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NPJ - NUCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA – NOVA AMÉRICA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA DE


FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO-RJ

MÁRCIO GOMES, brasileiro, solteiro, analista, residente e domiciliado na


cidade do Rio de Janeiro, com RG de n° XXX, CPF de n° XXX, vem
respeitosamente, por intermédio de seu advogado infra-assinado, conforme
procuração em anexo, com fulcro no art. 5º, LXIX, da Constituição Federal de 1988,
e art. 1º da Lei 12.016/09, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

Em face de Paulo Coimbra, nacionalidade, profissão, estado civil, residente


e domiciliado em XXX e do Município do Rio de Janeiro, autoridades das quais
emanaram a decisão de desclassificar o impetrante do concurso público para o
cargo de analista Legislativa da Câmara dos Vereadores do Município doo Rio de
Janeiro.

I- DOS FATOS

O impetrante prestou o concurso para o cargo de analista legislativo da


Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro, obtendo aprovação com o
respectivo resultado publicado no Diário Oficial na data de 28/02/2021.
Foram ofertadas 95 vagas para ampla concorrência e 5 vagas para pessoas
portadoras de necessidades especiais.
Márcio atingiu a nota mínima para ser aprovado neste cargo, tendo cumprido
rigorosamente todos os requisitos para concorrer a vaga em tela, apresentando,
assim, toda a documentação necessária.
Ocorre, porém, que os impetrados, na qualidade de autoridade pública
competente, decidiram por desclassificar Márcio, não aceitando o atestado médico
apresentado na fase de inscrição, mesmo com a validação de sua inscrição como
portador de necessidades especiais e da apresentação no momento oportuno de
toda a documentação comprobatória prevista no edital.

Av. Pastor Martin Luther King Jr., nº 126, sala 300-D, Del Castilho/RJ
CEP: 20765-971 - TEL: (21) 3296-6743
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II- DA LIMINAR

De acordo com o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz
ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida,
caso seja finalmente deferida. Eis o teor:

Art. 7°. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:


(...)
III que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido,
quando
houver fundamento relevante e do ato impugnado puder
resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito,
com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa
jurídica.

O caso em comento goza dos requisitos indispensáveis à concessão da


medida liminar uma vez que restou devidamente comprovado nos autos que a
autoridade coatora atuou de forma errônea no caso em tela, eis que o impetrante
cumpriu todos os requisitos para concorrer à vaga, inclusive com apresentação do
atestado médico. Sendo assim, tem-se que é cabível tal medida em razão do
resultado já ter sido publicado.

III- DO DIREITO

A luz da Constituição Federal de 1988, conceder-se-á Mandado de


Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
Poder Público (art. 5º, LXIX). De modo que, cabe ao impetrante demonstrar a lesão
a direito líquido e certo, ou seja, direito que se considera incorporado
definitivamente ao patrimônio de alguém e sobre o qual não paira dúvida ou
contestação possível.

Na mesma toada, o artigo 1º, da Lei nº 12.016/09 institui que será concedido
o mandato de segurança "para proteger direito líquido e certo, não amparado por
‘habeas corpus’ ou 'habeas data', sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la
por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções
que exerça".

Neste caso, o impetrante realizou todas as etapas para adquirir aprovação


no concurso para o cargo de analista legislativo da Câmara de Vereadores do
Município do Rio de Janeiro, tendo indeferido a tal por ato ilegal por parte da
autoridade impetrada.

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Conclui-se que o ato coator viola direito líquido e certo do Impetrante,


fazendo jus à concessão da ordem para que o impetrante seja admitido no órgão
público, uma vez que cumpriu todos os requisitos previstos no edital do concurso,
inclusive atingindo a meta de pontuação.

IV- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A prioridade de tramitação devido a idade do impetrante;

b) Que seja concedido o pedido de liminar a fim de suspender o ato que deu
origem ao pedido e antecipar os efeitos da decisão;

c) A intimação da autoridade coatora e do Município do Rio de Janeiro, para


se manifestarem sobre suas informações no prazo legal;

d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para que se


manifeste nos autos;
e) A juntada dos documentos em anexo;

f) O regular processamento e ao final, a concessão da segurança pleiteada,


para fins de garantir a vaga do impetrante ao cargo de analista legislativo da
Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e Data.

Advogado/OAB

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