado, denominação de cargo e forma
de nomeação e fundamento legal.
e) Errada. Segundo a literalidade doa art. 10, a aprovação gera direito à nomeação. A interpreta-
ção desse artigo, por sua vez, deve ocorrer à luz do entendimento do STF, repassado na nossa
aula. Em questões objetivas, no entanto, deve ser tomada em conta a literalidade do artigo, a
menos que o enunciado da questão faça referência expressa ao entendimento do STF.
Letra a.

008. (INÉDITA) Conforme a Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico Único dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa incorreta.
a) O ato de provimento conterá, necessariamente, a modalidade de provimento e nome com-
pleto do interessado, sob pena de nulidade e responsabilidade de quem der a posse.
b) Terá preferência para a ordem de classificação o candidato já pertencente ao serviço públi-
co estadual e, persistindo a igualdade, aquele que for mais idoso.
c) O ato de provimento conterá, necessariamente, o fundamento legal do provimento, sob pena
de nulidade e responsabilidade de quem der a posse.
d) A instrumentação e execução dos concursos serão centralizadas na Secretaria de Estado de
Administração, no âmbito do Poder Executivo.
e) O ato de provimento conterá, necessariamente, a denominação de cargo e forma de nome-
ação, sob pena de nulidade e responsabilidade de quem der a posse.

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a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso I.
b) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta. Se houver empate entre candidatos candidato
já pertencentes ao serviço público estadual, o primeiro critério de desempate seguinte será aque-
le que contar com maior tempo de serviço público ao Estado. O critério de maior idade (mais
idoso) só entra em jogo entre candidatos ainda não pertencentes ao serviço público estadual.
c) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso III.
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 11, primeira parte.
e) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso II.
Letra b.

009. (INÉDITA) Conforme a Lei n.º 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurídico Único dos Servi-
dores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta.
a) O concurso público será realizado, obrigatoriamente, na sede do Município, ou na região
onde o cargo será provido.
b) O conteúdo programático, para preenchimento de cargo técnico de nível superior deverá ser
elaborado pelo órgão solicitante do concurso.
c) Fica assegurada a fiscalização do concurso público, em todas as suas fases, pelas entida-
des sindicais representativas de servidores públicos.
d) Se ocorrer empate de candidatos pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á
em favor do mais idoso.
e) As provas serão avaliadas na escala de zero a cinco pontos, e aos títulos, quando afins, se-
rão atribuídos, no máximo, dez pontos.

a) Errada. Há apenas preferência pela realização do concurso em tal localidade, e não obriga-
toriedade (art. 11, § 2º).
b) Errada. De acordo com o art. 11, § 1º, tal encargo é apenas uma faculdade (“poderá”), e
não um dever.
c) Certa. Literalidade do art. 11, § 3º.
d) Errada. A decisão pelo mais idoso só se aplica para candidatos empatados e não perten-
centes ao serviço público (art. 10, § 2º).
e) Errada. Na verdade, “as provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos,
quando afins, serão atribuídos, no máximo, cinco pontos”. Lembre-se das dicas que foram da-
das na aula.
Letra c.

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010. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa correta:
a) As provas de título, quando constantes do edital, terão caráter classificatório e eliminatório.
b) O regimento interno do órgão promotor do concurso público disciplinará os requisitos para
a inscrição, o processo de realização, os critérios de classificação, o número de vagas, os re-
cursos e a homologação.
c) Na realização dos concursos, deverá haver comprovação, no ato de inscrição, dos requisitos
previstos no edital.
d) Somente um profissional médico avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e
a deficiência do candidato durante o estágio probatório.
e) As provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão
atribuídos, no máximo, cinco pontos.

a) Errada. O caráter das provas de título deve ser meramente classificatório (art. 12, parágrafo único).
b) Errada. Tais elementos serão disciplinados, na verdade, pelo edital do próprio concurso, que
é a sua lei, como ressaltamos em aula (art. 13).
c) Errada. A comprovação dos requisitos previstos no edital ocorrerá no ato da posse, em verdade.
d) Errada. A referida compatibilidade será avaliada, na verdade, por equipe multiprofissional. Inclusi-
ve, na nossa aula, demos exemplos de profissionais cuja atuação seria proveitosa nesse momento.
e) Certa. Literalidade do caput do art. 12.
Letra e.

011. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Ju-
rídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que indica
os itens corretos.
I – Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em concurso
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis ou não com a defici-
ência de que são portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas
oferecidas no concurso.
II – Posse é o ato de investidura em cargo público e ocorre somente em caso de provimento
de cargo por nomeação.
III – Não haverá posse nos casos de promoção e readaptação.
IV – É requisito para a posse que o candidato habilitado tenha dezoito anos de idade completos.
a) I e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) IV, apenas
e) I e II

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I – Errado. As atribuições do cargo devem ser, sim, compatíveis com a deficiência da pessoa. O
erro, portanto, deve-se ao segmento “ou não”. O percentual reservado, por sua vez, está correto
(20%, conforme o art. 15, parágrafo único).
II – Errado. Na verdade, em nosso Estatuto, a posse é o ato de investidura em cargo público ou
função gratificada, inclusive em formas de provimento diferentes, ao contrário da popular regra
do Estatuto do Servidor Público da União, conforme nossa abordagem em aula.
III – Errado. Na verdade, não haverá posse nos casos de promoção e reintegração (art. 16,
parágrafo único).
IV – Certo. Informação em conformidade com o art. 17, inciso II.
Letra d.

012. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Ju-
rídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que indica
os itens que apresentam requisitos para a posse em cargo público:
I – Ser brasileiro nato.
II – Estar em pleno exercício dos direitos políticos.
III – Declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos
órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, somente, para fins de verificação do
acúmulo de cargos.
IV – Ser julgado apto em inspeção de saúde realizada por médico da confiança do candidato.
a) I e II
b) II e III
c) II, apenas
d) III e IV
e) I e IV

I – Errado. Pode o candidato ser brasileiro nato ou naturalizado, sem distinções (art. 17, inciso I).
II – Certo. Informação em conformidade com o art. 17, inciso III.
III – Errado. A declaração sobre exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública
deve considerar órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal
(art. 17, inciso VI).
IV – A aptidão deve ser atestada em inspeção de saúde realizara em órgão médico oficial do
Estado do Pará (art. 17, inciso IV).
Letra c.

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013. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Ju-
rídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que indica
os itens que apresentam requisitos para a posse em cargo público:
I – Ter completado 21 (vinte e um) anos de idade.
II – Possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo.
III – Estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
IV – Não haver sofrido sanção impeditiva do exercício de cargo público.
a) I, II, e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I e II
e) III e IV

I – Errado. A idade mínima para tomar posse em cargo público é de 18 anos (art. 17, inciso II).
II – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso V.
III – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso VII.
IV – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso VIII.
Letra b.

014. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que
indica os itens corretos:
I – A compatibilidade das pessoas portadoras de deficiência será declarada por junta especial,
constituída por médicos especializados na área da deficiência diagnosticada.
II – Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perderá o direito à
nomeação se o titular do órgão ou da entidade ratificar a constatação.
III – No Poder Executivo, é competente para dar posse o Governador, aos nomeados para car-
gos de direção ou assessoramento que lhe sejam direta ou indiretamente subordinados.
a) I e II
b) III, apenas
c) I e III
d) I, apenas
e) II e III

I – Certo. Informação em consonância com o teor do art. 18.


II – Errado. Nosso estatuto não prevê a exigência de ratificação pelo titular do órgão/entidade.
Aliás, não há previsão para ratificação por quaisquer autoridades.
III – Errado. O Governador só será competente para dar posse aos ocupantes de cargos de
direção e/ou assessoramento que lhe sejam diretamente subordinados, e não indiretamente.
Letra d.
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015. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que
indica os itens corretos:
I – No Poder Executivo, são competentes para dar posse os Secretários de Estado e dirigentes de
autarquias e fundações, ou a quem seja delegada competência, aos nomeados para os respecti-
vos órgãos, exceto os colegiados, caso em que serão competentes seus respectivos presidentes.
II – São competentes para dar posse, no Poder Legislativo, no Poder Judiciário, no Ministério Público
e nos Tribunais de Contas a autoridade indicada pela legislação específica de cada Poder ou órgão.
III – A critério da autoridade competente, a posse poderá ser tomada por procuração específi-
ca, sempre que o candidato assim optar.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II, apenas
e) I, apenas

I – Errado. A referida competência dos Secretários e Dirigentes tem lugar inclusive em caso de
órgãos colegiados (art. 19, inciso I, alínea b).
II – Certo. Informação em consonância com o art. 19, inciso II.
III – Errado. A posse mediante procuração, em nosso Estatuto, ao contrário do federal, só pode
ocorrer “em casos especiais” (conceito em branco a ser preenchido pela Administração), e não
sempre que o candidato desejar.
Letra d.

016. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que
indica os itens corretos:
I – A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram observados
os requisitos legais para a investidura no cargo ou função.
II – A posse ocorrerá no prazo de 15 dias, contados da publicação do ato de provimento no
Diário Oficial do Estado.
III – O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais 15 dias, em existindo necessidade
comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
IV – O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será
contado da publicação do ato de provimento nos expedientes internos do órgão, aos quais
o servidor já possui acesso.
V – Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o sujeito envolvido será exonerado.
a) II, IV e V

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LEGISLAÇÃO
Lei n. 5.810/1994 – Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
Civis do Estado do Pará – Parte I
Gustavo Deitos

b) I e III
c) II e IV
d) IV e V
e) I, III e V

I – Certo. Informação consonante à literalidade do art. 21.


II – Errado. O prazo para a posse, na verdade, é de 30 dias. A informação seguinte (contagem
a partir da publicação no DOE) está correta (art. 22).
III – Certo. Literalidade do art. 22, § 1º.
IV – Errado. A contagem para o servidor nas referidas condições, na verdade, ocorre a partir
do término do impedimento, como, por exemplo, quando o servidor volta das férias ou da
licença (art. 22, § 2º).
V – Errado. De acordo com o art. 22, § 3º, a consequência da não tomada de posse no prazo é
a tornada do ato de provimento sem efeito.
Letra b.

017. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Ju-
rídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que indica
os itens corretos:
I – Ao interessado é permitida a renúncia da posse, no prazo legal, caso em que será definitiva-
mente eliminado do concurso.
II – Exercício é o efetivo desempenho das atribuições e responsabilidade do cargo.
III – Compete ao titular do órgão para onde for nomeado o servidor, dar-lhe o exercício.
IV – O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 dias, contados da data da posse, no
caso de nomeação.
V – Os prazos para início do exercício do cargo poderão ser prorrogados por mais trinta dias,
em existindo necessidade comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, con-
forme juízo da Administração.
a) II, III e IV
b) IV e V
c) I, III e V
d) I e II
e) I e IV

I – Errado. Caso o interessado renuncie à posse no prazo legal, ser-lhe-á garantida a última colocação
dentre os classificados no correspondente concurso público (art. 22-A). A eliminação definitiva do
concurso só ocorrerá se o interessado deixar de se manifestar no prazo legal para posse (30 dias).

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Lei n. 5.810/1994 – Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
Civis do Estado do Pará – Parte I
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II – Certo. Literalidade do art. 23.


III – Certo. Literalidade do art. 24.
IV – Certo. Literalidade do art. 25, inciso I.
V – Errado. A prorrogação do prazo para o início do exercício do cargo poderá ocorrer por mais
15 dias, na verdade (art. 25, § 1º).
Letra a.

018. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Ju-
rídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que indica
os itens corretos:
I – Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo de dez dias.
II – O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, com
ou sem vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em que servir.
III – O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público,
fora do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, em sequência, prestar ser-
viço, por igual período, ao Estado.
a) I, apenas
b) III, apenas
c) I e III
d) I e II
e) II e III

I – Errado. A consequência de o servidor não entrar em exercício no prazo legal está correta: exo-
neração (art. 25, § 2º). Todavia, o prazo legal é de 15 dias, e não o mencionado pela alternativa.
II – Certo. Literalidade do art. 26.
III – Certo. Literalidade do art. 27.
Letra e.

019. (INÉDITA) De acordo com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único
dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, o servidor preso em flagrante, pronunciado por cri-
me comum, denunciado por crime administrativo, ou condenado por crime inafiançável sofre algu-
mas consequências especiais em razão dessa condição. Sobre elas, assinale a alternativa correta.
a) O servidor será afastado do exercício do cargo, até que o processo judicial correspondente
seja suspenso, ou até o deferimento de medida liminar que determine a soltura.
b) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois quintos da remuneração, excluídas as van-
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.
c) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as vantagens
devidas em razão do efetivo exercício do cargo, não tendo direito à diferença, mesmo que absolvido.

