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OZIMO COSTA PEREIRA

Advogado

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA


CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA – PARANÁ

MEDIDA DE URGÊNCIA

ELIANE CRISTINA RAUSIS PEREIRA, brasileira,


casada, bacharel em direito, portadora da Cédula de Identidade RG nº.
5.810.580-5/PR, inscrita no CPF/MF sob o nº 899.354.119-15, residente e
domiciliada na Rua Agrimensor Gildo Pinheiro da Luz, nº 34, Vila Velha,
Cidade de Rio Branco do Sul/PR, por seu advogado adiante assinado 1 ,
com escritório profissional na Rua Flávio Johnsson, 81, Centro, CEP
83.540-000, onde recebem intimações, vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXIX, da Constituição
Federal e na Lei nº. 12.016/2009, impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA
- com pedido liminar -
Em face de ato ilegal praticado pelo Ilustríssimo
Senhor PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ESTÁGIO E EXAME DA ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECCIONAL DO PARANÁ , com domicílio
na Rua Brasilino Moura, nº. 253, Ahú, CEP 80.540-340, Curitiba/PR e
pelo Senhor PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL , com domicílio na SAS Quadra 5, Lote 1, Bloco

1
Do cu men t o an exo : P ro cu ra çã o e gu ia d e p rep a ro da s cu st a s in icia is.
Rua Moysés Marcondes, 659 • Juvevê • Curitiba • PR • CEP 80 030-410 • Fone: (41) 3075 6100 • Fax: (41) 3075 6101
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Advogado

M, Brasília/DF, CEP 70.070-939, pelos fundamentos de fato e de direito


adiante consignados.

I. EXPOSIÇÃO FÁTICA

Objetivando sua inscrição como advogada junto à


OAB Paraná, a ora impetrante se submeteu ao Exame de Ordem 2010.3,
organizado pela Fundação Getulio Vargas. Teve sua inscrição deferida 2 e
foi aprovada na primeira fase do certame (prova objetiva) 3 .

Muito embora a peça prático-profissional 4 redigida


atenda aos critérios do Padrão de Resposta 5 apresentado pela Banca
Examinadora, a impetrante não foi aprovada na segunda fase do certame
por diferença de 0,3 ponto .

Seu insucesso, contudo, não se deve à falta de


aptidão, mas sim aos atos ilegais praticados pelos oras impetrados.
VEJA-SE QUE A IMPETRANTE OBTEVE GRAU 5,7,
AO PASSO QUE PARA APROVAÇÃO A NOTA DE CORTE É 6,0. Até a
edição do Provimento nº. 136/2009, havia arredondamento, o que
implicaria na automática aprovação da impetrante 6 .

Conforme restará demonstrado, a ilegalidade da não


aprovação da impetrante reside nos seguintes fatos: a) Ausência de
pontuação na questão 2, item “c”, referente ao artigo 6º do Código Penal;

2
Do cu men t o an exo : Co mp ro van t e d e in scriçã o .
3
Do cu men t o an exo : Co mp ro van t e d e a p ro va çã o na p rime ira fa se d o E xa me 2 01 0. 3 .
4
Do cu men t o an exo : P ro va re d ig id a pe la impe t ra nt e (pe ça e qu e st õe s).
5
Do cu men t o an exo : P ad rã o d e re spo st a disp on ib iliza do p e la au to rid a de coa t o ra.
6
V ide in o va çã o t ra zid a p e lo a rt . 6 º, § 2º d o P ro vime n to nº . 13 6, d e 10 d e no ve mb ro de
20 09 .
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b) Ausência de pontuação na questão 5, item “a” e “b”; c) nulidade das


respostas apresentadas ao recurso, por ausência de suporte fático e
jurídico a respaldá-las.

Nem o manejo de recurso 7 conseguiu fazer cessar a


disparidade nos critérios de correção 8 . Daí a presente impetração, cuja
finalidade consiste em afastar ilegalidades, sem para isso precisar
adentrar ao mérito do ato administrativo.

II. DIREITO

Reza a Constituição Federal em seu art. 5º, LXIX:


“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por ‘habeas-corpus’ ou ‘habeas-data’, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”.

