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LEGISLAÇÃO
Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Pará - Parte I
Gustavo Deitos
Apresentação.................................................................................................................................................... 3
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Pará – Lei Estadual n.
5.810/1994 – Primeira Aula........................................................................................................................ 5
Exercícios......................................................................................................................................................... 34
Gabarito............................................................................................................................................................. 51
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 52
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Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Pará - Parte I
Gustavo Deitos
Apresentação
Olá querido(a) aluno(a)! A partir de agora, teremos seis aulas para estudarmos o Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, instituído por meio da Lei
Estadual n. 5.810/1994 e cobrado pelo seu edital.
Apesar de este Estatuto ter muitas particularidades, nele estão presentes diversos institu-
tos jurídicos já consagrados e muito aprofundados no direito administrativo brasileiro.
Portanto, as aulas serão destinadas a dar destaque aos pontos mais particulares e, tam-
bém, a proporcionar aprofundamento teórico sobre os institutos jurídicos envolvidos no grau
necessário e indispensável para a compreensão do conteúdo.
Além de dar destaque a pontos dogmáticos, visaremos apresentar o conteúdo de maneira
reflexiva, de modo que torne mais claro o fundamento de cada segmento deste Estatuto. É
claro, sempre teremos por principal objetivo o oferecimento de substrato suficiente para que
você esteja à altura de acertar qualquer questão avaliativa deste tema em nosso concurso.
A fim de que a abordagem pretendida seja feita de forma mais clara e organizada para
você, trabalharemos com sistema de comentários individualizados a cada artigo da lei, fazen-
do-se menções e associações com outros artigos sempre que for conveniente para o melhor
entendimento da matéria.
Considerando que as questões do seu concurso serão da modalidade “múltipla escolha” e
terão cinco alternativas cada uma, apresentarei uma série de questões inéditas, com idêntico
formato, para ajudá-lo a adaptar-se ao estilo da banca. Além dessas, apresentarei algumas
questões de “certo e errado” para ajudá-lo a fixar pontos que mereçam atenção centralizada.
Em razão da escassez de questões válidas e atualizadas de outros concursos sobre este
Estatuto, tenho o dever de ajudá-lo a preparar-se para o perfil da banca examinadora com
questões inéditas. A corrida contra o tempo, entretanto, vigora para todos nós: assumo a mis-
são de lhe disponibilizar material sobre todo o conteúdo em tempo hábil. Dessa forma, mes-
mo que seja inviável a apresentação de um número tão expressivo de questões, apresentarei
questões em número que, certamente, envolva todos os pontos importantes da aula, mesmo
que em número menor.
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Cordialmente, torço para que as aulas que tivemos sobre este tema sejam de profunda
valia para você e sua prova, pois foram preparadas com muita atenção, zelo e consideração
ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção
e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade
do material. Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importan-
tíssimo para nós.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura das aulas, por favor, envie-a a mim por meio
do Fórum de Dúvidas, e eu a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer veri-
ficar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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Art. 1º Esta lei institui o Regime Jurídico Único e define os direitos, deveres, garantias e vantagens
dos Servidores Públicos Civis do Estado, das Autarquias e das Fundações Públicas.
Parágrafo único. As suas disposições aplicam-se aos servidores dos Poderes Executivo, Legislati-
vo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas.
De início, perceba que a abrangência institucional deste Estatuto recai sobre a Adminis-
tração Pública Direta do Estado (todos os seus órgãos) e sobre as Autarquias e as Fundações
Públicas estaduais. Dessa maneira, NÃO são abrangidos por este estatuto os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista, nem mesmo os empregados de empre-
sas vinculadas contratualmente ao Poder Público.
No que tange às fundações, é importante que tenhamos claro em nossa menta que este
Estatuto abrange somente as FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO, não as funda-
ções públicas de direito privado.
O motivo é simples: as fundações públicas de direito público têm regime jurídico idêntico
ao das autarquias, e seus agentes ocupam CARGOS públicos criados por lei. Já as de direito
privado possuem funcionários ocupantes de EMPREGOS públicos, regidos – como todo o
setor privado – pela CLT e demais normas de direito do trabalho.
O conceito de “servidor” deve sempre ser tratado com cuidado, a depender do contexto.
Muitas vezes, fala-se do “servidor” com objetivo de fazer menção a todos os agentes públi-
cos, dentre eles agentes políticos, empregados públicos, particulares em colaboração com o
Poder Público, agentes credenciados e, inclusive, os próprios servidores públicos.
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Afinal de contas, quais são as classificações de agentes públicos, e quando se deve falar
especificamente do “Servidor Público”?
Antes de concluirmos sobre isso, saibamos qual é o conceito de “agente público”, e quais
são as características essenciais para nele se enquadrar determinado sujeito. Segundo Maria
Sylvia Zanella Di Pietro (2015), agente público “é toda pessoa física que presta serviços ao
Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta”.
Observando este conceito, você pode, em um primeiro momento, estranhar sua simpli-
cidade, pois nele poderiam se enquadrar pessoas que não têm nenhum vínculo com o Po-
der Público, como por exemplo os voluntários em situações de calamidade pública. Segundo
José dos Santos Carvalho Filho (2015), agentes públicos são “conjunto de pessoas que, a
qualquer título, exercem uma função pública como prepostos do Estado”. Para complementar,
Carvalho Filho ainda sustenta que “o que é certo é que, quando atuam no mundo jurídico, tais
agentes estão de alguma forma vinculados ao Poder Público.”.
Contudo, tudo é melhor explicado a partir do seguinte raciocínio: nem todos os agentes
públicos têm vínculo contratual ou legal com o Estado, mas todos eles exercem atividades de
interesse do Estado e podem agir em nome dele.
Com algumas variações de nome (e sem exclusão de outras classificações existentes na
doutrina), a maioria da doutrina classifica os agentes públicos pelas seguintes espécies, que
são abordadas por José dos Santos Carvalho Filho (2015):
AGENTES POLÍTICOS: são aqueles aos quais incumbe a execução das diretrizes traçadas
pelo Poder Público. Desenham os destinos fundamentais do Estado e criam as estratégias
políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado atinja seus
fins. Têm funções de direção e orientação estabelecidas pela Constituição. Exemplos clássi-
cos: deputados, senadores, Presidente da República, vereadores e, segundo parcela da dou-
trina (com discordância de Carvalho Filho), juízes e membros do Ministério Público.
AGENTES PARTICULARES COLABORADORES: embora sejam particulares, exercem certas
funções especiais que podem se qualificar como públicas. Sujeitam-se a encargo em favor
da coletividade a que pertencem, de maneira normalmente transitória. Exemplos clássicos:
jurados, mesários, concessionários e permissionários de serviços públicos.
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SERVIDORES PÚBLICOS: pessoas que se vinculam ao Estado por uma relação permanen-
te de trabalho e que recebem, por período de trabalho ou por produção, uma correspondente
remuneração. São regidos em regra por Estatutos próprios.
Outros doutrinadores podem apresentar diversas categorias, como Hely Lopes Meirelles,
que traz os “agentes credenciados”.
Nosso edital prevê a cobrança da conceituação de cargo, emprego e função pública. A
diferença entre tais conceitos é muito bem elucidada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, cujo
posicionamento é grandemente predominante em provas. Vejamos:
CARGO PÚBLICO e EMPREGO PÚBLICO são, cada um, uma unidade de atribuições desti-
nadas a um servidor ou empregado. A diferença basilar entre ambos é o tipo de vínculo que
liga o servidor ao Estado:
• O ocupante de emprego público tem vínculo contratual, sob a regência da CLT.
• O ocupante de cargo público tem um vínculo legal, baseado em um Estatuto de Regime
Jurídico Único, que, em nosso caso, é instituído pela Lei Estadual n. 5.810/1994.
FUNÇÃO PÚBLICA, por sua vez, com base na atual Constituição Federal, abrange dois
tipos de situações:
• A função exercida por agentes públicos contratados temporariamente com base no
art. 37, inciso IX, da Constituição Federal, para a qual não se exige, necessariamente,
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A diferença básica entre essas duas espécies de função é simples: a primeira espécie de
função (temporária) pode ser ocupada independentemente de concurso público, por pessoa
que seja titular tão somente da função; já a segunda espécie pode ser ocupada apenas, e tão
somente (redundância proposital), por servidores efetivos, já concursados, que serão titula-
res do cargo efetivo e da função. Exemplos práticos dessa segunda espécie são as funções
de Assistente de Promotoria, Assistente Chefe de Apoio Administrativo, Chefe de Departa-
mento, dentre outros.
