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DOS FATOS
O Autor, pessoa aposentada pelo LOAS/BPC devido a sua visão e
epilepsia (sentença em anexo), sendo instruído e induzido por INSITÊNCIA,
acabou realizando a contração de cartão de crédito com a financeira 2º
Requerido, no qual o 1º Requerido é quem faz a administração.
O Autor, pagou de forma parcela a fatura do mês de julho do ano
corrente (em anexo fatura e comprovante de pagamento).
O referido cartão (em anexo), foi bloqueado.
Ocorre que o Autor está sendo cobrando pela fatura que pagou.
Sendo que o mesmo, já chegou até procurar o PROCON (em anexo),
porém sem êxito, persistindo a cobrança do que já foi pago.
Ademais, o beneficio assistencial de amparo ao deficiente frisa-se,
beneficio de espécie que veda concessão de empréstimo consignado, logo, o
fornecimento de cartão de crédito, por se tratar também de operação financeira
É VEDADO.
Ressalta-se que as obrigações foram contraídas de forma misteriosa,
sem qualquer contrato, tão pouco informações da mesma sobre a suposta
contratação.
Além de não explicar para o Autor como funciona cartão de crédito, não
explicou também como funciona a questão do parcelamento de fatura, que ao
pagar todo mês a fatura, acaba parcelando e aumenta ainda mais os juros e a
dívida nunca é quitada.
O suposto negócio jurídico não houve qualquer tipo de contrato
fornecido para o Autor, como também, pessoas como o Autor, é vedado pela
LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993, a concessão de empréstimo
consignado, logo, por interpretação extensiva, o fornecimento de cartão de
crédito, por se tratar também de operação financeira É VEDADO.
Tal vedação para pessoas como o Autor é até noticiário de jornais,
vejamos:
- Recebo o benefício da Loas, posso fazer empréstimo?
https://noticias.r7.com/prisma/o-que-e-que-eu-faco-sophia/recebo-o-beneficio-
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da-loas-posso-fazer-emprestimo-14022019 Acesso em 07 de ago de 2019 às
14h05
DA TUTELA ANTECIPADA
O Autor requer nos termos dos artigos 294, 300, 303 e seguintes do
CPC, sejam ANTECIPADOS OS EFEITOS DA TUTELA PLEITEADA,
determinando a suspensão imediata das cobranças indevidas e futuras até o
julgamento final do litígio, uma vez que preenche os requisitos autorizados de
tal instituto.
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A credibilidade das alegações do Autor é inquestionável, uma vez o
Autor tem dificuldades de pagar as faturas, bem como ao parcelar a fatura todo
mês torna ainda mais prejudicial ao mesmo, tendo em vista o cálculo de novos
juros abusivos e a extensão da “suposta” dívida que pode tornar sem fim,
colocando em risco eminente sua subsistência e de sua família, sustentando
desta forma demonstrada a verossimilhança exigida.
Oportuno que se ressalte não há perigo de irreversibilidade no
deferimento do que ora se pleiteia o que demonstra o cabimento do pedido.
DO DIREITO
Tendo em vista os fatos mencionados, é evidente que o Autor foi
dolosamente ludibriado, tratando-se, pois, de defeito do negócio jurídico.
O Código Civil, em seu artigo 145, traz a possibilidade de anulação em
casos como este:
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este
for a sua causa.
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Ora excelência, todos os requisitos são cumpridos, sendo evidente o
dolo, ao enganar o Autor pessoa com problemas de visão e epilepsia, conforme
se comprova por toda documentação acostada aos autos.
Ademais, comprovados os fatos, dever-se-á ser aplicado o artigo 182 do
Código Civil, que nos traz a seguinte redação:
Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao
estado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível restituí-
las, serão indenizadas com o equivalente.
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FOLHA DE PAGAMENTO. RELAÇÃO DE CRÉDITO NÃO
COMPROVADA. ÔNUS DA PROVA CABÍVEL À PRESTADORA DE
SERVIÇOS DE ORDEM FINANCEIRA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO
6, INCISO VIII, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
NECESSÁRIA RESTITUIÇÃO ANTE À ABUSIVIDADE DA
COBRANÇA. REPETIÇÃO DO INDÉBITO DE FORMA DOBRADA.
AUSÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL. INCIDÊNCIA DO ARTIGO
42 DO CDC. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS QUE OBSERVAM O
DISPOSTO NO ARTIGO 21 DO CPC. APELAÇÃO CONHECIDA E
DESPROVIDA. SENTENÇA MANTIDA. CIVIL E PROCESSUAL
CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS.
APELAÇÃO. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. EMPRÉSTIMO
BANCÁRIO CONSIGNADO. DESCONTOS INDEVIDOS EM
PROVENTOS DE IDOSO APOSENTADO. SENTENÇA QUE
DETERMINOU A DEVOLUÇÃO DOS VALORES DESCONTADOS,
BEM COMO A CONDENAÇÃO DO BANCO APELANTE POR
DANOS MORAIS. IRRESIGNAÇÃO. ALEGAÇÃO NO SENTIDO DE
QUE FOI EFETIVAMENTE FIRMADO O CONTRATO COM O
AUTOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO NESSE SENTIDO.
APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.078/90. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
FORNECEDOR. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DEFICIENTE.
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. RESTITUIÇÃO DEVIDA. DANO
MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO. FIXAÇÃO
EM PATAMAR RAZOÁVEL. MANUTENÇÃO DO DECISUM.