Da Competência

É firme a jurisprudência no sentido de ser a OAB


entidade autárquica, em regime especial, de âmbito federal:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CAIXA DE


ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS DE MINAS
GERAIS. ÓRGÃO VINCULADO À OAB. AUTARQUIA
FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

7
Do cu men t o an exo : Co rre çã o p ro visó ria e re cu rso in te rp o sto pe la impe t ra nt e .
8
Do cu me n to an exo : re sp o sta ao re cu rso in t e rpo st o pe la imp e t ran te e Espe lh o d e
Co rre çã o Def in it ivo .
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- Deve-se encaminhar ao mesmo juízo as questões


tanto relativas à Seccional da OAB-MG como as
relativas à Caixa de Assistência dos Advogados.
- Acolhido o conflito para reconhecer a competência
da Justiça Federal.
(CC 36.557/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, Rel.
p/ Acórdão Ministro FRANCIULLI NETTO, CORTE
ESPECIAL, DJ 01/07/2004 p. 164).

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
- A presença de Presidente de uma Subseção da
OAB no pólo passivo de uma ação convoca a
competência da Justiça Federal para a causa.
- Embargos acolhidos.
(EREsp 235.723/SP, Rel. Ministro FONTES DE
ALENCAR, CORTE ESPECIAL, julgado em
23/10/2003, DJ 16/08/2004 p. 118).

Acerca da competência territorial, o Código de


Processo Civil estabelece que “havendo dois ou mais réus, com
diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à
escolha do autor” (art. 94, § 4º).

Da Tempestividade

A impetrante teve ciência do ato impugnado em


19.06.2011, ocasião em que o impetrado disponibilizou em seu sítio na
internet documento denominado “Resultado final” e as Respostas de
Recursos da Prova Prático-Profissional, foram disponibilizadas também
na mesma data.

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Nos termos do artigo 23 da Lei nº. 12.016/2009, a


partir de então passou a fluir o prazo de 120 (cento e vinte) dias, pelo
que é tempestiva a presente impetração 9 .

Do Direito Líquido e Certo da Impetrante

Com o devido acatamento, a forma como foi


conduzido e finalizado o Exame 2010.3, notadamente no que concerne a
peça profissional e as questões de Direito Penal, caracteriza
incontestável ofensa à moralidade e à impessoalidade administrativas.

Ausência de pontuação na questão 2, item “c”


referente ao artigo 6º do Código Penal.

A pergunta formulada no item “c” da questão 02, pela


Banca Examinadora foi a seguinte (realçamos):

c) Em caso de oferecimento da denúncia, qual será o


Juízo competente para processamento da ação penal?

A resposta pelo examinado conforme Padrão de


Resposta (doc.anexo ) divulgado pelo impetrado, esperavam-se do
examinando os seguintes fundamentos:

Belo Horizonte, local em que o delito se consumou,


(0,1)conforme artigos 69,I ou 70 do CPP(0,1).

Porém no gabarito comentado (doc .anexo) divulgado


pelo Impetrado, requer o seguinte:
9
Do cu me n to an exo : Pá g ina d o Exa me d e O rd e m 2 01 0 .3 , e xt ra í da do sít io da OA B n a
int e rne t .
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c) Belo Horizonte, local em que delito se consumou,


conforme artigos 69, I, do CPP e 6º do CP.

Sendo que a resposta pela examinada foi a seguinte:

O juízo competente para processamento da ação penal e


o lugar onde foi praticado o crime através da ação,
conforme artigo 6º do Código Penal , sendo que no caso
em tela o juízo competente é da Cidade de Belo
Horizonte, Justiça Estadual.

Permissa venia, a coincidência entre os trechos em


negrito demonstra, de forma clara e objetiva, que a resposta formulada
pela impetrante está em perfeita harmonia com o gabarito Comentado e
com o dispositivo legal correlato . Mesmo assim a impetrante recebeu nota
parcial no respectivo quesito (vide questão 2 item “c” do espelho de
Correção).

Aqui reside, pois, a ilegalidade . Pois o artigo 6º do


Código Penal constou no gabarito comentado, porém não constou no
padrão de resposta, desta forma foi descontado ponto da examinada.