II – cargo público é o criado por lei, com denominação própria, quantitativo e vencimento certos,
com o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que de-
vem ser cometidas a um servidor;
III – categoria funcional é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho;
IV – grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza, escalonadas
segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade;
Apenas por questão didática, julgo importante alertar que o conceito de cargo anterior-
mente repassado é o teórico/doutrinário; no caso do artigo ora em comento, o conceito de
cargo é específico e aplicado ao contexto do Estatuto.
Para entendermos melhor essa separação conceitual, vamos direto aos exemplos concre-
tos, que elaboramos com vistas a dar enfoque ao contexto do nosso certame:
GRUPO OCUPACIONAL: Servidores de nível superior do quadro do TJ-PA; Servidores de
nível médio do quadro do TJ-PA.
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Parágrafo único. Os cargos públicos serão acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
do art. 17, desta lei.
Perceba: é possível que qualquer BRASILEIRO seja nomeado para assumir cargo público
no Estado do Pará. Ademais, esta é a regra seguida inclusive no Estatuto do Servidor Público
Federal e em praticamente todos os Estatutos Estaduais. Isso significa que os cargos públi-
cos NÃO SÃO privativos de brasileiros natos.
Tanto Brasileiros NATOS quanto NATURALIZADOS podem prover cargos públicos. É sufi-
ciente o preenchimento dos requisitos do art. 17 do Estatuto que estamos estudando.
Art. 3º É vedado cometer ao servidor atribuições e responsabilidades diversas das inerentes ao seu
cargo, exceto participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.
Este artigo estabelece uma vedação ao desvio de função, como regra geral. É justo que
haja tal vedação, uma vez que a utilização da mão de obra de um servidor em tarefas ineren-
tes a um cargo diverso configura, diretamente, burla à exigência de concurso público e enri-
quecimento ilícito por parte da Administração Pública, que está deixando de remunerar outra
pessoa para realizar o trabalho de que necessita.
As exceções, por sua vez, existem justamente porque são situações em que tal burla e tal
enriquecimento não existem. O artigo ora em comento fala em “órgão colegiado” e “comis-
sões legais” justamente porque, normalmente, a participação nesses ambientes decorre de
uma incumbência institucional. Por exemplo, podemos citar as Comissões de Concurso a os
Conselhos de Ética (órgãos colegiados).
Para participar em algumas comissões ou conselhos, os servidores podem receber adi-
cionais previstos em lei. Já para participar em outras comissões ou conselhos, é possível que
não exista previsão de adicional, mas tão somente de diárias e ajudas de custo, que estuda-
remos nas próximas aulas.
Por fim, ressalta-se que a participação nessas comissões ou órgãos colegiados deve ser
ASSENTIDA, isto é, com o assentimento do próprio servidor. Caso o servidor tenha a obrigação
de participar dessas comissões ou órgãos colegiados, não será hipótese de exceção do art.
3º, mas sim de responsabilidade inerente a seu cargo.
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Art. 4º Os cargos referentes a profissões regulamentadas serão providos unicamente por quem
satisfizer os requisitos legais respectivos.
Como exemplo prático, podemos citar o caso do contador. Determinado cargo público de
Especialista em Contabilidade (como o Analista Ministerial – Especialidade Ciências Contá-
beis, do MPC-PA) deve ter como requisito para posse o diploma de formação no curso supe-
rior pertinente a essa área, além de regular inscrição do respectivo Conselho de Fiscalização
Profissional. No caso do Procurador do Estado, outrossim, deve haver comprovação de for-
mação em Direito ou outro curso equivalente, e, ainda, aprovação no Exame da Ordem dos
Advogados do Brasil e inscrição no órgão competente da OAB. O mesmo raciocínio vale para
todas as demais profissões.
TÍTULO II
DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO, DA CARREIRA E DA VACÂNCIA
CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO
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CAPÍTULO II
DA NOMEAÇÃO
Seção I
Das Formas de Nomeação
O parágrafo único deste artigo deixa clara uma regra insculpida, também, na Constituição
Federal. O art. 37, inciso V, da CF já estabelece que a designação das “funções de confiança”
deve recair somente sobre os ocupantes de cargo efetivo.
Assim como os cargos em comissão, as funções de confiança (às vezes referidas como
“funções gratificadas”, em razão de conferirem remuneração maior ao ocupante) são desti-
nadas a atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, inciso V, da Constituição).
Logo, como o cargo em comissão tem a mesma destinação, o que se buscou foi evitar que um
servidor público recebesse duas vezes pela mesma tarefa, ou que tarefas de dois cargos dife-
rentes (um efetivo e um em comissão) fossem reunidas em um só de comissão, burlando-se
a exigência de concurso público.
Para maiores esclarecimentos doutrinários sobre tal diferenciação, remetemos ao co-
mentário feito ao art. 2º do nosso Estatuto.
No mais, não há maiores mistérios nesse artigo. Quem nomeia o comissionado é o agente
titular do órgão ou entidade, que também tem a atribuição de exonerá-lo, independentemente
de qualquer motivação específica.
Art. 7º Compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e aos Tribu-
nais de Contas na área de sua competência, prover, por ato singular, os cargos públicos.
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Art. 8º O ato de provimento conterá, necessariamente, as seguintes indicações, sob pena de nuli-
dade e responsabilidade de quem der a posse:
I – modalidade de provimento e nome completo do interessado;
II – denominação de cargo e forma de nomeação;
III – fundamento legal.
Os requisitos apontados neste artigo são mínimos, isto é, sem eles, o ato singular que der
provimento será eivado de nulidade por vício de forma. Todavia, a lei não fala que esse vício
e insanável. Inclusive, a doutrina administrativista majoritária e pacificada preceitua que os
vício de forma são suscetíveis de convalidação, com a correção do ato mediante reforma ou
ratificação. Portanto, no silêncio da lei, é possível entender que a ausência de algum desses
requisitos no ato administrativo singular de provimento pode ser suprida por posterior corre-
ção, com inclusão do requisito faltante.
No mais, cabe destacar que a segunda parte do inciso II (forma de nomeação) só se aplica
aos casos de Nomeação Propriamente Dita (provimento originário), e não às demais modali-
dades de provimento. Isso porque, no caso de nomeação, é necessário indicar se a nomeação
é em caráter efetivo ou em comissão.
Veja, abaixo, um exemplo de utilização de todos os requisitos deste artigo:
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Exemplo:
O Exmo. Secretário de Estado de Administração, no uso de suas atribuições, e tendo em vista
o edital n. 01 do Concurso Público realizado no ano de 2019, resolve:
NOMEAR João da Silva, aprovado no concurso público realizado, em caráter efetivo, para o
cargo de Analista Judiciário – Especialidade Direito, integrante da categoria funcional Ana-
lista Judiciário, do Quadro Permanente de Pessoal do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
com fulcro nos art. 6º, inciso I, e 10 da Lei Estadual n. 5.810/1994.
Seção II
Do Concurso
Art. 10. A aprovação em concurso público gera o direito à nomeação, respeitada a ordem de clas-
sificação dos candidatos habilitados.
Cuidado: esse “direito à nomeação” deve ser interpretado à luz do entendimento pacifi-
cado pelo Supremo Tribunal Federal. Esse direito pertence, na maioria dos casos, à pessoa
aprovada dentro do número de vagas ofertadas no edital. O STF firmou, em sede de Reper-
cussão Geral, nos autos do Recurso Extraordinário n. 837.311, as hipóteses em que o candi-
dato tem direito subjetivo à nomeação, sendo uma delas – e mais corriqueira – aquela que
acabamos de mencionar (aprovação dentro do número de vagas do edital). Dessa decisão,
colhe-se o seguinte:
(…) o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas se-
guintes hipóteses:
I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital;
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação;
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III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da adminis-
tração nos termos acima.
Esses critérios de preferência entram em jogo quando dois ou mais candidatos, na lista de
classificação, empatam nos critérios do edital, que geralmente se apoiam em maior número
de acertos em determinada disciplina cobrada na prova (como Português e Conhecimentos
Específicos, por exemplo).
