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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3º VARA

CÍVEL DA COMARCA DE PALMAS/TO.

SERVIÇOS DE TI TOCANTINÓPOLIS S/A, pessoa jurídica de direito


privado, inscrito no CNPJ sob n.° (...), com sede na Rua (...), Bairro (...),
Cidade (...), Estado (...), CEP (...), representada neste ato por seu (sua)
Diretor (a) Sr. (a)(...), brasileiro (a), estado civil (...), profissão (...), inscrito
(a) no CPF/MF n.° (...), por intermédio do seu advogado (a) e procurador
(a) (...), com escritório profissional sito à Rua: (...), n° (...), Bairro (...),
Cidade (...), Estado (...), onde recebe notificações e intimações, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor:

PEDIDO DE FALÊNCIA

Em face de ALGODOEIRA TALISMÃ LTDA, em recuperação judicial, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n° (...), com sede na Rua
(...), Bairro (...), Cidade (...), Estado (...), CEP (...), representada neste ato
por seu (sua) administrador(a) Sr. (a)(...), brasileiro (a), estado civil (...),
profissão (...), inscrito (a) no CPF/MF n.° (...), pelos motivos de fato e de
direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

Algodoeira Talismã Ltda, em 22 de agosto de 2018, requereu sua


recuperação judicial, sendo o pedido distribuído à Terceira Vara Cível da
Comarca de Palmas/TO. Em 11 de setembro do mesmo ano, foi
determinado o processamento da recuperação para, ao final, em 6 de
março de 2019, a recuperanda obter a concessão do benefício.
No curso do processo, em 12 de janeiro de 2019, Algodoeira Talismã
Ltda., em recuperação judicial, contratou a prestação de serviços de
manutenção e segurança de rede de computadores com Serviços de TI
Tocantinópolis S/A pelo valor de R$ 60.000,00, pelo prazo de seis meses,
foram emitidas três duplicatas de prestação de serviços, cada uma no
valor de R$20.000,00 (vinte mil reais), vencíveis em 1º de março, 1º de
maio e 1º de agosto de 2019. As duplicatas não estão aceitas. Em 30 de
setembro de 2019 os serviços já haviam sido concluídos, conforme
atestado pelo administrador da
recuperanda, mas nenhuma das duplicatas foi honrada, malgrado as
tentativas de pagamento amigáveis e promessas de purgação da mora
por parte do SÓCIO Pedro Afonso, mesmo após a lavratura do registro de
protesto dos títulos não houve o adimplemento.

DO DIREITO

a) O crédito referente às duplicatas não se submete aos efeitos da


recuperação judicial por ter sido constituído após a data do pedido
(01/02/2019), com fundamento na interpretação a contrário sensu do
Art. 49, caput, da Lei nº 11.101/05: ‘’ Art. 49. Estão sujeitos à
recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda
que não vencidos.’’;

b) O inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial


autoriza o pedido e a eventual decretação da falência, nos termos do Art.
73, § 1º, da Lei nº 11.101/05: ‘’ Art. 73. O juiz decretará a falência
durante o processo de recuperação judicial:
§ 1º. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por
inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos
termos dos incisos I ou II do caput do art. 94 desta Lei, ou por prática de
ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)’’;

c) As duplicatas de prestação de serviços são títulos executivos


extrajudiciais cujo valor, no total, é superior a 40 salários mínimos, com
fundamento, respectivamente, no Art. 784, inciso I, do CPC: ‘’ Art.
784. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota
promissória, a duplicata, a debênture e o cheque’’; e no Art. 94, inciso I,
da Lei nº 11.101/05: ‘’ Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação
líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja
soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data
do pedido de falência’’;

d) A prestação de serviços está comprovada pelos atestes do


administrador da recuperanda;

e) As duplicatas estão protestadas para fins falimentares, em


cumprimento ao Art. 94, § 3º, da Lei nº 11.101/05: ‘’Art. 94. Será
decretada a falência do devedor que: § 3º Na hipótese do inciso I do caput
deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos
na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em
qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim
falimentar nos termos da legislação específica.’’;
f) A duplicata é título hábil para instruir pedido de falência, nos termos
da Súmula 248 do STJ: ‘’Comprovada a prestação dos serviços, a
duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para instruir pedido
de falência. (SÚMULA 248, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2001, DJ
05/06/2001, p. 132)’’;

DOS PEDIDOS

Ante ao exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a) Requerer a procedência do pedido para decretação da falência da


devedora;

b) Citação da devedora para apresentar contestação e/ou efetuar depósito


elisivo, com fundamento no Art. 98 da Lei nº 11.101/05;

c) A condenação da ré em custas e honorários sucumbenciais;

d) Às duplicatas de prestação de serviços, com as certidões de protesto


das duplicatas;

e) Á certidão de regularidade do autor (credor) no registro empresarial,


em cumprimento ao Art. 97, § 1º, da Lei nº 11.101/05.

Dá-se o valor da causa: R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), correspondente


ao valor das duplicatas.

Nestes termos, pede e aguarda deferimento.

Local (...), Data (...)

Advogado(a) (...)
Sob n.° da OAB (...)

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