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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE .

, , , inscrito no CPF sob nº , , residente e domiciliado na , , ,


, , vem à presença de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado,
infra assinado, ajuizar
, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ,
, com sede na , , , na Cidade de, , , vem respeitosamente, por meio do
seu Advogado, infra assinado, ajuizar
AÇÃO MONITÓRIAem face de, , , inscrito no CPF sob nº , ,
residente e domiciliado na , , , na Cidade de , , , pelos motivos e
fatos que passa a expor.
em face de , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob nº , , com sede na , , , na Cidade de, , , pelos motivos e
fatos que passa a expor.

BREVE SÍNTESEO Autor é credor de decorrentes do .


Duplicata
Para o referido pagamento, foram emitidos boletos bancários,
nos valores de R$ , com vencimento para o de cada mês.
Para o referido pagamento, foi emitido pelo Réu um cheque,
usualmente conhecido como pré-datado (cheque original anexo):

CHEQUE Nº , no valor de R$ , pré-datado para ;


CHEQUE Nº , no valor de R$ , pré-datado para ;
CHEQUE Nº , no valor de R$ , pré-datado para ;

O Autor ao apresentar no banco sacado para regular


pagamento em , não obteve êxito, sendo devolvido pelo motivo alínea
11.
Assim, por insuficiência de fundos na Conta Corrente do Réu,
referido cheque foi devolvido sem compensação.
No presente caso, tem-se a demonstração inequívoca da
ilicitude do ato do Réu ao deixar de pagar , nos termos do Art. 186 do
Código civil, sendo inexigível qualquer prova da origem do negócio
jurídico pelo PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE, conforme precedentes
sobre o tema:
APELAÇÃO - Embargos em ação monitória. Cheques
endossados. Decisão de improcedência. Cerceamento de defesa. Não
ocorrência. Prescindibilidade da dilação probatória pretendida. Título
repassado para terceiro assinado em branco. Ausência de comprovação
de má-fé do portador. Natureza cambiariforme dos títulos, bem como
sua abstração e autonomia dos títulos de crédito. Cartularidade.
Desnecessidade de indicação da causa debendi em ação monitória.
Sentença de mantida e confirmada nos termos do art. 252 do RITJSP.
Recurso desprovido. (TJSP; Apelação Cível 1004266-48.2019.8.26.0066;
Relator (a): Flávio Cunha da Silva; Órgão Julgador: 38ª Câmara de
Direito Privado; Foro de Barretos - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento:
01/11/2012; Data de Registro: 29/05/2020, #95249428)
Razões pelas quais pugna pelo provimento da presente ação.
Cartão
Para o cumprimento da referida obrigação, foi efetivamente
pago o valor de R$ , por meio de cartão de crédito, conforme prova na
fatura do cartão em anexo.
CONTRATO GERAL
Trata-se de obrigação decorrente de contrato firmado entre as
partes, como prova pela conversa do whatsapp, mas que sem plena
eficácia executiva pela ausência de .
Todavia, por ter plena validade o pacto firmado pelas partes,
constitui documento hábil a fundamentar a presente monitória.

Np
Para o referido pagamento, foi emitido pelo Réu uma Nota
Promissória, conforme original anexo:

PRMOSSÓRIA Nº

VALOR R$

EMISSÃO
DATADO PARA

No entanto, considerando ter perdido sua eficácia executiva


pela prescrição, motivando a presente monitória.

Contrato whatsapp
Trata-se de obrigação decorrente de acordo firmado por ,
conforme prints em anexo e ata notarial confirmando a veracidade dos
prints.
Assim, considerando a plena validade o pacto firmado pelas
partes, evidenciando o acordo de vontade pactuado, tem-se pelo
cabimento da presente monitória.

GERAL
Tal obrigação não foi cumprida pelo Réu, em que pese os
esforços do Autor na tentativa de um acordo amigável com o Réu, razão
pela qual motiva a presente demanda.