Para visualizarmos na prática, vamos criar uma situação fictícia:
Exemplo:
João, Pedro, Raimundo e André estão empatados nas primeiras colocações do concurso pelos
critérios do edital. Portanto, devem ser analisados os critérios deste artigo.
João, com 72 pontos, tem 40 anos de idade e é Assistente Ministerial do MP de Contas do
Estado do Pará há 3 anos.
Pedro, com 72 pontos, tem 35 anos de idade e é Técnico de Controle Externo do Tribunal de
Contas do Estado do Pará há 8 anos.
Raimundo, com 72 pontos, tem 29 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor
público antes.
André, com 72 pontos, tem 23 anos de idade e está desempregado e nunca foi servidor
público antes.
Logo, a lista de classificação, com base nos critérios desse artigo, ficará da seguinte forma:
1º: Pedro (Servidor Público Estadual com maior tempo de serviço ao Estado do Pará)
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2º: João (Servidor Público Estadual com tempo de serviço menor, mesmo que seja mais idoso
que Pedro, pois o critério de ser servidor estadual prepondera)
3º: Raimundo (dos que não são servidores estaduais, é o mais idoso)
4º: André (mais jovem dentre os que não são servidores estaduais)
Obs.: Por interpretação lógica e sistemática, o “servidor público estadual” que tem preferên-
cia na classificação final é o Servidor Público do Estado do Pará, seja civil ou militar.
Art. 11. A instrumentação e execução dos concursos serão centralizadas na Secretaria de Estado
de Administração, no âmbito do Poder Executivo, e nos órgãos competentes dos Poderes Legisla-
tivo e Judiciário, do Ministério Público, e dos Tribunais de Contas.
No Estado do Pará, por força deste artigo, existe a necessidade de que a contratação das
bancas e a elaboração dos editais (instrumentação) e a execução dos concursos públicos
(impulso de suas fases) sejam incumbidas a um único órgão. O objetivo, de modo patente, é
evitar ao máximo a ocorrência de fraudes com seleções arbitrárias e corrompidas de bancas
e superfaturamentos nos respectivos contratos.
Portanto, a lei já tratou de designar o órgão que, no âmbito do Poder Executivo, é respon-
sável por essas incumbências: Secretaria de Estado de Administração.
Todavia, no caso dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), o próprio órgão desses
Poderes deverá indicar um órgão em sua estrutura para ter, de modo centralizado, essas atri-
buições, sem distribuí-las para qualquer outro órgão. Um clássico exemplo disso é a Comis-
são de Concurso do Tribunal de Justiça, ou a Comissão de Concurso da Assembleia Legislati-
va. O mesmo raciocínio vale para o Ministério Público de Contas e para o Tribunal de Contas,
que, em ato normativo de efeitos internos, escolherão um órgão, assim como os outros.
§ 1º O conteúdo programático, para preenchimento de cargo técnico de nível superior poderá ser
elaborado pelo órgão solicitante do concurso.
Para o referido cargo (Técnico de Nível Superior), que abrange vários cargos de Técnico,
pode o órgão solicitante elaborar o conteúdo a ser cobrado em prova, considerando suas
necessidades operacionais e os atributos cognitivos desejados de seus servidores. Contudo,
a instrumentação e a execução do certame continuam sob o poder do órgão centralizada-
mente competente.
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Neste ponto, o que se tem a destacar é que a realização do concurso da sede do Município
ou na região de provimento NÃO É obrigatória, mas apenas preferencial.
§ 3º Fica assegurada a fiscalização do concurso público, em todas as suas fases, pelas entidades
sindicais representativas de servidores públicos.
Art. 12. As provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos, quando afins, serão
atribuídos, no máximo, cinco pontos.
Parágrafo único. As provas de título, quando constantes do Edital, terão caráter meramente clas-
sificatório.
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Se seu perfil de estudos tolerar trocadilhos para memorização, aproveite para considerar
as seguintes frases:
DICA
Numa PROVA, a avaliação costuma variar de 0 a 10!
Um TÍTULO representa uma estrela no seu currículo, e uma
estrela clássica possui 5 pontas.
A determinação de que a prova de títulos tem caráter somente classificatório já tem sido
imposta pelo Supremo Tribunal Federal aos órgãos que não adotam essa regra, a exemplo
das decisões tomadas nos processos MS n. 31176/DF e MS n. 32074/DF. Ademais, a Resolu-
ção n. 75/2009 do CNJ já determina o caráter unicamente classificatório da prova de títulos
para os órgãos do Poder Judiciário.
Caráter classificatório é a possibilidade de os Títulos somente melhorarem a pontuação
do candidato. A ausência de determinado título NUNCA poderá causar a eliminação do candi-
dato. O pior que pode acontecer é alguém passar à sua frente na lista.
Art. 13. O Edital do concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, o processo de realização,
os critérios de classificação, o número de vagas, os recursos e a homologação.
Aqui reside o popular dogma de que o edital é “a lei do concurso”. Todos os balizamentos
para suas fazes estão previstos no edital. Portanto, nenhuma das regras nele previstas pode
ser desobedecida, sob pena de anulabilidade/nulidade da fase respectiva.
Art. 14. Na realização dos concursos, serão adotadas as seguintes normas gerais:
Essas normas são genéricas para todos os concursos públicos do Estado do Pará, e os
editais não poderão contrariá-las. Vejamos:
I – não se publicará Edital, na vigência do prazo de validade de concurso anterior, para o mesmo
cargo, se ainda houver candidato aprovado e não convocado para a investidura, ou enquanto hou-
ver servidor de igual categoria em disponibilidade;
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III – Os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do
resultado, no Diário Oficial, prorrogável expressamente uma única vez por igual período.
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Eis aqui uma reprodução de regra já existente no texto constitucional: art. 37, inciso III, da
Constituição.
Vamos observar esse requisito com um exemplo: se um candidato é aprovado para Ana-
lista Judiciário – Especialidade Direito sem formação em Direito, mas, quando nomeado, já
conseguiu o diploma, a situação do candidato está regular e a posse poderá ocorrer com a
apresentação do diploma. Portanto, os editais NÃO PODEM exigir que o diploma seja apre-
sentado quando da inscrição, nesse contexto.
§ 1º Será publicada lista geral de classificação contendo todos os candidatos aprovados e, para-
lela e concomitantemente, lista própria para os candidatos que concorreram às vagas reservadas
aos deficientes.
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§ 2º Os candidatos com deficiência aprovados e incluídos na lista reservada aos deficientes serão
chamados e convocados alternadamente a cada convocação de um dos candidatos chamados
da lista geral até preenchimento do percentual reservado às pessoas com deficiência no edital do
concurso.
§ 3º Equipe multiprofissional avaliará a compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiên-
cia do candidato durante o estágio probatório.
Vamos entender qual é a consistência dessas regras. Antes disso, tenha em mente uma
informação do próximo artigo: é possível a reserva de até 20% dos cargos a serem providos
por concurso a candidatos PcD (Pessoas com Deficiência).
A maioria dos órgãos não chega ao limite máximo: reservam 5%, normalmente. Portanto,
a partir disso, vamos estudar a regra do § 2º com base em um exemplo prático:
Exemplo:
Se o edital do concurso público fixar a reserva de 5% dos cargos existentes a serem providos
para Pessoas com Deficiência, e houver 60 cargos vagos, a ordem dos primeiros nomeados
será a seguinte:
1º - Lista Geral
2º - Lista PcD
3º - Lista Geral
4º - Lista PcD
5º - Lista Geral
6º - Lista PcD
7º Lista Geral
8º- Lista Geral
9º- Lista Geral
10º- Lista Geral (...)
Perceba que foi necessário o preenchimento do percentual mínimo antes de a lista geral correr
normalmente. No entanto, se o percentual puder ser cumprido com o provimento de apenas
uma Pessoa com Deficiência, não existirá tal obrigação por parte do órgão público paraense,
como quando houver 20 cargos vagos e apenas 5% reservados às Pessoas com Deficiência.
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Art. 15. A administração proporcionará aos portadores de deficiência, condições para a participa-
ção em concurso de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de inscrever-se em
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência
de que são portadoras, às quais serão reservadas até 20% (vinte por cento), das vagas oferecidas
no concurso.
O órgão responsável pela execução do concurso (aquele mesmo, com competência cen-
tralizada, que estudamos anteriormente) deve garantir que a pessoa com deficiência tenha
todos os recursos e todas as concessões técnicas (tecnologia assistiva e acessibilidade)
necessárias para conseguir resolver a prova do concurso público em igualdade de condições
com as demais pessoas.
