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Inicialmente a parte autora declara-se pobre na forma da lei, tendo em vista não
ter condições de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento
próprio ou de sua família, razão pela qual comparece assistido pela Defensoria Pública do
Estado do Ceará, autorizada a atuar por força dos artigos 1º e 4º inc. IIII da Lei Complementar
Federal nº 80/94.
Assim, requer preliminarmente os benefícios da gratuidade judiciária, tendo
em vista enquadrar-se na situação legal prevista para sua concessão (artigo 98 caput e §1º, §5º
DO E-MAIL DO PETICIONÁRIO
À luz do que dispõe o art. 976 do Código de Processo Civil, vale asseverar que o
caso em tela não se trata de demanda repetitiva, tampouco configura risco de ofensa à isonomia
ou à segurança jurídica.
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CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em
outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço
estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI
- os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de
documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes
ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro,
averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício
tenha sido concedido.(….) § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução
percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
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L.C.F nº 80/94. Art. 128. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública do Estado, dentre outras que a lei local estabelecer:
I - receber intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição, contando-se-lhe em dobro todos os prazos;
Vale ressaltar que a representante dos autores deverá ser intimada pessoalmente,
quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ele possa ser
realizado ou prestado, em virtude de não se encontrar assistido por advogado, mas sim por
Defensor(a) Público(a) Estadual (cf. artigo 334, §3º c/c artigo 186, §2º do CPC/153).
DOS FATOS
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CPC/15. Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o
juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos
20 (vinte) dias de antecedência. (…) § 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. Art. 186. A Defensoria
Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. (…) § 2o A requerimento da Defensoria Pública, o juiz
determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela
possa ser realizada ou prestada.
Ocorre que, ao comparar o contrato pactuado com a nova creche escolhida com
o assinado à época da Tia Laiz, o Requerido tomou ciência da abusividade em relação à cobrança
indevida cobrança da taxa de matrícula, no valor de R$ 250 (duzentos e cinquenta reais),
cobrados de forma avulsa no ato da matrícula, restando claro que tal cobrança resultaria em uma
13ª parcela a ser paga.
A primeira questão que releva esclarecer diz à falácia alegada pela Requerida, de
que teria conferido descontos ao Requente, correspondentes à devolução da taxa de matrícula.
O Requerente, ao escolher a instituição de ensino para o seu filho Pery, buscou
primou pela escolha de uma instituição de ensino que atendesse a 03 (três) requisitos, a saber:
(i) a qualidade da escola, (ii) a proximidade da casa do Requerente e o (iii) preço acessível a seu
apertado orçamento. Nesse sentido, levando em consideração o último critério, o Sr. Maurício
recebeu um folheto de divulgação da escola que informava acerca dos serviços e dos preços
decorrentes de cada um.
DO DIREITO
Nesse sentido, a Lei 9.870/99 trata das anuidades escolares e é essa legislação
que utilizaremos para pautar o raciocínio do presente imbróglio jurídico.
A seu turno, o Código de Defesa do Consumidor determina em seu art. 39, verbis:
DO CONTRATO DE ADESÃO
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos
ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
conteúdo.
Portanto, é nítido que da mesma forma que uma cobrança indevida gera a
possibilidade do ressarcimento em dobro, é correto entender que a cobrança que fizeram ao
Requerente como condição para a inscrição e matrícula do filho, sendo ela indevida, e não tendo
o Recorrente sucesso administrativamente, forçando-se a buscar o seu direito por via judicial, é
nítido que, por analogia, o Requerente também terá o direito ao ressarcimento em dobro.
O OBJETO DA AÇÃO:
DOS PEDIDOS
Assim com fundamento no artigo 6º, inciso VIII e artigo 54; 229 do Código de
Defesa do Consumidor; além da Lei 9.870/99, artigo 1, §5 e demais dispositivos legais
correlatos, requer a Vossa Excelência:
1) o recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319, inciso II, e
§2º e 3º do CPC/154);
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CPC/15. Art. 319. A petição inicial indicará: (II) os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão,
o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu; (…) § 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for
possível a citação do réu. § 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de
tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
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Lei nº 5.478/68. Art. 5º O escrivão, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá ao devedor a segunda via da petição ou do termo,
juntamente com a cópia do despacho do juiz, e a comunicação do dia e hora da realização da audiência de conciliação e julgamento. § 1º. Na
designação da audiência, o juiz fixará o prazo razoável que possibilite ao réu a contestação da ação proposta e a eventualidade de citação por
edital.§ 2º. A comunicação, que será feita mediante registro postal isento de taxas e com aviso de recebimento, importa em citação, para todos
os efeitos legais. (…) § 6º. O autor será notificado da data e hora da audiência no ato de recebimento da petição, ou da lavratura do termo.
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CPC/15. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em
outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço
estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários
do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido
em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; VIII - os depósitos
previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da
ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou
qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido
concedido.(….) § 5o A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual
de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
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Lei nº 5.478/68. Art. 5º O escrivão, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá ao devedor a segunda via da petição ou do termo,
juntamente com a cópia do despacho do juiz, e a comunicação do dia e hora da realização da audiência de conciliação e julgamento. § 1º. Na
designação da audiência, o juiz fixará o prazo razoável que possibilite ao réu a contestação da ação proposta e a eventualidade de citação por
edital.§ 2º. A comunicação, que será feita mediante registro postal isento de taxas e com aviso de recebimento, importa em citação, para todos
os efeitos legais. (…) § 6º. O autor será notificado da data e hora da audiência no ato de recebimento da petição, ou da lavratura do termo.
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CPC/15. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (…) § 2o Os honorários serão
fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (…) § 8o Nas causas
em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos
honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o.
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CPC/15. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: (…) III - na ação de alimentos, a soma
de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;