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PARTE AUTORA/REQUERENTE
PARTE REQUERIDA
1.NOME BANCO C6 S.A.
3.ENDEREÇO Complemento:
Rua: Tomaz Tajra, n.º 766 – Edifício João Luiz Moura, Sala 09, Bairro: Jóquei – Teresina/PI –
CEP: 64048-380 -
O autor(a), através do(s) seu(s) advogado(s), que esta subscreve(m), com escritório
localizado na Rua Tomaz Tajra, n.º 766 – Edifício João Luiz Moura, Sala 09, Bairro: Jóquei – Teresina/PI;
vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
I – PRELIMINARMENTE
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Além disso, é notória a conduta da parte contrária em casos semelhantes ao em
apreço, sendo possível concluir que eventual tentativa de conciliação (audiência) seria
inócua.
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Da análise do Histórico de Consignações no benefício previdenciário da parte
Autora, depreende-se que foi gerado, por ação da parte Requerida, o contrato de
empréstimo acima nominado e que se pretende seja declarada sua inexistência, pois
em momento algum pretendeu o que ele materializa.
Ora, infelizmente, pessoas como a parte Autora, idoso, costumam ser alvo de
fraudes por partes de indivíduos que se dizem representantes dessas Instituições
Financeiras, por serem hipossuficientes em excelência, tornando fáceis de ludibriar,
sem ter a real noção do contratado por este ato.
Na hipótese, nem mesmo é possível afirmar que isso ocorreu, pois nada foi
apresentado em resposta a requerimento administrativo da parte Autora – documento
anexo, que demonstrasse a existência do contrato e a legalidade das consignações
efetivadas mensalmente.
III – DO DIREITO
Inicialmente, ressalta-se que para haver uma relação jurídica contratual são
necessários certos elementos, quais sejam: a) agente capaz; b) objeto lícito; c) forma
prescrita ou não defesa em lei; d) manifestação de vontade e/ou consentimento.
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Em que pese tais requisitos, cabe aqui tecer alguns comentários somente a
respeito da manifestação de vontade, já que esta inexistiu no caso em evidência. Nesse
contexto, tal tema encontra-se, de maneira interpretativa, no artigo 186 do Código Civil.
Pois bem, neste caso pode-se observar a violação do aludido artigo, uma vez
que a parte ré agiu dolosamente na celebração do contrato de empréstimo incluindo a
rubrica “consignação empréstimo bancário” sem o consentimento expresso e
conhecimento do Autor.
Além disso, nota-se também que a instituição financeira, ora ré, não agiu com
boa-fé objetiva, isto é, violou o dever de probidade, lealdade, transparência, etc.
com a contratante.
Da mesma forma há violação ao CDC, mais precisamente do artigo 6º, inciso III,
visto que este determina a adequada informação sobre os diferentes produtos e serviços
contratados, o que, evidentemente, faltou no caso em tela, pois jamais foi interesse da
Requerente este serviço. Por conseguinte, requer a declaração de
inexistência/nulidade do contrato, dado que a autora não pactuou de forma livre,
consciente e expressa o suposto contrato celebrado.
Nesse sentido, deve o banco assumir o ônus de arcar com prejuízos decorrentes
de sua omissão, reparando os danos causados ao autor que foi surpreendido com a
redução de seus proventos, sem ao menos receber qualquer vantagem em troca.
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III.III – DO DIREITO À RESTITUIÇÃO EM DOBRO
Resta claro que os descontos efetuados pela Requerida no benefício do(a) Autor(a),
são indevidos, o que culmina na incidência das disposições do CDC ao caso em exame,
devendo a questão da repetição do indébito ser analisada à luz dos seus postulados.
Observe-se que, a repetição de indébito deve ser aplicada sempre que o fornecedor
(direta ou indiretamente) cobrar e receber, extrajudicialmente, quantia indevida. Nesse sentido,
“in verbis”:
Art. 42. Parágrafo único do CDC: “O consumidor cobrado em
quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável”.
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Código Civil
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo ÚNICO. “Haverá obrigação de reparar o
dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem”
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Portanto, tendo em vista as especificidades da causa em fomento o arbitramento
do dano moral em R$ 10.000,00 (dez mil reais) é o tido como justo para reparar o
sofrimento da Autora, bem como para penalizar educativamente à Requerida, para que
esta melhore seus canais de atendimento e busque efetivamente resolver as questões
no âmbito administrativo, evitando a busca do Poder Judiciário que deve se ocupar de
assuntos de maior relevância.
V - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS
Tendo em vista que o autor não teve acesso aos documentos referentes ao
seu suposto contrato de empréstimo, requer seja oficiado o banco réu para que junte aos autos a
documentação referente à autora no prazo de 05 dias, sob pena de multa diária a ser fixada por
este juízo. Sendo que tal ato tem o condão de verificar a veracidade dos fatos aqui narrados,
bem como determinando a baixa do débito automático e, ao final, julgar procedente os pedidos
formulados pelo requerente.
VI – DOS PEDIDOS
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Isto posto, REQUER:
a) A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, conforme
artigos 98 a 102 do CPC;
b) Com fulcro no art. 319, VII, do NCPC, seja dispensada a designação de
audiência de conciliação e mediação, requerendo, pois, o prosseguimento do feito;
c) Que seja recebida, autuada e devidamente processada a presente Ação pelo
PROCEDIMENTO COMUM (Art. 318 e segs. do NCPC), com tramitação preferencial,
nos termos do Estatuto do Idoso, bem como do art. 1048, inciso I, do NCPC, devendo,
assim, receber o processo identificação própria e diferenciada;
d) A citação da parte requerida, via postal, por meio de carta com AR (aviso de
recebimento), ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incs. I e V, do
NCPC, para que a mesma tome conhecimento da ação e manifeste-se quanto ao
requerimento de dispensa da audiência de conciliação, e sim assim concordar, que
apresente contestação no prazo que lhe defere a lei, sob pena de revelia e confissão;
e) Que caso Vossa Excelência julgue necessário, determine na forma dos arts.
396 e seguintes do NCPC, que a parte Requerida exiba o CONTRATO de número
constante no início desta petição, bem como o comprovante de entrega dos valores
objeto do contrato à parte Autora (de uma vez que deixou de fazê-lo em atendimento a
requerimento administrativo, cfe. cópia anexa); ou outros documentos que entenda
Vossa Excelência indispensáveis à comprovação do alegado, tudo na forma dos arts.
399 e seguintes e sob pena de aplicação das sanções legais previstas no citado diploma
legal.
f) Que seja consolidada, diante do que dispõe o art. 6º, VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, a inversão do ônus da prova em benefício da parte Autora,
tendo em vista o verdadeiro “abismo” social/econômico que existe entre as partes, a
verossimilhança das alegações e o grau de fragilidade econômica e intelectual da parte
Requerente.
g) Que seja reconhecida a responsabilidade objetiva da Requerida, com fulcro
no art. 14 do CDC e SÚMULA 479 DO STJ;
h) Que seja a ação julgada procedente, declarando-se nulo ou inexistente o
contrato acima indicado, que vem sendo utilizado para os descontos mensais do
Benefício Previdenciário de renda mínima da parte Autora – histórico de consignações
anexo – suspendendo em definitivo quais desconto decorrentes do mesmo e, ainda,
condenando-se a Requerida:
I) A repetição do indébito, nos termos do artigo 42, parágrafo único, da Lei
8.078/90, Código de Defesa do Consumidor, ressarcindo a parte Autora em dobro o que
cobrou indevidamente;
II) A indenizar a parte Promovente pelos danos morais injustamente suportados,
pois, por culpa exclusiva da Demandada, que praticou atos que causou dor, abatimento
psicológico, sofrimento, enfim, forte abalo emocional e financeiro aquela, gerando,
assim, um dano moral que reclama reparação ou um lenitivo em forma de pecúnia, em
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quantia a ser definida por arbitramento de Vossa Excelência, considerando para tanto, o
constrangimento gerado à parte Autora, pela impossibilidade de utilização da totalidade
de seus recursos, bem como o caráter punitivo e inibidor a quem provocou, evitando que
novos casos se verifiquem;
III) Por tratar-se de demanda que envolve unicamente questões de direito, e
uma vez que todas as provas devem ser apresentadas junto com a Contestação,
REQUER seja feito o julgado antecipado, na forma do que dispõe o art. 355, I do NCPC
c/c art. 595 do CC;
IV) Em sendo considerada a presente demanda procedente, REQUER
aplicação de MULTA diária no importe de R$ 200,00 (duzentos reais), caso a Requerida
não cumpra a r. sentença proferida, de acordo com o previsto no art. 536, § 1º, do
NCPC;
V) A condenação da parte requerida ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios, estes a serem arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o
valor da total condenação;
VI) Requer, outrossim, provar o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente através dos documentos acostados e depoimento pessoal de
representante da Demandada RUA TOMAZ TAJRA Nº 766, ED. JOÃO LUIZ MOURA,
SALA 09, BAIRRO JOQUEI, TERESINA- CEP: 64.048-380 – TEL. (86) 98104-1536 12
E-MAIL: acordos2022@hotmail.com
Dá-se a causa para efeitos meramente legais, o valor de R$ 10.000,00 (Dez mil
reais).
Nestes Termos, Pede Deferimento.
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