Ademais, cabe mencionar que a reserva de cargos a pessoas com deficiência tem por
fundamento uma pretensão estatal de incluir socialmente essas pessoas, conferindo-lhes
estímulos para dar continuidade a projetos de vida já mentalizados ou que possam ser men-
talizados pela pessoa. A ideia, poeticamente, é de não impedir a realização de sonhos em
razão da condição de pessoa com deficiência.
Apesar desse propósito, há um entrave jurídico justificável, que é a compatibilidade entre
as atribuições do cargo e a deficiência constatada. Portanto o direito assegurado às pessoas
com deficiência (inclusive com status constitucional: art. 37, inciso VIII, da Constituição Fe-
deral) não é absoluto.
Quanto ao percentual de 20% mencionado na lei, entendemos oportuno destacar que esse
percentual não é fixo, mas, sim, variável, pois pode o órgão reservar “até” 20%. É por esta razão
que muitos órgãos sentem-se legitimados a reservar 5% ou 10%, por exemplo.
O Decreto Federal n. 3.298/1999, adotado expressamente como fonte normativa pelos
editais dos concursos paraenses, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pes-
soa com Deficiência. Tal decreto fixava um limite mínimo de 5% para pessoas com deficiência.
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Todavia, o artigo 37 desse decreto, que assegurava esse percentual mínimo, foi revogado pelo
Decreto Federal n. 9.508/2018. Este decreto, por sua vez, fixou o mesmo limite mínimo (5%).
Todavia, este último decreto, ao contrário do anterior, não dispõe sobre nenhuma política
de âmbito nacional e limita-se ao âmbito federal, deixando os Estados de lado. Veja a ementa
do Decreto Federal n. 9.508/2018: “Reserva às pessoas com deficiência percentual de cargos
e de empregos públicos ofertados em concursos públicos e em processos seletivos no âmbi-
to da administração pública federal direta e indireta.”.
Dessa maneira, a fixação do limite mínimo parece encontrar-se em um limbo jurídico para
os Estados e Municípios que não tiverem seus próprios Decretos. Portanto, deve cada Estado
e Município editar seu próprio decreto fixando tal limite.
Seção III
Da Posse
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IV – ser julgado apto em inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial do Estado do Pará;
V – possuir a escolaridade exigida para o exercício do cargo;
VI – declarar expressamente o exercício ou não de cargo, emprego ou função pública nos órgãos
e entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal, para fins de verificação do
acúmulo de cargos.
Já informei em momento anterior da aula que basta à pessoa ser brasileira (nata ou natu-
ralizada, sem distinções) e preencher os requisitos objetivos deste artigo para assumir cargo
público. Outras exigências, além dessas, devem necessariamente ser instituídas por lei ou
por norma de força jurídica equivalente ou superior, sob pena de verificação de cometimento
de ilegalidade por parte da Administração Pública.
Art. 18. A compatibilidade das pessoas portadoras de deficiência, de que trata o art. 15, parágrafo
único, será declarada por junta especial, constituída por médicos especializados na área da defici-
ência diagnosticada.
Parágrafo único. Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perde o di-
reito à nomeação.
Já cheguei a mencionar, também, que a equipe avaliativa deve ser multidisciplinar, pelo
fato de a compatibilidade da deficiência com as atribuições depender de análise sob prisma
de diversos ramos do conhecimento.
Todavia, se, no momento da verificação (antes da posse) ficar constatada a incompatibili-
dade, o candidato não será nomeado, e o próximo candidato PcD será convocado.
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Art. 20. O ato de posse será transcrito em livro especial, assinado pela autoridade competente e
pelo servidor empossado.
Parágrafo único. Em casos especiais, a critério da autoridade competente, a posse poderá ser to-
mada por procuração específica.
Neste estatuto, pelo que se pode interpretar do dispositivo acima, a posse mediante procu-
ração deve ser devidamente justificada (“casos especiais”), e não pode ocorrer de modo livre
como com qualquer negócio jurídico. Ademais, deve a autoridade competente concordar, dis-
cricionariamente, com a posse mediante procuração (“a critério da autoridade competente”).
Art. 21. A autoridade que der posse verificará, sob pena de responsabilidade, se foram observados
os requisitos legais para a investidura no cargo ou função.
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Art. 22. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento
no Diário Oficial do Estado.
Este é outro ponto extremamente objetivo que merece atenção. Nunca se esqueça:
§ 1º O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais quinze dias, em existindo necessidade
comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
§ 2º O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, será con-
tado do término do impedimento.
Esse parágrafo se deve ao fato de nosso Estatuto permitir a posse em casos diferentes de
nomeação, como readaptação e recondução. Portanto, se o servidor estiver em férias, licen-
ciado ou, por exemplo, afastado enquanto responde a processo por improbidade administra-
tiva (motivo legal – art. 20, parágrafo único, Lei Federal n. 8.429/92).
§ 3º Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o ato de provimento será tornado sem efeito.
Retomaremos essa parte da lei em momento posterior da aula. Contudo, desde já, grave
o seguinte:
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§ 4º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituam seu
patrimônio, e declaração quanto ao exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública.
Na prática, é no dia da posse que o candidato leva alguns termos assinados (com mo-
delos fornecidos pelo órgão) declarando seu acervo patrimonial e se exerce, ou não, outra
função pública (em sentido amplo).
Art. 22-A. Ao interessado é permitida a renúncia da posse, no prazo legal, sendo-lhe garantida a
última colocação dentre os classificados no correspondente concurso público.
Se o candidato, dentro do prazo de 30 dias para tomar posse, resolve renunciar a esse
direito, ele ficará no final da fila dos habilitados.
Contudo, por outro lado, se o candidato perder o prazo legal (30 dias), o ato de provimento
será tornado sem efeito e o candidato será absolutamente excluído do concurso, não ficando
nem mesmo na última colocação.
Seção IV
Do Exercício
Art. 24. Compete ao titular do órgão para onde for nomeado o servidor, dar-lhe o exercício.
Não confunda: a posse é dada pelas altas autoridades mencionadas no art. 19. O exer-
cício, por sua vez, é dado pelo chefe do órgão local, configurado como subdivisão interna do
órgão promotor do concurso. Como exemplo, pode-se citar o Diretor de determinado Órgão
Auxiliar vinculado ao Ministério Público ou ao Tribunal de Justiça.
Uma exceção prática a esse caso é quando o órgão oferece ao servidor a opção de tomar
posse e entrar em exercício no mesmo instante, quando normalmente são ministradas algu-
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mas palestras ou cursos ao servidor. Nesse caso, é a mesma autoridade que dá posse quem
dá exercício. Mas não é a regra geral, frise.
Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados:
I – da data da posse, no caso de nomeação;
II – da data da publicação oficial do ato, nos demais casos.
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade compro-
vada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.
O prazo para entrada em exercício (15 dias) foi objeto de alteração legislativa, implementada
pela Lei Estadual n. 7.071/2007.
Em razão de o site da Assembleia Legislativa não disponibilizar a versão completa e atualiza-
da deste Estatuto, muitos alunos usam a versão disponibilizada pela Procuradoria-Geral do
Estado. Todavia, existe um grande equívoco material na versão da PGE: ela não alterou o texto
do caput do art. 25 conforme a modificação da Lei Estadual n. 7.071/2007.
Portanto, o prazo para entrada em exercício é de 15 dias, e não mais de trinta dias, como
constava da redação anterior, que, estranhamente, não foi modificada na versão da PGE-PA,
a mais consultada.
Art. 1º Ficam alterados os artigos 14, incisos III e IV, 17, VI, 22, § 1º, 25, § 1º, 29, § 1º e § 2º, 32,
caput, 33, 34, parágrafo único, e 240 da Lei n. 5.810, de 24 de janeiro de 1994, passando a vigorar
com a seguinte redação:
(...)
“Art. 25. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de quinze dias, contados:
....................................................................................................................
§ 1º Os prazos poderão ser prorrogados por mais quinze dias, em existindo necessidade compro-
vada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da Administração.”
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Quanto à hipótese de prorrogação por mais 15 dias, entra em jogo o mesmo raciocínio
apresentado no comentário ao art. 22, § 1º, deste Estatuto, ao qual remetemos.
O vínculo jurídico do candidato com o órgão começa NÃO com o exercício, mas, sim, com a
Posse.