DO DIREITO
A ação monitória é cabível sempre que o credor dispuser de
prova escrita, sem eficácia executiva, e o Autor ter o direito de exigir do
devedor um pagamento, conforme redação clara do CPC/15:
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter
direito de exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel
ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
O presente caso se amolda perfeitamente ao cabimento da
ação monitória, uma vez que com base nos documentos que junta em
anexo, fica comprovada a dívida não cumprida do réu .
O cheque é titulo de crédito que goza de presunção de
liquidez, certeza e exigibilidade, que por estas características o colocaria
na condição de titulo executivo extrajudicial, assim entendido pelo
inciso I, do artigo 784 do Código de Processo Civil.
Ocorre que referido título (Cheque), por não ser não
apresentado em tempo hábil no prazo do Art. 59 da Lei nº 7.357/85,
perdeu sua força executiva mas por tratar-se de prova escrita que
ampara o direito do Autor, pode ser manejado por Ação Monitória,
conforme sumulado pelo STJ:
STJ Súmula: 299 - É admissível a ação monitória fundada em
cheque prescrito.
Ademais, pelo princípio da cartularidade, totalmente
desnecessário comprovar a origem do crédito e a sua exigibilidade,
conforme precedentes sobre o tema:
AÇÃO MONITÓRIA - CHEQUES PRESCRITOS - Cheques que
perderam a eficácia executiva, mas pode embasar a ação monitória,
com fulcro no artigo 700 do novo CPC - Súmula 299 do STJ -
Desnecessidade de declinação, pela autora, da causa subjacente -
Considerando que a autora dispunha do cheque, não precisava declinar
o negócio subjacente, pois a prescrição deste título acarreta a perda da
sua eficácia executiva, mas a cártula representa confissão de dívida,
suficiente para embasar a ação monitória - Entendimento do STJ,
manifestado no julgamento do REsp 1094571/SP, sob o rito dos
recursos repetitivos - O réu não comprovou, tal como lhe competia, a
teor do artigo 373, inciso II, do novo Código de Processo Civil, qualquer
fato impeditivo da cobrança do cheque questionado - Não foi provada a
quitação do cheque discutido nestes autos - A posse do cheque, pela
credora, acarreta a presunção da existência do crédito não satisfeito -
Ação monitória procedente - Sentença mantida - Recurso improvido.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS - Aplicação do disposto no
art. 85, § 11, do Código de Processo Civil - Honorários advocatícios
fixados na sentença em 10% (dez por cento), majorados para 15%
(quinze por cento), sobre o valor da condenação, ressalvados os
benefícios da assistência judiciária gratuita concedidos à recorrente.
RECURSO IMPROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1003676-
61.2016.8.26.0168; Relator (a): Plinio Novaes de Andrade Júnior; Órgão
Julgador: 24ª Câmara de Direito Privado; Foro de Dracena - 1ª Vara;
Data do Julgamento: 22/06/2023; Data de Registro: 22/06/2023,
#85249428)
*EMBARGOS MONITÓRIOS - Cheques prescritos -
Incontroversa emissão dos títulos e a ausência de pagamento da dívida
em questão - Desnecessária indicação da "causa debendi" -
Documentos hábeis à propositura da ação nos termos do artigo 700 do
Código de Processo Civil - Embargante que não logrou comprovar fato
impeditivo, extintivo ou modificativo do direito da autora, de modo a
descaracterizar o título ou a dívida - Artigo 373, II do CPC - Título
constituído de pleno direito - Aplicação da regra prevista no art.85, §
11, do Código de Processo Civil, majorando os honorários advocatícios
para 15% sobre o valor do débito - Sentença mantida - Recurso não
provido* (TJSP; Apelação Cível 1001543-94.2022.8.26.0084; Relator (a):
Heraldo de Oliveira; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Privado;
Foro Regional de Vila Mimosa - 5ª Vara; Data do Julgamento:
07/07/2023; Data de Registro: 07/07/2023, #55249428)
A existência de boletos e notas fiscais emitidos em nome do
Réu, bem como a comprovação da efetiva prestação do serviço
contratado, configuram requisitos suficientes a amparar o presente
pedido monitório, conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO MONITÓRIA - BOLETOS


BANCÁRIOS REFERENTES À NOTAS FISCAIS DE MERCADORIAS -
COMPROVAÇÃO DA ENTREGA - VALIDADE - RECURSO
DESPROVIDO. 1 - Inexiste irregularidade no ajuizamento de ação
monitória pautadas em boletos bancários inadimplidos pelo devedor,
oriundos de mercadorias devidamente entregues da qual faz prova os
canhotos devidamente assinados por prepostos do mesmo. 2 - Recurso
desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos,
ACORDAM, em sessão permanente e virtual, os juízes da 4ª Câmara
Cível do Tribunal de Justiça, na conformidade da ata de julgamentos, a
seguinte decisão: Por unanimidade, negaram provimento ao recurso,
nos termos do voto do Relator. (TJMS. Apelação Cível n. 0803941-
80.2022.8.12.0021, Três Lagoas, 4ª Câmara Cível, Relator (a): Des.
Vladimir Abreu da Silva, j: 27/02/2023, p: 28/02/2023, #75249428)
A existência de prova documental robusta do pagamento de
obrigação não realizada é suficiente para embasar a ação monitória,
com o fim de obter o adimplemento de obrigação de fazer, nos termos do
Art. 700, inv. III do CPC.
No presente caso, houve o pagamento ao réu , por meio de
cartão de crédito, que prova nas faturas em anexo, para , que deveria
ser cumprido conforme . No entanto, diante do seu inadimplemento,
deve ser provida a presente monitória para fins de cabal cumprimento.
Nesse sentido, confirma a jurisprudência sobre o tema:
AÇÃO MONITÓRIA - PROVA ESCRITA - PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS - Pretensão do autor de reforma da r.sentença que
julgou o processo extinto, sem resolução do mérito, com fundamento no
CPC, art.485, inciso VI - Cabimento - Hipótese em que as provas
apresentadas com a petição inicial, consistentes nas últimas faturas do
cartão de crédito que originou o débito, configuram, no caso, prova
escrita idônea para a propositura de ação monitória - Nulidade da
r.sentença configurada - Possibilidade de produção de outras provas -
RECURSO PROVIDO, PARA ANULAR A R.SENTENÇA, POR "ERROR IN
PROCEDENDO" (má aplicação da lei processual), a fim de que o
processo retorne ao primeiro grau, para que se promova o regular
andamento do feito, com regular instrução probatória. (TJSP; Apelação
Cível 1004465-41.2019.8.26.0011; Relator (a): Ana de Lourdes
Coutinho Silva da Fonseca; Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito
Privado; Foro Regional XI - Pinheiros - 3ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 16/01/2020; Data de Registro: 16/01/2020, #85249428)
APELAÇÃO MONITÓRIA - DOCUMENTO HÁBIL À INSTRUI-LA
- PROVA ESCRITA DE OBRIGAÇÃO - INEXISTÊNCIA DO CRÉDITO OU
FATO IMPEDITIVO/EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR - ÔNUS DA
PROVA. Para o manejo de ação monitória é suficiente a apresentação de
prova escrita na qual indique obrigação de pagar quantia em dinheiro.
Cumpre ao réu na ação monitória comprovar suficientemente a
inexistência do crédito ou qualquer outro óbice à pretensão deduzida
em juízo. (TJ-MG - Apelação Cível 1.0433.14.040053-5/001, Relator(a):
Des.(a) Pedro Bernardes, julgamento em 21/01/2020, publicação da
súmula em 29/01/2020)