Art. 6º - Considera- se praticado o crime no lugar em que


ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir o resultado.

Conforme demonstrado o artigo 6º do Código Penal é


plenamente suficiente para dirimir a questão de lugar do crime, portanto
correta a resposta da examinada.

Tanto assim o é que no gabarito comentado


(elaborado e disponibilizado pela própria banca examinadora) faz
menção ao artigo 6º do Código Penal.

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Nesta ordem de idéias, insta reconhecer que a


exigência da D. Autoridade Impetrada vai à contramão do seu próprio
entendimento.
Isso porque, em resposta ao recurso da impetrante,
sustentou a D. Autoridade Coatora que:

Indeferido, posto que o candidato não apontou


que Belo Horizonte é o local que o delito se
consumou, nos modes do artigo.69, I ou 70 do
CPP.

A resposta da Banca, que beira à ininteligibilidade,


constitui Ato Ilegal e enseja intervenção do Poder Judiciário na via do
presente mandamus, de sorte a zelar pela observância dos princípios da
legalidade.

Ausência de pontuação na questão 5, item “a” e


“b”.

A pergunta formulada na questão 05, pela Banca


Examinadora foi a seguinte (realçamos):

Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10


(dez) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente
fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do
crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei
11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro
de 2009, a Defensoria Pública, em 10 de fevereiro de 2011,
requereu a progressão do cumprimento da sua pena para o
regime semiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo juízo de
execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria
necessário o cumprimento de 2/5 da pena. Considerando ter
sido procurado pela família de Caio para advogar em sua
defesa, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
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pertinente ao caso. a) Qual(is) o(s) meio(s) de impugnação da


decisão que indeferiu o pedido da Defensoria Pública? (Valor:
0,3). b) Qual(is) argumento(s) jurídico(s) poderia(m) ser
usado(s) em defesa da progressão de regime de Caio? (Valor:
0,7)

A resposta pelo examinado conforme Padrão de


Resposta (doc.anexo ) divulgado pelo impetrado, esperavam-se do
examinando os seguintes fundamentos:

a) Habeas corpus e agravo em execução penal (0,15


cada um) .
b) Tendo em vista que a norma que alterou as regras
relativas à progressão de regime possui natureza
penal(0,3)E a mais gravosa ao réu, não pode retroagir
de modo a abarcar fatos que lhe são anteriores (0,2.
No caso, o delito foi praticado antes da edição da lei ,
devendo em conseqüência, ser aplicada a fração de
1/6 para a progressão de regime.(0,2).

Sendo que a resposta da examinada foi a seguinte:

Para impugnação que indeferiu o pedido de progressão


do cumprimento da pena pedido pela defensoria Pública,
caberá recurso de agravo na forma do artigo 197 da lei
7.210/1984.
Caberá alegação de inconstitucionalidade do artigo 2º da
lei 8.072/90 que determina o cumprimento da pena de 2/5
para progressão de regime, na forma da súmula
vinculante 26 do Supremo Tribunal Federal.

No exame unificado 2010.2, que a examinada


participou, na questão também de numero 5, em pergunta idêntica:

Lucas processado em liberdade, foi condenado na 1ª


instancia à pena de 05 ( cinco) anos em regime
integralmente fechado, pelo crime de trafico de
drogas, cometido em setembro de 2006, Interpôs
Recurso de Apelação no qual foi parcialmente
provido. O tribunal alterou apenas o dispositivo da
sentença que fixava o regime em integralmente
fechado para inicialmente fechado. Após o transito
em julgado, Lucas deu inicio ao cumprimento de pena
em 10 de fevereiro de 2009. O Juízo da execução em
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10 de outubro de 2010, negou a progressão de


regime sob fundamento de que ainda não havia cumprido
2/5 da pena, em que pese os demais requisitos tenham sido
preenchidos.Diante dos fatos e da decisão acima exposta,
sendo que sua inti mação, na condição de Advogado de Lucas,
ocorreu em 11.10.2010: I. indique o recurso cabível. II.
apresente a argumentação adequada, indicando os
respectivos dispositivos legais.