Sabendo disso, leia o próximo parágrafo do Estatuto.
§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício nos prazos previstos neste
artigo.
Art. 26. O servidor poderá ausentar-se do Estado, para estudo, ou missão de qualquer natureza,
com ou sem vencimento, mediante prévia autorização ou designação do titular do órgão em
que servir.
O critério principal para existir ou não o pagamento dos vencimentos do servidor durante
esse afastamento é o fato de haver interesse do serviço público para tanto.
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Estamos tratando de afastamento para estudo ou missão fora do Estado do Pará. Outros
afastamentos com garantia de vencimentos serão estudados nas próximas aulas.
Art. 27. O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público,
fora do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar serviço,
por igual período, ao Estado.
Desde já, destaque esse dado importantíssimo, que pode passar batido numa leitura su-
perficial: esse artigo somente se aplica ao Servidor AUTORIZADO a afastar-se, isto é, quando
o servidor requer seu afastamento. Não se aplica ao servidor designado pelo titular do órgão
para afastar-se, porque, neste caso, estaria o servidor apenas cumprindo ordens próprias de
seu cargo.
Para que o servidor tenha o dever de prestar serviço ao Estado do Pará por período igual
ao do afastamento, existem as seguintes condições:
• Servidor ter sido AUTORIZADO, após requerer o afastamento;
• Haver percepção de vencimentos durante o afastamento.
Dessa forma, se o servidor ficou afastado por um ano em tais condições, deverá prestar
serviços ao Estado do Pará por um ano, sob pena de ter que devolver os valores que recebeu
durante o período.
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Art. 28. O afastamento do servidor para participação em congressos e outros eventos culturais,
esportivos, técnicos e científicos será estabelecido em regulamento.
Art. 29. O servidor preso em flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime admi-
nistrativo, ou condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até
sentença final transitada em julgado.
§ 1º Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as vanta-
gens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.
Por sua vez, o § 2º fala em condenações “não determinantes da demissão”, que podem
consistir em prestação de serviços à comunidade, por exemplo. Nesses casos, o servidor po-
derá voltar ao trabalho após o cumprimento da pena que substituiu a privação da liberdade,
que suspenderia os direitos políticos do servidor, se fosse aplicada. Nesse caso, entretanto,
NÃO haverá restituição da diferença, pois não houve absolvição.
Art. 30. Ao servidor da administração direta, das Autarquias e das Fundações Públicas ou dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos Tribunais de Contas, diplomado para
o exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, aplica-se o disposto no Título III,
Capítulo V, Seção VII, desta lei.
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Art. 31. O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a sua concordância po-
derá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração direta ou indireta, da União, do
Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus para o Estado do Pará, desde que
observada a reciprocidade.
Um servidor público do Estado do Pará, lotado em qualquer órgão ou entidade paraense, pode
ser “colocado à disposição” de qualquer órgão público, se necessário. Essa colocação à dispo-
sição pode ser interpretada da forma mais ampla possível, não se restringido a exercício em lo-
tações presencias diversas, podendo, ainda, consistir em trabalhos remotos para outros órgãos.
A condição essencial de validade dessa destinação do servidor é a sua própria concor-
dância, uma vez que tal destinação certamente influencia a rotina do servidor e de sua família.
Não importa se o Estado do Pará será o responsável pelo pagamento da remuneração ou
não. O que importa, além da vontade do servidor, é a existência de reciprocidade entre o órgão
paraense cedente e o órgão ao qual se destina o trabalho do servidor. Isso quer dizer que o
órgão cessionário (que recebe o servidor) só contará com essa “ajuda” se fizer o mesmo pelo
órgão cedente em diferentes ocasiões.
Seção V
Do Estágio Probatório
Art. 32. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujei-
to a estágio probatório por período de três anos, durante os quais a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I – assiduidade;
II – disciplina;
III – capacidade de iniciativa;
IV – produtividade;
V – responsabilidade.
§ 1º Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que
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P–R–I–D–A
Produtividade – Responsabilidade – (capacidade de) Iniciati-
va – Disciplina – Assiduidade
Pelo texto frio da lei, apesar de na prática isso ser diferente, a avaliação do servidor deverá
ser submetida a homologação 4 MESES ANTES de o servidor completar três anos de exercício
e, dessa maneira, adquirir estabilidade, se aprovado. Após a submissão à homologação, os
fatores PRIDA continuarão sendo avaliados e, caso alguma constatação seja capaz de mudar
significativamente o resultado da avaliação, poderá haver uma reconsideração dela.
Por fim, cabe destacar que o servidor inabilitado/reprovado será EXONERADO, pois não
ser aprovado no estágio probatório não é uma falta, mas, sim, um não preenchimento de
requisitos para o exercício do cargo. É comum as bancas falarem que o servidor reprovado/
inabilitado seria demitido, para causar confusão, mas você, agora, está atento para isso.
Não é justo que o servidor seja prejudicado pelo desleixo de seu superior em efetuar a ava-
liação, ou pelo descaso da autoridade competente em homologá-la. Portanto, se passarem os
três anos e o servidor não for submetido a nenhuma avaliação apropriada, a estabilidade será
por ele adquirida, presumindo-se que não houve comportamento suscetível de provocar uma
reprovação, coisa que, em tese, seria prontamente reportada pela autoridade responsável.
Vamos aproveitar para fazer uma diferenciação importante:
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Art. 34. O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no
novo cargo.
Parágrafo único. Ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o mesmo
cargo público em que já tenha sido avaliado.
João, Auxiliar Judiciário do TJ, é estável nesse cargo e acaba sendo aprovado para Analista
do mesmo órgão. Dessa forma, João só será estável como Analista após três anos de efetivo
exercício, se for aprovado no estágio probatório.
Lucival, Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, é estável nesse
cargo e resolve pedir exoneração para atuar como advogado. Após atuar como advogado por
alguns anos, Lucival resolve fazer concurso para o mesmo cargo que ocupava antes, pois
sente saudades dos velhos tempos. Ao ser empossado novamente como Analista de Controle
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Pará, Lucival será estável, desde seu ingresso.
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EXERCÍCIOS
Questão 1 (FADESP/IF-PA/PEDAGOGIA/2018/ADAPTADA) Segundo o regime jurídico dos
servidores públicos do Estado do Pará, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo,
ao entrar em exercício, ficará sujeito a estágio probatório, quando será observado, entre ou-
tros, o seguinte fator:
a) Temperança.
b) Comunicabilidade.
c) Capacidade de iniciativa.
d) Resiliência.
e) Presteza.
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d) será publicada uma lista única geral de classificação contendo todos os candidatos apro-
vados e os candidatos que concorreram às vagas reservadas aos deficientes.
e) os concursos terão a validade de até dois anos, a contar da publicação da homologação do
resultado, prorrogável expressamente por duas vezes por igual período.
Questão 5 (INÉDITA/2020) De acordo com a Lei n. 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa cujos itens
indicam hipóteses de provimento dos cargos públicos:
I – Recondução
II – Readaptação
III – Nomeação
IV – Promoção
V – Exoneração
a) I, II e III
b) III e IV
c) II, IV e V
d) I, II, III e IV
e) I e V
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Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Pará - Parte I
Gustavo Deitos
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a) I e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) IV, apenas
e) I e II
a) I e II
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Gustavo Deitos
b) II e III
c) II, apenas
d) III e IV
e) I e IV
a) I, II, e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I e II
e) III e IV
a) I e II
b) III, apenas
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c) I e III
d) I, apenas
e) II e III
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II, apenas
e) I, apenas
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do Pará - Parte I
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III – O prazo para a posse poderá ser prorrogado por mais 15 dias, em existindo necessi-
dade comprovada para o preenchimento dos requisitos para posse, conforme juízo da
Administração.
IV – O prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal,
será contado da publicação do ato de provimento nos expedientes internos do órgão,
aos quais o servidor já possui acesso.
V – Se a posse não se concretizar dentro do prazo, o sujeito envolvido será exonerado.
a) II, IV e V
b) I e III
c) II e IV
d) IV e V
e) I, III e V
a) II, III e IV
b) IV e V
c) I, III e V
d) I e II
e) I e IV
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a) I, apenas
b) III, apenas
c) I e III
d) I e II
e) II e III
Questão 19 (INÉDITA/2020) De acordo com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Re-
gime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, o servidor preso em
flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime administrativo, ou condena-
do por crime inafiançável sofre algumas consequências especiais em razão dessa condição.