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Civis do Estado do Pará – Parte I
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d) Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão,


continuará o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do
vencimento ou remuneração, incluídas, nesse caso, as vantagens devidas em razão do efetivo
exercício do cargo.
e) O servidor será afastado do exercício do cargo, até sentença final transitada em julgado.

a) Errada. O limite do afastamento do exercício do cargo, na verdade, é até a sentença final


transitada em julgado (art. 29).
b) Errada. O servidor, nesse caso, receberá dois terços da remuneração (art. 29, § 1º).
c) Errada. Nessa situação, caso seja absolvido, o servidor terá direito, sim, à diferença (art.
29, § 1º).
d) Errada. As vantagens decorrentes do efetivo exercício do cargo, nesse caso, são excluídas
(art. 29, § 2º).
e) Certa. Vide comentário à letra a.
Letra e.

020. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a concordância do titular do
órgão ou entidade, poderá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração dire-
ta ou indireta, da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus para
o Estado do Pará, desde que observada a reciprocidade.

A única condição volitiva (de vontade) envolvida nesse contexto, conforme nosso destaque
em aula, e conforme o art. 31, é a concordância do próprio servidor, e não do titular do ór-
gão/entidade.
Errado.

021. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com
o que dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de
apuração dos fatores avaliativos pertinentes.

Informação em inteira consonância com a literalidade do art. 32, § 1º.


Certo.
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022. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, mesmo que haja irregularidades
formais-legais, uma vez que na Administração Pública predomina a teoria do consequencialismo
ou da instrumentalidade: basta que a finalidade do ato seja alcançada para que o ato seja legal.

A primeira parte do item sob julgamento está correta: o servidor inabilitado no estágio probató-
rio realmente será exonerado. Todavia, conforme o texto do art. 32, § 2º, deverá ser observado
o devido processo legal. Logo, eventual inobservância de procedimentos ou formas previstas
em lei invalidará qualquer ato atinente à exoneração.
Errado.

023. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O término do estágio probatório importa o reconhecimento da estabilidade do servidor de ofí-
cio, mesmo sem avaliação formal.

Na questão anterior, o devido processo legal era essencial para a exoneração. Por outro lado,
no caso da conferência de estabilidade (algo melhor para o servidor), eventual ausência de
avaliação implicará uma aprovação tácita (de ofício, conforme o art. 33) do servidor relativa-
mente aos critérios avaliativos (PRIDA).
Certo.

024. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no
novo cargo. Contudo, ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o
mesmo cargo público em que já tenha sido avaliado.

De fato, ambas as informações estão corretas e em conformidade com a literalidade do


nosso Estatuto (art. 34, caput e parágrafo único). Em aula, fizemos destaques pertinentes
sobre o tema.
Certo.

025. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Após aprovação no estágio probatório, o servidor estadual tornar-se-á vitalício no cargo.

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Lembre-se de nossa diferenciação: estabilidade é a garantia decorrente de aprovação no está-


gio probatório. Vitaliciedade, por sua vez, é a garantia de juízes e membros do MP após efetivo
exercício por dois anos e frequência em cursos de qualificação.
Errado.

026. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Nos casos de provimento de cargo de forma derivada, antes do provimento do cargo, o servi-
dor público já teve relação com o Poder Público, a qual não foi cessada, mas apenas passou a
ter um status diferente.

Está correta a conceituação de provimento derivado de cargo público, coincidente com nos-
sos estudos.
Certo.

027. (INÉDITA) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Função pública, em um de seus aspectos constitucionais, destina-se a pessoas convocadas
em razão de excepcional interesse público, temporariamente.

Tal hipótese, trabalhada em aula, encontra respaldo no art. 37, inciso IX, da Constituição Federal.
Certo.

028. (FADESP/MPE-PA/ANALISTA JURÍDICO/2012) Na aprovação em concurso público, caso


ocorra empate de candidatos não pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á em favor do;
a) servidor federal.
b) mais qualificado.
c) que tiver obtido maior nota na prova de títulos.
d) mais idoso.

Conforme o art. 10º, § 2º:

se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço público do Estado, decidir-se-á em


favor do mais idoso.
Letra d.

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029. (FADESP/MPE-PA/ANALISTA JURÍDICO/2012) No período de __________ antes de findo


o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a
avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou regu-
lamento do sistema de carreira. - A expressão que completa corretamente a lacuna acima é;
a) pelo menos cinco meses.
b) quatro meses.
c) dois meses.
d) seis meses.

É o que dispõe o art. 32, § 1º:

Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação da auto-
ridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser
a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores
enumerados nos incisos I a V deste artigo.
Letra b.