Sendo cobrado como resposta pelo examinado conforme


Padrão de Resposta (doc.anexo ) divulgado pelo impetrado, o seguinte:

Agravo de Execução (art. 197, LEP). Lei 11.464/07


é posterior progressão com 2/5.

Sendo que na resposta á questão 5 do exame 2010.2


pela examinada foi a seguinte:

Poderá o réu entrar com Habeas Corpus, na forma do


artigo 647 do Código de Processo Penal. Tendo em vista
que na data do fato ainda não tinha sido promulgada a lei
11.464/2007 que estabeleceu a progressão de regime de
2/5 da pena para o apenado primário, deverá prevalecer
1/6 da pena que era o que determinada a progressão de
regime antes da entrada em vigor da referida lei. Sumula
716 STF. Devendo no entanto ser usada a lei mais
benéfica.

Assim o padrão de resposta do exame 2010.3 diverge


do exame 2010.2 em que foi formulada pela impetrante, em que foi
cobrada apenas agravo de execução, quando a examinada respondeu
Habeas corpus e não obteve nota, sendo que no exame 2010.3 em que a
examinada respondeu agravo de execução, uma vez que a banca não
tinha considerado a sua resposta no exame anterior, esta vem e muda
sua resposta adicionando Habeas Corpus ,levando com certeza a
examinada ao erro.

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E ainda quanto à questão 5, item “b” a impetrante não


considerou a resposta da examinada que alegou a inconstitucionalidade
que determina o cumprimento da pena de 2/5 para progressão de regime,
sendo que a examinada se baseou na súmula 26 do Supremo Tribunal
Federal, que dispõe o seguinte:

“Para efeito de progressão de regime no


cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a
inconstitucionalidade do artigo 2º da Lei 8.072 de
25 de julho de 1990...”

Podemos verificar da analise da súmula que quem


cometeu crime (no caso da questão, art. 33 da Lei 11.343/2006), depois
da entra em vigor da lei 8.072/90, pode progredir de regime, mas apenas
com cumprimento de 2/5 da pena, porém a súmula vinculante 26
consolidou o entendimento do STF, com uma nova realidade
constitucional consolidada no país, determinando que a pena cumprida
para progressão de regime de pena de crime hediondo e equiparados
praticados entre 23 de fevereiro de 2006 a 29 de março de 2007, haverá
progressão com 1/6 da pena efetivamente cumprida.

Como no caso da questão o crime foi praticado em


10 de novembro de 2006, é cabível argumentar a inconstitucionalidade do
artigo 2º da Lei 8.072/90, como argumentou a examinada.

Vejamos o que diz nossos tribunais sobre a súmula


26 do STF:

O enunciado nº 26 da Súmula Vinculante é cristalino ao


dizer, verbis: "Para efeito de progressão de regime de
cumprimento de pena, por crime hediondo ou equiparado,
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praticado antes de 29 de marco de 2007, o juiz da execução,


ante a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da Lei
8.072/90, aplicara o artigo 112 da Lei de Execução Penal, na
redação original, sem prejuízo de avaliar se o condenado
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do
beneficio, podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realizacao de exame criminológico".
Precedentes (RHC n. 91.300/DF, Rel. Min. Ellen Gracie,
Pleno, DJe 3.4.2009; HC n. 99.723/SP, Rel. Min. Cezar
Peluso, Segunda Turma, DJe 16.10.2009; Rcl 10103 MC,
Relator(a): Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/12/2010,
publicado em processo eletronico Dje-251, divulg 03/01/2011
public 01/02/2011).

Pertinente colacionar entendimento da D.


Procuradoria Regional da República da 4ª Região, aplicável ao caso em
apreço:

ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.


EXAME DE ORDEM. ANULAÇÃO DE QUESTÕES.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ.

Importante destacar que o entendimento do


SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA não destoa do pretendido:

1. O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que,


na hipótese de erro material, considerado aquele
perceptível primo ictu oculi , de plano, sem maiores
indagações, pode o Poder Judiciário,
excepcionalmente, declarar nula questão de prova
objetiva de concurso público. Precedentes .