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. O desconto consignado em pagamento de
aposentado junto ao INSS, levado a efeito por instituição bancária,
sem a autorização daquele, e ausente a devida pactuação contratual
que lhe dê o devido suporte, justifica a fixação da reparação por
danos morais. (TJ-RN - AC: 89880 RN 2011.008988-0, Relator: Des.
Amaury Moura Sobrinho, Data de Julgamento: 08/08/2011,3ª Câmara
Cível, )
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Relator: Christine Santini, Data de Julgamento: 16/02/2016, 1ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 17/02/2016)
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mandatários ou prepostos a movimentar a conta, número de inscrição
no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos,
devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente;
(Redação dada pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
II - endereços residencial e comercial completos; (Redação dada
pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
III - número do telefone e código DDD;
IV - fontes de referência consultadas;
V - data da abertura da conta e respectivo número;
VI - assinatura do depositante. (Grifos nosso)
Parágrafo 1º Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por
pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser
identificado o responsável que o assistir ou o representar. Resolução
n° 2.025, de 24 de novembro de 1993 2 Parágrafo 2º Nos casos de
isenção de CPF e de CNPJ previstos na legislação em vigor, deverá
esse fato ser registrado no campo da ficha-proposta destinado a
essas informações. (Redação dada pela Resolução nº 2.747, de
28/6/2000.)
Art. 2º A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá
conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes
assuntos:
I - saldo exigido para manutenção da conta; (Redação dada pela
Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
II - condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques;
III - (Revogado pela Resolução nº 2.303, de 25/7/1996.)
IV - obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo
depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos
documentos referidos no art. 1º desta Resolução; (Redação dada
pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
V - inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de
Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da regulamentação em
vigor, no caso de emissão de cheques sem fundos, com a devolução
dos cheques em poder do depositante à instituição financeira;
(Redação dada pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
VI - informação de que os cheques liquidados, uma vez
microfilmados, poderão ser destruídos; (Redação dada pela
Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
VII - procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento
da conta de depósitos, respeitado o disposto no art. 12 desta
Resolução. (Incluído pela Resolução nº 2.747, de 28/6/2000.)
Parágrafo único. (Revogado pela Resolução nº 2.303, de 25/7/1996.)
Art. 3º As informações constantes da ficha-proposta, bem como os
elementos de identificação e localização do proponente, devem ser
conferidos à vista de documentação competente, observada a
responsabilidade da instituição pela verificação acerca da exatidão
das informações prestadas. (Redação dada pela Resolução nº 2.953,
de 25/4/2002.)
Parágrafo 1º A execução dos procedimentos de que trata este artigo
pode ser atribuída a correspondentes contratados nos termos da
Resolução 2.707, de 30 de março de 2000, e regulamentação
posterior, não desonerando o gerente responsável pela abertura da
conta de depósito e o diretor designado nos termos do art. 15 desta
resolução da responsabilidade pelo cumprimento das disposições
previstas na legislação e na regulamentação em vigor. (Redação
dada pela Resolução nº 2.953, de 25/4/2002.) Parágrafo 2º A
instituição deve adequar seus sistemas de controles internos voltados
para as atividades de abertura e acompanhamento de contas de
depósitos, implantados nos termos da Resolução 2.554, de 24 de
setembro de 1998, com vistas a prever o monitoramento das
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atribuições conferidas na forma do parágrafo 1º, bem como adotar
políticas e Resolução n° 2.025, de 24 de novembro de 1993 3
procedimentos, incluindo regras rígidas do tipo "conheça seu cliente",
que previnam a utilização das respectivas instituições,
intencionalmente ou não, para fins de práticas ilícitas ou fraudulentas.
(Redação dada pela Resolução nº 2.953, de 25/4/2002.)
Parágrafo 3º A prerrogativa de atribuir a execução dos procedimentos
pertinentes à abertura de contas de depósitos a correspondentes, na
forma prevista no parágrafo 1º, dependerá da prévia adequação dos
sistemas de controles internos referida no parágrafo 2º. (Incluído pela
Resolução nº 2.953, de 25/4/2002.)
Parágrafo 4º A instituição deve manter arquivadas, junto à ficha-
proposta de abertura da conta de depósitos, cópias legíveis e em
bom estado da documentação referida neste artigo. (Incluído
pela Resolução nº 2.953, de 25/4/2002.) (Grifos nosso)
Art. 4º As fichas-proposta, bem como as cópias da documentação
referida no artigo anterior, poderão ser microfilmadas, decorrido o
prazo mínimo de 5 (cinco) anos, observada a regulamentação
vigente.
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No que se refere ao quantum referente à indenização ressaltasse o grau
da lesão e a capacidade financeira do ofensor, devendo esta cumprir também
sua função punitiva evitando a reincidência dos fatos ocorridos.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, reclama:
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VIII - Que se conceda a inversão do ônus da prova, de acordo com o
artigo 6º, inciso VIII do CDC;
DAS PROVAS
Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de provas
admitidos em direito, juntada de novos documentos, depoimentos pessoais e
inquirição de testemunhas (oportunamente arroladas), tudo desde já requerido.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A Autor não possui condições de arcar com as custas processuais sem
prejuízo de sua subsistência e de sua família, assim requerendo lhe seja
deferido o Benefício da Gratuidade da Justiça, declarando para os devidos fins
ser pobre, não tendo como arcar com o pagamento de custas processuais e
demais despesas.
DO VALOR DA CAUSA
Para fins de alçada dá-se a presente o valor de R$11.580,14.
Nestes termos;
Pede deferimento.
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