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PEDIDO DE TUTELA
DA TUTELA ANTECIPADA
Para ficar claro o que se pretende com a presente tutela é o que segue:
- Retirar o nome do SPC do Autor, tendo em vista está desde 2016 nessa situaçã o, sem
poder efetuar qualquer tipo de compra, além de NUNCA ter sido notificado pelo
Requerido;
- Suspender os descontos em sua folha de pagamento de uma “taxa” de Cartã o de Crédito,
pois somente teve ciência dos descontos apó s avaliar seu contracheque e pedir junto ao
Banco onde recebe informaçõ es, assim foi possível verificar que os descontos ocorrem
desde o ano de 2013 e se prolonga até os dias de hoje, o Autor cancelou o Cartã o já se faz
03 anos e a data de validade do Cartã o expirou em 2018 e ainda sim vem em sua folha de
pagamento desconto.
Entã o o Autor requer nos termos dos arts. 294, 300, “caput”e §3º do CPC, sejam
ANTECIPADOS OS EFEITOS DA TUTELA PLEITEADA, para que seja retirado o seu nome do
SCPC, bem como seja cancelado a prestaçã o de Cartã o de Crédito fornecido pelo Requerido
e que sejam suspensas todas e quaisquer cobranças até o final da lide.
DOS FATOS
O Requerente afirma que em meados de 2011 celebrou contrato de Empréstimo
Consignado com o banco Requerido, tendo por objeto o valor financiado de R$7.612,16,
com valor liberado de R$4.386,32.
DO DIREITO
DOS CONTRATOS EM GERAL
Os contratos pressupõ em, antes de tudo, um negó cio jurídico vá lido e de acordo
com a forma prescrita em lei.
Ainda devemos ressaltar que tais taxas abusivas ferem diretamente e Lei de Usura,
É desnecessá rio afirmar que taxas de juros nesses patamares, praticadas regularmente no
mercado, constituem vantagem exagerada à quele que concede o crédito, pois ofendem
princípios fundamentais do direito e revelam-se excessivamente onerosas ao mutuá rio. E
conclui que "com fundamento do Decreto 22.626 /33, no Có digo Civil Brasil, art. 591, e no
Có digo de Defesa do Consumidor, entendo que a taxa dos juros contratuais, sejam
morató rios, sejam remunerató rios, nã o pode ser superior a 12% ao ano, sob pena de
reduçã o".
Concomitantemente à questã o apresentada acima, os contratos contêm clá usulas
que nã o possibilitam a percepçã o e o entendimento por parte do cliente. Sã o cláusulas
normalmente iníquas ou abusivas, desfavorá veis ao cliente, que disseminadas no extenso e
compacto conteú do do contrato, sugerem a nã o leitura.
A Lei nº 8.078/90 dispõ e em seu ART. 46, que:
Por sua vez, o art. 39, inciso V, e art. 51, inciso IV, ambos do CÓ DIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR dispõ em sobre a inexigibilidade das clá usulas abusivas.
Consoante ao exposto a Resoluçã o nº 1.271 de 29 de março de 2006, prevê que:
O artigo 42, pará grafo ú nico do CDC prevê a repetiçã o de indébito, quando o
consumidor é cobrado indevidamente.
Vale ressaltar, decisã o do TJRN – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte:
III- Que seja convertida em definitivo a tutela antecipada para retirar o nome do
Autor do SPC e suspender qualquer tipo de desconto na folha de pagamento o
Autor;
IV- Oficie-se ao SPC e ao Município de Betim/MG, sob pena de multa diá ria;
V- Que se conceda a inversã o do ô nus da prova, de acordo com o art. 6º, VIII, do
CDC;
VII- Condenar a pagar, a parte Autora, uma indenizaçã o por danos morais (art. 5º.
CF/88 c/c arts. 6º, inciso VI, e 14 do CDC), em montante a ser arbitrado por
este juízo, sugerindo-se, com base na capacidade financeira das partes e no
grau e extensã o do dano, o valor correspondente a R$7.000,00, como
parâmetro mínimo;
IX- Que seja reconhecida a nulidade das clá usulas abusivas de juros exorbitantes;
DAS PROVAS
Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em
direito, em especial a juntada de novos documentos, tudo desde já requerido.
Nestes termos;
Pede deferimento.