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2. Hipótese em que, por perícia judicial, não


questionada pela parte ex adversa , foi constatada a
ausência de resposta correta em questão de prova
objetiva, em flagrante desacordo com o gabarito
oficial e com o edital do certame, ferindo o princípio
da legalidade.
3. Recurso especial conhecido e improvido.
(REsp 471.360/DF, Rel. Ministro ARNALDO
ESTEVES LIMA, 5ª Turma, DJ 16/10/2006 p. 415).

ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


CONCURSO PÚBLICO. CONTROLE
JURISDICIONAL. ANULAÇÃO DE QUESTÃO
OBJETIVA. POSSIBILIDADE. LIMITE. VÍCIO
EVIDENTE. ERRO MATERIAL INCONTROVERSO.
PRECEDENTES.
1. O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que,
em regra, não compete ao Poder Judiciário apreciar
critérios de formulação e correção de provas. Com
efeito, em respeito ao princípio da separação de
poderes consagrado na Constituição Federal, é da
banca examinadora desses certames a
responsabilidade pelo seu exame.
2. Excepcionalmente, em havendo flagrante
ilegalidade de questão objetiva de prova de
concurso público (exame de ordem) que possa
causar dúvida, como é o caso, bem como
ausência de observância às regras previstas no
edital, tem-se admitido sua anulação pelo
Judiciário por ofensa ao princípio da legalidade.
PRECEDENTES.
3. Recurso especial não-provido.
(REsp 731.257/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em
07/10/2008, DJe 05/11/2008).

Cabível, diante da fundamentação expendida, a


anulação da referida exigência, com atribuição de nota integral à
impetrante no que respeita ao malsinado da questão 5.

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Vale anotar que o proveito a ser alcançado neste no


item “a” é de 0,3 , e no item “b” é 0,7 , ao passo que para ser aprovada a
impetrante tem necessidade apenas 0,3 .

Pois bem.

Tal vício, como é consabido, não é passível de


convalidação , pelo que resta caracterizado, para os fins do art. 1º da Lei
nº. 12.016/2009, a violação sofrida pela impetrante.

Evidente, ainda, o prejuízo suportado pela ora


impetrante. A reprovação por falta de 0,3 ponto lhe impede, indevida
e injustificadamente, o exercício da advocacia.

Isto é dizer, a não concessão da segurança


prolongará a injustiça a qual foi submetida a ora impetrante, cujo direito
líquido e certo foi violado pela D. Autoridade Coatora.

Imprescindível, conforme discorrido, a concessão da


segurança, de sorte a determinar à D. Autoridade Impetrada que proceda
nova correção da prova prático-profissional da impetrante.

As respostas apresentadas ao recurso


administrativo da impetrante carecem de fundamentação e, portanto,
ofendem o devido processo legal.

Conforme reiterados precedentes, inclusive do


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL o princípio do devido processo legal, em
sentido lato, tem aplicação também ao processo administrativo:

"O entendimento desta Corte é no sentido de que o


princípio do devido processo legal, de acordo com o
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texto constitucional, também se aplica aos


procedimentos administrativos."
(Agravo de Instrumento nº. 592.340-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ de 14.12.2007).
"A garantia do direito de defesa contempla, no seu
âmbito de proteção, todos os processos judiciais
ou administrativos."
(Recurso Extraordinário nº. 426.147-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, DJ de 05.05.2006).

Nesse contexto, não há condições de se considerar


suficientes nem tampouco válidas as respostas apresentadas pela D.
Autoridade Impetrada ao rejeitar o recurso administrativo manejado pela
ora impetrante.

Conforme se passa a transcrever, tais respostas, com


o máximo acatamento, carregam deficiência tamanha que beira a
impossibilidade de compreensão:

Resposta a questão 2
Indeferido, posto que o candidato não apontou que
Belo Horizonte é o local que o delito se consumou,
nos modes do artigo.69, I ou 70 do CPP.