030. (FADESP/MPE-PA/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2012) Ao entrar em exercício, o ser-


vidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por pe-
ríodo de __________, durante os quais a sua aptidão e a capacidade serão objeto de avaliação
para o desempenho do cargo.
A expressão que completa corretamente a lacuna é
a) dois anos.
b) seis meses.
c) um ano.
d) três anos.

Três anos é o prazo constitucional do estágio probatório (art. 41 da CF).


Letra d.

031. (FADESP/MPE-PA/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2012) A posse do servidor público


ocorrerá no prazo de __________ dias, contados da publicação do ato de provimento no Diário
Oficial do Estado.
A expressão que completa corretamente a lacuna é
a) 30 (trinta).
b) 20 (vinte).
c) 60 (sessenta).
d) 90 (noventa).

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É de 30 dias o prazo previsto no art. 22, caput.


Letra a.

032. (FADESP/MPE-PA/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2012) Terá preferência para a or-


dem de classificação em concurso público, o candidato já pertencente ao serviço público
a) municipal.
b) federal.
c) estadual.
d) na esfera do judiciário.

É a regra do art. 10, § 1º:

Terá preferência para a ordem de classificação o candidato já pertencente ao serviço público esta-
dual e, persistindo a igualdade, aquele que contar com maior tempo de serviço público ao Estado.
Letra c.

033. (FADESP/MPE-PA/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/2012) A designação para o exercí-


cio de função gratificada recairá, exclusivamente, em servidor
a) temporário.
b) com nível superior.
c) inativo.
d) efetivo.

É a regra do art. 6º, parágrafo único:

A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em servidor efetivo.


Letra d.

034. (FADESP/MPE-PA/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2012) De acordo com a Lei n. 5.810, de


24.01.94, servidor é a pessoa:
a) legalmente investida em DAS.
b) interinamente investida em cargo público.
c) legalmente investida em cargo público.
d) que presta serviços para um ente público qualquer.

Esta é a definição do art. 2º, inciso I, do Estatuto.


Letra c.
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035. (VUNESP/TJ-PA/AUXILIAR JUDICIÁRIO/2014) Estabelece o Regime Jurídico Único


(Lei n.º 5.810/94) que, para fins de aprovação no estágio probatório, serão observados os
seguintes fatores:
a) obediência, atenção, capacidade de iniciativa, resultado da atividade do servidor.
b) assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
c) urbanidade, presteza, inteligência, iniciativa e produtividade.
d) senso ético, absenteísmo, civismo, assiduidade e produtividade.
e) meticulosidade, subordinação, bom comportamento, adaptação e responsabilidade.

Tais elementos são os elencados de forma literal no art. 32 do Estatuto.


Letra b.

036. (CESPE/MPC-PA/ANALISTA MINISTERIAL/CONTROLE EXTERNO/CONHECIMEN-


TOS GERAIS/2019) Ana, Roberto e Severino são servidores do estado do Pará. Ana foi presa
em flagrante delito; Roberto foi denunciado pela prática de crime administrativo e Severino foi
condenado pela prática de crime inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, assinale a opção correta, a respeito do exer-
cício do cargo.
a) Roberto continuará no exercício de seu cargo; Ana e Severino deverão ser afastados até a
sentença final transitada em julgado.
b) Ana continuará no exercício de seu cargo; Roberto e Severino deverão ser afastados até a
sentença final transitada em julgado.
c) Ana e Roberto continuarão no exercício de seus cargos; Severino deverá ser afastado até a
sentença final transitada em julgado.
d) Ana, Roberto e Severino continuarão no exercício de seus cargos até a sentença final tran-
sitada em julgado.
e) Ana, Roberto e Severino deverão ser afastados do exercício de seus cargos até a sentença
final transitada em julgado.

Os três servidores enquadram-se nas diferentes hipóteses da regra do art. 29, caput:

O servidor preso em flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime administrativo,
ou condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até sentença final transi-
tada em julgado.
Letra e.

