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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL

DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS/SC

Distribuição por dependência ao processo nº

PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador


da identidade nº, inscrito no CPF nº, residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro,
Florianópolis/SC, CEP, vem por seu advogado, procuração em anexo, com
endereço profissional na Rua, nº, Bairro, Cidade/UF, CEP, que indica para fins
do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do
CPC, propor:

EMBARGOS À EXECUÇÃO

em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A., pessoa jurídica de direito


privado, inscrita sob o CNPJ nº, com sede na Rua, nº, Bairro, Rio de
Janeiro/RJ, CEP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I - DOS FATOS

O Embargante figurou como avalista em um contrato de empréstimo de


mútuo financeiro junto a Sr.ª Laura e o Banco Quero Seu Dinheiro S.A, em
agosto de 2015, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos
em 30 parcelas mensais e sucessivas. Como garantia assinou uma nota
promissória.

Em março de 2016, foi informado pelo Banco que a Sra. Laura havia
deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em
dezembro de 2015. O Embargante objetivando evitar maiores transtornos
quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse
entregue a nota promissória que havia assinado.

Ocorre que, há poucos dias, o Embargante identificou que figura no


polo passivo como Executado, em Ação de Execução fundada em título
executivo extrajudicial em face dele e da titular do contrato, Sr.ª Laura.

Verifica-se que a execução e penhora são indevidas, pois o


Embargante não tem relação nenhuma com o contrato em execução. Tendo
em vista que o Embargado está executando outro empréstimo contraído pela
Sra. Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), e não
possuí qualquer garantia.
Este contrato em que foi avalista, foi devidamente adimplido, pelo
pagamento da nota promissória que está vinculada ao contrato quitado em
abril/2015, mesmo assim o Embargado a utilizou para embasar a Execução.

Além disso, o Embargado requereu a penhora do consultório do


Embargante, situado na Rua Nóbrega nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis-
SC, o que foi deferido pelo juiz, e o Embargante já foi intimado.

II - DOS DIREITOS

O titulo obrigacional no qual o Embargante se compromete como fiador


foi somente o primeiro no qual já foi devidamente quitado, apesar de não ter
recolhido a promissória que assinou. O mesmo não assumiu vinculo com o
segundo empréstimo por livre e espontânea vontade.

O Embargado se aproveitou do documento que tinha em posse para


vincular o Embargante sem seu consentimento, sendo assim, o titulo executado
é inexequivel e inexigível como trata o seguinte dispositivo legal.

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado


poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da
obrigação;

Uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimento do


Embargante, esta pode ser considerada de má-fé e indevida. Pois, para que
uma pessoa se comprometa para ser avaliador, esta tem que estar ciente do
ato praticado. E no caso não foi o que aconteceu.

O Embargante não autorizou a utilização do documento para celebrar


novo negócio, sendo assim, não pode ter penhorado seus bens, pois não se
comprometeu a assegurar a garantia do segundo negócio celebrado. Este que
seu direito assegurado no dispositivo abaixo citado.

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado


poderá alegar:
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;

O titulo acima é cobrado indevidamente, pois foi feito sem


consentimento e sendo assim não pode uma pessoa ser cobrada sem ter
contraído dívida, como dispõe o artigo abaixo:

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado


poderá alegar:
III - excesso de execução ou cumulação indevida
de execuções;

Portanto, como facilmente se constata, não há vínculo obrigatório, o


que torna o título ineficaz para a presente execução.
III - DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) A citação do Embargado, para, querendo oferecer a impugnação na forma do art.


919, §1°, NCPC;

b) Seja a execução julgada improcedente, desconstituindo assim o título


executivo de acordo com o art. 918, II, NCPC;

c) Consequentemente a condenação do Embargado, e seja o mesmo


condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios
conforme art. 84, NCPC;

IV – DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na


amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor,
em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o
depoimento pessoal do Embargado.

V – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ (valor do bem penhorado).

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

(Local), (Dia) de (Mês) de (Ano).

Advogado
OAB/UF

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