Resposta a questão 5
Indeferido o recurso. O candidato não respondeu ao
questionamento feito pelo enunciado da questão
integralmente, qual seja, apontar o(s)meio(s) de
impugnação da decisão em tela. Assim, tanto o
habeas corpus quanto o agravo em execução penal
são meios de impugnação cabíveis. Portanto, o
candidato respondeu apenas com fulcro em um
destes meios fez jus á pontuação parcial do item a.
Ademais, o verbete da Súmula Vinculante nº 26 do
STF não é aplicável ao caso da questão.

Sem o apontamento das razões de fato e de direito


que levaram ao indeferimento do recurso, não há se falar na presença do
motivo do ato administrativo, requisito este essencial à sua validade.

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Logo, é imprescindível a concessão da segurança,


ainda que em caráter subsidiário, com a finalidade de anular o ato e
atribuir nota integral à impetrante, em virtude da falta de fundamentação
e consequente ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa,
ambos abarcados na noção de devido processo legal.

Pois conforme já explanado na questão 2, item c,


constava no gabarito comentado o artigo 6º do Código Penal, portanto
cabível tal resposta.
Na questão 5 item a, a impetrada levou a examinada
a responder apenas um meio de impugnação, uma vez que não
considerou como correta a resposta da examinada no exame 2010.2
(questão 5) como habeas corpus, levando a examinada a responder
apenas agravo em execução na forma do artigo 197 da LEP.

Com relação ao item b da questão 5, ficou


demonstrado o cabimento da sumula vinculante 26 do STF, uma vez que o
condenado praticou o crime em 10 de novembro de 2006, sendo cabível a
inconstitucionalidade da lei 8.072/90 nos crimes cometidos entre 23 de
fevereiro de 2006 a 29 de março de 2007.

Do Cabimento do Mandamus

Demonstradas, pois, tamanhas ilegalidades, cumpre


reconhecer que a Autoridade Coatora violou direito líquido e certo da ora
impetrante. Afinal, conforme discorrido, não foram observados critérios de
lógica e coesão, sem prejuízo das flagrantes e reiteradas violações ao
princípio da legalidade.

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O direito líquido e certo que detém a ora impetrante


encontra eco nas lições de inúmeros doutrinadores, dentre os quais a
Professora MARIA SYLVIA ZANELA DI PIETRO 1 0 :

Originariamente, falava-se em direito certo e


incontestável, o que levou ao conhecimento de que a
medida só era cabível quando a norma legal tivesse
clareza suficiente que dispensasse maior trabalho de
interpretação.
Hoje está pacífico o entendimento de que a liquidez
e certeza referem-se aos fatos, estando estes
devidamente provados, as dificuldades com relação à
interpretação do direito serão resolvidas pelo juiz.

LÚCIA VALLE FIGUEIREDO 1 1 , por sua vez, com apoio


na lição do Min. CARLOS MÁRIO VELOSO, discorrendo sobre o tema
“direito líquido e certo”, ensina que:

Pode ocorrer de o juiz ter dúvidas de qual seja o


direito realmente aplicável para o caso concreto.
Porém, isso não é relevante. Não tira a liquidez e
certeza do direito. A propósito, se o ordenamento
jurídico assegurar direitos, há de haver
correspondente proteção no mesmo ordenamento.
Destarte, diante de ato ou fato constritivo,
incontroverso, praticado por autoridade, caberá
mandado de segurança.

Pertinente frisar que o julgamento do presente


mandamus prescinde de qualquer prova além dos documentos acostados
à petição inicial. Trata-se, portanto, de matéria unicamente de direito.

10
DI P IE TRO , Ma ria Sylvia . Dire it o A d min ist ra t ivo , S ão Pa u lo, A t la s. 1. 99 1
11
FI G UEI RE DO , L úcia V a lle . Ma nd a do d e Se gu ra n ça , Ma lh e iro s E d it o re s, 1. 99 6 ,
pg .1 4 /1 5 ;
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OZIMO COSTA PEREIRA
Advogado

Extreme de dúvidas, portanto, o cabimento da


presente impetração, tendo em conta que o ato ilegal perpetrado pela
Autoridade Coatora ofendeu direito líquido e certo da impetrante. Cabível,
ainda, a suspensão do ato ilegal, na forma da Lei nº. 12.016/2009.