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037. (CESPE/MPC-PA/CONHECIMENTOS GERAIS/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2019)


Servidor do estado do Pará foi condenado criminalmente com sentença transitada em julgado,
não determinante de demissão.
Nessa situação hipotética, conforme dispõe a Lei Estadual n.º 5.810/1994, o servidor continu-
ará afastado do cargo até o cumprimento
a) total da pena, com direito ao vencimento ou remuneração integral, excluídas as vantagens
devidas do efetivo exercício do cargo que ocupava.
b) de metade da pena, com direito ao vencimento ou remuneração integral, incluídas as vanta-
gens do efetivo do cargo que ocupava.
c) de um terço da pena, com direito ao vencimento ou remuneração integral, excluídas as van-
tagens do efetivo do cargo que ocupava.
d) de um terço da pena, com direito ao vencimento ou remuneração integral, incluídas as van-
tagens do efetivo do cargo que ocupava.
e) total da pena, com direito a um terço do vencimento ou remuneração, excluídas as vanta-
gens devidas do efetivo exercício do cargo que ocupava.

Esta questão pode ser resolvida somente com a regra do art. 29, § 2º:

Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão, continuará


o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do vencimento ou re-
muneração, excluídas as vantagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo.
Letra e.

038. (CESPE/MPC-PA/CONHECIMENTOS GERAIS/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2019)


Lucas e Pedro, servidores do estado do Pará, foram aprovados em concurso de outros órgãos
do mesmo ente da Federação. Na data da publicação do ato de provimento, Lucas estava em
gozo de férias em seu órgão de origem, e Pedro, em gozo de licença em seu órgão de origem.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, nos termos da Lei Estadual
n.º 5.810/1994.
a) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados da publicação do ato de provimento.
b) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
c) Somente a posse de Lucas no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
d) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados do término do impedimento.
e) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
do término do impedimento.
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O art. 22, § 2º, dispõe que;

o prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será contado do
término do impedimento.
As férias e a licença figuram como impedimentos, neste caso. Logo, o prazo de 30 dias será
contado do retorno da licença e das férias.
Letra d.

039. (CESPE/TRE-MT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2010) Consideran-


do as disposições legais a respeito de substituição, vacância, remoção, redistribuição e provi-
mento, assinale a opção correta.
a) A substituição é hipótese excepcional na qual o servidor, ao ocupar a vaga do titular, pode-
rá acumular, temporariamente, a remuneração de seu próprio cargo e do cargo que assumiu
cumulativamente, independentemente do número de dias de efetiva substituição.
b) Vacância é o ato administrativo pelo qual o servidor é destituído do cargo, emprego ou fun-
ção. Decorre de demissão ou de aposentadoria, mas não de exoneração, pois esta só existe
para os cargos em comissão.
c) A remoção é forma de provimento derivado mediante a qual o servidor é deslocado para
quadro diverso, somente podendo ocorrer de ofício, no interesse da administração.
d) Pela redistribuição, o servidor é deslocado do cargo que antes ocupava para cargo diverso
situado no âmbito do quadro de pessoal do mesmo órgão ou entidade.
e) A nomeação é forma de provimento originário, por meio da qual o indivíduo ingressa no ser-
viço público, sendo cabível tanto para cargos efetivos quanto para cargos em comissão.

a) Errada. A substituição não é prevista expressamente neste estatuto, mas, quando autoriza-
da, somente permite que o servidor receba remuneração pelas duas funções quando a substi-
tuição perdurar por um período maior.
b) Errada. Vacância nada mais é que a simples ocorrência de vaga. O ato, na verdade, é a
exoneração, a demissão, a destituição, dentre outros previstos em lei que tornem o cargo de-
socupado (vago).
c) Errada. Remoção é forma de deslocamento, e não de provimento.
d) Errada. A redistribuição consiste no deslocamento do cargo, e não do agente.
e) Certa. Verifica-se o provimento originário quando o servidor público, antes de prover o cargo,
não tinha nenhuma relação com a Administração Pública. O grande exemplo é a nomeação,
como citado em aula.
Letra e.

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Civis do Estado do Pará – Parte I
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040. (INÉDITA) Em conformidade com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa que
indica os itens corretos:
I – cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento cer-
tos, com o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional
que devem ser cometidas a um servidor.
II – categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho.
III – grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza, escalona-
das segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
a) I e III
b) I, II e III
c) II, apenas.
d) I e II
e) II e III

Os três conceitos elencados estão em conformidade com o art. 2º, incisos II, III e IV, que são
puramente conceituais.
Letra b.

