AO JUÍZO DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO

LUÍS - MA

POSTO MAGNOLIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,

inscrita no CNPJ nº 35.123.447/0001-32, com sede na BR–316, KM–261, bairro
Centro, CEP: 65.300-000, Santa Inês/MA, vem, perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu advogado signatário, conforme mandato procuratório em
anexo, que recebe as correspondências de praxe e estilo no endereço constante
do rodapé, com fulcro no art. 700, I do CPC, propor

AÇÃO MONITÓRIA

em face de TRANSPRIME CONSTRUCOES E

FORNECIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ nº 07.989.470/0001-79, sito à RODOVIA BR 135, nº 152, bairro Centro,
CEP: 65.468-000, Matões do Norte/MA, o que o faz mediante as seguintes razões
de fato e de direito a seguir expostas:

Praça Benedito Leite, 264 , Centro, São Luis-MA, CEP: 65.010-080 Tel.:
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1. DOS FATOS

A Requerente é empresa atuante no ramo varejista de

combustíveis para veículos, conforme se verifica do contrato social anexo.
Em decorrência disso, as partes realizaram negócio de compra
e venda de combustíveis. Ocorre que, embora tenha recebido o produto,
conforme comprovantes de recebimento anexados às notas fiscais, a Requerida
não efetuou com a sua contraprestação, posto que permanecem inadimplentes
quanto aos valores abaixo:

VENCIMENTO VALOR BASE VALOR CORRIGIDO JUROS TOTAL

15/01/2017 R$ 39.456,23 R$ 42.676,31 R$ 13.229,65 R$ 55.905,96
16/012017 R$ 9.360,08 R$ 10.123,97 R$ 3.138,43 R$ 13.262,40
- R$ 48.816,31 - - -
TOTAL GERAL R$ 69.168,36

Desse modo, a Ré permanece inadimplente com o valor

originário de R$ 48.816,31 (quarenta e oito mil, oitocentos e dezesseis reais e
trinta e um centavos), conforme documentos anexos.
Nos termos da planilha de cálculos alhures, a dívida atualizada
até 31/07/2019, perfaz a monta de R$ 69.168,36 (sessenta e nove mil, cento e
sessenta e oito reais e trinta e seis centavos), com correção monetária pelo
INPC e juros simples de 1% a.m.
Cumpre-se ainda informar, Excelência, que a Autora, por
inúmeras vezes, esforçou-se para receber o crédito para com a Requerida,
entretanto, a mesma, de maneira corriqueira esquivava-se, e ainda se esquiva,
para adimplir com a obrigação outrora compactuada.
Assim sendo, diante das tentativas frustradas, não restaram
alternativas à Autora senão se socorrer ao Poder Judiciário para fins de então
poder vir a serem satisfeitas tudo aquilo que de justo e de direito a pertence e
lhe é devido.

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2. DO DIREITO

Conforme preceitua o artigo 700 do CPC, a propositura de Ação

Monitória exige apresentação de prova escrita, sem eficácia de título
executivo, porém, dotada de poder de convencer o juiz sobre a existência do
crédito que se busca, para que se possa alcançar a constituição de título
executivo, vejamos:

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;

Desta feita, as notas fiscais, os comprovantes de recebimento e

os boletos que instruem a presente exordial, todos referentes às compras
realizadas pela Requerida no período já informado, embora não configurem
título executivo extrajudicial, se constituem em prova escrita suficiente para
instruir a presente monitória.
Nesse sentido, é o entendimento jurisprudencial recente:
Apelação Cível. Embargos opostos à Ação Monitória.
Julgamento de origem mantido. As notas fiscais acostadas pela
autora são documentos hábeis a embasar a ação monitória. O
procedimento em voga não exige prova robusta, estreme de
dúvida, bastando que tenha forma escrita e que seja suficiente
para influir na convicção do magistrado acerca do direito
alegado, como ocorrera no caso em apreciação. A apelante
reconheceu o crédito da monitória materializado nas notas
fiscais de nºs. 007165, 007145, 007226 e 007171, deixando de
produzir prova capaz de impedir, modificar ou extinguir o
direito da apelada, a teor do artigo 333, II, do CPC. Não há que
se falar em deficiência quanto a demonstração do negócio
jurídico que deu ensejo à cobrança em questão. Recurso, à
unanimidade, conhecido e improvido. (TJ-PI - AC:
00030065920108180140 PI 201200010028050, Relator: Des.
Ricardo Gentil Eulálio Dantas, Data de Julgamento:
16/03/2016, 3ª Câmara Especializada Cível, Data de
Publicação: 29/03/2016)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE

INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS - PROTESTO - BOLETO BANCÁRIO -
NOTA FISCAL COM COMPROVANTE DE ENTREGA DAS

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 MERCADORIAS - INADIMPLEMENTO - EXERCÍCIO
REGULAR DO
DIREITO - Para que se tenha a obrigação de indenizar, é
necessário que existam três elementos essenciais: a ofensa a
uma norma preexistente ou um erro de conduta, um dano, e o
nexo de causalidade entre uma e outra, conforme se verifica
pelo art. 186 do Código Civil. - O boleto bancário ou nota fiscal
acompanhados do comprovante de entrega devidamente
assinado da mercadoria, são hábeis a embasar a execução,
sendo legítimos, portando, os protestos realizados a partir de
tais documentos. - Em face do inadimplemento do devedor é
legítimo o protesto do título, agindo a empresa no exercício
regular de seu direito de credora. (TJ-MG
- AC: 10313130009126001 MG, Relator: Alexandre Santiago,
Data de Julgamento: 22/11/2017, Câmaras Cíveis / 11ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/11/2017)

Nota-se, que o caso dos autos se trata de obrigação contratual

com vencimento em dia certo, conhecido pela devedora e do qual não se
desincumbiu em realizá-la, configurando o inadimplemento e a mora
contratual, que deve ser adimplida com correção desde o vencimento, nos
termos do art. 397 do Código Civil:

Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no

seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.

Desta feita, observa-se que estão presentes todos os requisitos

para recebimento da presente inicial, razão pela qual a Requerente pleiteia o
processamento e procedência do pedido Monitório.

3. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer:

A) A expedição de mandado de pagamento, com fixação de

honorários em cinco por cento do valor atribuído à causa, no
caso de pronto adimplemento, para que a devedora, no
prazo de quinze dias, pague à importância de R$ 69.168,36

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 (sessenta e nove mil, cento e sessenta e oito reais e trinta e
seis centavos), devidamente corrigida e acrescida dos
encargos legais desde o vencimento dos boletos até a data
do efetivo pagamento, consideradas as benesses presentes
no §1º do art. 701 do Código de Processo Civil, ou
alternativamente, no mesmo prazo, ofereça Embargos
Monitórios;

B) Não realizado o pagamento, nem opostos embargos, a

constituição de pleno direito o título executivo judicial,
convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo,
incluindo na conta as custas e despesas processuais além
dos honorários advocatícios, prosseguindo ação no rito do
cumprimento de sentença, conforme art. 701, §2º do CPC;

C) Se opostos Embargos Monitórios, que sejam rejeitados e que

a presente demanda seja julgada Totalmente Procedente,
com a condenação da Requerida ao pagamento do débito
apontado na Petição Inicial, devidamente corrigido e
acrescido dos encargos de mora até a data do efetivo
pagamento, custas processuais e honorários advocatícios a
serem arbitrados em 20% (vinte por cento) do valor do
débito;

D) Verificando casos excepcionais, requer, ainda que, a citação

seja efetuada em conformidade com o disposto no artigo
212, § 2º, do Código de Processo Civil;

Protesta por todos os meios de provas em direito admitidas e

aplicáveis à espécie, desde já requeridas.

Dá-se à causa o valor de R$ 69.168,36 (sessenta e nove mil,

cento e sessenta e oito reais e trinta e seis centavos).

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 Nestes termos,
Pede Deferimento.

São Luís – MA, 06 de agosto de 2019

Ivaldo Correia Prado Filho

OAB N° 11.542

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