O contrato, acompanhado de provas da contraprestação


realizada e não paga é documento suficiente para embasar a monitória,
especialmente quando amparada por outras provas de seu
inadimplemento, tais como indicar outras provas.
Nesse sentido:
APELAÇÃO MONITÓRIA - DOCUMENTO HÁBIL À INSTRUI-LA
- PROVA ESCRITA DE OBRIGAÇÃO - INEXISTÊNCIA DO CRÉDITO OU
FATO IMPEDITIVO/EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR - ÔNUS DA
PROVA. Para o manejo de ação monitória é suficiente a apresentação de
prova escrita na qual indique obrigação de pagar quantia em dinheiro.
Cumpre ao réu na ação monitória comprovar suficientemente a
inexistência do crédito ou qualquer outro óbice à pretensão deduzida
em juízo. (TJ-MG - Apelação Cível 1.0433.14.040053-5/001, Relator(a):
Des.(a) Pedro Bernardes, julgamento em 21/01/2020, publicação da
súmula em 29/01/2020, #85249428)
APELAÇÃO CIVIL. DIREITO CIVIL. DIREITO PROCESSUAL
CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATO ESCRITO. EMBARGOS. PROVA
DOCUMENTAL. ASSINATURA DEVEDOR. DESNECESSIDADE.
ASSOCIAÇÃO PROVAS IDÔNEAS. DÍVIDA. COMPROVAÇÃO. MULTA
MORATÓRIA. PREVISÃO CONTRATUAL. PACTA SUNT SERVANDA.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. É
imprescindível, no procedimento monitório, a apresentação de início de
prova escrita, documental, portanto, para se fazer uso do procedimento
abreviado de constituição do crédito ou do título executivo judicial,
admitindo-se exceção a essa regra apenas no caso do § 1º do art. 700.
1.1. Não se exige que as provas sejam emitidas pelo devedor ou tenham
a sua assinatura, bastando que sejam seguidos de outras idôneas que
revelem a existência da obrigação e formem o convencimento do Juízo.
1.2. In casu, existente prova produzida sem assinatura do devedor
associada a outras que evidenciem a obrigação assumida pela
embargante/ apelante, o direito constitutivo do autor é inequívoco. 2. O
contrato particular é regido pelo Princípio da força obrigatória (pacta
sunt servanda) e o da autonomia da vontade das partes. Este se
manifesta através da liberdade conferida às partes de firmarem suas
avenças livremente (artigo 421, do CC) enquanto aquele consiste na
regra de que o contrato fez lei entre as partes (artigo 422, do CC), ou
seja, caso seja pactuado o contrato sem vícios e atendidas às
prescrições legais, eleva-se à condição de lei entre as partes. 2.1. Na
hipótese dos autos, a multa moratória resta expressamente prevista no
contrato, podendo ser aplicada na hipótese de atraso no pagamento das
faturas. 3. Honorários recursais majorados. Art. 85, §11º do Código de
Processo Civil. 4. Recurso conhecido e não provido. Sentença mantida.
(TJDFT, Acórdão n.1222121, 07048485320198070001, Relator(a):
ROMULO DE ARAUJO MENDES, 1ª Turma Cível, Julgado em:
04/12/2019, Publicado em: 21/01/2020, #05249428)
Pelo princípio da autonomia, a existência de uma Nota
Promissória, com todos os seus requisitos de validade, constitui
elementos suficientes a amparar o presente pedido monitório,
independente de prova do negócio jurídico que originou a dívida,
conforme precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO MONITÓRIA - NOTAS