Da Imperiosidade do Deferimento Liminar

7. Dispõe o artigo 7º, III da Lei nº 12.016/2009, que


regula o Mandado de Segurança:

Art.7º:- Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:


III - que se suspenda o ato que deu motivo ao
pedido, quando houver fundamento relevante e do
ato impugnado puder resultar a ineficácia da
medida, caso seja finalmente deferida [...];

Ora, consoante melhor exegese do artigo em


comento, havendo motivo relevante e possibilidade da decisão de mérito
do mandado de segurança tornar-se inócua, impõe-se ao Magistrado o
deferimento de liminar.

Tal situação resta devidamente configurada no


caso em apreço, tendo em conta que, em razão do ato ilegal, a
impetrante está impossibilitada de exercer a advocacia.

A liminar é, portanto, questão de extrema


necessidade para a impetrante. Nesse diapasão a posição de HELY
LOPES MEIRELLES 1 2 :

MEI RE LL E S, He ly L op es. Ma nd a do de Se gu ra n ça , Açã o P op u la r, A ção Civil Pú b lica,


12

Man da d o d e I n ju n ção , Hab ea s Da ta , ed . RT. , 1 .9 89 , 13 ª ed ., pg .5 1 ;


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OZIMO COSTA PEREIRA
Advogado

A liminar não é uma liberalidade da Justiça; é medida


acauteladora do direito do impetrante, que não pode
ser negada quando ocorrem os seus pressupostos.

O Superior Tribunal de Justiça, aliás, entende que:

Se presentes os pressupostos exigidos pela lei, fica


o juiz obrigado a conceder liminar em mandado de
segurança, sem sujeitá-la a qualquer exigência, sob
pena de torná-la ineficaz 1 3 .

No que diz respeito ao relevante fundamento, cabe


transcrever decisão proferida pelo MM. Juízo da 7ª Vara Cível de Curitiba
no Mandado de Segurança nº. 2009.70.00.031083-3:

É assente na doutrina e jurisprudência que o juízo de


conveniência e oportunidade referente a
determinados aspectos dos atos administrativos - ou
requisitos, ou, ainda, elementos - é de alçada
exclusiva da Administração Pública. Com efeito,
apenas o administrador tem condições de enxergar,
dentre os limites que lhe são impostos pela
Constituição Federal e pela legislação que norteia
sua atividade, qual a melhor maneira de gerir o
interesse público.
No entanto, como também é sabido, a
discricionariedade do administrador existe para lhe
garantir o necessário instrumental para atingir as
finalidades legais/constitucionais que deve perseguir.
Neste sentido, é evidentemente contrário ao
interesse público qualquer ato que, sob o escudo de
tais argumentos, viole princípios norteadores da
atividade administrativa.
Se de ato administrativo a questão trata, então
deve situar-se nas balizas impostas pela Carta
Magna, em seu artigo 37, caput: impessoalidade e
moralidade; e, principalmente, nas garantias
constitucionais ao administrado, das quais de
plano ressalta a violada isonomia (art. 5º, caput).
Ora, o impetrante demonstrou que outro
examinando (fl. 94), com resposta semelhante a
13
STJ - 2 ª Tu rma - MS 27 2 - Re l. Min . P eçan h a Ma rt in s - j. 19 . 6. 91 .
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OZIMO COSTA PEREIRA
Advogado

sua, obteve nota integral no item 3 da prova


prático profissional.
Desta forma, é possível concluir que a apreciação
do recurso interposto pecou pela disparidade,
cotejando-se as respostas dos candidatos.
Há, por conseguinte, ofensa à isonomia. Há, de
igual forma, ofensa à impessoalidade e
moralidade administrativas, o que recomenda a
reprimenda do Poder Judiciário.

No Estado de Direito, o respeito ao ordenamento


jurídico é sempre relevante, sendo o Mandado de Segurança o remédio
hábil para afastar a ilegalidade decorrente do ato que conflite com os
direitos assentados nas leis e, sobremaneira, na Constituição.

No tocante ao outro requisito para concessão da


liminar, é relevante salientar os graves prejuízos que o ato ilegal acarreta
à impetrante que se encontra impedida de exercer a advocacia, em
afronta ao princípio da livre iniciativa, insculpido na Constituição Federal.