Sobre elas, assinale a alternativa correta.
a) O servidor será afastado do exercício do cargo, até que o processo judicial correspondente
seja suspenso, ou até o deferimento de medida liminar que determine a soltura.
b) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois quintos da remuneração, excluídas as van-
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.
c) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as van-
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, não tendo direito à diferença, mesmo
que absolvido.
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Questão 20 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a concordância do titular
do órgão ou entidade, poderá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração
direta ou indireta, da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus
para o Estado do Pará, desde que observada a reciprocidade.
Questão 21 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com
o que dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de
apuração dos fatores avaliativos pertinentes.
Questão 22 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, mesmo que haja irregulari-
dades formais-legais, uma vez que na Administração Pública predomina a teoria do conse-
quencialismo ou da instrumentalidade: basta que a finalidade do ato seja alcançada para que
o ato seja legal.
Questão 23 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O término do estágio probatório importa o reconhecimento da estabilidade do servidor de
ofício, mesmo sem avaliação formal.
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Questão 24 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no
novo cargo. Contudo, ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o
mesmo cargo público em que já tenha sido avaliado.
Questão 25 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Após aprovação no estágio probatório, o servidor estadual tornar-se-á vitalício no cargo.
Questão 26 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Nos casos de provimento de cargo de forma derivada, antes do provimento do cargo, o servi-
dor público já teve relação com o Poder Público, a qual não foi cessada, mas apenas passou
a ter um status diferente.
Questão 27 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Função pública, em um de seus aspectos constitucionais, destina-se a pessoas convocadas
em razão de excepcional interesse público, temporariamente.
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a) Roberto continuará no exercício de seu cargo; Ana e Severino deverão ser afastados até a
sentença final transitada em julgado.
b) Ana continuará no exercício de seu cargo; Roberto e Severino deverão ser afastados até a
sentença final transitada em julgado.
c) Ana e Roberto continuarão no exercício de seus cargos; Severino deverá ser afastado até a
sentença final transitada em julgado.
d) Ana, Roberto e Severino continuarão no exercício de seus cargos até a sentença final tran-
sitada em julgado.
e) Ana, Roberto e Severino deverão ser afastados do exercício de seus cargos até a sentença
final transitada em julgado.
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Lucas estava em gozo de férias em seu órgão de origem, e Pedro, em gozo de licença em
seu órgão de origem.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta, nos termos da Lei Estadual
n. 5.810/1994.
a) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados da publicação do ato de provimento.
b) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
c) Somente a posse de Lucas no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
d) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados do término do impedimento.
e) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
do término do impedimento.
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a) I e III
b) I, II e III
c) II, apenas.
d) I e II
e) II e III
Questão 42 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
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O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora
do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar servi-
ço, por período dobrado, ao Estado.
Questão 43 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.
Questão 44 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
É competente para dar posse, no Poder Executivo, o Governador, aos nomeados para cargos
de Direção ou Assessoramento que lhe sejam diretamente ou indiretamente subordinados.
Questão 45 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados sempre da data
da posse.
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GABARITO
1. c 28. d
2. e 29. b
3. a 30. d
4. E 31. a
5. d 32. c
6. b 33. d
7. a 34. c
8. b 35. b
9. c 36. e
10. e 37. e
11. d 38. d
12. c 39. e
13. b 40. b
14. d 41. e
15. d 42. E
16. b 43. C
17. a 44. E
18. e 45. E
19. e
20. E
21. C
22. E
23. C
24. C
25. E
26. C
27. C
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do Pará - Parte I
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FADESP/IF-PA/PEDAGOGIA/2018/ADAPTADA) Segundo o regime jurídico dos
servidores públicos do Estado do Pará, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo,
ao entrar em exercício, ficará sujeito a estágio probatório, quando será observado, entre ou-
tros, o seguinte fator:
a) Temperança.
b) Comunicabilidade.
c) Capacidade de iniciativa.
d) Resiliência.
e) Presteza.
Letra c.
A alternativa “c” é a única a apresentar fator citado no rol de fatores do art. 32 do nosso Es-
tatuto, que são: produtividade, responsabilidade, capacidade de iniciativa, disciplina e assi-
duidade. As demais alternativas consistem em elementos inventados, no calor do momento,
pelo examinador.
Letra e.
De acordo com o caput do art. 32 de nosso Estatuto, o referido período é de três anos.
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Letra a.
a) Certa. Essa é a determinação do art. 14, inciso I, do nosso Estatuto.
b) Errada. O limite máximo de idade, na verdade, é de 69 anos (art. 14, inciso II).
c) Errada. A previsão existente é a de que, na comissão organizadora, participará um repre-
sentante do Sindicato dos Trabalhadores ou de Conselho Regional de Classe (art. 14, inciso
V). Não há previsão de acompanhamento por parte da OAB.
d) Errada. Não existe uma “lista única geral”. O que existe são uma lista geral, com todos os
candidatos habilitados, e outra lista somente com os candidatos com deficiência. Não há,
portanto, uma “lista única”, como sugere a assertiva.
e) Errada. Conforme o art. 14, inciso III, “os concursos terão a validade de até dois anos, a con-
tar da publicação da homologação do resultado, no Diário Oficial, prorrogável expressamente
uma única vez por igual período”.
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A condição de brasileiro nato é requisito para a posse em cargo público integrante da estru-
tura do TCE/PA.
Errado.
Como ressaltamos em aula, basta que o candidato seja brasileiro, quer nato, quer naturaliza-
do. Não é legítima nenhuma discriminação entre brasileiros natos e naturalizados, ressalva-
das as hipóteses previstas na Constituição Federal.
Questão 5 (INÉDITA/2020) De acordo com a Lei n. 5.810/1994, que dispõe o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, assinale a alternativa cujos itens
indicam hipóteses de provimento dos cargos públicos:
I – Recondução
II – Readaptação
III – Nomeação
IV – Promoção
V – Exoneração
a) I, II e III
b) III e IV
c) II, IV e V
d) I, II, III e IV
e) I e V
Letra d.
I – Certo. Art. 5º, inciso VIII.
II – Certo. Art. 5º, inciso VII.
III – Certo. Art. 5º, inciso I.
IV – Certo. Art. 5º, inciso II.
V – Errado. Exoneração não é forma de provimento, e sim de vacância do cargo. Logo, não
consta do rol do art. 5º.
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Letra b.
a) Errada. A primeira parte da alternativa está correta. Ela peca, contudo, ao afirmar que a cria-
ção do cargo pode ocorrer mediante ato administrativo, o que está errado, pois é por lei que se
criam os cargos (art. 2º, incisos I e II).
b) Certa. Literalidade do art. 2º, inciso III.
c) Errada. Na verdade, “grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma
natureza, escalonadas segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de respon-
sabilidade” (art. 2º, inciso IV).
d) Errada. Não há restrição a brasileiros natos na lei. Podem ser tanto os natos como os na-
turalizados (art. 2º, parágrafo único).
e) Errada. Tal vedação não é absoluta, como sugere a alternativa ao afirmar “em qualquer
hipótese”. Segundo o art. 3º, o cometimento de atribuições diversas tem previsão legal (por-
tanto, lícita) em caso de participação assentida em órgão colegiado e em comissões legais.
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Letra a.
a) Certa. Literalidade do art. 6º, parágrafo único.
b) Errada. Quando exigida a prévia habilitação em concurso público, a nomeação é feita em
caráter efetivo, na verdade.
c) Errada. O ato de provimento dos cargos públicos é singular, e não plúrimo/geral (art. 7º).
d) Errada. Os motivos do provimento não correspondem a um elemento do rol do art. 8º, que
estabelece os elementos indispensáveis do ato de provimento, sob pena de nulidade, que são:
modalidade de provimento e nome completo do interessado, denominação de cargo e forma
de nomeação e fundamento legal.
e) Errada. Segundo a literalidade doa art. 10, a aprovação gera direito à nomeação. A inter-
pretação desse artigo, por sua vez, deve ocorrer à luz do entendimento do STF, repassado na
nossa aula. Em questões objetivas, no entanto, deve ser tomada em conta a literalidade do ar-
tigo, a menos que o enunciado da questão faça referência expressa ao entendimento do STF.
