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AÇÃO MONITÓRIA
l- DOS FATOS
II- DO DIREITO
Pelas datas citadas no enunciado (25/01/2013 e 05/01/2017), verifica-se
o decurso de mais de 03 anos entre a data do vencimento e a data da
solicitação de cobrança judicial. Assim sendo, é patente a ocorrência da
prescrição da pretensão à execução da nota promissória, devendo o credor
demandar uma Ação Monitoria.
A nota promissória prescrita perde o seu condão de executividade e
transforma-se em um simples documento escrito, sem eficácia de título
executivo a ensejar a AÇÃO MONITÓRIA.
De acordo com o art. 77 do Decreto nº 57.663/66, aplicam-se à nota
promissória as disposições relativas à prescrição da letra de câmbio.
Por sua vez, o art. 70 do mesmo diploma legal estatui o prazo de três (3)
anos para a propositura da ação por falta de pagamento em face do aceitante,
contados do vencimento da cártula.
Também sobre o tema escreve o Código Civil de 2002, In verbis:
“Art. 206. Prescreve:
§ 3 o Em três anos:
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar
do vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial.”
Desta forma, ultrapassado o prazo prescricional, poderá o credor lançar
mão da via monitória no prazo de cinco anos, a contar do vencimento da nota
promissória, conforme Súmula 504 do STJ.
O Código de Processo Civil de 2015 determina em seu artigo 700 e
seguintes a AÇÃO MONITÓRIA, In verbis:
“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar,
com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de
exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
§ 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada,
produzida antecipadamente nos termos do art. 381.
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
III- DO MEMORIAL DE CÁLCULO
XXXXXXXXXXXXXXX...
IV- DA DOUTRINA
O credor, autor da ação, tem que cumprir mais alguns requisitos além da
prova escrita, caso ele queira que o débito seja pago em dinheiro, tendo que
demonstrar a fungibilidade e liquidez do crédito. Se não for líquido, não caberá
a ação monitória. A liquidez do crédito pode ser comprovada por meio de
cálculos aritméticos feitos pelo próprio autor e apresentado juntamente com a
prova escrita, na petição inicial.
Para que haja a ação monitória também deverá haver um pedido de
expedição do mandado monitório acompanhado de uma ordem judicial para
que o réu pague a quantia devida, ao juiz feito pelo autor.
Muitos são os casos em que pode haver ação monitória, porém é
preciso que o interessado na ação tenha prova concreta (documento escrito)
que prove que ele tem um crédito com o devedor.