041. (CESPE/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2019) A respeito do regime jurídico dos


servidores do estado do Pará, assinale a opção correta, segundo a Lei Estadual n.º 5.810/1994.
a) Grupo ocupacional é o conjunto de cargos de mesma natureza de trabalho não sujeitos a
escalonamento.
b) São requisitos para a posse em cargo público ser brasileiro nato, ter acima de dezoito anos
de idade e estar em pleno exercício dos direitos políticos.
c) Compete privativamente ao governador do Pará dar o exercício ao servidor nomeado.
d) A promoção por merecimento não está sujeita a interstício.
e) É possível a transferência de servidores por permuta, por meio de requerimento dos servi-
dores interessados.

a) Errada. Grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza,


escalonadas segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade
(art. 2º, IV).
b) Errada. Não é necessário que o brasileiro seja nato. Pode ele ser nato ou naturalizado
(art. 17, I).
c) Errada. O art. 19 distribui a competência para dar posse/exercício a diferentes autoridades,
a depender do Poder integrado pelo servidor.

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d) Errada. A promoção por merecimento dar-se-á pela progressão à referência imediatamen-


te superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois) anos de efe-
tivo exercício (art. 37).
e) Certa. É a regra literal do art. 44, inciso II.
Letra e.

042. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora do
Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar serviço,
por período dobrado, ao Estado.

O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora do
Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar serviço,
por igual período, ao Estado (art. 27).
Errado.

043. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.

É a regra literal do art. 16, parágrafo único.


Certo.

044. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
É competente para dar posse, no Poder Executivo, o Governador, aos nomeados para cargos de
Direção ou Assessoramento que lhe sejam diretamente ou indiretamente subordinados.

Conforme o inciso I, alínea a do art. 19, é competente para dar posse, no Poder Executivo, o
Governador, aos nomeados para cargos de Direção ou Assessoramento que lhe sejam direta-
mente subordinados.
Errado.

045. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados sempre da data da posse.

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Conforme o art. 25, incisos I e II:

O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados:


I – da data da posse, no caso de nomeação;
II – da data da publicação oficial do ato, nos demais casos.
Errado.

046. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, com ou
sem vencimento, apenas mediante prévia autorização.

Dispõe o art. 26 que:

o servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza, com ou sem
vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em que servir.
Errado.

047. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão, conti-
nuará o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a dois terços do venci-
mento ou remuneração, excluídas as vantagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo.

O § 2º do art. 29 dispõe:

Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão, continuará


o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do vencimento ou re-
muneração, excluídas as vantagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo.
Errado.

048. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.

Trata-se da regra literal do art. 16 parágrafo único.


Certo.
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049. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
O término do estágio probatório importa no reconhecimento da estabilidade de ofício.

Trata-se da regra literal do art. 33.


Certo.

050. (INÉDITA) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do
Pará, julgue o item subsequente:
O servidor não aprovado no estágio probatório será demitido, observado o devido processo legal.

Veja o que dispõe o art. 32, § 2º:

O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, observado o devido processo legal.
Errado.

051. (AOCP/PC-PA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2021) Em relação ao Regime Jurídico Úni-


co dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações
Públicas do Estado do Pará (Lei Estadual n. 5.810/1994), assinale a alternativa correta.
a) É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes ao seu car-
go, ainda que decorrentes da participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.
b) A posse ocorrerá no prazo máximo de quinze dias, contados da publicação do ato de provi-
mento no Diário Oficial do Estado.
c) O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais trinta dias, em existindo necessidade
comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
d) Se a posse não se concretizar dentro do prazo legal, o servidor será exonerado do respectivo cargo.
e) A designação para o exercício de função gratificada recairá, exclusivamente, em servidor efetivo.

a) Errada. É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes


ao seu cargo, exceto participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais (art. 3º).
b) Errada. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de pro-
vimento no Diário Oficial do Estado (art. 22).
c) Errada. O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo
necessidade comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da
Administração (art. 22, § 1º).
d) Errada. De acordo com o art. 22, § 3º, a consequência da não tomada de posse no prazo é a
tornada do ato de provimento sem efeito.
e) Certa. É a regra literal do art. 6º, parágrafo único.
Letra e.

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GABARITO
1. c 32. c
2. e 33. d
3. a 34. c
4. E 35. b
5. d 36. e
6. b 37. e
7. a 38. d
8. b 39. e
9. c 40. b
10. e 41. e
11. d 42. E
12. c 43. C
13. b 44. E
14. d 45. E
15. d 46. E
16. b 47. E
17. a 48. C
18. e 49. C
19. e 50. E
20. E 51. e
21. C
22. E
23. C
24. C
25. E
26. C
27. C
28. d
29. b
30. d
31. a
Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e 48°
lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.

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