PROMISSÓRIAS - RECONVENÇÃO - COMPENSAÇÃO - AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO. - Na cobrança de nota promissória prescrita por ação
monitória o credor não precisa provar o negócio jurídico subjacente,
cabendo à parte ré o ônus de provar a existência de fato extintivo,
modificativo ou impeditivo do direito do autor. Não se desincumbindo a
parte ré desse ônus, de rigor a rejeição dos embargos monitórios. - Não
havendo prova suficiente da alegada dívida do autor para com o réu,
inviável a incidência do instituto da compensação. - O Superior
Tribunal de Justiça, ao julgar o EREsp 1250382/RS, consolidou o
entendimento no sentido de que o fato de a dívida líquida e com
vencimento certo haver sido cobrada por meio de ação monitória não
interfere na data de início da fluência dos juros de mora, a qual recai no
dia do vencimento, conforme estabelecido pela relação de direito
material. Todavia, em atenção à vedação do "reformatio in pejus" não
deve ser alterada a sentença objurgada neste tocante. - Recurso do réu
ao qual se nega provimento. (TJ-MG - Apelação Cível
1.0388.13.004525-4/001, Relator(a): Des.(a) Lílian Maciel, julgamento
em 22/01/0020, publicação da súmula em 27/01/2020, #15249428)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO MONITÓRIA. NOTA PROMISSÓRIA
PRESCRITA. PRELIMINAR RECURSAL. INÉPCIA DA INICIAL.
REJEIÇÃO. MÉRITO. DESNECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DA
CAUSA DEBENDI. 1. A petição inicial que contempla todos os requisitos
exigidos pelo art. 330 do CPC/2015 e, na ação monitória, vem
acompanhada de prova escrita da dívida, requisito previsto art. 700 do
diploma processual, não é inepta. Preliminar recursal rejeitada. 2. A
propositura de ação monitória contra emitente de nota promissória
prescrita não está adstrita à exposição de sua causa debendi,
porquanto o título, apesar de prescrito, mantém a presunção de liquidez
e certeza. Nada impede, contudo, que o devedor discuta a causa
debendi, cabendo a ele, nesse caso, a iniciativa do contraditório e o
ônus da prova, do que não se desincumbiu o embargante. PRELIMINAR
RECURSAL REJEITADA. APELAÇÃO CÍVEL DESPROVIDA. (TJ-RS;
Apelação Cível, Nº 70081419798, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Mylene Maria Michel, Julgado em: 22-08-
2019)

AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA ORIGEM DA DÍVIDA.


PRESCINDIBILIDADE. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL E DA CORTE
SUPERIOR. Em ação monitória é desnecessária a demonstração da
causa de emissão do título de crédito que perdeu a eficácia executiva.
Cabe ao demandado-embargante, pois, o ônus da prova da quitação.
(...) (TJSC, Apelação Cível n. 0300421-74.2015.8.24.0218, de
Catanduvas, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira, Terceira Câmara de
Direito Comercial, j. 22-08-2019, #05249428)
Ademais, a simples ausência de não invalida o título,
conforme já sumulado pelo Supremo Tribunal Federal:
Súmula 387 STF: A cambial emitida ou aceita com omissões,
ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da
cobrança ou do protesto.
Nesse sentido, corrobora a jurisprudência sobre o tema:
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO LUGAR DO PAGAMENTO E
DA DATA DE SUBSCRIÇÃO. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO ANULA O
TÍTULO. SUMULA DO STF. A nota promissória pode ser criada em
branco, salvo, à toda evidência, a assinatura do devedor, razão pela
qual os seus demais elementos podem ser preenchidos posteriormente.
Nos termos da Súmula nº 387 do Supremo Tribunal Federal: "a cambial
emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada
pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto". (TJSC,
Apelação Cível n. 0300421-74.2015.8.24.0218, de Catanduvas, rel. Des.
Gilberto Gomes de Oliveira, Terceira Câmara de Direito Comercial, j. 22-
08-2019)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRE


EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTA
PROMISSÓRIA - EMISSÃO EM BRANCO - PREENCHIMENTO
POSTERIOR - ILEGALIDADE - INEXISTÊNCIA - MÁ-FÉ DO PORTADOR
- COMPROVAÇÃO - INOCORRÊNCIA - REQUISITOS ATENDIDOS -
LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE CONFIRMADAS - RECURSO NÃO
PROVIDO. - "Indubitável é que a letra de câmbio e a nota promissória
podem girar incompletas, contanto que, uma vez terminada a
circulação, fixando-se definitivamente, estejam revestidas de todos os
requisitos legais" (Rev. dos Tribs., 276/427). - A nota promissória
assinada em branco pode ser preenchida pelo portador, que se presume
credor de boa-fé. Inexistente prova em contrário é válida e eficaz em
razão desse autêntico mandato tácito. - Considera-se valida a nota
promissória que preenche todos os requisitos intrínsecos à sua
validade, munida de certeza, liquidez e exigibilidade. (TJ-MG - Agravo
de Instrumento-Cv 1.0540.16.001797-1/002, Relator(a): Des.(a) Oliveira
Firmo, julgamento em 24/09/2019, publicação da súmula em
01/10/2019, #25249428)
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
NOTA PROMISSÓRIA. CAMPOS EM BRANCO. PREENCHIMENTO PELO
CREDOR. POSSIBILIDADE. SÚMULA 387, STF. ALEGAÇÃO DE
FALSIDADE NO TÍTULO. AFASTADO. MÁ-FÉ NÃO COMPROVADA.
APELAÇÃO DESPROVIDA. 1 - O ordenamento jurídico vigente admite
que o título cambiário incompleto possa ser preenchido/completado
pelo seu portador, se assim restar estabelecido entre as partes. Essa é a
inteligência que se extrai da leitura do artigo 891 do Código Civil e do
artigo 54 do Decreto 2.044/1908. 2 - Portanto, tem-se que a
complementação dos espaços em branco na nota promissória pelo seu
portador não desnatura o título de crédito em discussão. 3 - Esse é o
entendimento que se extrai do enunciado da súmula 387 do Supremo
Tribunal Federal: a cambial emitida ou aceita com omissões, ou em
branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança
ou do protesto. 4 - Outrossim, tem-se que a tese de má-fé alegada pela
apelante não encontra lastro nos autos, já que o laudo pericial afastou a
alegação de falsidade das notas promissórias. 5 - Apelação conhecida e
desprovida. Sentença mantida. (TJDFT, Acórdão n.1198488,
00006072820168070019, Relator(a): GILBERTO PEREIRA DE
OLIVEIRA, 3ª Turma Cível, Julgado em: 28/08/2019, Publicado em:
09/09/2019, #25249428)
A validade da declaração de vontade não dependerá de forma
especial, senão quando a lei expressamente a exigir, conforme clara
disposição do Art. 107 do Código Civil.
No presente caso, a prova do pacto verbal firmado entre as
partes resta consubstanciada na declaração de vontade através do ,
conforme provas em anexo, bem como .
Ademais, o contrato foi perfeitamente executada pelo autor ,
conforme .
Assim, inexistente prescrição legal de forma especial para o
contrato em questão, concluindo-se pela perfeita validade do contrato
verbal firmado, conforme precedentes sobre o tema:
AÇÃO MONITÓRIA - Prestação de serviço - Pagamento não
efetuado - Cabimento - Hipótese em que as provas apresentadas com a
petição inicial, consistentes em diálogos travados entre as partes pelo
aplicativo Whatsapp, configuram prova escrita idônea para a
propositura de ação monitória - Nulidade da r. sentença configurada.
CONFERE-SE PROVIMENTO AO APELO (TJSP; Apelação Cível
1002762-73.2019.8.26.0238; Relator (a): Afonso Faro Jr.; Órgão
Julgador: 11ª Câmara de Direito Público; Foro de Ibiúna - 2ª Vara; Data
do Julgamento: 18/02/2021; Data de Registro: 19/02/2021,
#15249428)
Razões pelas quais, requer o provimento da presente
demanda.

Motivos pelos quais devem conduzir à determinação imediata


do pagamento total da dívida.
DO VALOR ATUALIZADO DO DÉBITOAté a presente data o
valor do débito é de R$ , mediante a aplicação da taxa de juros de 1% e
do INPC a partir do mês subsequente ao da mora do Réu, conforme
demonstra a MEMÓRIA DE CÁLCULO em anexo.

