Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMARCA DE CURITIBA – PR
AUTOS Nº º 1000-1000XXXX
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Movida por o BANCO BOM CRÉDITO S/A, instituição de direito privado, CNPJ nº XXX,
com sede na (endereço completo), Rio de Janeiro, também qualificada nos autos do processo,
pelas razões a seguir expostas.
I – DA TEMPESTIVIDADE
II – PRELIMINARMENTE
A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Declara a embargante que, tendo em vista o valor da causa, bem como a sua condição
financeira, requer a concessão da gratuidade da justiça, por ser economicamente
hipossuficiente, nos termos do art. 95 e seguintes do CPC e art. 5°, LXXIV da CF.
B) DA INCOMETÊNCIA DO JUÍZO
Conforme mencionado nos autos, no contrato do empréstimo consta-se como clausula de foro
de eleição a comarca de Curitiba, tratando-se de incompetência do juízo a execução, em
razão da abusividade de cláusula de eleição de foro em contrato de adesão, deixando a
embargante em plena desvantagem, dificultando sua defesa em seu juízo, conforme arts. 917,
inciso V do CPC c/c o art. 54 do CDC.
A embargante, domiciliada em Nova Iguaçu, firmou, em sua cidade, com o Banco Bom Crédito
S/A, sediado em Curitiba, um contrato de empréstimo, de adesão, subscrito por duas
testemunhas, com cláusula de eleição de foro também em Curitiba, por meio do qual obteve
R$ 220.000,00 para pagar seus estudos na faculdade.
Por falta de condições financeiras da recorrente, a dívida não foi quitada. Em novembro de
2018, o embargado ajuizou ação de execução cobrando R$ 400.000,00 e indicou à penhora
o único imóvel da embargada, no qual reside com seu marido.
No entanto, as alegações do embargado não devem prosseguir por serem inválidas, conforme
se verificará a seguir.
III - DO DIREITO
A) DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
A segunda parcela do contrato de empréstimo não fora paga pela embargante em razão de
dificuldades financeiras, recendo uma notificação do embargado sobre o vencimento
antecipado, considerando os encargos remuneratórios, moratórios e demais tarifas, gerando
o montante de R$ 280.000,00.
Após uma consulta com especialista, o valor que se presuma correto a ser pago pela
embargante corresponde a R$ 200.000,00, conforme planilha que será comprovada através
de delação probatória nos termos do inciso III, §3, do art. 917 do CPC.
B) DA IMPENHORABILIDADE DO IMÓVEL
O embargado indicou como bem penhorável o único imóvel da embargante, ao qual reside
com sue esposo. De tal forma, o bem imóvel é impenhorável, configurado como o bem de
família, sendo imóvel residencial do casal, não podendo ser objeto de constrição, nos termos
do inciso II, do art. 917 do CPC c/c 833 do CPC.
A embargante relata que pretende contratar o seguro garantia com previsão legal nos art. 919
c/c o at. 845 e art. 848, todos do CPC.
A penhora poder ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia judicial, em valor
não inferior ao débito constante da inicial, acrescido de 30%.
IV – DOS PEDIDOS
a) A CONCESSÃO dos benefícios da justiça gratuita, uma vez que a embargante não
possui meios para arcar com as custas do processo, juntando-se declarao de
hipossuficiência, nos termos do art. 98 e seguintes do CPC c/c com o art. 5º, LXXIV,
da CF.
ADVOGADO
OAB/UF