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Letra b.
a) Errada. Pois a questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso I.
b) Certa. Pois a questão pede pela alternativa incorreta. Se houver empate entre candidatos
candidato já pertencentes ao serviço público estadual, o primeiro critério de desempate se-
guinte será aquele que contar com maior tempo de serviço público ao Estado. O critério de
maior idade (mais idoso) só entra em jogo entre candidatos ainda não pertencentes ao servi-
ço público estadual.
c) Errada. Pois a questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso III.
d) Errada. Pois a questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 11, primeira par-
te.
e) Errada. Pois a questão pede pela alternativa incorreta. Literalidade do art. 8º, inciso II.
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Letra c.
a) Errada. Há apenas preferência pela realização do concurso em tal localidade, e não obriga-
toriedade (art. 11, § 2º).
b) Errada. De acordo com o art. 11, § 1º, tal encargo é apenas uma faculdade (“poderá”), e não
um dever.
c) Certa. Literalidade do art. 11, § 3º.
d) Errada. A decisão pelo mais idoso só se aplica para candidatos empatados e não perten-
centes ao serviço público (art. 10, § 2º).
e) Errada. Na verdade, “as provas serão avaliadas na escala de zero a dez pontos, e aos títulos,
quando afins, serão atribuídos, no máximo, cinco pontos”. Lembre-se das dicas que foram
dadas na aula.
Letra e.
a) Errada. O caráter das provas de título deve ser meramente classificatório (art. 12, parágrafo
único).
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b) Errada. Tais elementos serão disciplinados, na verdade, pelo edital do próprio concurso,
que é a sua lei, como ressaltamos em aula (art. 13).
c) Errada. A comprovação dos requisitos previstos no edital ocorrerá no ato da posse, em
verdade.
d) Errada. A referida compatibilidade será avaliada, na verdade, por equipe multiprofissional.
Inclusive, na nossa aula, demos exemplos de profissionais cuja atuação seria proveitosa nes-
se momento.
e) Certa. Literalidade do caput do art. 12.
a) I e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) IV, apenas
e) I e II
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Letra d.
I – Errado. As atribuições do cargo devem ser, sim, compatíveis com a deficiência da pessoa.
O erro, portanto, deve-se ao segmento “ou não”. O percentual reservado, por sua vez, está
correto (20%, conforme o art. 15, parágrafo único).
II – Errado. Na verdade, em nosso Estatuto, a posse é o ato de investidura em cargo público
ou função gratificada, inclusive em formas de provimento diferentes, ao contrário da popular
regra do Estatuto do Servidor Público da União, conforme nossa abordagem em aula.
III – Errado. Na verdade, não haverá posse nos casos de promoção e reintegração (art. 16,
parágrafo único).
IV – Certo. Informação em conformidade com o art. 17, inciso II.
a) I e II
b) II e III
c) II, apenas
d) III e IV
e) I e IV
Letra c.
I – Errado. Pode o candidato ser brasileiro nato ou naturalizado, sem distinções (art. 17, inciso I).
II – Certo. Informação em conformidade com o art. 17, inciso III.
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Lei n°. 5.810/94 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado
do Pará - Parte I
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III – Errado. A declaração sobre exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública
deve considerar órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal
(art. 17, inciso VI).
IV – A aptidão deve ser atestada em inspeção de saúde realizara em órgão médico oficial do
Estado do Pará (art. 17, inciso IV).
a) I, II, e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I e II
e) III e IV
Letra b.
I – Errado. A idade mínima para tomar posse em cargo público é de 18 anos (art. 17, inciso II).
II – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso V.
III – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso VII.
IV – Certo. Informação em consonância com o art. 17, inciso VIII.
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II – Caso o candidato seja considerado inapto para o exercício do cargo, perderá o direito à
nomeação se o titular do órgão ou da entidade ratificar a constatação.
III – No Poder Executivo, é competente para dar posse o Governador, aos nomeados para car-
gos de direção ou assessoramento que lhe sejam direta ou indiretamente subordinados.
a) I e II
b) III, apenas
c) I e III
d) I, apenas
e) II e III
Letra d.
I – Certo. Informação em consonância com o teor do art. 18.
II – Errado. Nosso estatuto não prevê a exigência de ratificação pelo titular do órgão/entidade.
Aliás, não há previsão para ratificação por quaisquer autoridades.
III – Errado. O Governador só será competente para dar posse aos ocupantes de cargos de
direção e/ou assessoramento que lhe sejam diretamente subordinados, e não indiretamente.
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a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II, apenas
e) I, apenas
Letra d.
I – Errado. A referida competência dos Secretários e Dirigentes tem lugar inclusive em caso
de órgãos colegiados (art. 19, inciso I, alínea b).
II – Certo. Informação em consonância com o art. 19, inciso II.
III – Errado. A posse mediante procuração, em nosso Estatuto, ao contrário do federal, só
pode ocorrer “em casos especiais” (conceito em branco a ser preenchido pela Administração),
e não sempre que o candidato desejar.
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a) II, IV e V
b) I e III
c) II e IV
d) IV e V
e) I, III e V
Letra b.
I – Certo. Informação consonante à literalidade do art. 21.
II – Errado. O prazo para a posse, na verdade, é de 30 dias. A informação seguinte (contagem
a partir da publicação no DOE) está correta (art. 22).
III – Certo. Literalidade do art. 22, § 1º.
IV – Errado. A contagem para o servidor nas referidas condições, na verdade, ocorre a partir
do término do impedimento, como, por exemplo, quando o servidor volta das férias ou da li-
cença (art. 22, § 2º).
V – Errado. De acordo com o art. 22, § 3º, a consequência da não tomada de posse no prazo
é a tornada do ato de provimento sem efeito.
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a) II, III e IV
b) IV e V
c) I, III e V
d) I e II
e) I e IV
Letra a.
I – Errado. Caso o interessado renuncie à posse no prazo legal, ser-lhe-á garantida a última
colocação dentre os classificados no correspondente concurso público (art. 22-A). A elimina-
ção definitiva do concurso só ocorrerá se o interessado deixar de se manifestar no prazo legal
para posse (30 dias).
II – Certo. Literalidade do art. 23.
III – Certo. Literalidade do art. 24.
IV – Certo. Literalidade do art. 25, inciso I.
V – Errado. A prorrogação do prazo para o início do exercício do cargo poderá ocorrer por
mais 15 dias, na verdade (art. 25, § 1º).
a) I, apenas
b) III, apenas
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c) I e III
d) I e II
e) II e III
Letra e.
I – Errado. A consequência de o servidor não entrar em exercício no prazo legal está correta: exo-
neração (art. 25, § 2º). Todavia, o prazo legal é de 15 dias, e não o mencionado pela alternativa.
II – Certo. Literalidade do art. 26.
III – Certo. Literalidade do art. 27.
Questão 19 (INÉDITA/2020) De acordo com a Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Re-
gime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, o servidor preso em
flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime administrativo, ou condena-
do por crime inafiançável sofre algumas consequências especiais em razão dessa condição.
Sobre elas, assinale a alternativa correta.
a) O servidor será afastado do exercício do cargo, até que o processo judicial correspondente
seja suspenso, ou até o deferimento de medida liminar que determine a soltura.
b) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois quintos da remuneração, excluídas as van-
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, tendo direito à diferença, se absolvido.
c) Durante o afastamento, o servidor perceberá dois terços da remuneração, excluídas as van-
tagens devidas em razão do efetivo exercício do cargo, não tendo direito à diferença, mesmo
que absolvido.
d) Em caso de condenação criminal, transitada em julgado, não determinante da demissão,
continuará o servidor afastado até o cumprimento total da pena, com direito a um terço do
vencimento ou remuneração, incluídas, nesse caso, as vantagens devidas em razão do efetivo
exercício do cargo.
e) O servidor será afastado do exercício do cargo, até sentença final transitada em julgado.
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Letra e.
a) Errada. O limite do afastamento do exercício do cargo, na verdade, é até a sentença final
transitada em julgado (art. 29).
b) Errada. O servidor, nesse caso, receberá dois terços da remuneração (art. 29, § 1º).
c) Errada. Nessa situação, caso seja absolvido, o servidor terá direito, sim, à diferença (art. 29, § 1º).
d) Errada. As vantagens decorrentes do efetivo exercício do cargo, nesse caso, são excluídas
(art. 29, § 2º).
e) Certa. Vide comentário à letra a.