DA JUSTIÇA GRATUITA
Atualmente o autor é , tendo sob sua responsabilidade a
manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as
despesas processuais.
Ademais, em razão da pandemia, após a política de
distanciamento social imposta pelo Decretonº (em anexo), o requerente
teve o seu contrato de trabalho reduzido, com redução do seu salário
em , agravando drasticamente sua situação econômica.
Desta forma, mesmo que seus rendimentos sejam superiores
ao que motiva o deferimento da gratuidade de justiça, neste momento
excepcional de redução da sua remuneração, o autor se encontra em
completo descontrole de suas contas, em evidente endividamento.
Como prova, junta em anexo ao presente pedido .
Para tal benefício o autor junta declaração de hipossuficiência
e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de
pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência,
conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo Civil de 2015.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado
na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos
do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a
concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por
lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA -
JUSTIÇA GRATUITA - Assistência Judiciária indeferida - Inexistência de
elementos nos autos a indicar que o impetrante tem condições de
suportar o pagamento das custas e despesas processuais sem
comprometer o sustento próprio e familiar, presumindo-se como
verdadeira a afirmação de hipossuficiência formulada nos autos
principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP; Agravo de
Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura
Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Público; Foro Central -
Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de Fazenda Pública; Data do
Julgamento: 23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019
Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do
requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as
custas, despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98,
CPC/15), conforme destaca a doutrina:
"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem
tampouco se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É
possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda mensal, seja
merecedora do benefício, e que também o seja aquela sujeito que é
proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade
judiciária é um dos mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não
se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de
seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo."
(DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da
Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60)
"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a
parte seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da
gratuidade da justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para
pagar as custas, as despesas e os honorários do processo. Mesmo que a
pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens não têm liquidez para
adimplir com essas despesas, há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código
de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers.
ebook. Art. 98)
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição
Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de
justiça ao requerente.
A existência de patrimônio imobilizado, no qual vive a sua
família não pode ser parâmetro ao indeferimento do pedido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO
E/OU DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL OU CONCUBINATO.
REVOGAÇÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. (...) Argumento da
titularidade do Agravante sobre imóvel, que não autoriza o
indeferimento do benefício da gratuidade de justiça, pois se trata de
patrimônio imobilizado, não podendo ser indicativo de possibilidade e
suficiência financeira para arcar com as despesas do processo,
sobretudo, quando refere-se a pessoa idosa a indicar os pressupostos à
isenção do pagamento de custas nos termos do art. 17, inciso X da Lei
n.º 3.350/1999. Direito à isenção para o pagamento das custas bem
como a gratuidade de justiça no que se refere a taxa judiciária. Decisão
merece reforma, restabelecendo-se a gratuidade de justiça ao réu
agravante. CONHECIMENTO DO RECURSO E PROVIMENTO DO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. (TJRJ, AGRAVO DE INSTRUMENTO
0059253-21.2017.8.19.0000, Relator(a): CONCEIÇÃO APARECIDA
MOUSNIER TEIXEIRA DE GUIMARÃES PENA, VIGÉSIMA CÂMARA
CÍVEL, Julgado em: 28/02/2018, Publicado em: 02/03/2018,
#75249428)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA.
AÇÃO DE USUCAPIÃO. BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA.
COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE. DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO. -
Defere-se o benefício da gratuidade da justiça sem outras perquirições,
se o requerente, pessoa natural, comprovar renda mensal bruta abaixo
de Cinco Salários Mínimos Nacionais, conforme novo entendimento
firmado pelo Centro de Estudos do Tribunal de Justiçado Rio Grande do
Sul, que passo a adotar (enunciado nº 49). - A condição do agravante
possuir estabelecimento comercial não impossibilita que seja agraciado
com a gratuidade de justiça, especialmente diante da demonstração da
baixa movimentação financeira da microempresa de sua propriedade.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº
70076365923, Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em 10/01/2018).
Afinal, o Requerente possui inúmeros compromissos
financeiros que inviabilizam o pagamento das custas sem comprometer
sua subsistência, veja:
- R$ ;
- R$ ;
- R$ ...
Ou seja, apesar do patrimônio e renda elevada, todo valor
auferido mensalmente esta comprometido, inviabilizando suprir a
custas processuais.
DA GRATUIDADE DOS EMOLUMENTOS
O artigo 5º, incs. XXXIV e XXXV da Constituição Federal
assegura a todos o direito de acesso à justiça em defesa de seus
direitos, independente do pagamento de taxas, e prevê expressamente
ainda que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.

Ao regulamentar tal dispositivo constitucional, o Código de


Processo Civil prevê:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as
despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
(...)
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em
decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato
notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de
processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
Portanto, devida a gratuidade em relação aos emolumentos
extrajudiciais exigidos pelo Cartório. Nesse sentido são os precedentes
sobre o tema:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. BENEFICIÁRIO
DA AJG. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. REMESSA À CONTADORIA
JUDICIAL PARA CONFECÇÃO DE CÁLCULOS. DIREITO DO
BENEFICIÁRIO INDEPENDENTEMENTE DA COMPLEXIDADE. 1. Esta
Corte consolidou jurisprudência no sentido de que o beneficiário da
assistência judiciária gratuita tem direito à elaboração de cálculos pela
Contadoria Judicial, independentemente de sua complexidade.
Precedentes. 2. Recurso especial a que se dá provimento. (STJ - REsp
1725731/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 05/11/2019, DJe 07/11/2019, #45249428)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA GRATUITA.
EMOLUMENTOS DE CARTÓRIO EXTRAJUDICIAL. ABRANGÊNCIA.
Ação de usucapião. Decisão que indeferiu o pedido de isenção dos
emolumentos, taxas e impostos devidos para concretização da
transferência de propriedade do imóvel objeto da ação à autora, que é
beneficiária da gratuidade da justiça. Benefício que se estende aos
emolumentos devidos em razão de registro ou averbação de ato notarial
necessário à efetivação de decisão judicial (art. 98, § 1º, IX, do CPC).
(...). Decisão reformada em parte. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2037762-55.2019.8.26.0000; Relator (a):
Alexandre Marcondes; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Santos - 10ª Vara Cível; Data do Julgamento: 14/08/2014;
Data de Registro: 22/03/2019)
Assim, por simples petição, uma vez que inexistente prova da
condição econômica do Requerente, requer o deferimento da gratuidade
dos emolumentos necessários para o deslinde do processo.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA À EMPRESA


