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Ao Juízo de Direito da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do

Rio de Janeiro

Processo n. 0000000.00.0000.0.00.0000

O autor, J. P. Estofador, empresário individual, nacionalidade, estado civil, CPF


n., RG n., endereço eletrônico, residente e domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro, na
Rua, por seu procurador (em anexo), vem ajuizar

AÇÃO DE HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA DE CRÉDITO [AÇÃO DE


RETIFICAÇÃO DO QUADRO – GERAL DE CREDORES (Art. 10, § 6º, da Lei n.
11.1 01/2005),

com fulcro nos artigos 9º, 10 e § 4º, t odos da Lei n. 11.1 01/2005, em face da
Massa Falida da Sociedade Móveis Paraíso Ltda., representada por seu administrador-
judicial, XXX, pelos seguintes fatos e fundamentos.
I – DA GRATUÍDADE DA JUSTIÇA

O autor não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem


prejuízo próprio ou de sua família, pois trata-se de empresário individual, conforme
declaração de hipossuficiência (anexada), com fundamento no artigo 5º da LXXIV da CF
e artigo 98 do CPC.

Deste modo, o autor requer e faz jus à concessão da gratuidade de justiça.

II – FATOS

O autor, que é empresário individual, domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro, é


credor, por uma duplicata de prestação de serviços, devidamente aceita, no valor de
R$10.000,00, vencida e não paga, da sociedade Móveis Paraíso Ltda., relativamente a
serviços de estofamento realizados.

Acontece que a devedora teve sua falência decretada em 11 de fevereiro de 2009,


pelo juízo da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

Após, aproximadamente um ano da decretação da quebra, o autor quer promover


sua habilitação na falência da sociedade empresária ré, considerando que ele já não pode
mais se habilitar na forma do §1º do artigo 7º d a Lei n. 11.101/2005.

III – FUNDAMENTOS

Após o prazo estabeleci do no art. 7º, § 1º, da Lei n. 11.101/2005, o credor pode
habilitar seu crédito, m as de modo retardatário.

No caso em tela, o credor possui um crédito de R$ 10.000,00 derivados de uma


duplicata de prestação de serviço e aceita, vencida e não paga.

Sendo assim, havendo dívida não paga do devedor e existindo processo de


falência, faz-se necessário incluir a dívida da sociedade empresária, eis que é o
procedimento adequado.

Ademais, o art. 10, §4º, da Lei n. 11.101/2005, prevê a possibilidade de reserva


de valor de créditos retardatários, justamente no intuito de pagamento.

A partir do exposto e tendo a dívida base em título de crédito e não havendo


nenhuma outra causa específica de mudança na ordem de pagamento, a dívida deve ser
inscrita como quirografária, na forma do art. 83, VI, alínea ‘a’, da Lei n. 11.101/2.005.
IV – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer-se:

a) . A procedência da ação para inclusão do crédito e do credor no quadro geral


de credores, como quirografário XXX [art. 9º, II, da Lei n. 11.101/2005], e
seu processamento da forma dos artigos 13 a 15 da Lei n. 11.101/2005 [art.
10. § 5º, da Lei 11.10 1/2005];
b) A juntada dos seguintes documentos XXX, em sua forma original, conforme
o art. 9º, parágrafo único, da Lei n. 11.101/2005, [art. 9º, III, d a Lei n.
11.101/2005]: procuração; a duplicata vencida, não paga e aceita; a memória
de cálculo da dívida XXX [art. 9º, II, da Lei n. 11.101/2005]; a prova da
prestação do serviço e a regularidade do registro empresarial da parte autora;
c) A parte autora informa como endereço para que seja comunicada de todos os
atos processuais XXX [art. 9º, I, da Lei n. 11.101/2005];
d) Que seja reservada a importância de valores para pagamento do credor [art.
10, § 4º, da Lei n. 11.101/2005];
e) Que a Massa Falida seja condenada ao pagamento de honorários e custas [art.
85 do CPC.
f) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser o autor pobre no
sentido legal, conforme já manifestado no preâmbulo desta peça.

Nestes termos, pede-se deferimento,

Uberaba/MG, 25 de novembro de 2023.

Advogada
OAB/MG n° XXX.XXX

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