Questão 20 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor no exercício de cargo de provimento efetivo, mediante a concordância do titular
do órgão ou entidade, poderá ser colocado à disposição de qualquer órgão da administração
direta ou indireta, da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, com ou sem ônus
para o Estado do Pará, desde que observada a reciprocidade.
Errado.
A
única condição volitiva (de vontade) envolvida nesse contexto, conforme nosso destaque em
aula, e conforme o art. 31, é a concordância do próprio servidor, e não do titular do órgão/entidade.
Questão 21 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com
o que dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de
apuração dos fatores avaliativos pertinentes.
Certo.
Informação em inteira consonância com a literalidade do art. 32, § 1º.
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Questão 22 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado, mesmo que haja irregulari-
dades formais-legais, uma vez que na Administração Pública predomina a teoria do conse-
quencialismo ou da instrumentalidade: basta que a finalidade do ato seja alcançada para que
o ato seja legal.
Errado.
A primeira parte do item sob julgamento está correta: o servidor inabilitado no estágio pro-
batório realmente será exonerado. Todavia, conforme o texto do art. 32, § 2º, deverá ser ob-
servado o devido processo legal. Logo, eventual inobservância de procedimentos ou formas
previstas em lei invalidará qualquer ato atinente à exoneração.
Questão 23 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O término do estágio probatório importa o reconhecimento da estabilidade do servidor de
ofício, mesmo sem avaliação formal.
Certo.
Na questão anterior, o devido processo legal era essencial para a exoneração. Por outro lado,
no caso da conferência de estabilidade (algo melhor para o servidor), eventual ausência de
avaliação implicará uma aprovação tácita (de ofício, conforme o art. 33) do servidor relativa-
mente aos critérios avaliativos (PRIDA).
Questão 24 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
O servidor estável aprovado em outro concurso público fica sujeito a estágio probatório no
novo cargo. Contudo, ficará dispensado do estágio probatório o servidor que tiver exercido o
mesmo cargo público em que já tenha sido avaliado.
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Certo.
D
e fato, ambas as informações estão corretas e em conformidade com a literalidade do nosso
Estatuto (art. 34, caput e parágrafo único). Em aula, fizemos destaques pertinentes sobre o tema.
Questão 25 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Após aprovação no estágio probatório, o servidor estadual tornar-se-á vitalício no cargo.
Errado.
Lembre-se de nossa diferenciação: estabilidade é a garantia decorrente de aprovação no es-
tágio probatório. Vitaliciedade, por sua vez, é a garantia de juízes e membros do MP após
efetivo exercício por dois anos e frequência em cursos de qualificação.
Questão 26 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Nos casos de provimento de cargo de forma derivada, antes do provimento do cargo, o servi-
dor público já teve relação com o Poder Público, a qual não foi cessada, mas apenas passou
a ter um status diferente.
Certo.
Está correta a conceituação de provimento derivado de cargo público, coincidente com nos-
sos estudos.
Questão 27 (INÉDITA/2020) À luz da Lei Estadual n. 5.810/1994, que instituiu o Regime Jurí-
dico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Pará, julgue o item subsequente.
Função pública, em um de seus aspectos constitucionais, destina-se a pessoas convocadas
em razão de excepcional interesse público, temporariamente.
Certo.
T
al hipótese, trabalhada em aula, encontra respaldo no art. 37, inciso IX, da Constituição Federal.
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Letra d.
Conforme o art. 10º, § 2º, “se ocorrer empate de candidatos não pertencentes ao serviço pú-
blico do Estado, decidir-se-á em favor do mais idoso”.
Letra b.
É
o que dispõe o art. 32:
§ 1º Quatro meses antes do findo período do estágio probatório, será submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que
dispuser a lei ou regulamento do sistema de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração
dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.
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por período de __________, durante os quais a sua aptidão e a capacidade serão objeto de ava-
liação para o desempenho do cargo.
A expressão que completa corretamente a lacuna é
a) dois anos.
b) seis meses.
c) um ano.
d) três anos.
Letra d.
Três anos é o prazo constitucional do estágio probatório (art. 41 da CF).
Letra a.
É de 30 dias o prazo previsto no art. 22, caput.
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Letra c.
É a regra do art. 10:
Letra d.
É a regra do art. 6º, parágrafo único: “A designação para o exercício de função gratificada re-
cairá, exclusivamente, em servidor efetivo.”.
Letra c.
Esta é a definição do art. 2º, inciso I, do Estatuto.
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Letra b.
Tais elementos são os elencados de forma literal no art. 32 do Estatuto.
Letra e.
Os três servidores enquadram-se nas diferentes hipóteses da regra do art. 29, caput:
O servidor preso em flagrante, pronunciado por crime comum, denunciado por crime administra-
tivo, ou condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício do cargo, até sentença final
transitada em julgado.
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Letra e.
Esta questão pode ser resolvida somente com a regra do art. 29:
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a) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados da publicação do ato de provimento.
b) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
c) Somente a posse de Lucas no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
da publicação do ato de provimento.
d) A posse de ambos os servidores no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, con-
tados do término do impedimento.
e) Somente a posse de Pedro no novo órgão deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados
do término do impedimento.
Letra d.
O art. 22, § 2º, dispõe que “o prazo do servidor em férias, licença, ou afastado por qualquer
outro motivo legal, será contado do término do impedimento.”. As férias e a licença figuram
como impedimentos, neste caso. Logo, o prazo de 30 dias será contado do retorno da licença
e das férias.
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Letra e.
a) Errada. A substituição não é prevista expressamente neste estatuto, mas, quando auto-
rizada, somente permite que o servidor receba remuneração pelas duas funções quando a
substituição perdurar por um período maior.
b) Errada. Vacância nada mais é que a simples ocorrência de vaga. O ato, na verdade, é a
exoneração, a demissão, a destituição, dentre outros previstos em lei que tornem o cargo de-
socupado (vago).
c) Errada. Remoção é forma de deslocamento, e não de provimento.
d) Errada. A redistribuição consiste no deslocamento do cargo, e não do agente.
e) Certa. Verifica-se o provimento originário quando o servidor público, antes de prover o
cargo, não tinha nenhuma relação com a Administração Pública. O grande exemplo é a nome-
ação, como citado em aula.
a) I e III.
b) I, II e III.
c) II, apenas.
d) I e II.
e) II e III.
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Letra b.
Os três conceitos elencados estão em conformidade com o art. 2º, incisos II, III e IV, que são
puramente conceituais.
Letra e.
a) Errada. Grupo ocupacional é o conjunto de categorias funcionais da mesma natureza,
escalonadas segundo a escolaridade, o nível de complexidade e o grau de responsabilidade
(art. 2º, IV).
b) Errada. Não é necessário que o brasileiro seja nato. Pode ele ser nato ou naturalizado
(art. 17, I).
c) Errada. O art. 19 distribui a competência para dar posse/exercício a diferentes autoridades,
a depender do Poder integrado pelo servidor.
d) Errada. A promoção por merecimento dar-se-á pela progressão à referência imediatamente
superior, mediante a avaliação do desempenho a cada interstício de 2 (dois) anos de efetivo
exercício (art. 37).
e) Certa. É a regra literal do art. 44, inciso II.
Questão 42 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
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O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora
do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar servi-
ço, por período dobrado, ao Estado.
Errado.
O servidor autorizado a afastar-se para estudo em área do interesse do serviço público, fora
do Estado do Pará, com ônus para os cofres do Estado, deverá, sequentemente, prestar servi-
ço, por igual período, ao Estado (art. 27).
Questão 43 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
Não haverá posse nos casos de promoção e reintegração.
Certo.
É a regra literal do art. 16, parágrafo único.
Questão 44 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
É competente para dar posse, no Poder Executivo, o Governador, aos nomeados para cargos
de Direção ou Assessoramento que lhe sejam diretamente ou indiretamente subordinados.
Errado.
Conforme o inciso I, alínea a do art. 19, é competente para dar posse, no Poder Executivo, o
Governador, aos nomeados para cargos de Direção ou Assessoramento que lhe sejam direta-
mente subordinados.
Questão 45 (INÉDITA/2020) Com fulcro nas disposições do Estatuto dos Servidores Públi-
cos do Estado do Pará, julgue o item subsequente:
O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados sempre da data
da posse.
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Errado.
Conforme o art. 25, incisos I e II:
Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e
48° lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.
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