Trata-se de Pessoa Jurídica , com despesas superiores à
receita, conforme que junta em anexo.
Ademais, em razão da pandemia, após a política de
distanciamento social imposta pelo Decretonº (em anexo), a situação
econômica da empresa se agravou drasticamente.
Especialmente pelo fato de não se enquadrar como serviços
essenciais, sendo obrigada a fechar suas portas.
Como prova, junta a comparação do faturamento dos últimos
meses, evidenciando a queda do fluxo de caixa que impede o
pagamento, inclusive, da folha de pagamento.
Trata-se de situação excepcional que deve ser considerada,
conforme precedentes sobre o tema:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Pedido de justiça gratuita ou
diferimento do pagamento das custas. Possibilidade de parcelamento do
valor, tendo em vista a atual circunstância social de enfrentamento da
pandemia que presumidamente impôs significativa redução de receita
às empresas. Embargos acolhidos, com efeito parcialmente modificativo
do julgado. (TJSP; Embargos de Declaração Cível 2061096-
84.2020.8.26.0000; Relator (a): Marcelo Semer; Órgão Julgador: 10ª
Câmara de Direito Público; Foro de Mauá - 4ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 27/04/2020; Data de Registro: 27/04/2020)

Ou seja, o autor não dispõe de condições financeiras para


arcar com as custas processuais sem prejuízo da saúde financeira já
abalada da empresa, conforme declaração de hipossuficiência e cópia de
inúmeros protestos que junta em anexo.
No presente caso a incapacidade financeira é latente, visto que
a empresa passa exatamente por processo de , não sendo razoável
exigir-lhe o pagamento das custas, conforme destaca a doutrina:
"Na mesma direção apontou a Corte Especial do mesmo
Tribunal, julgando os Embargos de Divergência no Recurso Especial
653.287/RS: "Se provar que não tem condições de arcar com as
despesas do processo, a pessoa jurídica, independentemente de seu
objeto social, pode obter o benefício da justiça gratuita. Embargos de
divergência conhecidos e providos." Seguem-se incontáveis outros
precedentes de mesmo teor. Nesta senda, parece-me que as situações
de crise econômico-financeira que justificam a decretação da falência ou
o deferimento do processamento da recuperação judicial amoldam-se
confortavelmente à excepcionalidade que justifica a concessão dos
benefícios da gratuidade. (...) É no mínimo paradoxal considerar o
insolvente capaz de suportar os ônus do processo; seria preciso não ser
insolvente, por certo, para poder suportá-los." (MAMEDE, Gladson.
Direito empresarial brasileiro. Falência e Recuperação de empresas. 9ª
ed. Editora Atlas, 2017. Versão Kindle, p. 1325)
A prova de sua miserabilidade é evidenciada por meio do
balanço patrimonial dos últimos exercícios, protestos e balancetes
atualizados, que junta em anexo.