Não se pode olvidar que o objetivo do mandado de


segurança não é a reparabilidade da lesão, mas sim obstá-la, razão pela
qual, se a ordem concedida não puder ser executada porque a ilegalidade
já se consumou, ineficaz será, face à violação de garantia constitucional.

Nesse contexto, cabível e oportuno se faz o


deferimento liminar.

III. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, além do que será suprido pelo


notório saber jurídico de Vossa Excelência, respeitosamente, requer:

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Advogado

a) a concessão de LIMINAR, inaudita altera pars ,


com a finalidade de cassar o ato impugnado para:

a-1) reconhecida a ilegalidade da exigência


consubstanciada no item c da questão 2, atribuir pontuação integral (0,2)
à impetrante neste quesito;
a-2) reconhecida a ilegalidade da exigência
consubstanciada no item a da questão 5, atribuir pontuação integral (0,3),
à impetrante neste quesito;
a-3) reconhecida a ilegalidade da exigência
consubstanciada no item b da questão 5, atribuir pontuação integral (0,7),
à impetrante neste quesito

b) seja reconhecida a incoerência e falta de


razoabilidade na correção do item c da questão 2 da prova prático-
profissional, determinando à D. Autoridade Coatora que proceda, no
prazo de 10 (dez) dias, à nova correção da questão prova prático-
profissional da ora impetrante.
c) determinar, de qualquer sorte, à D. Autoridade
Coatora que proceda, no prazo de 10 (dez) dias, à nova correção da
questão 5 itens a e b, da ora impetrante.

d) sucessivamente , em caso de não deferimento de


nenhum dos pedidos anteriores, seja a liminar inaudita altera pars
deferida com a finalidade cassar a correção dos recursos interpostos pela
impetrante, por absoluta falta de fundamentação das respostas, atribuindo
nota integral à impetrante, sobretudo nos itens c da questão 2 e itens a
e b da questão 5, da prova prático-profissional.

e) com o deferimento de um ou mais itens anteriores,


havendo majoração da nota da impetrante para grau igual ou superior a
6,0 (item 4.5.5 do Edital), seja determinada a imediata inclusão da
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OZIMO COSTA PEREIRA
Advogado

impetrante no rol de aprovados no Exame de Ordem 2010.3, com a


expedição da competente certidão de aprovação em seu favor,
autorizando, pois, sua inscrição definitiva como advogada.

f) a notificação da Autoridade Coatora, no endereço


constante do preâmbulo, para, querendo, prestar as informações que
julgar convenientes, no prazo legal, dando ciência ainda à pessoa jurídica
a qual se encontra vinculada (Ordem dos Advogados do Brasil), para os
fins do art. 7º, II da Lei nº. 12.016/2009;

g) a intimação do Representante do Ministério Público


Federal para intervir no feito;

h) ao final, com ou sem o deferimento liminar, seja


JULGADO PROCEDENTE o presente mandamus e concedida em
definitivo a segurança com a finalidade de cassar o ato impugnado e:

h-1) reconhecida a ilegalidade da exigência


consubstanciada no item c da questão 2, atribuir pontuação integral (0,2)
à impetrante neste quesito;
h-2) reconhecida a ilegalidade da exigência
consubstanciada no item a da questão 5, atribuir pontuação integral (0,3),
à impetrante neste quesito;
h-3) reconhecida a ilegalidade da exigência
consubstanciada no item b da questão 5, atribuir pontuação integral (0,7),
à impetrante neste quesito

i) com o deferimento de um ou mais itens anteriores,


havendo majoração da nota da impetrante para grau igual ou superior a
6,0 (item 4.5.5 do Edital), seja determinada a imediata inclusão da
impetrante no rol de aprovados no Exame de Ordem 2010.3, com a

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OZIMO COSTA PEREIRA
Advogado

expedição da competente certidão de aprovação em seu favor,


autorizando, pois, sua inscrição definitiva como advogada.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio Branco do Sul, 25 de julho de 2011.

OZIMO COSTA PEREIRA


OAB/PR 37.375

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