A possibilidade da gratuidade de justiça já foi sumulado pelo


STJ, nos seguintes termos:
Súmula 481 -Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa
jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade
de arcar com os encargos processuais. (Súmula 481, CORTE ESPECIAL)
No mesmo sentido é o entendimento firmado em inúmeros
precedentes:
JUSTIÇA GRATUITA - PESSOA JURÍDICA - COMPROVAÇÃO
DE HIPOSSUFICIÊNCIA - DEFERIMENTO. - Para a concessão da
gratuidade de justiça para pessoa jurídica, faz-se necessária a
apresentação de documentação que comprove a condição de
hipossuficiência da empresa - Demonstrada a impossibilidade
financeira de arcar com as despesas do processo, deve ser deferido o
benefício para a pessoa jurídica. (TJ-MG - AI: 10000190283739001 MG,
Relator: Pedro Aleixo, Data de Julgamento: 17/07/2019, Data de
Publicação: 18/07/2019, #25249428)
NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. JUSTIÇA GRATUITA.
PESSOA JURÍDICA. Tratando-se de pessoa jurídica e havendo
comprovação de escassez de recursos para arcar com o custo
processual, merece ser concedido o benefício da justiça gratuita, a qual
pode oportunamente ser revogada, provando a parte contrária a
inexistência ou o desaparecimento dos requisitos essenciais à
concessão. Precedentes jurisprudenciais. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70081091589, Décima Quinta
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Beatriz Iser,
Julgado em 29/05/2019).
Ao disciplinar sobre o tema, grandes doutrinadores
corroboram com este entendimento:
"Pessoa Jurídica e Assistência Judiciária Gratuita. A pessoa
jurídica que não puder fazer frente às despesas do processo sem
prejuízo de seu funcionamento também pode beneficiar-se das isenções
de que trata a gratuidade da justiça. "Faz jus ao benefício da justiça
gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar
sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais" (Súmula
481, STJ)." (MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz.
MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed.
Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98)
No presente caso, a sociedade empresária esta inativa desde
indicar data, conforme certidão atualizada da receita e balancetes que
junta em anexo.
Dessa forma, a exigência ao pagamento das custas
processuais viriam a impedir o amplo acesso à justiça, sendo devido o
benefício, conforme precedentes sobre o tema:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS À
EXECUÇÃO - JUSTIÇA GRATUITA - PESSOA NATURAL -
DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS - PESSOA
JURÍDICA - NECESSIDADE DE COMPROVAR INCAPACIDADE
FINANCEIRA - EMPRESA INATIVA. 1- A pessoa natural com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais
e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade de justiça (CPC,
art. 98), presumindo-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural (CPC, art. 99, § 3º). 2- "Faz jus ao
benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins
lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os
encargos processuais." (TJ-MG - AI: 10024180677593001 MG, Relator:
José Flávio de Almeida, Data de Julgamento: 19/06/2019, Data de
Publicação: 24/06/2019, #85249428)
No presente caso, o Requerente é microempresa, inscrita no
Simples Nacional, com parcos rendimentos, sendo a concessão do
benefício, a única forma de preservar o acesso à justiça, conforme
precedentes sobre o tema:
Direito Constitucional. Concessão de gratuidade dos serviços
judiciários. Pessoa jurídica. Microempresa optante pelo Simples
Nacional. Decisão que indeferiu o pedido de gratuidade dos serviços
judiciários. Demonstrativo contábil retratando a existência de prejuízo
na sociedade. Provimento de plano. Direito à assistência judiciária
gratuita. Corolário do princípio constitucional que garante o acesso à
justiça. Art. 5º, XXXV e LXXIV, da CR. Provimento de plano do recurso.
(TJ-RJ - AI: 00403887620198190000, Relator: Des(a). NAGIB SLAIBI
FILHO, Data de Julgamento: 03/08/2019, SEXTA CÂMARA CÍVEL,
#45249428)
No presente caso, resta configurada nítida confusão
patrimonial da pessoa física e da microempresa individual, "sendo o
empresário individual, ou integrante de firma individual, a própria
pessoa física já se confunde com a jurídica, não fazendo nenhum
sentido diferenciálas, pois, no caso, a pessoa jurídica distinta é mera
ficção tributária para o fim exclusivo de tratamento fiscal". (STJ. REsp
487995/AP).
Assim, não subsiste qualquer fundamento para não conceder
o benefício da gratuidade de justiça ao microempreendedor individual
devendo ter o mesmo tratamento da pessoa física, devendo ser aceita a
hipossuficiência do empresário, devendo ser concedido o benefício ao
MEI, nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE COBRANÇA
CUMULADA COM INDENIZATÓRIA - GRATUIDADE DE JUSTIÇA -
MICROEMPRESA INDIVIDUAL - SEM PERSONALIDADE JURÍDICA
DISTINTA DA PESSOA NATURAL - DECLARAÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA - PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE - NÃO
DERRUÍDA - DEFERIMENTO DA BENESSE. A gratuidade de justiça
deve ser concedia àqueles que não têm condições de arcar com as
custas e despesas processuais. É dever do magistrado, na direção do
processo, prevenir o abuso de direito e garantir às partes igualdade de
tratamento. A microempresa individual não está elencada no rol de
pessoas jurídicas do art. 44 do CC/02, pelo que não detém
personalidade jurídica distinta da pessoa natural do
microempreendedor individual, usufruindo das mesmas prerrogativas
da pessoa natural para fins de concessão dos benefícios de justiça
gratuita. Não derruída a presunção de veracidade que emana a
declaração de hipossuficiência e presentes elementos que evidenciam a
hipossuficiência financeira da parte, deve ser deferida a gratuidade de
justiça.(TJ-MG - AI: 10000181116864001 MG, Relator: Valéria
Rodrigues Queiroz, Data de Julgamento: 11/06/0019, Data de
Publicação: 18/06/2019, #15249428)
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º LXXIV da Constituição
Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de
justiça o autor .
Subsidiariamente, requer o parcelamento das custas judiciais.

DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, REQUER:
A concessão da Assistência Judiciária Gratuita, nos termos do
art. 98 do Código de Processo Civil;
A citação do Réu para responder, querendo;
A total procedência da ação para determinar ao Réu o
pagamento imediato do valor , no prazo de 15 (quinze) dias para o
cumprimento;
A inclusão do executado no cadastro de inadimplentes até que
seja cumprida a determinação, nos termos do Art. 782, §3º do CPC;
A produção de toda prova admitida em direito;
A condenação do réu ao pagamento de honorários
advocatícios no percentual de 5% ao valor atribuído à causa nos termos
do Art. 701 do CPC/15;
Desde já manifesta seu interesse na audiência conciliatória,
nos termos do Art. 319, inc. VII do CPC;
Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em
nome do Advogado , OAB .

Por fim, manifesta o na audiência conciliatória, nos termos do


Art. 319, inc. VII do CPC.

Dá-se à causa o valor de R$


Nestes termos, pede deferimento.
, .

ANEXOS

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